Quênia, país africano de maioria cristã,
mas isto não impede que muçulmanos extremistas ataquem e assassinem os
cristãos.
“Extremistas religiosos
de países vizinhos encontram cada vez mais adeptos entre a população islâmica e
pobre do Quênia. A fé cristã é equiparada a um grande mal vindo do Ocidente
rico, uma imagem que não condiz com a realidade e é construída com o objetivo consciente
de se criar inimizade entre os povos. Cada vez mais ataques mortais acontecem
contra estudantes cristãos, igrejas e pastores.”
Gladis, teve o seu marido brutalmente
assassinado por muçulmanos extremistas, por pregar o cristianismo. Ele era um
médico dedicado a comunidade, que a todos ajudavam, independente de religião.
Sua esposa perdoo os assassinos do seu
marido, pois crê, que por mais terrível e absurda que tenha sido a morte do seu
amado esposo, ela estava debaixo da soberania divina, que nada deixa escapar, e
que sempre redunda em um bem maior, mesmo que ela não possa vislumbrar num
primeiro momento. Os seus filhos, obviamente, sofreram bastante.
Ela relata que a animosidade entre cristãos
e muçulmanos não existia antes, mas que nos últimos anos, elas foram alimentadas
pelo extremismo. Antes fieis de ambas as religiões frequentavam os mesmos
lugares, tinham uma cordial convivência.
Após a morte do seu parceiro...
“Infelizmente,
pouco depois, o nível de violência em nosso país aumentou muito, e os pastores
começaram serem mortos em suas igrejas. Cristãos que viajavam nos ônibus eram arrastadas
pra fora, e assassinados por causa da sua fé. Em certa região as pessoas batiam
na porta, e quando alguém abria, era assassinado, só pelo fato de ser cristão. Esses
atos violentos são praticados na frente das crianças. Diante das esposas. Isso
é realmente assustador.”
Gladis dedica-se a ajudar outras viúvas na
superação da perda. O seu coração não guarda ódio nem rancor contra os
agressores. Ela sabe por experiência que o perdão e a fé em Deus curaram a sua
alma.
Num país pobre e corrupto como o Quênia, a
realidade presente e futura mostram-se sombrias. O extremismo islâmico com
vários grupos terroristas tem se espalhado como fogo em boa parte do continente
africano.
Segundo a Lista Mundial da Perseguição
2021:
“No Quênia, o
cristianismo é a religião majoritária, mas isso não impediu a propagação da
perseguição. Particularmente, cristãos de origem muçulmana nas regiões nordeste
e costeira vivem sob constante ameaça de ataque – mesmo dos familiares mais
próximos. Cristãos foram atacados e forçados a fugir das aldeias, e o grupo
extremista islâmico Al-Shabaab se infiltrou na população local para monitorar
as atividades dos cristãos nessas áreas.
No entanto, o crime
organizado também é um problema sério. Funcionários corruptos muitas vezes não
tomam medidas contra os perseguidores – aumentando o potencial de novos
incidentes contra os cristãos.
Para os cristãos no
Quênia, a vida diária é cheia de pressão. E em algumas regiões como o Nordeste,
onde o Al-Shabaab é uma ameaça constante, a vida da igreja e da comunidade é
muito difícil e também pode incluir a ameaça de violência.” P. 106.