Vejo católicos imaturos (adolescentes?) e desinformados,
acusando os protestantes de certa forma serem aliados do Islã. Entretanto,
quando vamos olhar, aqui no Brasil, só para dar um exemplo, livros críticos ao
Islã, o número de obras evangélicas se sobressai.
Vejo muitos católicos criticarem o atual papa, com as suas
diretrizes frente ao Islã, mas esses católicos não devem saber (ou se esquecem)
que o papa João Paulo II, canonizado e querido pela maioria esmagadora dos
católicos, BEIJOU, isso mesmo, BEIJOU o Alcorão, e CURVOU-SE diante dele, em
1999. Coisa que Francisco não fez. Esses católicos, que porventura souberem
deste fato, agora irão jogar o João Paulo II na vala dos hereges? Ou vão fazer
um esforço enorme para tentar justificar esse ato?
Segundo o padre Paulo Ricardo, João Paulo II teve uma visão
em 1993, em que o próprio finado papa confidenciou a um amigo íntimo, estas
palavras:
“Lembre-o aos que você encontrará na Igreja do terceiro
milênio: vejo a Igreja afligida por uma praga mortal [nazismo e comunismo],
mais profunda, mais dolorosa do que a deste milênio. [...] Chama-se islamismo.
Invadirão a Europa. Vi hordas marcharem do Ocidente para o Oriente. [...]
Invadirão a Europa, a Europa será arruinada, uma sombra do que foi outrora,
como uma lembrança de família. Vocês, Igreja do terceiro milênio, têm o dever
de conter esta invasão. Mas não com armas: elas não são suficientes; antes, com
a sua fé, vivida integralmente.”
https://padrepauloricardo.org/blog/a-visao-de-joao-paulo-ii-o-isla-invadira-a-europa
Essa suposta visão, ele teve em 1993, mas em 1999, ele vai e
BEIJA o alcorão. Creio que tal atitude se fosse feita por um líder religioso de
outra igreja, esses católicos não teriam outros adjetivos e xingamentos, que não
estes: herege, vai pro inferno, vendido, aliado dos sarracenos, falso
cristão...
Essa suposta visão de João Paulo II, ele deixou em segredo,
confidenciando ela a um amigo, apenas. É mais do que razoável perguntar: qual a
relevância de mantê-la guardada a sete chaves, ainda mais quando num ato
público ele tem uma atitude que a contraria completamente, seis anos depois?
“O islamismo é mal, será pior que o nazismo e o comunismo.
Mas vou beijar e me curvar perante o livro fonte de todas essas maldades.”
O padre Paulo Ricardo, como católico fervoroso, ver essa
visão, como algo sobrenatural, obviamente. Porém, análises geopolíticas já eram
trabalhadas, prevendo e conjecturando a invasão islâmica da Europa. Analistas
já falavam disso, tanto em 1993, como muito antes do do papa ter essa suposta
visão.
O afamado e controverso texto O Choque de Civilizações, do
Cientista Político Samuel Huntington (Ph.D em Harvard), foi lançado exatamente
em 1993. Nele, Huntington defende a tese de que a maior ameaça ao mundo ocidental
será o islã político com as suas ideias extremas.
Retrocedendo algumas décadas, Daniel Pipes (Ph.D em História
em Harvard) revela que essa previsão já existia:
“Em 1968, o político britânico Enoch Powell fez o famoso
discurso ‘Rios de Sangue’, no qual advertia que o Reino Unido, ao permitir a
imigração excessiva, estava ‘erguendo a pira do próprio funeral’.”
http://pt.danielpipes.org/1837/europa-muculmana
Existem vários outros exemplos que tornam inócua qualquer
revelação “sobrenatural” recente, sobre o perigo que o islamismo representa.
Fica claro o seguinte:
(1) A incoerência do papa em beijar o Alcorão.
(2) A irrelevância de sua suposta visão.
(3) A política de dois pesos e duas medidas de muitos
católicos, que certamente encontrarão uma “convincente” explicação para o beijo
dado por ele no livro sagrado do Islã.
Curiosamente, o padre Paulo Ricardo não diz NADA sobre o
beijo e o ato de se curvar perante Alcorão, do seu papa.
Este site católico traz uma lista bem embaraçosa do papa João Paulo II em relação ao islã, que em muitas ocasiões disse que os muçulmanos adoram o mesmo deus dos cristãos.
https://www.igrejacatolica.org/joao-paulo-ii-apostasia-muculmanos/#.X0vqdchKiUk