sábado, 20 de maio de 2017

Livros Lidos (24)


É impressionante que nos diversos povos antigos, que não tiveram nenhum contato entre si, seja aqui na América, seja na Ásia, África, ou Oriente Médio, existiriam mitos semelhantes sobre um casal que desobedeceu a deus/deuses e, que por tal rebeldia perderam as regalias que dispunham pela graça dos deuses. Richardson vê nessas fontes e relatos, evidências de uma história real antiga, que ele atribui a história de Adão e Eva na Bíblia. É o que ele chama de O Fator Melquisedeque, baseado num personagem obscuro da Bíblia, que é mencionado no primeiro livro do Antigo Testamento, o Gênesis. Todos os povos têm uma ideia do Deus único. Os princípios do Genêsis estão presentes em todas as culturas. É um livro muito intrigante. Uma abordagem diferenciada. 


Cuninghan foi o fundador de uma das obras missionárias evangélicas mais conhecidas do século XX e XXI, a JOCUM (Jovens Com Uma Missão). Suas experiências espirituais e como ele veio a abrir essa organização de missões são o tema desse livro.


Outro livro impressionante do missionário Don Richardson. Ele conta em primeira mão, como testemunha ocular, suas experiências com tribos canibais, que ele conseguiu converter ao cristianismo. Relatos fortes.


Lidório tem ampla formação em Antropologia, com Ph.D na área. É um cara que conhece bem o terreno das culturas, comportamentos, condicionamentos religiosos, sociais e políticos. É um missionário presbiteriano, que em 1994, se a memória não me deixa falhar, fez um trabalho de conversão ao cristianismo numa tribo da África, onde ele relata que o primeiro da tribo a abraçar a crença cristã, foi o feiticeiro dela. Ele conta também como foi o trabalho de tradução da Bíblia para o dialeto local.


O regime socialista de Pol Pot no Camboja foi muito cruel e desumano. Foi uma das páginas mais sangrentas e tristes do século. Algo feio, terrível e lamentável. Foi nesse contexto que os autores trabalharam nesse país, dando esperança ao povo que estava sendo massacrado e dizimado pelo exército do governo cambojano.

Os Fatos Sobre o Islã

 
ANKERBERG, John; BURROUGHS, Dillon; WELDON, John. 
Os Fatos Sobre o Islã. Porto Alegre: Actual Edições, 2012.

O Islamismo surge seis séculos depois do Cristianismo. Alega ser a verdadeira religião, aparentemente não negando as contribuições espirituais de Moisés, dos profetas do Antigo Testamento e de Jesus. A diferença crucial é que as bíblias usadas no ocidente foram adulteradas, dizem as autoridades religiosas muçulmanas. Para eles, Jesus foi um profeta importante, mas Maomé é o selo dos profetas. Ele é mais importante que Cristo e os demais.

O Islamismo vem crescendo vertiginosamente nas últimas décadas, ao ponto de uma grande cidade estadunidense ter mais seguidores de Alá, do que seguidores da religião cristã. Os autores trazem está informação:

"Em 1974, a França tinha uma mesquita; hoje são mais de mil e setecentas. Existem hoje mais muçulmanos que metodistas em Chicago". P. 13.

A maioria dos seguidores de Alá, não são terroristas, mas vejo com muito receio esse alastramento deles nos países ocidentais. A religião, seja ela cristã ou muçulmana tem a capacidade de transformar pessoas pacíficas em pessoas más, caso não sejam bem conduzidas. Eu creio que o islã tem um potencial enorme nessa questão.

Segundo a crença islâmica, todo muçulmano deve cumprir certas regras fundamentais, para quem sabe, ser salvo por Alá. Uma dessas práticas é ir pelo menos uma vez a cidade sagrada de Meca durante sua vida. A primeira vista parece ser um mandamento relativamente fácil e tranquilo, caso o fiel tenha condições financeiras e saúde para tal peregrinação. Todavia, a coisa não é tão simples assim, como revela o livro aqui resumido:

 "O quinto e último pilar é o haj [se o muçulmano não cumprir, o inferno é o seu destino], a peregrinação à cidade de Meca, onde nasceu Maomé. Todo muçulmano que seja física e financeiramente capaz tem que fazer essa viagem uma vez na vida (a menos que seja um escravo).

O Dr. Emir Canner, um ex-muçulmano convertido ao cristianismo e hoje é decano de um seminário, contou-nos o seguinte, numa entrevista:

'Aqui está um grande problema para os muçulmanos. Atualmente, mais de dois milhões de muçulmanos vão a Meca todos os anos e a cidade está completamente lotada e não tem como receber mais gente. A média de vida de um muçulmano é cerca de 70 anos ou menos. Supondo que não há repetição, ou seja, cada haj é formado por dois milhões de novas pessoas, então apenas 140 milhões de muçulmanos conseguirão visitar Meca durante aquele período de vida. Porém, existem hoje 1,4 bilhões de muçulmanos. Ora, se apenas 10 por cento conseguem fazer a viagem, que esperança os outros 1,2 bilhões de muçulmanos podem ter de ir para o céu?'" P. 17-18.

