Pelo que lembro esse foi o primeiro livro lido no curso de História que li. Um singelo e agradável livro de introdução à disciplina, que vem passando de geração em geração dando os primeiros lampejos do que é a ciência histórica aos inúmeros discentes que optam em conhecer com um pouco mais de profundidade o passado humano.
A Vavy Pacheco Borges é Doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP, com Mestrado e Bacharelado em História pela mesma Universidade. É Professora do Departamento de História da UNICAMP.
Ela faz uma dicotomia interessante sobre o que é história:
“Os dois sentidos da palavra [história] estão, pois, estreitamente ligados: os acontecimentos históricos (a história acontecimento) são o objeto de análise do conhecimento histórico (história conhecimento)”.
“A história seria aquilo que aconteceu [...] e o estudo desses acontecimentos”. Pág. 48.
Julgo ser uma simplificação muito útil.
Depois ela escreve:
“Infelizmente, é preciso desiludir-se de inicio: escrever história não é estabelecer certezas, mas é reduzir o campo das incertezas, é estabelecer um feixe de probabilidades. Não é dizer tudo sobre uma determinada realidade, determinado objeto do passo, mas explicar o que nesses é fundamental. Nem por isso, se deve cair num total relativismo em que toda e qualquer explicação tenha a mesma importância, o mesmo peso".
"Para esse tipo de conhecimento histórico, todas as conclusões são provisórias, pois podem ser aprofundadas e revistas por trabalhos posteriores. Um 'saber absoluto', uma 'verdade absoluta' não serve aos estudiosos sérios e dignos do nome; servem aos totalitários, tanto de direita como de esquerda, que, colocando-se, como donos do saber e da verdade, procuram, por meio da explicação histórica, justificar a sua forma de poder”. Pág. 69-70.
Num primeiro momento pensei que isso cheirava a puro pós-modernismo, mas uma leitura mais cuidadosa revela apenas a cautela da autora na interpretação dos eventos historiados. Na ânsia de detectar e refutar qualquer indício de relativismo no curso, julguei que a autora estava defendendo uma visão pós-modernista nesse trecho.
Começar a estudar a ciência histórica tendo como ponto de partida este pequeno livro, é um bom começo. Depois o aprendiz pode ler Apologia da História – Marc Bloch, A História Repensada - Keith Jenkins, A Busca da História – John Tosh, Que é História – E. H. Carr, etc.
A Vavy Pacheco Borges é Doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP, com Mestrado e Bacharelado em História pela mesma Universidade. É Professora do Departamento de História da UNICAMP.
Ela faz uma dicotomia interessante sobre o que é história:
“Os dois sentidos da palavra [história] estão, pois, estreitamente ligados: os acontecimentos históricos (a história acontecimento) são o objeto de análise do conhecimento histórico (história conhecimento)”.
“A história seria aquilo que aconteceu [...] e o estudo desses acontecimentos”. Pág. 48.
Julgo ser uma simplificação muito útil.
Depois ela escreve:
“Infelizmente, é preciso desiludir-se de inicio: escrever história não é estabelecer certezas, mas é reduzir o campo das incertezas, é estabelecer um feixe de probabilidades. Não é dizer tudo sobre uma determinada realidade, determinado objeto do passo, mas explicar o que nesses é fundamental. Nem por isso, se deve cair num total relativismo em que toda e qualquer explicação tenha a mesma importância, o mesmo peso".
"Para esse tipo de conhecimento histórico, todas as conclusões são provisórias, pois podem ser aprofundadas e revistas por trabalhos posteriores. Um 'saber absoluto', uma 'verdade absoluta' não serve aos estudiosos sérios e dignos do nome; servem aos totalitários, tanto de direita como de esquerda, que, colocando-se, como donos do saber e da verdade, procuram, por meio da explicação histórica, justificar a sua forma de poder”. Pág. 69-70.
Num primeiro momento pensei que isso cheirava a puro pós-modernismo, mas uma leitura mais cuidadosa revela apenas a cautela da autora na interpretação dos eventos historiados. Na ânsia de detectar e refutar qualquer indício de relativismo no curso, julguei que a autora estava defendendo uma visão pós-modernista nesse trecho.
Começar a estudar a ciência histórica tendo como ponto de partida este pequeno livro, é um bom começo. Depois o aprendiz pode ler Apologia da História – Marc Bloch, A História Repensada - Keith Jenkins, A Busca da História – John Tosh, Que é História – E. H. Carr, etc.