segunda-feira, 15 de maio de 2017

Che 2: A Guerrilha


Che Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana de 1953-1959, com Fidel Castro. Um ícone pop da contra cultura. Uma das personagens mais amadas e odiadas das últimas décadas. E que por isso, conseguiu a façanha de estar entre as 100 pessoas mais importantes do século XX. 

Não conformado com o "sucesso" da revolução em Cuba, Guevara queria universalizar a causa comunista-socialista. Para tal desafio, armou várias guerrilhas na América Latina, e também foi para o Congo, onde foi um fracasso. E por fim, tentou combater o governo boliviano opressor na segunda metade da década de 1960. Com documentos falsos, consegue sua entrada na Bolívia, passando a estar com outros guerrilheiros para se aventurar nas florestas bolivianas. 

Esse filme lançado em 2008, tem mais de 4 horas de duração. É dividido em duas partes. Chafurdando os DVDs que tenho de filmes e documentários gravados há alguns anos, encontrei esse filme que até então, não tinha visto ainda. Infelizmente, só tenho a segunda parte do filme, quando ele resolve partir para a Bolívia, para sua última guerrilha, onde ele é capturado e morto, pelo exército boliviano. 

Pelo que o filme mostra, as dificuldades foram imensas para que o pequeno exército tivesse o mínimo sucesso. Sempre doentes, pouca comida, os camponeses - pobres miseráveis - mal podiam ajudá-los. Foi quase um ano perambulando pelo mato da Bolívia, onde Che chegou a cogitar até a matança de um cavalo para alimentar os seus soldados. 

Ficou subtendido que uma das finalidades do filme era nos mostrar um Che bem cordial, camarada, companheiro, compreensivo com os seus soldados problemáticos e com os camponeses que ele ia se deparando no caminho. A película do premiado Diretor Steven Soder Berg tem o intuito de nos trazer uma imagem bem positiva de Guevara.

Nesse ponto, o filme não vai agradar a muitos. 

Pelo pouco que conheço da história de Che, ele foi um assassino frio e cruel, que não tinha piedade nem de seus soldados. Matava um, como se mata uma barata. O documentário Che Guevara: Anatomia de um Psicopata, que assisti há uns anos, traz uma biografia demoníaca do ídolo da Revolução em Cuba, totalmente destoante da imagem passada por esse filme. Pela cronologia da coisa, em 1966 quando ele chega na Bolívia, o cabra já tinha um histórico de peripécias macabras há muito tempo. No entanto, vemos um Che bem manso e tranquilo no filme. 

Independente de obras cinematográficas ou investigativas, exaltando-o ou demonizando-o, a verdade é que o rosto do dito cujo, quer gostemos ou não, é quase que onisciente. Quando menos esperamos, nos deparamos com algum maluco/a (?) com a cara dele estampada numa camiseta. 

Engula essa, seus capitalistas porcos! 

Viva la Revolución!

Che Vive!