Já tive e (ainda tenho) muito estômago e paciência para ler dissertações de mestrado que tratam de temas ligados ao islã. Em sua maioria são verdadeiros trabalhos politicamente corretos, que partem da premissa de que o islã, enquanto religião NUNCA deve ser criticado. De certo modo é compreensível, visto que esses mestrandos devem obedecer as regras, critérios e gostos de seus orientadores, da universidade, dos paradigmas vigentes do multiculturalismo, relativismo, e etc., do contrário, terão muita dificuldade em adquirir seus suados diplomas e seguirem em suas carreiras acadêmicas.
Há uma generalização nos centros universitários em não negativar a religião islâmica. O máximo que se pode fazer é criticar os atos terroristas, de intolerância e de opressão as mulheres, como resultado de contingências políticas, sociais e econômicas, que em grande parte são o preço que o mundo muçulmano paga, por serem tão explorados pelo mundo ocidental capitalista de cultura judaico-cristã, não levando em conta nesse emaranhado multifatorial, a religião muçulmana, enquanto um dos fatores originadores dos comportamentos intolerantes que lá vigoram.
De certa forma, esses mestrandos seguem de perto as abordagens suaves e de apologia ao islã, da historiadora e ex-freira ressentida Karem Armstrong e do historiador John Esposito, só para mostrar dois exemplos. E é no segundo exemplo que quero me alongar.
Por que os professores universitários quase que numa única voz, são reticentes em fazer uma avaliação crítica aos fundamentos do islã? Por que eles vão contra as evidências históricas abundantes que mostram o caráter belicoso da jihad, afirmando que jihad é a luta interior do muçulmano para seguir a religião, tendo pouco, ou nada a ver, com o uso da força para espalhar o islamismo? Sendo mais claro, por que não dizem o que está escancarado na nossa cara, que o islã tem em seus fundamentos (vida de Maomé, Alcorão, Sunna) as sementes da violência?
John Esposito, Professor de História Islâmica na Universidade de Georgetown, EUA, é um belo exemplo, que pode nos ajudar a entender o porquê dos professores serem tão reticentes quando o assunto é o islã.
Esposito é o mais proeminente defensor do islã no mundo da academia, sendo ele um não-muçulmano. Por quê? Ele fundou o Centro Príncipe Alwaleed Bin Talal de Entendimento Muçulmano-Cristão, dentro da universidade, que é financiado pela própria Arábia Saudita, recebendo milhões de dólares para promover o islamismo. Que tipo de estudos científicos sérios e isentos esse instituto irá publicar? Sabe aquele tipo de resultado “científico” divulgado pelos cientistas CONTRATADOS da McDonald’s em 2003, dizendo que os lanches desse fast food não fazem mal a saúde, e que são até saudáveis? Bem, entenderam, né? Eu fico imaginando as boladas de dinheiro que Esposito e outros professores ganham dos cofres sauditas para defenderem o islã, mediante estudos históricos duvidosos e escrachadamente manipulados.
Olhem por si mesmos o que o site da universidade Georgetown noticiou:
“A Universidade de Georgetown anunciou hoje que recebeu um presente de US $ 20 milhões de Sua Alteza Real o Príncipe Alwaleed Bin Talal, um empresário de renome internacional e investidor global, para apoiar e expandir seu Centro para a Compreensão Cristã-Muçulmana.”
Estamos profundamente honrados com a generosidade do Príncipe Alwaleed, disse o presidente da Georgetown University, John J. DeGioia. [...] Este presente generoso reflete o compromisso do Príncipe Alwaleed com o entendimento inter-religioso no mundo muçulmano e no Ocidente”, [..] disse o Dr. John L. Esposito.”
Stephen Schwartz, Diretor Executivo do Center for Islamic Pluralism,
revela alguns fatos embaraçosos sobre Esposito:
“Ele
rapidamente acusa críticos do radicalismo islâmico da islamofobia. [...] ele
defendeu Sami Al-Arian, que se declarou culpado em 2006 por uma acusação de
prestar serviços à Jihad Islâmica Palestina, uma organização terrorista
especialmente designada, de acordo com o governo dos EUA. [...] Esposito também
trabalhou nos campos ideológicos da República Islâmica do Irã, que lhe
concederam o Prêmio Mundial do Livro de 1996, embora seu currículo, que difere
de sua biografia de Georgetown, não cite o livro. [...] Aqui, o método Esposito
foi exposto: graças ao seu patrocínio, o dinheiro saudita subsidiou um produto
acadêmico dos EUA com o objetivo de melhorar a imagem do wahabismo, a
interpretação fundamentalista mais extrema do Islã nos tempos modernos.”
Até para o regime assassino do Irã, ele trabalhou, recebendo honrarias.
Ele é tão apaixonado pelo islã, que trabalhou/trabalha em suas duas frentes
inimigas. O Irã xiita, e a também assassina, Arábia Saudita sunita.
