A origem da vida ainda continua sendo
um mistério insondável para as mentes científicas mais eminentes do nosso
tempo, que não conseguem uma explicação passível de provas de que ela surgiu
assim ou assado. Apesar das animosidades entre Cientistas materialistas (que
são a maioria) e Cientistas teístas, há uma concordância geral, de que ainda
estamos muito longe de desvendar, se é que vamos, esse enigma de como de um
momento para o outro a vida passou a existir. Teorias aos montes foram
propostas ao longo dos últimos sessenta anos, mas elas não passaram pelo
escrutínio da Ciência.
Vejamos o que alguns Cientistas
teístas têm a dizer:
George T. Javor (Ph.D. pela Columbia
University) leciona Bioquímica na Loma Linda University, Loma Linda,
Califórnia, EUA.
“Cinqüenta anos de pesquisa bioquímica demonstraram inequivocamente
que, a despeito de quais sejam as condições, a abiogênese é uma impossibilidade.
É apenas uma questão de tempo antes que o edifício chamado ‘evolução química’
imploda sob o peso dos fatos.”
Urias Takatohi, tem Licenciatura pela
Universidade São Carlos e Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Física pela USP.
“Nenhuma teoria [naturalista] adequada sobre a origem da vida foi
desenvolvida até agora, e os livros didáticos de biologia ainda citam as
hipóteses do bioquímico russo Oparin (c. 1930), e os experimentos de Stanley Miller,
da Universidade de Chicago (1952), como progressos nessa direção.”
Werner Gitt, especialista em Teoria da
Informação e Diretor do Instituto Federal de Tecnologia em Brunsvique,
Alemanha.
“Stanley Miller (1930-2007), cuja experiência com a ‘sopa
pré-biótica’ (1953) é mencionada em todo livro de Biologia, admitiu depois de
40 anos que nenhuma das atuais hipóteses sobre a origem da vida consegue ser
convincente. Ele classificou todas elas de ‘bobagens’, de ‘gestações mentais
químicas’”.
Ariel A. Roth, Ph.D em Biologia pela
Universidade de Michigan, membro da Sociedade Americana de Geologia e membro da
Sociedade de Geologia Sedimentar.
“O fracasso da evolução química para apresentar um modelo plausível,
junto com a persistência dos cientistas em tentar criá-lo, provoca uma séria
questão sobre a prática atual da ciência. Por que tantos cientistas têm fé em
modelos da origem da vida que seguem uma multidão de proposições essencialmente
impossíveis, mas não consideram a fé em um idealizador? Existe uma atitude
preconceituosa contra Deus no atual ambiente científico? Estaria essa atitude
impedindo que a ciência encontre toda a verdade? Algo parece estranho.”
ROTH, Ariel. A
Ciência descobre Deus. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2010. P.
102.
Cláudia Aparecida Alves, Bacharel em
Química/USP, Mestre em Ciência e Química Analítica/USP e Doutora em Biotecnologia
Molecular Estrutural/USP.
“Stanley Miller ficou famoso ao publicar, em 1953, os resultados de
sua experiência, realizada sob as condições da suposta atmosfera primitiva. A
atmosfera primitiva, proposta no experimento de Miller, era composta por vapor
d'água, metano, amônia e hidrogênio, na total ausência de oxigênio livre, pois
ele sabia que o oxigênio impediria a formação das grandes moléculas orgânicas.
Sob estas condições, Miller relatou que obteve formação de alguns aminoácidos.
Entretanto, não existem provas de que a atmosfera primitiva fosse isenta de
oxigênio livre.
O conhecimento científico chegou a um impasse sobre a origem da vida
e que algumas pessoas começam a reconhecer que as respostas podem estar no
âmbito da teologia.”
John Briant, Ph.D em Bioquímica na
Universidade de Cambridge, com Pós-Doutorado na Universidade de East Anglia.
Professor emérito de Biologia Celular e Molecular na universidade Exeter.
“A ciência nos diz também que há coisas que não sabemos e que talvez
não conseguiremos saber, o que nos mantém humildes. Não acredito, por exemplo,
que um dia saberemos como a vida começou. Podemos conceber um mecanismo viável,
mas isso não nos diz o que aconteceu realmente, pois não sabemos repetir o
experimento.”
BANCEWICZ. Ruth (Org). O Teste da Fé. Viçosa. Minas Gerais: Ultimato,
2013. P.72.
James Tour, Cientista Infinitesimal,
com Ph.D em Química Orgânica pela Universidade Purdue e Pós-Doutorado na
Universidade Stanford e na Universidade de Wisconsin. Professor do Departamento
de Química e do Centro de Ciência e Tecnologia em Escala Infinitesimal da
Universidade Rice.
“Vou contar-lhe que como cientista e químico sintético”, [...] se
alguém devia entender a evolução, seria eu, porque faço moléculas para ganhar a
vida, e não apenas compro um kit, e misturo isso e mais isso e obtenho aquilo.
Quer dizer, ab initio, eu faço moléculas. Eu entendo o quão difícil é fazer
moléculas.
Eu não entendo a evolução, e vou confessar para você. [...] Para mim
está tudo bem dizer que ‘eu não entendo isso’? Está tudo bem? Eu sei que há um
monte de pessoas lá fora que não entende nada de síntese orgânica, mas entendem
de evolução. Eu entendo um monte sobre fazer moléculas; eu não entendo a
evolução.
