William Bynum, Professor Emérito de História da Medicina na University College London, traz neste livro, os grandes nomes que fizeram a Medicina, a Ciência e a Tecnologia progredirem.
Homens a frente do seu tempo, que não se conformaram com respostas simplistas, mas que quiseram saber o "como" das coisas, dos fenômenos, das doenças, do céu...
Aristóteles, Vesalius, Faraday, Descartes, Galileu, Newton, Einsten, Galeno, Avicena, Kepler, Harvey, Bacon, Boyle Hooke, Volta, Laplace, Galvani, Darwin, Mendel, Planck, Fleming, Lavoisier, Avogadro, Koch...
E a história da Ciência continua, com novas descobertas. Que assim continue, e que seus benefícios possam atingir cada vez mais, o maior número de pessoas.
Livro aprovado e recomendado.
BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo. Curitiba: Fundamento, 2007. (Versão em PDF).
Geoffrey Blainey, Professor de História das Universidades de Harvard e Melbourne, faz um passeio pelos primórdios da humanidade, até a segunda metade do século XX, acentuando as milhares de transformações ocorridas.
Os primeiros capítulos são bem cansativos, mas a medida que vamos avançando a cada página, a leitura flui agradavelmente.
Algumas partes selecionadas:
"O avanço da astrologia e o estudo da possível influência das estrelas e dos planetas sobre os fenômenos humanos são hoje em dia repudiados nos círculos intelectuais [...], mas havia uma lógica experimental nessa disciplina intelectual que acabou atraindo as melhores mentes das primeiras civilizações da China e do Oriente Médio.
[...]
Se o Sol podia moldar o verão e o inverno, e se a Lua podia determinar as altas marés e moldar o calendário, por que todas essas forças tão poderosas não poderiam também moldar os destinos dos seres humanos? Essa pergunta intrigou os estudiosos durante milhares de anos. Os médicos também seguiram essa linha e, até o século 20, as pessoas que sofriam de doenças mentais eram chamadas de lunáticas, o que significava que sua doença era influenciada pela Lua." P. 25.
Vendo dessa forma, a Astrologia fazia todo sentido mesmo.
"O avanço da astrologia e o estudo da possível influência das estrelas e dos planetas sobre os fenômenos humanos são hoje em dia repudiados nos círculos intelectuais [...], mas havia uma lógica experimental nessa disciplina intelectual que acabou atraindo as melhores mentes das primeiras civilizações da China e do Oriente Médio.
[...]
Se o Sol podia moldar o verão e o inverno, e se a Lua podia determinar as altas marés e moldar o calendário, por que todas essas forças tão poderosas não poderiam também moldar os destinos dos seres humanos? Essa pergunta intrigou os estudiosos durante milhares de anos. Os médicos também seguiram essa linha e, até o século 20, as pessoas que sofriam de doenças mentais eram chamadas de lunáticas, o que significava que sua doença era influenciada pela Lua." P. 25.
Vendo dessa forma, a Astrologia fazia todo sentido mesmo.
“O sacrifício de vidas humanas praticamente dominava o calendário da cidade-ilha [império asteca]. O ato do sacrifício era mais parecido com uma carnificina sistemática do que com um festival religioso. No século anterior, quando o ritual de sacrifícios havia se tornado mais freqüente, milhares de vítimas escolhidas, a maioria das quais eram homens, podiam ser mortas no mesmo mês. Como a vida após a morte era vista como mais importante e infinitamente mais longa que esta vida, um menino e uma menina que fossem levados ao templo para ser mortos em cerimônia, pelo menos, tinham o consolo de que sua recompensa seria duradoura." P. 95.
Basta lembrarmos o filme Apocalypto, para termos noção de quão cruel eram esses rituais.
As práticas maléficas da religião dos antigos incas:
“Para grandes acontecimentos como uma coroação ou a perigosa decisão de ir à guerra, exigia-se o sacrifício humano. Crianças de 10 a 15 anos, por serem consideradas mais puras que os adultos, geralmente eram as escolhidas. Para os pais, a escolha de seu filho era vista como uma honra.” P. 99.
