quarta-feira, 29 de abril de 2020

Através das Lentes da Vida de Maomé



Eis aqui, um documentário que desnuda o tão amado, e porque não dizer tão idolatrado mensageiro/profeta do islã, Maomé. Para quem pensa que ele foi um homem bom, exemplo de conduta, pacífico e misericordioso, este material vem desmentir as supostas virtudes do fundador do islamismo, religião cujo número de adeptos já passa de mais de 1,6 bilhão em todo o mundo.

Para os muçulmanos, Maomé foi um exemplo de pessoa e servo de Allah, que todo fiel deve procurar seguir. Eles têm em mente esta passagem do Alcorão 33.21:

“Com efeito, há, para vós, no Mensageiro de Allah, belo paradigma, para quem espera em Allah, e no Derradeiro Dia, e se lembra amiúde de Allah.” - Tradução do Sentido Nobre do Alcorão. 2ª Edição. Dr. Helmi NASR, Professor de Estudos Árabes e Islâmicos na Universidade de São Paulo.

Atos de Maomé

Maomé começou a pregar de forma pacífica a sua visão religiosa, mas diante da recusa das pessoas em aceitar o que ele dizia, perdeu a paciência e descambou para atos indiscutivelmente violentos. Segundo William Dipuccio, Ph.D em Religião pela Marquette University, EUA:

“A mensagem dele foi proferida de forma pacífica e não violenta no início, mas terminou em violência e conquistas militares, ameaças e assassinatos.”

Um pouco mais a frente, Dipuccio comenta:

“Maomé também assassinou alguns inimigos, sem respeitar idade ou sexo. De acordo com as biografias mais antigas, uma mulher poeta que zombou dele, Azma Bint Marwan foi assassinada em sua cama, enquanto dormia com seus cinco filhos. Ele próprio nunca praticou os assassinatos. Ele simplesmente dizia aos seus homens: ‘Quem vai livrar-me dessa pessoa?’ Havia sempre voluntários que davam um passo à frente.”

Maomé mandou que seus desafetos fossem amputados, executados, crucificados, arrancando os olhos e até “retalhar uma mulher velha em duas partes”. O profeta mandou torturar um judeu, e depois de morto ainda casou com a mulher dele.

A "Bondade" de Maomé

O documentário assim cataloga o que ele fez de bom:

- Teve atos de bondade que causaram a admiração de seus amigos e inimigos;

- Prezava muito pelo bem-estar de seus seguidores;

- Resolveu de maneira pacífica uma grande disputa entre tribos rivais;

- Libertou o escravo da esposa dele;

- Generoso com os pobres e necessitados;

- Acabou com o infanticídio feminino.

- Em Medina garantiu que Árabes pagãos e judeus tivessem seus direitos políticos e religiosos garantidos, pelo menos a princípio;  

- Anistia a muitos de seus inimigos em Meca;

- Uniu as tribos rivais;

- Num massacre perpetrado por um de seus generais, ele compensou as viúvas e os órfãos, reprovando a carnificina feita por ele;

- Criou um tributo para ser doado aos pobres;

- Perto de morrer, incentivou a igualdade e tratamento bondoso as esposas e escravos;

- Ajudava suas esposas nas tarefas domésticas;

- Viveu em modestas circunstâncias, preterindo o luxo;

- Antes de morrer ordenou que 6 moedas de ouro fossem usadas para ajudar os mais necessitados.

Se até os políticos nojentos de nossa época fazem algumas coisas boas, apesar de roubarem muito, porque Maomé não o faria também? Se até Pablo Escobar, o paradigma máximo dos narcotraficantes, teve atos de “bondade” para com os mais pobres da Colômbia, construindo um bairro para eles, sendo admirado e venerado por todos os habitantes de lá, que o tem como um semi-deus, porque então que com Maomé seria diferente? Atitudes "bondosas" podem ser encontradas no piores ditadores e genocidas da história, e isso de maneira alguma atenuará o que eles fizeram de ruim. E isso piora sobremaneira quando se é o fundador de uma religião. 

Maomé e tolerância

A religião de Maomé pouco cresceu pela persuasão, convencer ao outro por meio de argumentos. Ela cresceu pela coerção. Muitas tribos vendo-se derrotadas, “converteram-se” a visão teológica de Maomé. A força beligerante foi a grande causadora da expansão do islã.

Mais uma Dipuccio nos diz:

“Muitas batalhas não foram conduzidas em autodefesa, como alguns apologistas do islã argumentam. Ao contrário, a guerra tornou-se um instrumento para a propagação do islã, entre os idólatras árabes que recusavam o convite de Maomé para converterem-se. Gerações posteriores seguiram muito similar procedimento, resultando na expansão do império islâmico, estendendo-se desde a Europa até a Índia.”

Eu já vi em alguns sites e textos, dizerem que Maomé foi tolerante para com os judeus e cristãos que viviam em Meca. Mas não é bem assim não. Os judeus tinham que pagar uma taxa anual que equivalia a 50% de suas colheitas. E procedimento similar foi feito em toda a expansão do islamismo.

