Na série de palestras “O Diagnóstico de Zigmunt Bauman para a Pós-Modernidade”, o Filósofo Franklin Leopoldo e Silva (Ph.D, Mestrado e Bacharelado em Filosofia pela USP), contrasta a “ética moderna” com a atual “ética pós-moderna”. Aquela tendo a razão como um princípio unificador das ações humanas, e está última se despojando dos ideais essencialistas metafísicos que pautavam a ética iluminista e religiosa.
Para os modernos, apesar de muitos destes terem rejeitado o víeis religioso como o fundamento do qual pudéssemos extrair a nossa práxis, eles ainda continuavam a acreditar numa dada natureza humana pronta, como resultado de uma metafísica essencialista que ancorada na “razão”, podia nortear nossas ações e valores no dia a dia.
Como uma espécie de divisor de águas, o “existencialismo” do século XX rompe com esses conceitos essencialistas e advoga uma nova forma de ver e estar no mundo, através de uma “existência” continuada, aonde o sujeito vai criando e inventando os seus próprios valores. Há uma “espontaneidade” no exercício da “liberdade”.
Ironicamente, segundo o Franklin, o ser humano, quando se vê livre dos padrões morais previamente estabelecidos pela sociedade, religião, tradição, família e etc., se depara com um certo “mal-estar”, visto que o seu chão e alicerce foi tirado. Citando o Filósofo Jean Paul Sartre, "o ser humano está condenado a ser livre”. Essa suposta liberdade não dirigida e não governada passa a ser um fardo para o homem “liberto” e criador “soberano” de seu destino e valores morais. Colocá-la em prática não é nada fácil. O vazio e o nada se faz presente. Essa é a “ética pós-moderna”.
Mesmo assim, o palestrante conclui a sua explanação afirmando que a tal “liberdade pós-moderna”, ainda hoje esbarra nos determinismos históricos que nos impões certos valores e ideias morais que dificultam quase que completamente a inventividade e criatividade de um novo ser humano autônomo e senhor de sua moralidade e ethos. O "existencialismo" acaba sendo atenuado/minimizado pela “existência” teimosa e inoportuna da “ética moderna” – uma ética pronta, acabada e fundamentada numa metafísica essencialista.
O que o Franklin Leopoldo explana magistralmente nessa palestra, confirma o que vários teóricos têm dito nos últimos anos: nós ainda somos modernos. Os resquícios dos ideais modernistas que foram plagiados da religião cristã, ainda estão bem atuantes e presentes na cultura contemporânea, e ironicamente entre aqueles que mais esbravejam contra o essencialismo.
Para os modernos, apesar de muitos destes terem rejeitado o víeis religioso como o fundamento do qual pudéssemos extrair a nossa práxis, eles ainda continuavam a acreditar numa dada natureza humana pronta, como resultado de uma metafísica essencialista que ancorada na “razão”, podia nortear nossas ações e valores no dia a dia.
Como uma espécie de divisor de águas, o “existencialismo” do século XX rompe com esses conceitos essencialistas e advoga uma nova forma de ver e estar no mundo, através de uma “existência” continuada, aonde o sujeito vai criando e inventando os seus próprios valores. Há uma “espontaneidade” no exercício da “liberdade”.
Ironicamente, segundo o Franklin, o ser humano, quando se vê livre dos padrões morais previamente estabelecidos pela sociedade, religião, tradição, família e etc., se depara com um certo “mal-estar”, visto que o seu chão e alicerce foi tirado. Citando o Filósofo Jean Paul Sartre, "o ser humano está condenado a ser livre”. Essa suposta liberdade não dirigida e não governada passa a ser um fardo para o homem “liberto” e criador “soberano” de seu destino e valores morais. Colocá-la em prática não é nada fácil. O vazio e o nada se faz presente. Essa é a “ética pós-moderna”.
Mesmo assim, o palestrante conclui a sua explanação afirmando que a tal “liberdade pós-moderna”, ainda hoje esbarra nos determinismos históricos que nos impões certos valores e ideias morais que dificultam quase que completamente a inventividade e criatividade de um novo ser humano autônomo e senhor de sua moralidade e ethos. O "existencialismo" acaba sendo atenuado/minimizado pela “existência” teimosa e inoportuna da “ética moderna” – uma ética pronta, acabada e fundamentada numa metafísica essencialista.
O que o Franklin Leopoldo explana magistralmente nessa palestra, confirma o que vários teóricos têm dito nos últimos anos: nós ainda somos modernos. Os resquícios dos ideais modernistas que foram plagiados da religião cristã, ainda estão bem atuantes e presentes na cultura contemporânea, e ironicamente entre aqueles que mais esbravejam contra o essencialismo.