terça-feira, 18 de julho de 2017

Documentários Vistos (16)


O elenco ficou rico, bem de vida, finanças estruturas? Quantos deles estão fazendo filmes, novelas, com um bom emprego? Hoje, 2017, já passaram-se 15 anos. Cidade de Deus é um marco no cinema brasileiro. Filme forte, pesado, reflexivo.


Só bichinho manso. Ataques em regiões dos EUA e Austrália aumentaram. Cientistas tentam entender o motivo dessas aparições, e como repelir esses tubarões, tanto para protegê-los, como para proteger as pessoas. Pessoas que foram atacadas, hoje sofrem problemas psicológicos sérios, por causa da traumática experiência de terem sido mordidas por esses predadores.


Documentário lindo, lindo, lindo.

Em meio a um mundo tão cheio de sofrimento, mortes, dor, injustiças, fome, doenças e todo tipo de mazelas, existem pessoas boas, que estão dando a sua vida em prol dos que sofrem. Pena que são poucas as pessoas dispostas a ajudar, a se doar. Eu estou entre a maioria, olhando para meu próprio umbigo.


Um casal (Shin e Choi) de cineastas sul-coreanos é sequestrado na década de 1970 para a Coreia do norte a mando Kim Jong-il. Tiveram que flertar com governo, fingindo estarem ao lado do regime, apoiando a ideologia socialista do país. Questão de sobrevivência. Eram mestre da atuação nas telinhas do cinema, agora estavam atuando na vida real para garantirem as suas vidas. Conseguem escapar das garras do país, fugindo para a embaixada dos EUA na Áustria, despistando os seguranças do governo. Pedem asilo e vão morar num país livre. Quando estavam presos na Coreia do Norte, fizeram vários filmes a mando de Kim Jong-il, nos EUA, Shin trabalha para a Walt Disney, fazendo filmes ninjas, obtendo sucesso em suas produções.

Mais um documentário que escancara a realidade anômala que é a Coreia do Norte. Esse documentário é diferente de todos os outros, pois traz várias gravações de conversas por telefone entre Shin (diretor sul-coreano) e Kim Jong-il (na época, filho do ditador da Coreia do Norte).


Adam Lanza no dia 14/12/12 entrou numa escola infantil em Newtown, matando 26 pessoas. 20 crianças e 6 adultos. A pacata cidade de Connecticut, jamais imaginará que passaria por um massacre tão horrendo como esse. Seus pimpolhos e funcionários da escola, assassinados por um louco.

O episódio suscitou um debate: a posse de armas.

Compreensivelmente, os moradores da cidade e pais, querem que as leis referentes a posse de armas de cidadãos sejam mudadas.

Acho que apesar da violência em nosso país, com os bandidos tomando conta de tudo, a posse de armas por cidadãos comuns, não daria certo, por aqui. Pelo que lembro, nunca li nada pró ou contra a posse de armas, mas por ora, sou contra.

Panteras Negras: Vanguarda da Revolução


Década de 1960, todo um país fervendo com o barulhento e incômodo movimento pelos direitos civis. Direitos civis reivindicados pelos negros, que até então, nunca tinham sido tratados como gente na terra da “liberdade”. Eis que surge os Panteras Negras, espécie de grupo paramilitar, que se possível, usaria de meios violentos, para que o Estado ouvisse o clamor de todo um povo há bastante tempo humilhado e oprimido.  Aqui vai o que alguns ex membros dos Panteras Negras têm a dizer sobre aquele período:

“As pessoas sempre falam sobre liberdade e seu significado naquele momento. Ser negro na América significa que você não caminharia na rua com o mesmo senso de segurança e o mesmo senso de privilégio das pessoas brancas.”

“Não havia diferença no modo em que a polícia do Mississipi e a da Califórnia nos tratava. Eles poderiam não dizer ‘nigger’ mas os tratavam [os negros] do mesmo modo que no Mississipi [o Estado mais racista do país].”

“A polícia pulava em você, o batia, colocava uma arma na sua cabeça. Era pelo que passávamos diariamente.”

“O The Examiner fez uma reportagem no jornal do último domingo que erámos anti-branco, que nós não ‘tínhamos papas na língua quanto a sermos anti-brancos.’ Isso é um sensacionalismo mentiroso. Nós não odiamos ninguém por causa da cor. Nós odiamos a opressão. Nós odiamos o assassinato de pessoas negras em nossas comunidades.”  

Os Panteras Negras foram adquirindo fama e notoriedade, se espalhando por todo os EUA. Da Califórnia, na cidade de Okland, para a televisão, jornais, rádio, e ganhando cada vez mais a atenção do governo e da polícia, que estavam bastante apreensivos com os rumos que esse grupo de auto-defesa poderia tomar. Chegou um momento em que o governo os classificou como o inimigo interno número 1 da nação.

Negros e mais negros iam aderindo ao movimento, cansados de terem seus direitos negados e jogados no lixo. O que chama a atenção é que os Panteras surgiram na Califórnia, teoricamente um Estado mais moderado e mais aberto, ao contrário do sul (Mississipi, Tennesse, Alabama) mais racista e intolerante. As tensões raciais simplesmente abarcavam toda a nação, não importando a sua localização geográfica.  

Os Panteras Negras como qualquer movimento teve suas contradições internas, erros estratégicos, ações erradas, equívocos e etc. Umas dessas incoerências dentro do movimento era o machismo de muitos de seus membros. Uma desses membros em carta a um de seus fundadores reclamou:

“Caro Huey, quando me uni ao partido, eu estava empolgada por fazer parte de uma organização que acredita na igualdade entre homens e mulheres. Incomoda-me que existam irmãos que ainda vejam as mulheres como objetos sexuais. Não deveríamos ter homens no Panteras Negras ou mulheres que pensem assim.”

O governo norte-americano já de saco cheio dos Panteras, criminosamente, armou estratégias através do FBI, para que o movimento fosse desmantelado – membros importantes do grupo foram assassinados, presos, outros tiveram que fugir do país.

No início da década de 1970 os Panteras Negras já estava se desintegrando. Brigas entre os líderes enfraqueceram bastante o movimento. Até hoje, existem membros trancafiados nas prisões americanas.