Pequenas tentativas banais, amadoras, desajeitadas (e as vezes contraditórias) de recortes, resumos e resenhas de livros, textos, documentários e filmes.
Não precisa nem ser piolho de festa pra saber o que se passa
nas baladas raves e outros tipos de farras. As drogas correm soltas. E nesse
Conexão Repórter, Roberto Cabrini descortina esse lado “sombrio” da diversão
dos jovens baladeiros.
O fio condutor do programa é a morte de um jovem de 20 anos
morto por overdose de cocaína, droga essa comprada e consumida numa festa rave,
em uma cidade de Pernambuco. Os pais do garoto, logicamente estão inconformados
com a partida precoce de seu filho, e assim, a mãe chega a culpar até mesmo os
amigos que foram com ele para a balada.
O que fica patente é o descaso das autoridades competentes
(melhor dizendo, incompetentes), diante do tráfico de drogas ilícitas que são
comercializadas livremente nesses locais.
O ser humano é bicho inconformado com o que já tem. Pois não
basta consumir o álcool, que já é uma droga, é preciso ter novas experiências e
sensações, mesmo que tragam perigos que possam lhes causar uma viagem sem
volta.
Na zona portuária de Santos, ainda vivem e trabalham as prostitutas
que fizeram parte do auge da prostituição nessa cidade década 1960. Hoje são
velhinhas, mas ainda dão no coro, e elas garantem que ainda fazem o pinto de
muitos homens felizes. Santos era considerada a capital brasileira da putaria,
por causa das várias casas de prazer que a cidade abrigava, por causa do porto,
onde circulava diariamente muitos marinheiros, vindos de vários países. A decadência
veio, devido à tecnologia disponível que tornava desnecessária a estadia dos
potenciais clientes por vários dias no porto.
Como a putaria nunca para, ainda hoje, a prostituição come
no mêi das canela na cidade, e as velhinhas caquéticas continuam abrindo suas
pernas para a gozada alheia. Na maioria, clientes idosos. Uma dessas garotas,
ops, quer dizer, velhinhas de programa, tem 70 anos! É muita coragem do
camarada pegar uma senhora dessas! Rsrsrs.
Debate sobre a Existência de Deus realizado em 2009, na
Universidade Biola, EUA. Do lado teísta,
Willian Lane Craig (Ph.D em Filosofia pela Universidade de Birminghan, na
Inglaterra, membro de nove Sociedades Acadêmicas, dentre as quais estão a
Associação Filosófica Americana, Sociedade Americana de Religião e o Instituto
de Filosofia da Universidade de Louvain, na Bélgica) e do lado oposto, Christopher
Hitchens (premiado Jornalista, Escritor e Crítico Literário; considerado pelas
revista americana Foreign Policy e
revista britânica Prospect como um dos 100 maiores intelectuais populares).
O primeiro debatedor, como de costume apresentou os seus repetidos
argumentos a favor da Existência de Deus e do Cristianismo. Basicamente 5
argumentos foram listados, que na opinião do Craig, dão um suporte robusto em
favor de sua posição. Os argumentos propostos foram:
1 - O Argumento Cosmológico;
2 – O Argumento Teleológico;
3 – O Argumento Moral;
4 – O Argumento da Ressurreição;
5 – O Argumento da Experiência Imediata de Deus.
O segundo debatedor, de maneira despretensiosa, enfatizou a
vontade do crente em querer acreditar num ditador celestial; listou os vários episódios
em que a crença religiosa desempenhou um papel sombrio e vergonhoso ao longo da
história; disse que a Evolução das Espécies destronou a ideia de um Deus
pessoal; discordou do Craig contrapondo a ideia de sintonia fina no Universo; e
que a Biologia e Astronomia ainda estão no berço do conhecimento e, que,
portanto, é muito cedo para tirarmos conclusões apressadas em favor de uma divindade
que criou o cosmos.
