Kelson Mota, Ph.D e Mestre em Físico-Química pela USP e Professor da
Universidade Federal do Amazonas, nos apresenta o resultado de suas pesquisas sobre
as impossibilidades termodinâmicas para o surgimento, por exemplo, da Adenina,
Citosina e Uracila (nucleotídeos). A modelação das reações abiogênicas desses
três exemplos citados, não acontecem sem o direcionamento de um Design.
Cálculos exaustivos foram feitos e a conclusão do Mota é:
Nenhuma
das reações abióticas de sínteses de bases nucleicas podem ocorrer espontaneamente, sem intervenção dirigida de trabalho!
Interessante é que os velhos criacionistas desde a década 1970 ou até antes,
sempre tocaram na questão termodinâmica como um grande empecilho a evolução
darwiniana. Algumas vezes presenciei em debates e textos evolucionistas, o seu
desdém sobre o argumento da entropia. Mas parece que ele se renovou e ainda
ficará no pé daqueles que propõem um mecanismo naturalista, baseado no tempo,
acaso e necessidade.
Mediante noites e mais noites fazendo cálculos complicados e delicados,
o Mota parece inviabilizar o argumento evolucionista de que o sol é capaz de
fornecer energia suficiente para a diminuição de entropia, e assim, formar pelo
menos, uma sequência específica de DNA. Segundo ele, é impossível.
Em complemento ao que ele falou, me lembrei do que a Cláudia Aparecida
Alves, Bacharel em Química/USP, Mestre em Ciência e Química Analítica/USP e
Doutora em Biotecnologia Molecular Estrutural/USP tinha escrito há alguns anos:
A Segunda
Lei da Termodinâmica diz que tudo tende ao caos, à desordem e à deterioração. A
teoria da evolução afirma justamente o contrário, ou seja, que moléculas
simples foram gradativamente tornando-se estruturas cada vez mais complexas e
ordenadas. O problema da tendência à desordem pode ser contornado se houver
fornecimento de energia externa ao sistema. Em organismos vivos já
estruturados, como os atuais, existem mecanismos que compensam essa tendência à
desordem transformando a energia solar em energia química. As plantas convertem
a luz solar em energia química, os animais comem as plantas e aproveitam sua
energia armazenada. Esse ciclo de dependência energética é chamado de cadeia
alimentar. Seres tão primitivos como a primeira vida não dispunham de mecanismo
de captação e conversão de energia solar. Para contornar essa dificuldade, os
evolucionistas apelam para o processo fermentativo, que é bem mais simples do
que a captação de energia externa, mas mesmo a fermentação seria algo muito
complexo para a primeira vida formada ao acaso. [1]
Para o Mota, a única explicação possível é que toda a maquinaria
biomolecular é o resultado de uma INTENCIONALIDADE. Os naturalistas objetarão
que se firmar no desconhecimento e incapacidade atual da Ciência em explicar a
gênese dos nucleotídeos, para postular uma espécie de deus misterioso que
intencionou criar num sei pra quê os seres orgânicos, é preencher as lacunas do
conhecimento científico com fantasias religiosas, que há muito tempo já foram
descartadas.
Contrariando essa objeção,
Willian Dembski (Ph.D em Matemática na Universidade de Chicago, Ph.D em
Filosofia na Universidade de Illinois, é Professor associado de Pesquisa em
Fundamentos Conceituais da Ciência na Baylor University) e Jonathan Witt (Ph.D
em Literatura na Universidade do Kansas, EUA) escrevem:
A teoria
do design inteligente sustenta que muitas coisas na natureza apresentam um
sinal claro de terem sido projetadas. A teoria não é baseada no que os
cientistas não sabem sobre a natureza, mas no que eles efetivamente sabem. Ela
é construída sobre uma série de descobertas científicas em todas as áreas, da
biologia à astronomia. [2]
Será que eles têm razão? Mesmo com dúvidas, fico com eles.
REFERÊNCIAS:
2 – DEMBSKI, Willian;
WILL, Jonathan. Design Inteligente sem censura. São Paulo: Cultura
Cristã, 2013. P. 07.