Naturalmente para os islâmicos, o seu livro sagrado, o Corão ou Alcorão, é uma obra inspirada sobrenaturalmente e perfeita naquilo que afirma, assim acreditam uma boa parte dos cristãos em relação a Bíblia, que dizem, não conter erros ou contradições de nenhuma espécie.

"[...] o Islamismo afirma que o Corão é a palavra de Deus literal, ditada a Maomé de forma sobrenatural pelo anjo Gabriel. Os muçulmanos acreditam que o Corão é perfeito e sem erro. O doutor Musa Qutub e M. Vazir Ali, ambos conceituados eruditos muçulmanos, afirmam categoricamente que o Corão é o único livro que 'resiste ao exame minucioso de todo o seu conteúdo, tanto no nível macroscópico quanto no telescópico, sem tropeçar em nenhum ponto'." P. 47.

Contrariando o que o Corão diz acerca de Jesus, sua contribuição é zero quando o assunto é a historicidade do homem que andou por Israel no século I.

"[...] é importante lembrar que nenhum estudioso do Jesus histórico que não seja islâmico usa o Corão como fonte de informações históricas sobre Jesus, os apóstolos ou os primeiros anos do Cristianismo. Eles sabem que o Corão não é confiável." P. 50.

Como as crenças muçulmanas são muito distintas do Cristianismo na sua quase totalidade, os muçulmanos rejeitam os cristãos, como adoradores do verdadeiro Deus, Alá. Tentam desacreditar a fé cristã apelando para os podres da cristandade ao longo da história. Sua apologia se resume a isto. Mas isso credencia automaticamente o Islamismo? Claro que não.

“Mesmo que os apologistas muçulmanos conseguissem contestar o Cristianismo, isso não provaria a veracidade do Islamismo. Ainda seria necessário que o Islamismo, por seus próprios méritos, provasse ser a revelação de Deus, de forma independente. E, como as provas não existem, é nesse ponto que os apologistas muçulmanos falham”. P. 53.

O livro sagrado do islã carece de toda e qualquer evidência razoável de que merece alguma confiança em suas afirmações. O texto foi adulterado, mudado e ressignificado.

“[...] o Islamismo não apresenta nenhuma evidência genuína de que o Corão é inspirado, além da afirmação do próprio Maomé de que foi inspirado por Gabriel”. P. 54.

A Bíblia também tem os seus probleminhas concernentes a Crítica textual, mas ela está muito à frente do Corão em sua importância histórica e teológica. Estudiosos que nem acreditam nela como palavra de Deus, admitem que ela foi preservada durante todos esses séculos.

Entretanto, os autores, cristãos bem conservadores, com certeza minimizam esses problemas. Na verdade, a maneira como eles defendem a Bíblia neste livro, parece até que partes dela não foram perdidas, ou trechos não foram acrescentados. Vale só mencionar o relato estranho do evangelho de Mateus relatando a ressurreição de vários santos, dizendo que eles andaram por Jerusalém, e que foram vistos por muitos. Se essa história bizarra foi acrescentada, porque não outras também? Mas concordo com os autores, quando afirmam que a integralidade da Bíblia foi preservada durante todos esses milênios.

“Textualmente, sabemos que a exatidão na transmissão do texto do Novo Testamento é de mais de 99 por cento, sendo a proporção de textos com variantes igual a 1%. Os especialistas em análise textual afirmam que não existe nenhuma doutrina cristã ou ensinamento moral baseado numa versão variante controversa, a maioria das quais é insignificante.” P. 67.

O corão passa longe disso. Será uma tarefa ingrata tentarmos encontrar acadêmicos não-muçulmanos que concordem com os defensores da preservabilidade dele desde o seu surgimento. 

Livros Lidos (23)


Richard Dawkins diz em seu livro Deus, um Delírio, que ele recebeu de “presente”, cerca de 6 milhões de exemplares dessa obra das testemunhas de Jeová. As pessoas com boas intenções, ingenuamente pensavam que um Biólogo treinado em Oxford, com Ph.D em Zoologia, iria se convencer através de um simples livro de bolso, de que a teoria da evolução está errada.

Não fui presenteado com 6 milhões de exemplares, mas pelo menos, ganhei um. Li e gostei de algumas partes. No entanto, como é costumeiro entre as publicações da Torre de Vigia, muitas citações foram tiradas de seus devidos contextos, passando a impressão de que o texto original citado apoiava de alguma forma a teoria criacionista. Cientistas são citados para corroborar a ideia defendida pelo livro de que a evolução é falsa, mas na verdade, eles quiseram dizer exatamente o contrário. Portanto, esse é mais um livro das testemunhas de Jeová não muito digno de crédito, apesar de ter algumas coisas aproveitáveis.