Quem se saiu melhor no debate? O Craig com certeza foi o
melhor debatedor nesse dia. Ele parecia uma metralhadora disparando
brilhantemente seus argumentos a favor do teísmo. Sua ampla formação filosófica
e teológica lhes colocaram bem à frente nesse diálogo. Até mesmo o blogueiro ateu,
Luke Muehlhauser, na sua pequena resenha sobre esse debate, reconhece o brilhantismo
do Craig:
Ele é a perfeição absoluta desempenhada num debate. É uma
coisa boa, nós termos os seus vídeos, porque os debatedores sobre qualquer assunto
devem estudá-lo como os atores estudam [Marlon] Brando. [...] é um grande
filósofo analítico. [1]
Num determinado ponto do debate o Craig diz:
“[...] Eu acho que é bastante evidente, que no debate hoje à
noite, não ouvimos boas razões para acreditar que o que é normalmente chamado
de ateísmo é verdadeiro, isto é, a crença de que Deus não existe. O Sr.
Hitchens suspende a crença em Deus, mas ele é incapaz de nos dar qualquer
argumento para pensar que Deus não existe, que é o que é chamado de ateísmo
positivo.
Mostrar o lado ruim de certas crenças e atitudes perpetradas
pelos religiosos não diz nada contra a existência ou não de um Deus pessoal.
Escancarar a tolice das várias crendices existentes nesse mundão, não é
argumento para bater o martelo e dizer: Deus não existe. É um salto epistemológico
injustificado fazer tal coisa. Embora o Hitchens entre em contradição quando
concorda com o Craig, quando este diz que não se pode avaliar a veracidade de uma visão de mundo argumentando
sobre o seu impacto cultural e social. Mas é exatamente isso que o Hitchens faz em seus debates, e nesse não foi diferente.
Vale salientar, que não concordo com o Craig em alguns
pontos. Mas é óbvio que ele nesse debate, como em tantos outros, se saiu bem
melhor. Mas positivando pelo menos uma vez o Hitchens nessa postagem, ele cita
uma história chocante de uma mulher e seus filhos:
No nosso debate [com Douglas Wilson] em Dallas, outro dia eu
mencionei o caso de Fraulein Fritzl, a austríaca que ficou presa em um
calabouço por seu por seu pai, por um quarto de século e estuprada incestuosamente e
torturada e mantida no escuro com seus filhos por 25 anos, e eu pensei, eu pedia
as pessoas para imaginar como ela deve ter suplicado a Deus, como ela deve ter
implorado a ele, e como as crianças devem ter feito o mesmo, e como devem ter
orado, e como eles devem ter orado e essas orações não foram respondidas.
Certamente o problema do mal e do sofrimento não é incompatível
com a existência de Deus do ponto de vista lógico, como o Craig disserta no
debate. É um problema emocional, mas em minha opinião, também é um problema
teológico, e bem difícil de conciliarmos com o Deus bíblico, que diz ser
misericordioso e que escuta as orações dos seus filhos. Vai ver que só escuta
mesmo, e nada mais. É muita, muita, muita e muita fé, acreditar que houve um
significado, propósito e sentido durante esses 25 anos.
O Craig um pouco antes dessa fala do Hitchens, diz:
[...] eu acho que a Confissão de Fé de Westminster
acerta quando diz que o propósito da existência humana é glorificar a Deus e
desfrutar Dele para sempre. Deus é a realização da existência humana.
Como isso se
aplicaria a essa mulher e seus filhos? Como isso se aplica aos bilhões de
pessoas que só tiveram uma vida desgraçada em sua breve jornada nesse mundo? Os exemplos de vidas infelizes se avolumam,
diante do silêncio dos céus. Quando ouviu essa história dita pelo Hitchens, Douglas Wilson respondeu:
Deus vai cancelar tudo isso e todas essas lágrimas secarão. Será que o melhor caminho é nos resignarmos, e repetirmos o que ele disse?
Aqui está o link de uma resenha muito mais
destrinchada do debate. Um ateu tecendo suas considerações sobre os argumentos
propostos.