sábado, 20 de maio de 2017

Os Fatos Sobre o Islã

 
ANKERBERG, John; BURROUGHS, Dillon; WELDON, John. 
Os Fatos Sobre o Islã. Porto Alegre: Actual Edições, 2012.

O Islamismo surge seis séculos depois do Cristianismo. Alega ser a verdadeira religião, aparentemente não negando as contribuições espirituais de Moisés, dos profetas do Antigo Testamento e de Jesus. A diferença crucial é que as bíblias usadas no ocidente foram adulteradas, dizem as autoridades religiosas muçulmanas. Para eles, Jesus foi um profeta importante, mas Maomé é o selo dos profetas. Ele é mais importante que Cristo e os demais.

O Islamismo vem crescendo vertiginosamente nas últimas décadas, ao ponto de uma grande cidade estadunidense ter mais seguidores de Alá, do que seguidores da religião cristã. Os autores trazem está informação:

"Em 1974, a França tinha uma mesquita; hoje são mais de mil e setecentas. Existem hoje mais muçulmanos que metodistas em Chicago". P. 13.

A maioria dos seguidores de Alá, não são terroristas, mas vejo com muito receio esse alastramento deles nos países ocidentais. A religião, seja ela cristã ou muçulmana tem a capacidade de transformar pessoas pacíficas em pessoas más, caso não sejam bem conduzidas. Eu creio que o islã tem um potencial enorme nessa questão.

Segundo a crença islâmica, todo muçulmano deve cumprir certas regras fundamentais, para quem sabe, ser salvo por Alá. Uma dessas práticas é ir pelo menos uma vez a cidade sagrada de Meca durante sua vida. A primeira vista parece ser um mandamento relativamente fácil e tranquilo, caso o fiel tenha condições financeiras e saúde para tal peregrinação. Todavia, a coisa não é tão simples assim, como revela o livro aqui resumido:

 "O quinto e último pilar é o haj [se o muçulmano não cumprir, o inferno é o seu destino], a peregrinação à cidade de Meca, onde nasceu Maomé. Todo muçulmano que seja física e financeiramente capaz tem que fazer essa viagem uma vez na vida (a menos que seja um escravo).

O Dr. Emir Canner, um ex-muçulmano convertido ao cristianismo e hoje é decano de um seminário, contou-nos o seguinte, numa entrevista:

'Aqui está um grande problema para os muçulmanos. Atualmente, mais de dois milhões de muçulmanos vão a Meca todos os anos e a cidade está completamente lotada e não tem como receber mais gente. A média de vida de um muçulmano é cerca de 70 anos ou menos. Supondo que não há repetição, ou seja, cada haj é formado por dois milhões de novas pessoas, então apenas 140 milhões de muçulmanos conseguirão visitar Meca durante aquele período de vida. Porém, existem hoje 1,4 bilhões de muçulmanos. Ora, se apenas 10 por cento conseguem fazer a viagem, que esperança os outros 1,2 bilhões de muçulmanos podem ter de ir para o céu?'" P. 17-18.

Naturalmente para os islâmicos, o seu livro sagrado, o Corão ou Alcorão, é uma obra inspirada sobrenaturalmente e perfeita naquilo que afirma, assim acreditam uma boa parte dos cristãos em relação a Bíblia, que dizem, não conter erros ou contradições de nenhuma espécie.

"[...] o Islamismo afirma que o Corão é a palavra de Deus literal, ditada a Maomé de forma sobrenatural pelo anjo Gabriel. Os muçulmanos acreditam que o Corão é perfeito e sem erro. O doutor Musa Qutub e M. Vazir Ali, ambos conceituados eruditos muçulmanos, afirmam categoricamente que o Corão é o único livro que 'resiste ao exame minucioso de todo o seu conteúdo, tanto no nível macroscópico quanto no telescópico, sem tropeçar em nenhum ponto'." P. 47.

Contrariando o que o Corão diz acerca de Jesus, sua contribuição é zero quando o assunto é a historicidade do homem que andou por Israel no século I.

"[...] é importante lembrar que nenhum estudioso do Jesus histórico que não seja islâmico usa o Corão como fonte de informações históricas sobre Jesus, os apóstolos ou os primeiros anos do Cristianismo. Eles sabem que o Corão não é confiável." P. 50.

Como as crenças muçulmanas são muito distintas do Cristianismo na sua quase totalidade, os muçulmanos rejeitam os cristãos, como adoradores do verdadeiro Deus, Alá. Tentam desacreditar a fé cristã apelando para os podres da cristandade ao longo da história. Sua apologia se resume a isto. Mas isso credencia automaticamente o Islamismo? Claro que não.

“Mesmo que os apologistas muçulmanos conseguissem contestar o Cristianismo, isso não provaria a veracidade do Islamismo. Ainda seria necessário que o Islamismo, por seus próprios méritos, provasse ser a revelação de Deus, de forma independente. E, como as provas não existem, é nesse ponto que os apologistas muçulmanos falham”. P. 53.

O livro sagrado do islã carece de toda e qualquer evidência razoável de que merece alguma confiança em suas afirmações. O texto foi adulterado, mudado e ressignificado.

“[...] o Islamismo não apresenta nenhuma evidência genuína de que o Corão é inspirado, além da afirmação do próprio Maomé de que foi inspirado por Gabriel”. P. 54.

A Bíblia também tem os seus probleminhas concernentes a Crítica textual, mas ela está muito à frente do Corão em sua importância histórica e teológica. Estudiosos que nem acreditam nela como palavra de Deus, admitem que ela foi preservada durante todos esses séculos.

Entretanto, os autores, cristãos bem conservadores, com certeza minimizam esses problemas. Na verdade, a maneira como eles defendem a Bíblia neste livro, parece até que partes dela não foram perdidas, ou trechos não foram acrescentados. Vale só mencionar o relato estranho do evangelho de Mateus relatando a ressurreição de vários santos, dizendo que eles andaram por Jerusalém, e que foram vistos por muitos. Se essa história bizarra foi acrescentada, porque não outras também? Mas concordo com os autores, quando afirmam que a integralidade da Bíblia foi preservada durante todos esses milênios.

“Textualmente, sabemos que a exatidão na transmissão do texto do Novo Testamento é de mais de 99 por cento, sendo a proporção de textos com variantes igual a 1%. Os especialistas em análise textual afirmam que não existe nenhuma doutrina cristã ou ensinamento moral baseado numa versão variante controversa, a maioria das quais é insignificante.” P. 67.

O corão passa longe disso. Será uma tarefa ingrata tentarmos encontrar acadêmicos não-muçulmanos que concordem com os defensores da preservabilidade dele desde o seu surgimento. 

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