As testemunhas de Jeová são conhecidas por terem marcado a data da volta de Cristo e o fim do mundo por várias vezes consecutivas, contudo, como sabemos, deram com os burros n’água. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, na página 154, edição de 1989, da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (nome oficial da religião), diz o seguinte:

“Após chamar muita atenção para as muitas coisas que assinalaram o período de 1914 em diante, Jesus disse: ‘Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas [incluindo o fim deste sistema] ocorram.’ (Mateus 24:34, 14). A que geração se referia Jesus? Ele referia-se à geração de pessoas que viviam em 1914. As pessoas ainda remanescentes daquela geração são agora bem idosas. Contudo, algumas delas ainda estarão vivas de modo a presenciar o fim deste sistema iníquo. Assim, podemos ter certeza disto: Em breve haverá um fim súbito de toda a iniquidade e de todas as pessoas iníquas, no Armagedom.”

Estamos em 2017. Contam-se nos dedos as pessoas que nasceram em 1914. Elas têm entre 102 a 103 anos de idade hoje. A Torre de Vigia que não é nada besta, mudou há muito tempo essa sua crença sobre o fim do mundo, por terem sido tão malsucedidas em várias vezes em datá-lo. 


Outro livro que ganhei, e li. Algo de mais nele, além das costumeiras bobagens cridas pelas Testemunhas de Jeová? Nada além. Sempre repetindo o ano de 1914 como um marco fundamental na história humana, que eles teimam em dizer que Daniel profetizou sobre essa data. São teimosos.


Ganhei também. Li também. Bobagens e bobagens também. 


O primeiro, ou segundo livro que li das testemunhas de Jeová. Talvez o primeiro tenha sido um comentário do Apocalipse. Este aqui é um livro que eles davam a quem se interessasse em conhecer as suas crenças. Uma obra introdutória que já foi substituída. 

Livros Lidos (22)


Em 1998, nos meus 12 ou 13 anos peguei esse livro que meu pai tinha comprado. Foi um dos primeiros livros que li na vida. Estava curioso para saber como são os rituais espíritas, em especial, os de matriz africana, como o Candomblé. Essa religião me assustava, assim como assusta milhões de brasileiros até hoje, por causa de suas peculiaridades litúrgicas. Num tom pesadamente crítico, Costa vê o espiritismo, seja ele o kardecista ou o africano, como manifestações maléficas contrárias ao Deus verdadeiro da Bíblia. Nenhuma novidade. Quaisquer livros evangélicos escritos por pentecostais, a religiosidade espírita será vista dessa maneira. 


É possível conversar com que já bateu as botas? Espíritas dizem que sim. Evangélicos em sua maioria esmagadora, dirão que não, e que é até pecado tentar se comunicar com quem já partiu. É vedado até mesmo a tentativa de diálogo com pessoas mortas. O livro do Hernandes adota essa perspectiva. Ele confere uma atenção especial ao livro de 1 Samuel 28, onde ocorre uma sessão mediúnica, em que o texto diz claramente que Saul travou uma conversa com o profeta Samuel, já morto. Para ele, a despeito do texto dizer: “Assim falou Samuel”, na verdade, não era Samuel, mas um espírito enganador que se passou pelo profeta. Muitos Teólogos evangélicos realmente admitem que ali, houve uma conversação entre dois mundos – dos vivos e dos mortos.  


O autor dispara suas críticas contra várias religiões e igrejas, que ele classifica como falsas, seitas e grupos com ensinos errôneos e perigosos. Alvo de sua metralhadora: Testemunhas de Jeová, Adventistas do Sétimo Dia, Islamismo, Catolicismo, Mormonismo... Achei a maneira do Soares escrever, um pouco desorganizada. Ele já escreveu livros melhores.


Esse foi o primeiro livro do Paulo Romeiro detonando a Teologia da Prosperidade (TP) e Confissão Positiva (CP). Foi escrito em 1993, quando essa aberração estava se espalhando pelas igrejas evangélicas Brasil a fora. Ele dá nome aos bois, dá nome as estrelas desse lixo de teologia – o grande divulgador e popularizador da TP e CP, Keneth Hagin; o pilantrão que até hoje vem ao Brasil pegar dinheiro dos incautos, Benny Him; o bonachão da RIT TV, R. R. Soares; a perturbada e celibatária (só um doido para querer casar com ela) Valnice Milhomens; e outros. Romeiro ainda estava calmo e paciente nessa época, mas anos depois sentiu a necessidade de escrever mais dois livros refutando esses ensinos, visto que eles estava se alastrando muito rapidamente pelos arraiais evangélicos.  


Um livro prático e informativo, na medida em que ele em cada livro da Bíblia, vai expondo o que as seitas e religiões entendem e ensinam sobre os textos bíblicos. É uma obra de embate, de confronto, pois seu propósito é refutar os ensinos de vários ramos teológicos, como testemunhas de Jeová, mormonismo, catolicismo, espiritismo e etc. Livro extenso.