É bem verdade que Esposito já defendia o islã muito antes das doações para a universidade na qual trabalha, mas venhamos e convenhamos, que esses $$ são um grande incentivo para continuar a dizer que a jihad é a luta interior do coração, que o wahabismo é paz e amor, e que quem critica o islã tem ódio dos muçulmanos, fazendo calar quaisquer discussões.
Até outros professores que não abrem a boca para criticar o islã, sabem e acusam a Arábia Saudita de promover um islã intolerante e incentivador de atos terroristas. Não precisamos dizer que é no reino da Arábia que existem as maiores violações dos direitos humanos no mundo islâmico.
A Arábia Saudita não doou milhões de dólares apenas a Georgetown, mas a vários centros acadêmicos do mundo nas maiores universidades, como bem escreve Harry Richardson, pesquisador do islã:
“A influência do Islã nas universidades Os governos se ocupam da gestão da maior parte das universidades. Por esse motivo, o Islã pode influenciar nelas através de relativo controle que exerce sobre as decisões governamentais. As grandes fortunas muçulmanas doam consideráveis somas de dinheiro às universidades do mundo ocidental, o que lhes outorga o potencial para ter interferência nas decisões e políticas.” P. 83.
Richardson cita a Wikipédia, que diz:
“Em março
de 2008, Alwaleed Bin Talal doou oito milhões de libras esterlinas para
construir um centro de estudos islâmicos (que levava seu nome) na universidade
de Cambridge. Poucos meses depois, no dia 8 de maio de 2008, entregou 16
milhões de libras a Universidade de Edimburgo para fundar o centro para o
estudo do Islã no mundo contemporâneo. Em abril de 2009, Al Waleed fez uma
doação de vinte milhões de dólares a universidade de Havard, que entrou para
formar parte da lista de 25 maiores doações da instituição. Também entregou a
mesma soma de dinheiro para a universidade de Georgetown. Suas doações e outras
procedentes de fontes islâmicas nem sempre foram bem vindas devido aos efeitos que
tem na objetividade acadêmica e em matéria de segurança.” P. 83-84.
Richardon então conclui:
“Os
muçulmanos estão obrigados a dar uma porcentagem de seus ganhos a caridade,
todavia, o dinheiro entregue aos kuffar não conta. Se levarmos em conta que
seis de cada dez muçulmanos são analfabetos, é muito estranho que os muçulmanos
ofereçam semelhantes somas de dinheiro às universidades ocidentais. Custa imaginar
que esta generosidade não exija uma série de condições. Talvez seja por isso
que as universidades se mostrem tão reticentes na hora de criticá-los. Em lugar
de criticar, o que fazem é publicar artigos que apoiam sem rodeios o Islã e
oferecem uma narração retocada e inofensiva da história e as proezas islâmicas
que nada têm a ver com a verdade.
Pode ser
também que esta seja a razão pela qual os estudos sobre o Oriente Médio nunca
analizam a doutrina islâmica ou a jihad, apesar da inegável influência que o
Islã tem nesta região. De fato, a doutrina islâmica não se estuda em nenhum
semestre das universidades ocidentais.” P.
84.
Devido a todos esses financiamentos vindos da Arábia Saudita, quem
falar contra o islã, pode sofrer grandes sanções. Mervy Bendler, Professor
Sênior de História e Comunicações na James Cook Universit, sofreu sérias
perseguições acadêmicas, por colocar o islã num olhar mais crítico e objetivo.
Eis o seu relato:
“Este
editorial pede um debate aberto, sincero e contínuo em uma luta de ideias sobre
o Islã contemporâneo. Por azar, este tipo de debate não é possível em nossas
universidades, tal como descobri para meu pesar.
Minha
negativa em adotar uma atitude a favor do terrorismo islâmico e contrário aos
Estados Unidos depois dos ataques do 11 de setembro deram pé a uma campanha de
difamação contra minha pessoa que durou anos e que só se acalmou quando ganhei
o julgamento, interposto contra a empresa que me contratava de acordo com o estipulado
no programa Work Cover.
No
entanto, ao longo da última década, pediram em várias ocasiões minha demissão
por publicar minha opinião sobre o extremismo islamista e também me ameaçaram
com vários processos judiciais.
Uma das
pessoas que lançou ditas ameaças e que também solicitou minha demissão é um
acadêmico com anos de experiência no centro que trabalha como professor na
principal academia militar da Austrália. Outra dessas pessoas ocupa um posto de
liderança em um centro nacional para a excelência nos estudos islâmicos.
Infelizmente,
esta prolongada série de ataques no debate público sobre o Islã e o extremismo
islamista prejudicou gravemente minha saúde e me empurrou a uma aposentadoria
precoce. Este é o preço que se paga neste país ao manter um debate acadêmico
sobre o Islã.” P. 86.
RICHARDSON, Harry. A Vida de Maomé: O Islã Sem Segredos. Createspace Independent Publishing Platform, 2013. (PDF).
É vergonhoso essas históricas universidades serem compradas dessa
forma. E existem muitas outras que estão sendo enlaçadas pelos islamistas da
Arábia. É o mundo inteiro!
