quarta-feira, 18 de julho de 2018

Malala


"Se ficar em silêncio, então você perde o direito de existir. O direito de viver. Se meu direito é violado e me silencio, é preferível morrer a ficar vivo. [...] A educação dá a você o poder de questionar. O poder de desafiar. De ser independente." Ziauddin Yousafzai, pai de Malala.

Acadêmicos públicos como a Ayaan Hirsi Ali, ex muçulmana, tem alertado o mundo para o caráter intrinsecamente violento da religião islâmica, que tem em seu bojo as sementes para o uso da força beligerante contra aqueles que não estão dentro dos muros dos ensinamentos do seu profeta Maomé. Não adianta querer florear o Alcorão, tentando nos passar a ideia de que o islã é uma religião de paz, pois definitivamente não é. Ela possui o germe da coerção e da alienação. Infelizmente grupos como o talibã tem seguido à risca o militarismo maometano, assassinando quem não está em consonância com a sua agenda ideológica de violência e morte. 

Quanto a educação secular de meninas, acredito que o islã não tenha proibições específicas. Se for este o caso, o talibã vai além do que o Alcorão diz,  militando na total ignorância de meninas, para que estas não estudem, para que continuem ignorantes, sem poderem pensar minimamente por si mesmas, mantendo total poder sobre suas mentes.

Malala Yousafzai foi uma das vítimas do talibã, que com apenas 15 anos, juntamente com o seu destemido pai, ousaram desafiar as ordens arbitrárias e retrógradas desse grupo terrorista, insistindo na educação das crianças de uma pequena região no interior do Paquistão. Não deu outra! Malala sofreu um terrível ataque quando estava indo a escola, que quase lhe tirou a vida. Felizmente ela não sucumbiu, e voltou com mais força e determinação, pronta para o combate contra as trevas do anti-intelectualismo imposto a certas regiões do seu país. Se antes do atentado contra a sua vida, sua voz já estava sendo ouvida, agora mais do que nunca, ela voltaria com força total, para lutar em favor das milhões de meninas entregues a má sorte de terem nascido em regiões pobres e carentes de cultura. 

Este emocionante e lindo documentário biografa a vida dessa maravilhosa alma feminina, que ganhou a simpatia do mundo, trazendo para sua causa a atenção, apoio e patrocínio de políticos, grandes empresários, astros da música e da grande mídia, dando uma visibilidade tamanha para a sua obra, que culminou no ano de 2014 no Prêmio Nobel da Paz. 

Malala teve uma dolorosa recuperação depois de ter recebido uma bala na cabeça, onde os Médicos estavam receosos de que ela teria grandes limitações depois que saísse do hospital, não podendo ter a mesma saúde, intrepidez e postura de antes. Algumas imagens de sua recuperação são mostradas, e foram momentos difíceis, pois todo seu corpo estava muito debilitado, com movimentos prejudicados, e uma Malala que não prometia muita coisa depois daquilo. 

Algumas sequelas ficaram, sua boca não abre direito, um de seus olhos não pisca, entretanto, Malala teve uma ótima recuperação. Cenas do cotidiano de sua casa, com o seu pai, mãe e irmãos, dão um toque especial ao documentário, evidenciando o clima de amor e união entre todos eles. Malala juntamente com a sua família, agora moram na Inglaterra, estão exilados de seu país, pois se voltarem, o talibã promete que a matará. Os terroristas do Paquistão acenderam uma fagulha que está incendiando o mundo inteiro com o trabalho de Malala pela educação de meninas, seja no Oriente, seja na África... 

Malala continua sendo muçulmana, acreditando que a sua religião é inerentemente pacífica. Talvez lá na frente, tomará ciência de que não é esse o caso.