Alguns dos motivos que esse documentário enumera dos hábitos
e crenças dos primeiros cristãos que iam contra os princípios do Império
Romano:
- Não sacrificar aos deuses romanos;
- Reuniões cristãs secretas;
- Práticas estranhas aos olhos do Estado e da população;
- Separação de famílias pela conversão;
- Comportamento proselitista agressivo, dizendo que os
deuses romanos são imorais.
Tudo isso somado, não poderia passar em branco pelo governo
de Roma. Os cristãos podiam ser cristãos, contanto, que também fossem
"romanos", aceitando praticar as diretrizes básicas das autoridades.
E aí estava o problema. Como eles podiam participar dos sacrifícios de animais
de uma religião politeísta, quando o seu salvador e Deus (Jesus) tinha morrido
de uma vez por todas para salvá-los?
Agora, houve exagero, e ainda há, no número de cristãos que
muitas vezes ouvimos que foram martirizados pelo império. Passa-se a ideia de
que desde o seu surgimento, os cristãos foram implacavelmente perseguidos,
mortos, torturados e intolerantemente esmagados pelas autoridades do grande
império. Quando na verdade, muitos foram os períodos de paz e convívio
tranquilo entre os primeiros crentes e o governo, onde milhares de cristãos
viveram calmamente a sua fé, sem serem perturbados.
Assim como há um aumento injustificável do número de pessoas
mortas pela inquisição católica, há também, fruto de uma propaganda cristã
enganosa no passado - um mito de que muitíssimos e muitíssimos seguidores de
Jesus foram martirizados pelo império romano em seus primeiros séculos.
Houve sim, momentos de intensa perseguição, mas não como nos
é geralmente passado. Não há documentação histórica que ateste uma
opressão/tirania/violência/repressão/tormento/vexação/acossamento ininterruptos
contra os discípulos do homem de Nazaré.
Perpétua foi uma das principais mártires que caiu nas mãos
sanguinárias dos romanos, sendo morta na arena, não por um soldado romano, que
se negou a matá-la, mas por ela mesma, que pegou a espada e enfiou em seu
pescoço, ali na frente de todos, para lhes mostrar que ela não se importava em
morrer pela sua nova fé no galileu de Israel. Num certo momento virou moda querer morrer
pela fé cristã.
Os cristãos foram aumentando cada vez mais, principalmente quando
houve uma enorme praga que devastou o império romano, que acredita-se que pode
ter sido a varíola. E quem estava dando assistência aos moribundos? Os cristãos,
quando ninguém estava disposto a ajudar a essas pobres almas, na porta da
morte. O cristianismo jogou na cara da sociedade o seu valor enquanto religião,
dando assistência de prestimosa importância. Mas isso não foi suficiente para
que o império os vissem como não subversivos. Se não aceitassem a estrutura social-religiosa
de Roma, deveriam pagar pelas consequências de tal escolha. Assim, houve
períodos de caça aos adeptos dessa religião estranha e petulante.
Como é dito, nos últimos anos, já morreram mais pessoas por
causa de sua fé em Jesus, do que nos primeiros trezentos anos da igreja. A
perseguição hoje é muito mais acirrada em vários países pelo mundo a fora.
Países muçulmanos, países da África, China, Coreia do Norte e etc. Basta uma
rápida pesquisa na web, para vermos que atualmente apenas dizer que acredita em
Jesus, em certas regiões do planeta, é arranjar um problemão, que muitas vezes
custa a própria vida.