KUYPER, Abraham. Calvinismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
Livro composto por seis palestras do autor, Abrahan Kuyper, na Universidade de Princeton, EUA. A parcialidade é gritante. Hehehe. Mas o calvinismo realmente foi um dos grandes movimentos forjadores do mundo moderno e contemporâneo. É impossível refutar isso.
Livro composto por seis palestras do autor, Abrahan Kuyper, na Universidade de Princeton, EUA. A parcialidade é gritante. Hehehe. Mas o calvinismo realmente foi um dos grandes movimentos forjadores do mundo moderno e contemporâneo. É impossível refutar isso.
O Abrahan Kuyper foi o fundador da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda. Se formou em Filosofia. Foi Primeiro Ministro da Holanda de 1901-1905. Essa obra é um clássico da literatura calvinista. Quase que referência obrigatória quando se fala em calvinismo.
“No sentido filosófico, entendemos por Calvinismo aquele sistema de concepções que, sob a influência da mente mestre de Calvino, levantou-se para dominar nas diversas esferas da vida”. P. 22.
Uma inteligente relação entre Fé e Ciência é dita pelo Kuyper:
"Note que eu não falo de um conflito entre a fé e a ciência. Um conflito como este não existe. Toda ciência num certo grau parte da fé, e ao contrário, a fé que não leva à ciência é fé equivocada ou superstição, mas não é fé real, genuína. Toda ciência pressupõe fé em si, em nossa autoconsciência; pressupõe fé no trabalho acurado de nossos sentidos; pressupõe fé no corretismo das leis do pensamento; pressupõe fé em algo universal escondido atrás dos fenômenos especiais; pressupõe fé na vida; e especialmente pressupõe fé nos princípios dos quais nós procedemos; o que significa que todos estes axiomas indispensáveis, necessários a uma investigação científica produtiva, não vêem a nós pela prova mas são estabelecidos em nosso julgamento por nossa concepção interior e dados com nossa autoconsciência. Por outro lado, todo tipo de fé tem em si mesmo um impulso para manifestar-se livremente. A fim de fazer isto ela precisa de palavras, termos e expressões. Estas palavras devem ser a encarnação de pensamentos." P. 137-138.
Uma inteligente relação entre Fé e Ciência é dita pelo Kuyper:
"Note que eu não falo de um conflito entre a fé e a ciência. Um conflito como este não existe. Toda ciência num certo grau parte da fé, e ao contrário, a fé que não leva à ciência é fé equivocada ou superstição, mas não é fé real, genuína. Toda ciência pressupõe fé em si, em nossa autoconsciência; pressupõe fé no trabalho acurado de nossos sentidos; pressupõe fé no corretismo das leis do pensamento; pressupõe fé em algo universal escondido atrás dos fenômenos especiais; pressupõe fé na vida; e especialmente pressupõe fé nos princípios dos quais nós procedemos; o que significa que todos estes axiomas indispensáveis, necessários a uma investigação científica produtiva, não vêem a nós pela prova mas são estabelecidos em nosso julgamento por nossa concepção interior e dados com nossa autoconsciência. Por outro lado, todo tipo de fé tem em si mesmo um impulso para manifestar-se livremente. A fim de fazer isto ela precisa de palavras, termos e expressões. Estas palavras devem ser a encarnação de pensamentos." P. 137-138.
Apesar do autor ser escrachadamente calvinista, o livro traz informações preciosas sobre a vida do reformador em Genebra, cidade que o acolheu.
Sobre a famigerada morte de Michel de Servetus, uma pedra na reputação de João Calvino, até hoje, Wallace escreve:
"Os executores eram inexperientes e os espectadores, horrorizados pelos prolongados gritos da vítima em agonia, por piedade, tentavam atiçar o fogo para queimar mais rapidamente, jogando feixes de madeira sobre ele, a fim de apressar o processo de morte. No quadro geral, os únicos mecanismos que funcionaram eficientemente foram a corrente que mantinha seu corpo bem apertado e uma corda grossa enrolada várias vezes em volta do seu pescoço. Levou meia hora para matá-lo dessa maneira". P. 66-67.
Esse foi um dos livros mais fundamentais que usei para escrever o trabalho monográfico de História. O autor, Armando Silvestre, Ph.D e Mestre em Ciências da Religião e Pós-Doutorando em História Cultural pela Unicamp, reconhece:
“Poucos [homens do passado] suscitaram uma literatura tão abundante, em vários países, com tantos traços diferentes e com tantos retratos divergentes, quanto Calvino”. P. 09.
Concordo plenamente com esta afirmação. Posso até discordar de Calvino em várias questões. Mas a sua influência ainda é muito forte. E a sua influência na educação faz-se sentir até hoje. E citando mais uma vez o Silvestre:
"A Academia de Genebra fundada por Calvino é um exemplo eloquente do interesse reformado pela educação".
É através da fundação desta Universidade que a educação em boa parte da Europa e no Novo Mundo aumentam incomensuravelmente.
Mais um livro concluído sobre o grande reformador João Calvino. É uma pena não tê-lo lido quando estava escrevendo a monografia.
"Elevando sobre séculos da história da Igreja, desponta um personagem de tamanha importância que, mesmo quinhentos anos após ter entrado em cena no palco da humanidade, continua sendo alvo das maiores atenções, e por si só, despertando intrigas". P. 15.
"[...] estas ideias grandiosas [de João Calvino] ajudaram a moldar os princípios básicos da civilização ocidental, dando origem à forma republicana de governo, aos ideais de educação pública e à filosofia do capitalismo de mercado livre". P. 16.
Livro bem seletivo e resumido sobre os eventos que o autor julga serem acontecimentos importantes para o cristianismo protestante do século XXI.
O Jeffrey Bingham é Professor e Pesquisador de Teologia Histórica pelo prestigiado Seminário Teológico de Dallas, EUA. Gosto das pequenas pinceladas de Teoria da História que ele insere no prefácio:
"[...] Will Rogers disse sobre história e historiadores: ' História não é o que é; ela é o que algum escritor quis que fosse'".
"Cada historiador é um intérprete de fatos históricos, apresentando esses fatos como ele entende que são. O historiador procura encontrar algum sentido ou significância no que aconteceu no passado e descrever uma relação entre esta pessoa e outra, entre este evento e aquele. Os historiadores tentam fazer conexões e, a partir delas, sugerem lições". P. 09, 10.