Maomé só foi tolerante no início de suas pregações, o que seria mais do que óbvio, visto que ainda não dispunha de nenhum poderio militar a seu favor. Mas depois de ter todo o poder de guerra em suas mãos, não tolerou os politeístas de Meca, quando a conquistou, dando um prazo de quatro meses para que eles largassem os seus deuses. Caso não obedecessem, seu destino seria a morte por rejeitar a Allah e seu mensageiro. Para com os cristãos e judeus, ambos teriam que pagar uma taxa, e nada de pregarem a sua fé aos outros. Tornaram-se cidadãos de segunda classe.

Dippucio comenta:

“O ‘Povo do Livro’ (cristãos e judeus) eram usualmente tolerados, desde que pagassem a ‘jizya’ e se humilhassem diante de seus conquistadores muçulmanos. Assim mesmo, Maomé, pouco antes de morrer, ainda lamentava de que ambos, cristãos e judeus, rejeitassem seus clamores proféticos e amaldiçoou ambos. De acordo com historiadores muçulmanos, Ibn Sa’ad e Ibn Kathir, ele disse: ‘Ó Senhor, destrua os judeus e os cristãos.’

Num determinado momento, Maomé permitiu que seus seguidores perseguissem e matasse os judeus em toda a região, onde quer que os encontrassem. A tribo Banu Quraiza acusada de traição teve de 700 a 900 homens decapitados, cerca de 1.000 mulheres e crianças escravizadas e vendidas.

Maomé a as Mulheres

Quanto a Maomé e suas esposas, o documentário revela que ele teve 11 esposas, sendo duas como espólio de guerra. Muçulmanos xiitas dizem que ele teve 22. Aos homens, ele permitiu que tivessem até 4 esposas, prometendo-lhes que no paraíso terão várias mulheres ao seu dispor além de escravos. Essas esposas no paraíso sempre terão suas virgindades restauradas, e só terão um marido.

O mensageiro de Allah casou-se com Aísha, quanto esta tinha 6 ou 7 anos, tendo a primeira relação sexual, quando ela tinha 9 ou 10 anos. Ele tinha 49 anos. Eu pergunto: a que chamamos isso? Os muçulmanos devem seguir esse exemplo do profeta?   

Ele também legalizou a prostituição para os seus soldados. 

Mais uma vez Dipuccio nos diz:

“No seu sermão de despedida, aos 62 anos, Maomé prescreve apedrejamento para adultério e punições físicas para disciplinar esposas. Se o isolamento falhar, Maomé disse, espanquem-nas com tiras, mas não severamente.”

“Mulheres também são comparadas a propriedade, cativos e prisioneiros, por Maomé.”

“De acordo com o Corão, o testemunho de uma mulher no tribunal vale a metade do de um homem. Sob a Lei Islâmica tradicional, que é baseada no Corão, uma vítima de estupro, precisa trazer 4 testemunhas homens para obter justiça contra seu estuprador.”

“FGM (Mutilação Genital Feminina) uma certa forma de circuncisão do islã foi praticada, com aprovação de Maomé, de acordo com tradições. De fato, isso é exigido, de acordo com eruditos.”

“Mulheres têm pouco a esperar depois da vida. De acordo com um ‘hadith’ confiável, Maomé teve uma visão do inferno, no qual viu que seus habitantes eram a maioria de mulheres. Foram condenadas por sua falta de gratidão a seus maridos.”

“Certas vez, Maomé falou a um grupo de mulheres, que nunca tinha visto alguém tão deficiente em inteligência e religião como as mulheres. Nem todos os muçulmanos têm essa visão tão ruim das mulheres, é claro, mas esse é o ensinamento do Islã tradicional.”

Islã e Escravidão

A doutrina do islã não condena a escravidão. Pelo contrário: incentiva-a.

Dipuccio mais uma vez:

“[...] O Islã perpetuou e regulamentou sua prática sob a lei da ‘Sharia’ até o século 20. Alguns eruditos muçulmanos ainda advogam a escravidão como uma essencial e integral prática do Islã.”

Na expansão islâmica, a escravidão sempre foi uma constante, estando os números entre 10 a 18 milhões de escravos. Inclusive a escravidão sexual.

Dipuccio:

“Sob a Sharia qualquer número de mulheres capturadas podem ser mantidas como escravas sexuais ou concubinas. Se forem casadas, o casamento delas é anulado. Maomé tinha duas de suas esposas, que foram capturadas em guerras, e tinha pelo menos duas concubinas, em adição a vários homens escravos. Embora encorajasse um tratamento bondoso dos escravos e do não abuso dos escravos, não existe punição sob a lei da Sharia para o proprietário que estupra ou mata seus escravos. Tais leis não são sempre aplicadas integralmente, permitindo aos escravos serem melhor tratados em alguns lugares que em outros.”

Conclusão

O documentário termina dizendo que ele foi uma figura enigmática, que tem sido usada tanto para promover a paz, como a guerra terrorista.

De minha parte, achei um ótimo documentário, bastante informativo. Como é apenas um documentário de pouco mais de 40 minutos, nada nele é aprofundado. Claro que muitas coisas negativas ditas nele sobre Maomé podem ser atenuadas, apelando para o contexto histórico, político e social, de cada um desses eventos narrados. Entretanto, o contrário também é verdadeiro. E creio que cada questão dessa se for melhor escrutinada, pouco sobrará de positivo no profeta do Islã. Um estudo mais aprofundado, afundará ainda mais a visão de um homem bom e virtuoso, que deve ser o “belo paradigma” de conduta, conforme diz o Alcorão 33.21.