“Segundo os últimos números oficiais, uma
mulher é estuprada na Índia a cada 20 minutos. Mas muitos estupros não são
denunciados.”
Uma linda garota,
filha de pais pobres, com muitos sonhos, e uma vontade imensa de vencer e crescer
na vida, para ajudar aos seus pais e ser útil a sociedade. Mas seis demônios,
frutos de uma sociedade machista e doentia, puseram um fim trágico, a vida de
Jyoti Singh, num estupro coletivo, extremamente violento e monstruoso, na
capital da Índia, Nova Dhéli.
Voltando do cinema
com um amigo da faculdade de Medicina, Singh e seu colega foram surpreendidos por esses seis
filhos das trevas, que os colocaram dentro de um ônibus escolar e a estupraram.
Não bastasse a violação da sua intimidade, eles a agrediram de tal forma, que
ela em alguns dias depois, veio a óbito.
Em 17 de dezembro de
2012, um dia após o estupro, a população foi às ruas, pedir justiça. Milhares de
estudantes enfrentaram a truculência da polícia, exigindo mudanças. As mulheres
que durante todos esses anos, e por que não dizer milhares de anos, foram reivindicar
mais igualdade. Algo que elas não têm nesse país, pois sofrem as consequências de serem consideradas seres de segunda classe,
nessa nação.
Mukesh, de 28 anos, é
o único dos estupradores que é entrevistado para o documentário. Vejam o que
ele diz:
“Uma mulher decente, não andaria por aí, à
noite. A mulher é muito mais responsável pelo estupro do que o homem.”
“Homens e mulheres não são iguais. A mulher
deve fazer o serviço de casa, e não ficar por aí, em boates e bares à noite,
fazendo coisas erradas e usando roupas erradas. Só 20% das mulheres são boas.”
Percebe-se uma frieza
e indiferença total ao crime cometido. Para ele, a mulher não vale muita coisa.
Entretanto, deve ser observado que a cultura em que ele vive, produziu esse tipo de pensamento. O patriarcado de milhares de anos impingiu na mente dos homens
indianos a idiota ideia, de que eles têm direitos a isso e aquilo, e as
mulheres só têm deveres e obrigações para com eles.
A mãe de Singh, emocionada,
fala como foi o encontro dela com a filha no hospital:
“Ela me viu e começou a chorar. Eu disse para
ela não se preocupar, pois tudo ficaria bem. Eu disse: ‘Seja o que for,
ficaremos com você’.”
Sobre os
estupradores, o pai da vítima desabafa:
“Chamá-los de humanos é difamar a humanidade. E
sabemos que até os monstros têm limites. Eles são diabólicos. Eles passaram de
todos os limites do mal. Nem o diabo confessaria um crime tão bárbaro.”
A sentença de 5 dos 6 réus foi à pena de morte, porém, um morreu na prisão, antes da pena ser aplicada. O sexto era menor idade, 17
anos, quando cometeu o crime e, assim, a sua punição foram apenas 3 míseros anos. Igualzinho aqui no
Brasil, onde um marginal que não completou 18 anos, é tratado com mansidão e a
pão de ló.
Não é dito quando os
4 foram executados. Se é que já foram. Tomara que sim. Se já estão mortos, com certeza, foram bem recepcionados no inferno.
No final do vídeo são mostrados
os números de estupros em alguns países. É alarmante o grande número de
mulheres, que são estupradas e violentadas, e acabam não denunciando a polícia.
A impunidade também é grande nos países de primeiro mundo, como EUA e
Inglaterra. O que impressiona é o número assustador de estupros que acontecem
na África do Sul. A cada 26 segundos, uma mulher é estuprada nesse país. Sim,
sim, é isso mesmo. 26 segundos, e não minutos!
E os estupradores são
punidos?
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