quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Tupac: Ressurrection


Considerado o maior Rapper de todos os tempos, esse vídeo de quase duas horas conta a história conturbada, polêmica e cheia de aventuras de Tupac Shakur. Nessa obra o que surpreende é que o próprio Rapper "narra" toda a sua história, inclusive a sua morte. E Muita criatividade dos produtores. Queria saber qual foi o tipo de tecnologia usada. 

Não sou fã de Rap/Hip-Hop e mal conheço as músicas dele, mas sabia através da “extinta” MTV da importância do Shakur no cenário da música norte-americana. O cara é uma espécie de deus do Rap por lá. Uma lenda! Um mito!

Esse vídeo reúne muitos elementos que me interessam sobre a constituição e formação da sociedade negra nos EUA. Uma nação marcada pela segregação, racismo, preconceito e etc. Uma verdadeira guerra diária muitos negros tem de enfrentar todos os dias para sobreviver nas periferias das grandes cidades estadunidenses.

Muitos acabam caindo nas garras do tráfico, drogas, assaltos, roubos, assassinatos e tudo o que não presta. O documentário não se furta a isso. Uma complexidade de fatores contribuiu e ainda contribuem para essa situação. Nessa perspectiva, a própria sociedade branca racista norte-americana produziu essa nefasta realidade.

Link do vídeo:

http://megafilmeshd.net/tupac-resurrection/

A Evolução do Criacionismo


Uma inteligente exposição feita pelo Marcus Valério, Mestre em Filosofia pela UNB, sobre a história do Criacionismo, enquanto sistema de pensamento teológico que se pretende científico para destronar a Teoria da Evolução do seu lugar de primazia na comunidade científica e principalmente nas escolas. Ele divide essa história em quatro períodos básicos:

1 – Período: Nas primeiras décadas do século XX, a estratégia criacionista foi simplesmente proibir o ensino da Evolução nas escolas. 

2 – Período: Surge o Criacionismo “Científico” em meados da década de 1960, que tenta refutar a Evolução usando a ciência.

3 – Período: Surge o Criacionismo Filosófico que questiona o status epistemológico do Darwinismo.

4 – Período: É o que vivemos atualmente, com os adeptos do Design Inteligente, grupo que nasce no início da década de 1990, e que perdura até hoje. 

Para o palestrante, o Criacionismo não foi e não é ciência de modo algum. E apesar de admitir uma certa sofisticação epistemológica no Design Inteligente, este carece das mesmas falhas do Criacionismo das décadas anteriores. 

Realmente muitas de suas criticas são válidas e merecem ponderação da parte de quem adota a posição divergente da Academia. Mas ele só conta metade da história. Muitas questões poderiam ser colocadas que minimizam o impacto do que ele disse. De qualquer forma, sou fã desse cara, desde o início de 2006 eu leio os textos dele, que são maravilhosamente bem escritos e bem articulados. É um verdadeiro Filósofo. 

As Mutações do Criacionismo


Basicamente nessa palestra, Marcus Valério, Mestre e Bacharel em Filosofia pela Universidade de Brasília, nos apresenta o que seria o 5º estágio do Criacionismo: a subjetividade da mente, com a sua capacidade de dar sentido e intencionalidade a tudo que está ao seu redor. Segundo ele, a Evolução não consegue explicar essa faceta da identidade humana. Mas acredita que a Psicologia Evolutiva seja muito promissora em explicar certos aspectos da psique humana.

Ele admite que cérebro e mente não são a mesma coisa e, que portanto, existe uma dimensão humana que talvez não seja apenas um epifenômeno da matéria. Dessa forma, os criacionistas opositores da Teoria da Evolução teriam um refúgio inexpugnável para argumentar em favor de uma suposta divindade que nos concede essa cognição que objetifica tudo ao redor, mesmo que essa tal objetificação possa ser apenas aparente. 

Lembrando que a exposição dos quatro primeiros estágios do Criacionismo ele deu na palestra A Evolução do Criacionismo.