quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Globo Repórter: Viagem a Índia


“1 bilhão de pessoas [em 2002]. Mais de 5 vezes a população do Brasil. A Índia é o segundo país mais populoso do mundo. Só fica atrás da China. E um dos mais pobres também. Já dá para imaginar a dimensão do problema social indiano. Existe muita miséria.”

Procurando documentários sobre a Índia, acabei assistindo esse antigo episódio do Globo Repórter de 2002. Um documentário que trata de modo geral, algumas características desse país tão populoso e muitas vezes tão estranho aos nossos olhos.

Começamos pelo Panda Vermelho, um animal que só existe nas florestas indianas, e que ainda os Cientistas não conseguiram catalogar a que família ele pertence. Sunita Pradhan (Ph.D em Zoologia, North Bengal University) fez uma pesquisa exaustiva sobre esse animal, resultando em sua tese doutoral. Foram 7 meses para achar o pequeno animal.

A vaca depois é a protagonista, é de conhecimento comum, que esse animal é sagrado nesse país, e, portanto, não pode ser comido. Porém, um detalhe curioso que não sabia: a vaca não é sagrada em todo país. Embora não seja dito em que região as mimosas podem ser saboreadas.

“Os indianos amam as vacas. São muito gratos a ela.”

Já por aqui, poucos de nós, ocidentais, nos preocupamos com esse animal. Ignoramos o sofrimento que milhões deles passam nos açougues, para nos alimentar. Isso, porque nos foi passada a inverídica informação de que não podemos viver sem carne. Fui convencido de que o melhor é não comer carne (só na teoria, pois na prática...), através do documentário A CARNE É FRACA, que pode ser visto aqui:


Indo para a região da Caxemira, lugar de conflito entre Índia e o Paquistão, o repórter irá filmar um tradicional casamento arranjado. Mas como ocidental, corre perigo de vida, por causa dos extremistas muçulmanos que têm um ódio endêmico e intolerante para com aqueles que não comungam de sua religião. O repórter Luís Nachibin revela:

“Eu passei cinco dias, aqui na Caxemira, e praticamente não coloquei o pé na rua, por ordem da polícia local. Eu, jornalista estrangeiro, com uma câmera de vídeo, seria uma presa rara e fácil para os terroristas. Se eles me pegassem, certamente conquistariam a atenção do mundo inteiro.”   

Quanto ao casamento, os noivos foram prometidos desde que nasceram, há 27 anos. Nunca se viram, nunca conversaram nem por telefone, carta, email, whatsapp, tinder, badoo, skipe, facebook... ops, nessa época não existiam essas redes sociais. Rsrs.

Apesar dos muitíssimos problemas sociais existentes, como a extrema pobreza da maioria esmagadora da população, a criminalidade não é proporcional à miséria que reina soberana na Índia. Mais uma vez invocando Nachibin, que diz:

“Andei de trem ordinário, fui a alguns dos bairros mais miseráveis do planeta, sempre com uma câmera de vídeo no ombro, e jamais percebi qualquer ameaça de roubo. O povo indiano aceita a própria condição social, sem cobiçar os bens do próximo. Essa aceitação, em parte, é resultado da forte religiosidade da população.”

Interessante e louvável isso. Excetuando a triste segregação que o sistema indiano de castas impõe a milhões de seus cidadãos. Mas o foco aí é o roubo, o furto, o assalto, isto é, a violência para tomar ilegitimamente aquilo que não é seu. Aqui no Brasil, sabemos como a coisa funciona. A criminalidade reina.

O vídeo é bom, trás muito mais coisas, mas por ora, é isso. 

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