Elas batem à sua porta com sorrisos largos e simpáticos, estão
bem vestidas, mulheres com vestidos floridos e sombrinhas por causa do sol,
homens com roupas sociais e maletas executivas. Eles falam com prazer sobre Deus, sobre Jesus, sobre a
Bíblia, entregam-lhe folhetos, livros, fazem convites para estudos bíblicos, e
passam a imagem de que são o povo mais feliz e correto do planeta. São oito milhões deles
em todo mundo, cerca de 860 mil aqui em nosso país. É um número pequeno, é
verdade, em vista dos mais de sete bilhões de pessoas que ocupam o globo. Contudo,
é uma seita perigosa, que protege estupradores e pedófilos em suas fileiras.
Não é só o Vaticano e a sua política nojenta, que faz vistas
grossas e dá mingau na boquinha de molestadores de pequenos e adolescentes. Mas
a organização que vê a si mesma como a única representante de Deus, também é mais uma
religião que não mede esforços para manter-se num falso padrão de alta
moralidade, colocando a instituição acima de crianças inocentes que foram
sexualmente abusadas.
Este documentário feito por um “apóstata”, aquele tipo de
pessoa que foi expulsa da religião por “má” conduta, clareia direitinho os
mecanismos pelos quais as lideranças das testemunhas de Jeová escondem,
minimizam, atenuam e desmentem, os milhares de casos de abusos infantis que
ocorrem há muitas décadas entre os seus membros. Não são casos isolados. Não são
abusos aqui e ali. Há procedimentos sistemáticos para calarem as vítimas, para
que estas não entrem em contato com as autoridades policiais.
Os líderes mundiais dessa seita são chamados por eles de
Corpo Governante. É vergonhoso os vídeos desses crápulas mentindo sobre os
milhares de estupros em sua religião, como se não bastasse os estupros mentais
que os fiéis já sofrem por aprenderem um monte de baboseiras sem fundamento que
lhes são passadas todas as semanas, minando progressivamente as suas
capacidades de pensar e criticar ideias contraproducentes.
Lastimável que mesmo as testemunhas de Jeová assistindo a esse
documentário, ainda abram a boca para defenderem essa organização. Há um componente espiritual, psicológico e social muito forte nisto. A alienação
dos membros dessa instituição é assustadora. Enquanto isso, pedófilos continuarão
a estuprar os seus filhos. E ainda ficam chateadas quando dizemos que são uma
SEITA! A Torre de Vigia é igual ou até pior que o Vaticano em proteger estupradores,
visto que o catolicismo até onde tenho conhecimento, fornece esconderijo aos
seus padres, cardeais e bispos (o que já é inadmissível), enquanto que a Torre de Vigia além de dar abrigo aos seus líderes, igualmente concede guarida aos membros comuns que venham a molestar crianças.
Este documentário apresenta algumas histórias de ex testemunhas
de Jeová que corajosamente depois de anos de abusos sexuais, resolveram ir à
justiça comum denunciar os seus molestadores e dizer a verdade de que os seus pastores nada fizeram para que eles fossem devidamente
punidos com os rigores da lei. Processos foram ganhos, e a Torre de Vigia teve
que desembolsar milhões de dólares para indenizar as vítimas. E de onde veio o
dinheiro para pagá-las? Dos fieis otários e ingênuos, porém sinceros, que dão o seu sangue para que a organização cresça cada vez mais.
O problema não é ter em suas fileiras pedófilos e outros
tipos de criminosos, porque é uma triste realidade que toda instituição tem as suas maçãs podres, mas sim, em não entregá-los a justiça do país para que
sejam julgados e presos. As testemunhas de Jeová consideram as práticas de
pedofilia acontecendo nos bastidores de sua religião apenas como um pecado,
desvio, infração, ou erro, que não são passíveis do castigo externo do estado. A
pedofilia praticada por seus membros, para eles não é crime, mas no máximo, um
pecado, que somente cabe a eles julgarem quais procedimentos tomarem para disciplinar o infrator. A essa
altura, podemos vislumbrar o caráter ignominioso dessa seita.
Documentário esclarecedor.