Citando o Bendler mais uma vez, ele relata a alto humilhação das
universidades australianas:
“Em 2007,
foi revelado que os sauditas estavam planejando um fundo de bolsas de US $ 2,7
bilhões para universidades australianas, projetado para facilitar a entrada de
estudantes sauditas na Austrália para realizar o ensino superior em face das
restrições à entrada nos EUA e no Reino Unido no período pós- 9/11 ambiente de
segurança.
Mais
tarde, surgiu no The Australian que a Universidade Griffith ‘praticamente
implorou à embaixada da Arábia Saudita que bancasse seu campus islâmico por US
$ 1,3 milhão’, assegurando aos sauditas que os acordos poderiam ser mantidos em
segredo, se necessário. O vice-chanceler promoveu Griffith como a
"universidade de escolha" para os sauditas e ‘ofereceu à embaixada a
oportunidade de remodelar a Unidade Islâmica de Pesquisa Griffith (GIRU)
durante sua campanha para adicionar 'nada extra' aos cheques sauditas’.
[...]
No geral, os sauditas gastaram aproximadamente US $ 95 bilhões desde meados da década de 1970 para exportar o wahhabismo em escala global, e não há evidências de diminuição da atividade em seu esforço missionário.”
O MIT (Massachusetts Institute of Technology) e outras grandes instituições
de ensino estão nas mãos dos sauditas.
“Cerca de US $ 650 milhões teriam sido
direcionados às universidades americanas por Riad [capital da Arábia Saudita] de 2012 a 2018. Mais dinheiro
vem na forma de pagamentos de mensalidades estimados em mais de US $ 1 bilhão
por ano dos 44.000 estudantes sauditas matriculados nos Estados Unidos. Em
troca de sua generosidade, o reino obtém ‘acesso ao grupo de cérebros das
principais instituições acadêmicas da América’ e uma oportunidade de aumentar
seu poder brando em todo o mundo.”
Sobre o financiamento saudita, chinês, entre outros, o importante Centro de Informação de Defesa (POGO), tem algo a dizer:
"Uma revisão do Projeto de Supervisão do Governo de registros federais revelou que universidades nos Estados Unidos relataram ter recebido mais de US $ 600 milhões de várias empresas sauditas, indivíduos e do próprio governo entre 2011 e 2017. Somente em 2017, indivíduos sauditas, empresas e o próprio Reino gastou mais de US $ 89 milhões em doações e contratos com instituições de ensino superior como a Columbia University, a Tufts University e a University of Southern California, com cada escola recebendo pelo menos US $ 1 milhão. A George Washington University informou ter recebido mais de US $ 12 milhões somente em 2017, por meio de dois contratos com o governo da Arábia Saudita."
"A Arábia Saudita dificilmente é a única fonte de dinheiro estrangeiro no ensino superior. Muitas das melhores faculdades e universidades da América têm relacionamentos multimilionários com países de todo o mundo. Algumas das parcerias mais lucrativas são com regimes autocráticos ou países com históricos preocupantes de direitos humanos."
"Essas relações financeiras levantam questões sobre se as leis de influência estrangeira são fortes o suficiente. Embora tais presentes financeiros e contratos não devam ser ilegais, as leis de divulgação devem ser robustas o suficiente para garantir uma transparência significativa. É uma verdade milenar que o dinheiro pode comprar acesso e até mesmo influenciar, razão pela qual o relato preciso de tão altas doações em dólares é tão importante."
"Uma possível preocupação é que alguns governos estrangeiros ricos ou indivíduos podem estar usando suas conexões com essas universidades para acessar as tecnologias desenvolvidas para programas de segurança nacional dos Estados Unidos. Em 2014, o FBI emitiu um aviso para instalações de pesquisa, incluindo faculdades e universidades, alertando-os de que os capitalistas de risco russos em particular podem estar usando suas contribuições para tentar comprar acesso a tecnologias emergentes dos EUA."
Então diante do que foi mostrado aqui, não é surpresa alguma que esses
professores universitários nunca falem mal do islã, e por extensão passe esse
proceder aos seus alunos de bacharelado, mestrado e doutorado, que obviamente
vão segui-los, senão reprovam.
Eu mesmo quase fui engolido por um professor universitário de
filosofia, amigo meu, por ter lhe passado alguns pesquisadores que fazem fortes
críticas a religião islâmica. Ele que nem é da área de história, nem de estudos
islâmicos, e muito menos financiado pelos petrodólares, ficou bastante
chateado. O que dizer então dos docentes que fazem parte desses centros pagos
pelos sauditas?
Há pouca objetividade acadêmica, e muita ideologia pró-islã. As
universidades e os docentes são patrocinados pelos petrodólares para criarem
uma cultura de aceitação ao islã na sociedade, como a “religião da paz”. Existem
evidências mais do que suficientes para desconfiar dos estudos acadêmicos que
passam uma visão positiva sobre o islã.