quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Stephen Hawking eliminou Deus?


O mais famoso Físico das últimas décadas, Stephen Hawking, aquele brilhante cientista tetraplégico, que antes, vez por outra, ainda flertava com a possível existência de Deus, chegou a negá-la definitivamente.

Objetando o Hawking, o Astrofísico, Rodney Holder, Ph.D e Pós-Doutorado em Astrofísica na Universidade de Oxford. Membro do Instituto Faraday de Ciência e Religião, St. Edmund College, Cambridge, respondeu em um discurso na Universidade de Cambrige, na Inglaterra:

"Outra questão importante é o ajuste preciso do universo. E eu acredito que isto talvez ainda seja mais difícil de se explicar, se você for um ateu, do que o início do universo. O universo parece, em inúmeras formas, ter sido projetado para que a vida se desenvolvesse em algum estágio de sua evolução. As constantes das leis da física, as condições iniciais do “Big Bang”, precisam ser o que são para que a vida possa surgir. E a coisa mais interessante a respeito disso é que [tudo isso] foi descoberto pelos cosmólogos, sem qualquer tendência religiosa". 

"Parece-me que é muito mais simples, muito mais racional, acreditar que o universo foi criado e projetado por Deus".

Também o Filósofo, Willian Lane Craig, Ph.D em Filosofia pela Universidade de Birminghan, na Inglaterra, membro de nove Sociedades Acadêmicas, dentre as quais estão a Associação Filosófica Americana, Sociedade Americana de Religião e o Instituto de Filosofia da Universidade de Louvain, na Bélgica, em entrevista (e não nesse vídeo, pois tive preguiça de transcrever o que ele disse), falou:

"Cientistas como Hawking e Krauss [outro Físico que nega a existência de Deus) não são treinados em Filosofia e são bem ingênuos nesse campo. Eles não entendem as implicações metafísicas do que dizem e caem em uma armadilha criada por suas próprias palavras. Hawking, no começo de seu livro The grand design, diz que a Filosofia está morta e que ela não acompanhou os desenvolvimentos da ciência moderna; agora, cabe aos cientistas conduzir a luz do conhecimento. Essa, por si só, é uma afirmação filosófica – e o resto do livro vai fazendo uma afirmação filosófica após outra. Hawking faz filosofia em vez de ciência e não percebe".

O Craig tem razão. Hawking pode ser, e é, um GRANDE e FORMIDÁVEL Cientista. No entanto, parece que ele não tem mais conhecimento em Filosofia da Ciência do que qualquer estudante perspicaz que venha a ler uns dois ou três livros sobre o assunto, ou somente um. Pois se tivesse, teria notado que seu livro é pura metafísica misturada com ciência, e assim, não teria caído em contradição. Ateus a exemplo de muitos crentes falando MERDA. 

Palestra do Professor Paulo Jonas de Lima Piva - Encontro Nacional de Ateus - 17/02/2013


Nessa palestra, o Paulo Jonas de Lima Piva, Ateu, Ph.D em Filosofia pela USP; Pós-Doutorado em Filosofia na FAPESP; Mestrado e Bacharelado em Filosofia na USP. Professor de Filosofia na Universidade São Judas Tadeu, sem querer acabou fornecendo munição aos seus discordantes teístas em uma palestra em São Paulo. Ele diz:

"Pra mim, ateísmo não é uma doutrina, ateísmo não é um pensamento, não é uma corrente de pensamento, melhor dizendo, muito menos uma religião... Pra mim o ateísmo é simplesmente uma tese ou hipótese cosmológica de natureza metafísica que se esforça para ser científica. Uma tese. Ponto final".

A incoerência já é bem patente na primeira parte de sua fala. Como o ateísmo não é uma doutrina? Como não é um pensamento? Como não é uma corrente de pensamento, se ele mesmo está participando do 2º Encontro Nacional de Ateus em São Paulo? 

Presume-se que eles tenham um conjunto de ideias, crenças e conceitos em comum, penso eu! Se assim não fosse, por qual motivo estariam realizando já o 2º encontro sobre ateísmo?! Por quais meios epistêmicos ele diferencia "hipótese" de "doutrina", "pensamento" ou "corrente de pensamento"?! Esse tipo de incoerência vindo de um Filósofo é lamentável. 

Mas a parte mais importante da fala dele é quando ele diz que o ateísmo é "uma HIPÓTESE cosmológica de natureza METAFÍSICA que se ESFORÇA pra ser CIENTÍFICA". (Ênfase acrescentada).

Pelo menos nessa questão ele foi filosoficamente correto e honesto. Coisa que muitos ateus não são; ou na verdade desconhecem que sua descrença no transcendente é uma mera hipótese que não é em nada superior a crença no divino. Mas é lógico que Piva acredita que seja.

O ateísmo, assim como o teísmo e a ciência dependem de pressuposições que não podem ser provadas. 

Homem: Criação ou Evolução?



Tem que se ter muita paciência para assistir esse debate sobre Criação X Evolução. A começar pelos moderadores, dois padres, que não sabem praticamente nada sobre a controvérsia, e que portanto, conduziram muito mau todo o debate. Um programa chato, morgado e sem empolgação.

Quanto aos debatedores, o Nahor Neves de Souza (Bacharelado em Geologia pela Unesp, Mestrado em Geotecnia e Ph.D em Engenharia pela USP, e também já foi Professor desta Universidade), se mostrou um péssimo defensor do criacionismo. Não convence ninguém, acho que nem a ele mesmo. Ter boas credenciais não é garantia de ser ter uma boa argumentação. 

Na metade do programa chegou a Bióloga Márcia Oliveira de Paula (Ph.D em Microbiologia pela USP, possui Licenciatura, Bacharelado e Mestrado em Biologia pela UFMG), que pensei que poderia falar e argumentar melhor que o Nahor. Infelizmente a semelhança deste, ela também foi um fracasso enquanto defensora de seus ideais "científicos". 

Já o defensor da evolução, Mário Pinna (formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ph.D em Evolução Biológica na Universidade de Nova York, e Professor da USP), se saiu bem melhor que os criacionistas. Com um jeito bem tranquilo e ponderado não precisou fazer nenhum esforço para ganhar o debate em questão.

Os criacionistas brasileiros sempre estão argumentado contra a Teoria da Evolução em textos, artigos, livros, vídeos, simpósios, palestras, salas de aula e documentários; mas quando chega a hora da "verdade", não conseguem expor o que é o criacionismo e como ele pode substituir a TE como uma alternativa mais viável. 

Péssimos defensores do criacionismo no diálogo interpessoal esses dois cientistas criacionistas. E não é a primeira vez que o Nahor se saí perdedor em um diálogo televisivo com o Pinna. Ele não se cansa de apanhar. Anda fazendo um desserviço a causa criacionista. E a Márcia Oliveira me parece que é outra que precisa ter coragem de argumentar mais corajosamente por aquilo que acredita que seja a melhor explicação para a biodiversidade do planeta.