Nessa palestra, o Paulo Jonas de Lima Piva, Ateu, Ph.D em Filosofia pela USP; Pós-Doutorado em Filosofia na FAPESP; Mestrado e Bacharelado em Filosofia na USP. Professor de Filosofia na Universidade São Judas Tadeu, sem querer acabou fornecendo munição aos seus discordantes teístas em uma palestra em São Paulo. Ele diz:
"Pra mim, ateísmo não é uma doutrina, ateísmo não é um pensamento, não é uma corrente de pensamento, melhor dizendo, muito menos uma religião... Pra mim o ateísmo é simplesmente uma tese ou hipótese cosmológica de natureza metafísica que se esforça para ser científica. Uma tese. Ponto final".
A incoerência já é bem patente na primeira parte de sua fala. Como o ateísmo não é uma doutrina? Como não é um pensamento? Como não é uma corrente de pensamento, se ele mesmo está participando do 2º Encontro Nacional de Ateus em São Paulo?
Presume-se que eles tenham um conjunto de ideias, crenças e conceitos em comum, penso eu! Se assim não fosse, por qual motivo estariam realizando já o 2º encontro sobre ateísmo?! Por quais meios epistêmicos ele diferencia "hipótese" de "doutrina", "pensamento" ou "corrente de pensamento"?! Esse tipo de incoerência vindo de um Filósofo é lamentável.
Mas a parte mais importante da fala dele é quando ele diz que o ateísmo é "uma HIPÓTESE cosmológica de natureza METAFÍSICA que se ESFORÇA pra ser CIENTÍFICA". (Ênfase acrescentada).
Pelo menos nessa questão ele foi filosoficamente correto e honesto. Coisa que muitos ateus não são; ou na verdade desconhecem que sua descrença no transcendente é uma mera hipótese que não é em nada superior a crença no divino. Mas é lógico que Piva acredita que seja.
O ateísmo, assim como o teísmo e a ciência dependem de pressuposições que não podem ser provadas.
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