Flew foi considerado o maior Filósofo ateu do século
passado. Mas a coisa mudou. Depois de mais de 50 anos de reflexões filosóficas
e científicas, ele finalmente veio a crer na existência de Deus. O Deus cristão?
Não necessariamente. Ele virou uma espécie de deísta. No entanto, essa
reviravolta causou um frisson enorme no meio acadêmico. A fúria de muitos ateus
proeminentes, como Richard Dawkins, por exemplo. Dawkins até disse que Flew estava
senil e, que por isso, chegou ao disparate de mudar de visão, depois de tantos
anos militando contra a existência de Deus. Acusações de senilidade a parte, o
fato é que o livro está aí. Nele, Flew revela o porquê da mudança. Se fosse o
contrário, é claro que, os cristãos de um modo geral, entrariam em fúria contra
o desertor da fé. É assim mesmo.
Jesus era um louco, um mentiroso ou o salvador? Para o
apologista McDowell, baseado nessa tríade de C. S. Lewis, Jesus só pode ter
sido uma dessas três opções. Neste livro, ele irá argumentar fortemente em
favor da messianidade de Jesus, lançando vários argumentos pró-cristianismo e
respondendo as objeções contra a historicidade da ressurreição física de
Cristo, apoiando-se em estudiosos escolhidos a dedo, que ele não é besta, para “provar”
o que deseja. Tudo bem, em maior ou
menor grau, todos fazemos isso.
Três figuras proeminentes do cristianismo protestante do
século XX são biografadas, mostrando os seus caminhos até a fé cristã. C. S.
Lewis, de longe o mais conhecido e importante; Charles Colson, importante
apologista e com um ministério na restauração de prisioneiros; e o próprio
autor do livro, que nos conta como ele veio ao cristianismo.
Hunt escreveu esse livro no formato de perguntas e respostas
que incomodam e lançam dúvidas sobre a fé cristã. Olha, quando li esse livro em
2008, o capítulo que mais gostei, foi o capítulo sobre oração. Talvez se o
lesse novamente, eu já não tenha a mesma impressão. O livro tem os seus
méritos.
Hunt é conhecido por escrever livros longos e bem
documentados, apesar de seus extremismos e idolatria pela nação de Israel. Este
Um Apelo à Razão..., ele escreveu com muita preguiça, só pode. Livro fraco. Entretanto,
quando o li, uma citação que ele faz, me chamou atenção. Um discurso do
respeitado Paleontólogo Collin Paterson, em 1981, onde ele parece ser
completamente cético a Teoria da Evolução. Mandei essa citação para um
evolucionista conhecido na web, e ele me mandou um texto em inglês do
TalkOrigins, explicando a distorção que os criacionistas fazem dessa palestra do
Paterson.