terça-feira, 7 de novembro de 2017

Filmes Vistos (12)


Madalyn Murray O'Hair causou a fúria ensandecida de muitos "cristãos" norte-americanos, quando na década de 1960 conseguiu que a Suprema Corte daquele país banisse a oração das escolas, que até então era uma prática que todos os alunos deviam seguir, mesmo não compactuando com a religião cristã, ferindo a constituição de separação entre igreja e Estado. Está aí, um dos motivos dela ter sido por pouco mais de três décadas, "a mulher mais odiada da América". Este filme conta-nos um pouco de sua história de militância contra a religião, e sua trágica morte por assassinato em 1995, a qual certamente deixou muitas pessoas "di dels" felizes.


Filme bom, apesar de um defeito fundamental: tentar passar a visão de que os militares e governos norte-americano e britânico estão super preocupados com as mortes dos civis, seja no Oriente Médio, seja na África, como é o caso aqui. O lado bom do filme é que ele suscita um debate ético muito interessante e intenso. É moralmente ético tirar a vida de uma criança, para que outras 80 vidas (adultos e crianças) sejam salvas?


Belo filme, filme belo! Uma história de superação e vitória sobre o preconceito tolo, que a humanidade teima em ter, não importa a época ou lugar. E o pior é que começamos a mostrar o nosso lado ruim, mau e discriminador, desde crianças. 


Acredito que este, tenha sido o filme mais tenso que já vi. A história de um estupro medonho de uma linda menina, quando ela caminhava para a escola. Ela sobrevive. Mas as consequências de ter sido violada serão para o resto de sua vida. Emociona demais. Desesperador, e ao mesmo tempo, apesar de todo o sofrimento advindo do estupro, um fio de esperança e alegria ressurgem em meio a dor. 


Baseado numa obra do século XIX, do romancista português Eça de Queiroz, este filme é uma dura crítica ao celibato sacerdotal na igreja católica. Se o autor vivesse em nossos dias, sua obra sofreria uma modificação substancial - ao invés de terem como personagens, padres mulherengos, teria padres pedófilos, acobertados pelo Vaticano. É um ótimo filme.

Documentários Vistos (26)


Um negro é morto por um branco, numa discussão em uma oficina, em 1992. A família até hoje procura saber o porquê do assassino não ter sido julgado e preso. A justiça considerou que o homem branco agiu em legítima defesa. As evidências parecem sugerir que não. Strong Island (Ilha Forte) reflete a parcialidade racial do sistema jurídico norte-americano, visto que se fosse o contrário, é quase certeza que o negro seria julgado a passar uns bons anos trancafiado. O fantástico filme Tempo de Matar, com Samuel L Jackson e Sandra Bulock, alerta há mais de vinte anos, sobre as injustiças racistas feitas nos tribunais daquele país.


Na Nova Zelândia, uma mulher passa a ter comportamentos estranhos, e sua família extremamente supersticiosa e afundada na tradição nativa maori, diagnostica o comportamento bizarro e assustador da jovem, como uma possessão de um espírito maligno. Em nenhum momento pensaram que poderia ser um distúrbio mental, sem ligação alguma com o que acham ser o mundo mágico e sobrenatural de sua religião. O resultado é triste e desolador, visto que nos rituais de exorcismo feitos pelos próprios familiares, a tal "possessa" veio a óbito por afogamento, pois a família pensava que jogando água fria em seu rosto e fazendo ela engolir litros e mais litros de água, o tal espírito do mal sairia dela. 

A justiça da Nova Zelândia condenou alguns familiares, mas não os prendeu. O pior de tudo é que a família tão alienada nas tradições religiosas em que fora criada, ainda acredita que a maldição está presente entre eles. Não consideraram por um único momento em levar em conta o que a Medicina tem a dizer.


Quando Dois Mundos Colidem trata do conflito entre nativos e o governo peruano, que quer vender parte dos recursos naturais da Amazônia para empresas norte-americanas. A partir daí, os conflitos tornaram-se inevitáveis, ocasionando tanto a morte de indígenas quanto de policiais. No Brasil algo semelhante acontece, quando o governo brasileiro vendeu os direitos de exploração do ouro ainda existente na Amazônia a empresa canadense Colossus. Sob o pretexto de um hipotético desenvolvimento econômico do país, a destruição da natureza vira um mero detalhe sem importância, contanto que os empresários e governantes fiquem com o rabo cheio de dinheiro.


Judeus ultraconservadores e fechados em si mesmos fugidos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalam em Nova York, no bairro do Brooklyn. O fanatismo e o isolamento são bastante acentuados, fazendo com que alguns membros mais jovens rompam com a tradição ao qual foram criados. Mas não é fácil se adaptar ao novo mundo, que possui infinitas possibilidades, principalmente, quando esses jovens praticamente nada sabem sobre esse nascente universo que estão começando a ver e apreciar. 

Como toda seita que se preze, o judaísmo hassídico é mais uma comunidade religiosa que encobre os casos de estupros que acontecem em seus bastidores. Os membros estão proibidos de dar qualquer queixa a polícia, por abusos sexuais. É difícil sair de religiões assim, com alguma dignidade, pois farão da sua vida um inferno, e você sempre será visto como o filho do diabo, rebelde, egoísta... 

Um povo que foi tão perseguido e maltratado, podendo aprender e tratar os seus com mais dignidade, respeito e compaixão, acabam praticando coisas horríveis em nome de sua fé religiosa, que eles (aparentemente) não pensam por um momento, que ela pode ser uma grande quimera. Nada mais que um conto bonito para aliviar a tensão que é viver em mundo tão caótico e injusto.


Não bastasse a África com os seus vários problemas estruturais de ordem econômica, política e social, ela ainda tem de enfrentar os malditos caçadores ilegais de marfim, que matam um elefante a cada 15 minutos, para vender os seus chifres no mercado negro de Hong Kong e da China, gerando um empobrecimento incalculável nas savanas do continente africano. Eles assassinam sem piedade, destruindo toda a estrutura familiar que cada manada de elefantes possui. Quando um elefante é morto, toda a estrutura familiar desaba; fica desestruturada. O Extermínio do Marfim vai atrás desses canalhas FDP, para colocá-los na cadeia. Uma guerra se instala. E apesar de toda a matança de elefantes, avanços são conseguidos. Um grande traficante de marfim é preso, China e EUA se comprometem a acabar de vez com o comércio de marfim. Tomara que eles cumpram as metas estabelecidas. No entanto, a China ainda não fixou um prazo para a cessar de vez o comércio de marfim em seu território. Sinceramente, com o histórico de perversidade desse país, não dá para confiar muito nele.