sábado, 10 de setembro de 2016

A Verdadeira Idade da Terra


Os cientistas criacionistas são incansáveis em tentar provar que a Terra tem apenas 6.000 anos de existência, simplesmente porque a sua religiosidade assim o exige. São motivo, e com razão, de risos na Academia. Querem passar por cima de pau e pedra, a torto e a direito, para poderem provar que a verdadeira interpretação dos dados vindos da terra, fósseis, rochas e sedimentos, requerem um planeta jovem; uma Terra que está bem longe de tirar catinga do mijo (uma expressão muito usada aqui no nordeste), se comparado aos mais de 13 bilhões de anos, que a "falsa" ciência falível propõe

A tendenciosidade desse documentário chato é alarmante, além de dar sono. Quando assisto criacionistas assim, bradando aos quatro ventos, as supostas provas/evidências científicas de um dilúvio universal e uma de Terra extremamente jovem, lembro-me de Cientistas e Filósofos da Biologia que também são criacionistas da Terra jovem, todavia, são honestos o suficiente para admitirem que até o momento as evidências de uma Terra antiga são numerosas e bem embasadas na Ciência. Benjamim Clausen, Paul Nelson e John Mark, são alguns exemplos.

Citarei as palavras de admissão Benjamin L. Clausen (Ph.D em Física pela Universidade do Colorado, Boulder, com pesquisas em Física Nuclear no Laboratório Nacional de Los Alamos e no Instituto de Tecnologia de Massachussets, bem como em aceleradores em Amsterdam e em Dubna, Rússia). A citação é um pouco extensa, mas vale a pena lê-las.

"A extrapolação no tempo para trás, de milhares de anos de história registrada para os bilhões de anos para o universo, é amplamente apoiada cientificamente, mas também requer cuidados". 

"O tempo é um ponto de divergência entre a ciência e a Bíblia". "O desenvolvimento gradual ao longo de milhões de anos é a explicação mais fácil para a seqüência vertical no registro fóssil". 

"Embora a explicação envolvendo longas eras não seja perfeita, ela explica mais do que a teoria de zoneamento ecológico, flutuação e mobilidade. Outras evidências geológicas, embora não impossíveis de ajustar em um modelo de cronologia curta, são mais fáceis de serem ajustadas em um modelo de longo tempo".

"2) um número maior de dados atuais são melhor explicados por um modelo de tempos longos do que curtos;" 

3) demonstrar que certos dados não requerem longas eras não dá necessariamente apoio para um modelo de cronologia curta; apenas os coloca numa categoria de ajuste alternativo; 

"4) nenhum modelo geológico abrangente ajusta todos os dados, de forma que problemas com um modelo de longas eras não implica necessariamente que um modelo de tempos curtos é correto;"

"5) não há disponível nenhum modelo de tempo curto para rivalizar o modelo de longas eras;" 

"6) finalmente, qualquer modelo bíblico de cronologia curta deverá incluir alguma atividade sobrenatural, tornando-se inaceitável como um modelo científico;" 

"7) aceitar a Bíblia porque a ciência a apóia leva à tendência de colocar a ciência acima da Bíblia e a razão a percepção dos sentidos acima da revelação, tornando mais fácil descartar a Bíblia quando uma evidência científica for incompatível com ela".

Diante do que ele escreveu, sabe o porque dele ainda acreditar numa Terra jovem? Ele mesmo explica:

"Devido as possibilidades de erro ao desenvolver um modelo de história da Terra, prefiro cautela — a certeza bíblica e incerteza científica, acima da certeza científica e incerteza bíblica". 

Para ele, o ensino bíblico é de uma Terra Jovem e de um Dilúvio Universal e, portanto, deve encarar e visualizar o mundo da natureza sob esse prisma, mesmo diante das evidências científicas em contrário. Mas pelo menos, ele tem a hombridade de reconhecer as fragilidades de sua posição, coisa que falta a maioria (creio eu) dos criacionistas ditos científicos.

Esses trechos foram tirados do seu texto IDADE RADIOISOTÓPICA, PARTE III: Tempo na Ciência e na Bíblia. 

Pena que não está mais disponível na internet.