Para uma testemunha de Jeová, apesar de ser doloroso e triste a perda de um filho, será uma honra para elas, caso seus filhotes morram por não se submeterem a uma transfusão de sangue. Pensam que estão agradando a Deus. Não deixa de ser uma espécie de sacrifício. Fanatismo, alienação e estupidez, eis a tríade para tal comportamento.
"No norte da China, em 1557, houve um terremoto em que 830 mil pessoas pereceram". P. 126.
Quando estudamos os acontecimentos dessa época, sempre é a reforma protestante, a vinda dos portugueses e sua colonização do Brasil, povos pré-colombianos e a colonização espanhola na América, que vemos... Mas uma tragédia dessa magnitude na China, não ser nem mencionada, é no mínimo estranho, mesmo que não tenha influenciado a história da Europa e América, pelo menos, até onde tenho conhecimento. A direção do nosso olhar para o passado sempre será seletiva, parcial e subjetiva. Não tem como ser diferente.
“Na África, muitas pessoas eram escravizadas pelos próprios parentes. Pais, às vezes, vendiam seus próprios filhos para a escravidão; irmãos vendiam irmãos. Talvez metade dos escravos que terminaram seus dias em terras ou regiões estrangeiras tenham sido escravizados pelo grupo ou sociedade africana da qual faziam parte. Os escravos eram geralmente devedores, criminosos, desajustados, rebeldes e, principalmente, prisioneiros de guerra.” P. 141.
Isso ameniza/atenua/minimiza, o que os portugueses fizeram, trazendo os africanos para cá, escravizando-os? Não, não.
“É praticamente certo que os Estados Unidos foram superiores ao Brasil e outras terras em seu tratamento com os escravos. Alguns observadores da escravidão americana concordam que, em uma típica plantação de algodão ou arroz, os barracos dos escravos eram pelo menos tão confortáveis quanto os das pessoas mais pobres da Escócia e da Sicília; mas, fora dos barracos, não havia liberdade.” P. 142.
Uma declaração curiosa. Não me lembro de ter lido algum Historiador que fizesse tal afirmação. Pena que Blainey não aprofunda a questão.
BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Cristianismo. São Paulo: Fundamento, 2012. (Versão em PDF).
Mais um livro concluído, sobre a longa trajetória da religião cristã.
Talvez seria melhor dizer, história das várias religiões cristãs, visto que conforme os séculos foram passando, só aumentaram o número de seitas, dizendo-se as guardiãs e fiéis portadoras da mensagem de Cristo.
E engana-se que isso é apenas "culpa" do protestantismo. Pois não havia essa unidade bonitinha, lindinha e fofinha na cristandade, antes da reforma.
E se o catolicismo ocidental era aparentemente unido e coeso, isso não se devia a livre e espontânea vontade e desejos de seus fiéis. Quem não andasse nas diretrizes de Roma, estava ferrado. Então melhor andar nos passos ditos pela igreja, não é mesmo?!
Pra fechar a trilogia do Geoffrey Blainey (Professor de História das Universidades de Harvard e Melbourne), falta uma UMA BREVE HISTÓRIA DO SÉCULO XX. Espero ler logo, logo.
Alguns excertos do presente livro:
"Alguns estudiosos afirmam que Jesus Cristo, o fundador da religião, nem sequer existiu, e que referências a ele, feitas durante o tempo em que viveu, são extremamente raras. Minha conclusão é de que, pelos padrões da época, sua história foi surpreendentemente registrada, já que ele só ficou conhecido nos últimos anos de vida e, assim mesmo, em uma região do Império Romano pouco desenvolvida e afastada. De todas as pessoas comuns daquela época, desconhecidas fora de sua terra, a vida e os ensinamentos de Jesus estão entre os mais documentados." P. 3.
Puro preconceito. Duvido que esse ceticismo bobo, esteja ancorado em sólida base histórica.
