ANKERBERG, John; BURROUGHS, Dillon; WELDON, John. Os Fatos Sobre o Islã. Porto Alegre: Actual Edições, 2012.
O Islamismo surge seis séculos depois do Cristianismo. Alega
ser a verdadeira religião, aparentemente não negando as contribuições
espirituais de Moisés, dos profetas do Antigo Testamento e de Jesus. A diferença
crucial é que as bíblias usadas no ocidente foram adulteradas, dizem as
autoridades religiosas muçulmanas. Para eles, Jesus foi um profeta importante,
mas Maomé é o selo dos profetas. Ele é mais importante que Cristo e os demais.
O Islamismo vem crescendo vertiginosamente nas últimas
décadas, ao ponto de uma grande cidade estadunidense ter mais seguidores de
Alá, do que seguidores da religião cristã. Os autores trazem está informação:
"Em 1974, a França tinha uma mesquita; hoje são mais de
mil e setecentas. Existem hoje mais muçulmanos que metodistas em Chicago". P. 13.
A maioria dos seguidores de Alá, não são terroristas, mas
vejo com muito receio esse alastramento deles nos países ocidentais. A
religião, seja ela cristã ou muçulmana tem a capacidade de transformar pessoas
pacíficas em pessoas más, caso não sejam bem conduzidas. Eu creio que o islã
tem um potencial enorme nessa questão.
Segundo a crença islâmica, todo muçulmano deve cumprir certas
regras fundamentais, para quem sabe, ser salvo por Alá. Uma dessas práticas é ir
pelo menos uma vez a cidade sagrada de Meca durante sua vida. A primeira vista
parece ser um mandamento relativamente fácil e tranquilo, caso o fiel tenha
condições financeiras e saúde para tal peregrinação. Todavia, a coisa não é tão
simples assim, como revela o livro aqui resumido:
"O quinto e último pilar é o haj [se o muçulmano
não cumprir, o inferno é o seu destino], a peregrinação à cidade de Meca, onde
nasceu Maomé. Todo muçulmano que seja física e financeiramente capaz tem que
fazer essa viagem uma vez na vida (a menos que seja um escravo).
O
Dr. Emir Canner, um ex-muçulmano convertido ao cristianismo e hoje é decano de
um seminário, contou-nos o seguinte, numa entrevista:
'Aqui
está um grande problema para os muçulmanos. Atualmente, mais de dois milhões de
muçulmanos vão a Meca todos os anos e a cidade está completamente lotada e não
tem como receber mais gente. A média de vida de um muçulmano é cerca de 70 anos
ou menos. Supondo que não há repetição, ou seja, cada haj é formado por dois
milhões de novas pessoas, então apenas 140 milhões de muçulmanos conseguirão
visitar Meca durante aquele período de vida. Porém, existem hoje 1,4 bilhões de
muçulmanos. Ora, se apenas 10 por cento conseguem fazer a viagem, que esperança
os outros 1,2 bilhões de muçulmanos podem ter de ir para o céu?'" P.
17-18.
Naturalmente
para os islâmicos, o seu livro sagrado, o Corão ou Alcorão, é uma obra
inspirada sobrenaturalmente e perfeita naquilo que afirma, assim acreditam uma
boa parte dos cristãos em relação a Bíblia, que dizem, não conter erros ou
contradições de nenhuma espécie.
"[...]
o Islamismo afirma que o Corão é a palavra de Deus literal, ditada a Maomé de
forma sobrenatural pelo anjo Gabriel. Os muçulmanos acreditam que o Corão é
perfeito e sem erro. O doutor Musa Qutub e M. Vazir Ali, ambos conceituados
eruditos muçulmanos, afirmam categoricamente que o Corão é o único livro que
'resiste ao exame minucioso de todo o seu conteúdo, tanto no nível macroscópico
quanto no telescópico, sem tropeçar em nenhum ponto'." P.
47.
Contrariando o que o Corão diz acerca de Jesus, sua
contribuição é zero quando o assunto é a historicidade do homem que andou por
Israel no século I.
"[...] é importante lembrar que nenhum estudioso do
Jesus histórico que não seja islâmico usa o Corão como fonte de informações
históricas sobre Jesus, os apóstolos ou os primeiros anos do Cristianismo. Eles
sabem que o Corão não é confiável." P. 50.
Como as crenças muçulmanas são muito distintas do
Cristianismo na sua quase totalidade, os muçulmanos rejeitam os cristãos, como
adoradores do verdadeiro Deus, Alá. Tentam desacreditar a fé cristã apelando
para os podres da cristandade ao longo da história. Sua apologia se resume a
isto. Mas isso credencia automaticamente o Islamismo? Claro que não.
“Mesmo que os apologistas muçulmanos conseguissem contestar o
Cristianismo, isso não provaria a veracidade do Islamismo. Ainda seria
necessário que o Islamismo, por seus próprios méritos, provasse ser a revelação
de Deus, de forma independente. E, como as provas não existem, é nesse ponto
que os apologistas muçulmanos falham”. P. 53.
O livro sagrado do islã carece de toda e qualquer evidência
razoável de que merece alguma confiança em suas afirmações. O texto foi
adulterado, mudado e ressignificado.
“[...] o Islamismo não apresenta nenhuma evidência genuína de
que o Corão é inspirado, além da afirmação do próprio Maomé de que foi
inspirado por Gabriel”. P. 54.
A Bíblia também tem os seus probleminhas concernentes a
Crítica textual, mas ela está muito à frente do Corão em sua importância
histórica e teológica. Estudiosos que nem acreditam nela como palavra de Deus,
admitem que ela foi preservada durante todos esses séculos.
Entretanto, os autores,
cristãos bem conservadores, com certeza minimizam esses problemas. Na verdade,
a maneira como eles defendem a Bíblia neste livro, parece até que partes dela
não foram perdidas, ou trechos não foram acrescentados. Vale só mencionar o
relato estranho do evangelho de Mateus relatando a ressurreição de vários
santos, dizendo que eles andaram por Jerusalém, e que foram vistos por muitos.
Se essa história bizarra foi acrescentada, porque não outras também? Mas
concordo com os autores, quando afirmam que a integralidade da Bíblia foi
preservada durante todos esses milênios.
“Textualmente, sabemos que a exatidão na transmissão do texto
do Novo Testamento é de mais de 99 por cento, sendo a proporção de textos com
variantes igual a 1%. Os especialistas em análise textual afirmam que não
existe nenhuma doutrina cristã ou ensinamento moral baseado numa versão
variante controversa, a maioria das quais é insignificante.” P. 67.
O corão passa longe disso. Será uma tarefa ingrata tentarmos
encontrar acadêmicos não-muçulmanos que concordem com os defensores da
preservabilidade dele desde o seu surgimento.