Deixe-me dizer a você o que acontece nos bastidores da ciência – com
os membros da Academia Nacional, com vencedores de prêmios Nobel. [...] Eu me
assentei com eles, e quando estávamos sós, não em público – porque é uma coisa
apavorante, se você diz o que eu acabei de dizer –, eu disse: ‘Você entende
tudo isso, de onde tudo isso veio e como aconteceu [a origem da vida]?’ [...]
Não.
Toda vez que eu me assento com químicos sintéticos, que entendem
isso, eles dizem ‘Ah-hã. Não’. [...] E se eles estão com medo, e querem dizer
‘sim’, então não dizem nada. Eles apenas olham pra mim, porque eles não podem
sinceramente fazer isso.
Stephen Grocott, Ph.D em Química na
Universidade da Austrália Ocidental. Membro do Instituto Real de Química da Austrália.
“Se alguém acredita na evolução, então é preciso também explicar a
origem da vida, o primeiro passo. Sem isso, toda a questão da evolução paira
sobre nada.
Agora este é um assunto sobre o qual eu li muito. E o peso das
evidências contra a origem espontânea da vida na Terra é, na minha opinião,
esmagadora.”
ASHTON, John F. Em Seis Dias: Por Que 50 Cientistas Decidiram Aceitar a Criação. Master
Books, 2001. P. 144.
Francis Collins, renomado Geneticista
e Diretor do Projeto Genoma Humano, responsável pelo mapeamento do DNA humano,
em 2001.
“Para começar, como surgiram esses organismos que se
auto-reproduzem? É justo afirmar que simplesmente não sabemos. Nenhuma hipótese
atual se aproxima de uma boa explicação acerca de como, num espaço de meros 150
milhões de anos, o ambiente pré-biótico que existia sobre o planeta Terra gerou
vida.
Há cinquenta anos, os famosos experimentos de Stanley Miller e
Harold Urey recriaram uma mistura de água e compostos orgânicos que poderia ter
representado as circunstâncias primordiais na Terra. Aplicando uma descarga
elétrica, esses pesquisadores puderam formar pequenas quantidades de
importantes blocos de construção biológica, como os aminoácidos.
Além desse ponto, porém, os detalhes tornam-se bastante incompletos.
Como poderia uma molécula que se auto-reproduz, portando informações, montar-se
espontaneamente a partir desses componentes? Parece totalmente improvável que
uma molécula como o RNA, com sua estrutura de açúcar-fosfato e bases orgânicas
dispostas de forma complexa, empilhadas umas sobre as outras e emparelhadas em
cada degrau de uma hélice dupla e retorcida, tenha 'apenas acontecido' –
especialmente uma vez que o DNA aparenta não ter, em sua essência, nenhum modo
de copiar a si mesmo.”
COLLINS, Francis. A
Linguagem de Deus. São Paulo: Gente, 2007. P. 96-97.
A maioria dos citados acima são criacionistas
clássicos, aquele pequenino grupo de Cientistas que elaboram as mais inusitadas
teorias para negar os bilhões de anos do universo, e que creem piamente que a
origem da vida surgiu abruptamente já formada, conforme o Gênesis. Não levando
em conta tal crença, eles têm razão quanto a ignorância ainda existente sobre
como a vida surgiu. Alegam que as teorias materialistas fracassaram
rotineiramente em explicar como a vida apareceu.
É frequente vermos apelarem para a Lei da
Biogênese: vida só pode surgir de vida. Mas este é um problema para eles! Tal
lei diz que vida material (seres unicelulares, bactérias, vírus, animais, seres
humanos) só pode vir de vida material, e não de uma vida invisível,
inacessível, misteriosa, inalcançável e incompreensível, que é exatamente o Deus
que postulam. Estão a misturar Filosofia e Teologia com Ciência? Parece que
sim. Para que tal argumento funcione, precisam inserir doses cavalares de
Filosofia e Teologia no meio disso tudo.
O primeiro citado, George T. Javor escreve: “[...] a abiogênese
é uma impossibilidade”. Por ora, digamos que sim. No entanto, a
Biogênese parece tornar a visão do que você defende uma impossibilidade,
conforme já expliquei.
O segundo citado, Urias Takatohi diz: “Nenhuma teoria
[naturalista] adequada sobre a origem da vida foi desenvolvida até agora”. Você
está certo, Takatohi. Mas retruco-lhe: “Nenhuma teoria adequada baseada na sua interpretação da
Bíblia sobre a origem da vida foi desenvolvida até agora”.
O terceiro citado, Werner Gitt
arrebata: “Stanley
Miller [...] admitiu [...] que nenhuma das atuais hipóteses sobre a origem da
vida consegue ser convincente. Ele classificou todas elas de ‘bobagens’, de ‘gestações
mentais químicas’”. Você está correto, Gitt. E é bom lembrares que
Miller têm um conceito muito pior sobre as teorias criacionistas da vida.
...
Como pode-se ver, há sempre um
contraponto adequado para cada asserção dos criacionistas.
Estamos diante de um impasse científico sobre como a vida se originou, conforme diz a Cláudia Aparecida Alves - e é aí, que os criacionistas falham, visto que só sabem apontar os defeitos nas teorias naturalistas, sem proporem um modelo adequadamente científico para explicar todo esse mistério.
PS: Não sou ateu. Apenas lançando um olhar mais crítico sobre aqueles que adoram ver defeitos no quintal alheio.