"Em 1463, o papa Pio II, dirigindo-se aos cardeais, fez esta assustadora declaração: 'Não temos credibilidade. O clero é objeto de escárnio. As pessoas no acusam de vivermos no luxo, de acumularmos riquezas, de sermos escravos da ambição, de ficarmos com os melhores cavalos e mulas.' A referência à qualidade dos cavalos era quase equivalente a uma acusação, nos dias de hoje, de os líderes da Igreja possuírem luxuosos carros esportivos." P. 108.
Para mim, continua sem muita credibilidade.
"[No século XIX] ainda eram pouquíssimas as pessoas dispostas a afirmar em alto e bom som que Deus não existe. Era preciso coragem para fazer isso, e muitos escondiam o fato até da própria família. Para os intelectuais, ficava mais fácil assumir uma posição na relativa segurança de uma universidade alemã ou francesa ou da publicação de um livro em uma grande cidade [...] Em alguns países europeus, a ousadia de revelar o próprio ateísmo podia significar a não indicação para cargos públicos ou privados, apesar da capacidade do indivíduo." P. 185.
Ainda hoje, em certos contextos, assumir o ateísmo é sinônimo de ostracismo.
Livro impactante.
Auschwitz! Dachau!
Mórbidos campos de concentração nazista, para eliminar os seus desafetos!
Viktor Frankl, renomado Médico, Psicoterapeuta e Professor das Universidades de Viena, Harvard, Dallas e Pittsburgh, foi uma das vítimas que conseguiu sobreviver ao inferno desses ajuntamentos humanos.
Nesse livro, ele conta como foram os seus terríveis dias de escravidão, sob a mão dos capachos de Hitler. É chocante! É triste! É grotesco, o que aconteceu nesses lugares.
Felizmente ele sobreviveu!
Devorei em dois dias, esse grande clássico.
DREHER, Martin N. Bíblia: Suas Leituras e Interpretações na História do Cristianismo. São Leopoldo: CEBI: Sinodal, 2006.
Martin Dreher, Ph.D em História da Igreja, na Universidade de Munique, na Alemanha, passeia pelos fascinantes, controversos e polêmicos caminhos das variadas leituras e hermenêuticas do texto sagrado, durante todo o percurso do cristianismo. Quando acha necessário, critica tanto as tradições católicas como as protestantes. Em muitas ocasiões o olhar sobre o texto bíblico serviu para legitimar privilégios, a escravidão e opressão; noutros, felizmente foi o inverso, serviu para libertar e produzir justiça social.
Hoje em dia, as diversas leituras continuam. Umas são estapafúrdias, outras são mais moderadas, algumas são medíocres. Fato é que o contexto do leitor/intérprete determina o olhar que ele lançará sobre a Bíblia.
De acordo com Dreher, essa era a situação de uma parte da cristandade católica, no século XV:
"Vendiam-se desde bolinhas da terra com a qual Adão fora feito até cera dos ouvidos e leite da Virgem Maria, estrume do burro do estábulo de Belém, fios de cabelo e da barba do Salvador. Mostrava-se, inclusive, o prepúcio circuncidado de Jesus. Ao todo, existiam nada mais nada menos do que 13 exemplares do prepúcio de Jesus em toda a Europa." P. 40.
E pensar que hoje, as igrejas pentecostais e neopentecostais, fazem coisas semelhantes. Elas só não têm a audácia de vender ou mostrar partes (prepúcio) do pinto de Jesus.
"A própria igreja não viu problemas no fato de ser PROPRIETÁRIA DE ESCRAVOS. Franciscanos, beneditinos, carmelitas tiveram escravos. Os jesuítas da África pagavam suas dívidas com os jesuítas do Brasil com escravos." P. 96. (Ênfase acrescentada).
Ah, o amor cristão...
"Em Êxodo 22.18, se podia ler: 'A feiticeira não deixarás viver'. Foi com base nessa palavra bíblica que se começou a caçar homens e mulheres, principalmente mulheres. Quem contestasse a existência de bruxas e o direito de perseguição a elas era acusado de ateísmo e considerado digno de morte. [...] Quase um milhão de pessoas haviam sido executadas como bruxos em toda a Europa. 80% eram mulheres. A primeira bruxa foi queimada em Toulouse em 1275, a última em 1793." P. 103, 105.
Ah, o amor cristão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário