sábado, 3 de outubro de 2015

A Condenação da Homossexualidade


Desde que o cristianismo se tornou a religião majoritária no Ocidente, várias práticas que antes eram consideradas normais, ou pelo menos não eram vistas com olhos negativos, passaram a ser condenadas como abominação, pecado, transgressão da lei de deus, perversão e tantos outros adjetivos nada amigáveis.

A homossexualidade foi uma dessas práticas. O cristianismo via e ainda vê, baseado no seu livro fundante, a bíblia, o contato sexual entre iguais como um grave pecado contra a santidade do criador. Várias passagens da bíblia são usadas para provar que a homossexualidade é um desvio de conduta. Homossexuais estão cansados de verem jogados em suas caras, os textos-provas das escrituras que os condenam por fazerem sexo “às avessas”.

Não obstante, nos últimos séculos, a autoridade da bíblia vem sendo rejeitada ou desacreditada por um exército de cientistas nas mais diversas áreas. O status que ela tinha em eras passadas começou a ceder. Hoje em dia, ela não goza da autoridade de livro infalível e livre de erros e equívocos como antes. Estudiosos dizem ter encontrado (e disso não duvido) vários erros de natureza histórica, filosófica e teológica que atestam a mera humanidade do texto, assim como qualquer outro livro humano.

Dessa forma, muitos homossexuais, se valendo do ceticismo reinante sobre o livro sagrado, têm argumentado que colocar a homossexualidade como um insulto aos céus, é cair na vacuidade. Afinal de contas, o livro “sagrado” não tem nada de sagrado, na verdade.

Muitos homossexuais que são docentes ou alunos das áreas de humanas que militam a favor dos direitos LGBTS, deixam implícito ou explícito em seus textos e falas o seu desdém pela religião, bíblia ou existência de deus. Uma boa parte são ateus. E se deus não existe, logo esse ser mitológico e mero constructo social, não inspirou absolutamente livro nenhum que pudesse nortear a conduta humana. Dessa maneira, não temos um padrão moral pelo qual normatize nossas preferências sexuais.

Se deus não existe e consequentemente a bíblia não é nada mais que um simples livro, porque então negativar/rejeitar/condenar o coito homossexual? Dirão os ateus que os crentes foram despojados de suas bases conceituais. Pensam eles, que os inquisidores da homossexualidade estão errados em suas conclusões.

No entanto, entra um MAS bem incômodo para os ateus que assim argumentam! Se a condenação da homossexualidade não está errada ou equivocada porque deus não existe, porque os seus condenadores deveriam se importar com isso? Deus não existe, não é mesmo? Deus não existindo, não existe um padrão moral para dizer o que é certo ou que é errado. Na realidade, certo e errado nem existir, existe.

A condenação ou não condenação da homossexualidade será apenas uma questão de preferência pessoal. E não importa se por razões religiosas ou de ódio, o que interessa de fato, é que são apenas afirmações neutras. Não tem validade ontológica. 

Resumindo: Se a homossexualidade não é errada, tampouco a sua condenação o é, se adotarmos as premissas do ateísmo que impregnaram a Sociologia, Antropologia e etc! 

Um comentário:

  1. A questão da homossexualidade sem dúvida é uma pedra no sapato do cristianismo moderno, que precisa lidar com questões não somente teológicas,(pois não são suficientes para abarcar toda essa problemática), mas também questões morais, sociológicas e culturais.

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