Sam Harris, Ph.D em Neurociência na Universidade da Califórnia, em Los
Angeles, é um ateu conhecido por seus escritos inflamados contra a religião em
geral. Apesar dele ter grande apreço pela meditação budista, e tê-la praticado
por muitos anos, já sendo um cético. Sua jornada pelas entranhas da meditação
oriental foi o que ele chama de uma “abordagem racional da espiritualidade”.
Mas estamos aqui, para recortar algumas partes do seu texto, sobre o
islã. “Minhas opiniões sobre o Islã” é um texto contundente e brilhantemente
escrito, uma verdadeira tapa na cara dessa mídia e docência mainstream, que têm
tratado a religião de Maomé com uma condescendência irracional e politiqueira, desconsiderando
os fatos que trazem à baila as crueldades e intolerâncias desse sistema
totalitário criado no século VII.
Sam Harris escreve:
“Por
considerar o Islã especialmente beligerante e hostil às normas do discurso
civil, minhas opiniões são frequentemente descritas como ‘racistas’ por meus
críticos. Dizem que estou sofrendo um terrível caso de ‘Islamofobia’. Pior
ainda, estou espalhando essa doença aos outros e usando uma camada de ateísmo
filosófico e ceticismo para justificar opressão política, tortura, e o
assassinato de muçulmanos inocentes ao redor do mundo. Eu sou um ‘tonto da
neocon,’ um ‘traficante de guerra,’ e um amigo de ‘fascistas.’ Em outras
palavras, tenho sangue em minhas mãos.
[...]
Então,
imagine: Uma cópia do Alcorão é queimada amanhã – ou simplesmente surge um
rumor de ter sido queimado. O que vai acontecer se esse ato de sacrilégio for
amplamente noticiado? Bem, nós podemos ter certeza que muçulmanos aos milhares,
ou mesmo às dezenas de milhares, vão se insurgir – talvez numa dúzia de países.
Vintenas de pessoas podem morrer como resultado. Com quem podemos contar para
defender a liberdade de expressão em face da loucura religiosa? A página
editorial do The New York Times vai lembrar ao mundo que pessoas livres
deveriam ser livres para queimar o Alcorão ou qualquer outro livro sem ter medo
de ser assassinado? Provavelmente não. Mas a Esquerda secular com certeza
denunciará o intolerante que queimou o livro por sua ‘insensibilidade religiosa’
e o considerará amplamente (se não completamente) responsável pelo caos
resultante e as pelas vidas perdidas. Será o trabalho de pastores
cabeças-de-vento, supremacistas brancos, e outros conservadores da extrema
Direita – e, claro, ‘Islamófobos’ como eu – nos lembrar de que a Primeira
Emenda existe, de que livros não sentem dor, e de que as sensibilidades de
todas as outras religiões são regularmente importunadas sem que
hajam similares rebeliões.
[...]
O
termo ‘Islamofobia’ está sendo utilizado como um tipo de difamação
intelectual de sangue para proteger de crítica ideias
intrinsecamente hostis.
[...]
Infelizmente,
no caso do Islã, a má conduta dos piores indivíduos – os jihadistas, os
assassinos de apóstatas, e os homens que tratam suas esposas e filhas como
escravas — são os melhores exemplos da doutrina em prática aqueles que aderem
mais estritamente aos verdadeiros ensinamentos do Islã.
[...]
Qual,
por exemplo, é a pena por apostasia? Interessantemente, não está lá no Alcorão
– lá, aos apóstatas é meramente prometido que eles pertencem ao inferno – mas
fica dolorosamente claro nos haddiths, e na opinião de juristas muçulmanos e
turbas islâmicas em todo lugar. O ano é 2013, e a pena para apostasia é a
morte. [...] Desnecessário dizer que recebo e-mails de ex-mulçulmanos que estão
bem cientes do que significa ser um ex-muçulmano. Dependendo de onde vivem,
essas pessoas correm um risco real de serem assassinadas, talvez mesmo por
membros de suas próprias famílias, por terem perdido sua fé.
Como
o muito criticado Samuel Huntington disse uma vez: ‘O Islã tem fronteiras
sangrentas.’ Sempre teve. Mas muitas pessoas parecem determinados a negar isso.
[...]
Neste
momento da história, há apenas uma única religião que sistematicamente esgana a
livre expressão com ameaças críveis de violência. A verdade é que nós já
perdemos os direitos provenientes da Primeira Emenda no que diz respeito ao
Islã.
[...]
“Considere
o que de fato está acontecendo: Uma porcentagem dos muçulmanos do mundo – 5%?
15%? 50%? Ainda não está claro – estão exigindo que todos os não muçulmanos se
adequem às escrituras da lei islâmica. E onde eles não imediatamente apelam
para a violência, eles ameaçam. Carregar um sinal que diz “Decapitem aqueles
que insultam o profeta” pode ainda contar como um exemplo de protesto pacífico,
mas ainda é uma garantia de que sangue infiel seria derramado se o imbecil que
segura a placa tivesse mais poder. Essa promessa grotesca é, com certeza,
cumprida em quase toda sociedade islâmica.
[...]
A
cegueira geral de acadêmicos seculares diante das raízes religiosas da
violência islâmica é facilmente explicada. Como disse meu amigo Jerry Coynce
certa vez, quando confrontado com o um motivo translucidamente religioso (por
exemplo, 'Vou me explodir para alcançar o paraíso'), intelectuais seculares se
recusam a considerar o óbvio; eles sempre buscam razões mais profundas –
econômicas, políticas, ou pessoais – por trás dela. Entretanto, quando motivos
econômicos, políticos ou pessoas são dados (por exemplo, 'Eu fiz porque ele
roubou as terras da minha família, e me senti totalmente desamparado'), esses
pesquisadores sempre levam tudo ao pé da letra. Eles nunca investigam motivos
religiosos por trás de preocupações aparentemente terrenas. As regras do jogo
são essas. É assim que um antropólogo como Scott Atran consegue entrevistar
dúzias de jihadistas – cada qual falando sem parar sobre Deus e o paraíso – e
concluir que a doutrina do Islã nada tem a ver com terrorismo.
[...]
Onde
estão os terroristas suicidas entre os budistas tibetanos? Os tibetanos
sofreram uma ocupação em todos os aspectos tão opressiva quanto qualquer uma já
imposta a uma país islâmico. Como resultado, ao menos 1 milhão de tibetanos
morreram, e sua cultura tem sido sistematicamente erradicada. Mesmo sua linguagem tem sido tomada deles.
Recentemente, eles começaram a praticar autoimolação como protesto. A diferença
entre autoimolação e se explodir em meio a uma multidão de crianças, ou na
entrada de um hospital, é impossível de ser exagerada, e revela uma grande
diferença na atitude moral entre o Budismo Vajrayana e o Islã.
[...]
Finalmente,
como eu regularmente enfatizo ao discutir o Islã, ninguém está sofrendo sob sua
doutrina mais do que os próprios muçulmanos: muçulmanos jihadistas matam
primariamente outros muçulmanos. E as leis contra apostasia, blasfêmia,
idolatria, e outras formas de expressão pacífica diminuem as liberdades de
muçulmanos muito mais do que as de não-muçulmanos que vivem no Ocidente. [...] Neste
momento, milhões de mulheres e garotas foram abandonadas ao analfabetismo,
casamento compulsório, e à vida de escravidão e abuso sob a guisa do ‘multiculturalismo’
e da ‘sensibilidade religiosa’.
O texto completo pode ser visto neste link abaixo.