sábado, 20 de maio de 2017

Livros Lidos (22)


Em 1998, nos meus 12 ou 13 anos peguei esse livro que meu pai tinha comprado. Foi um dos primeiros livros que li na vida. Estava curioso para saber como são os rituais espíritas, em especial, os de matriz africana, como o Candomblé. Essa religião me assustava, assim como assusta milhões de brasileiros até hoje, por causa de suas peculiaridades litúrgicas. Num tom pesadamente crítico, Costa vê o espiritismo, seja ele o kardecista ou o africano, como manifestações maléficas contrárias ao Deus verdadeiro da Bíblia. Nenhuma novidade. Quaisquer livros evangélicos escritos por pentecostais, a religiosidade espírita será vista dessa maneira. 


É possível conversar com que já bateu as botas? Espíritas dizem que sim. Evangélicos em sua maioria esmagadora, dirão que não, e que é até pecado tentar se comunicar com quem já partiu. É vedado até mesmo a tentativa de diálogo com pessoas mortas. O livro do Hernandes adota essa perspectiva. Ele confere uma atenção especial ao livro de 1 Samuel 28, onde ocorre uma sessão mediúnica, em que o texto diz claramente que Saul travou uma conversa com o profeta Samuel, já morto. Para ele, a despeito do texto dizer: “Assim falou Samuel”, na verdade, não era Samuel, mas um espírito enganador que se passou pelo profeta. Muitos Teólogos evangélicos realmente admitem que ali, houve uma conversação entre dois mundos – dos vivos e dos mortos.  


O autor dispara suas críticas contra várias religiões e igrejas, que ele classifica como falsas, seitas e grupos com ensinos errôneos e perigosos. Alvo de sua metralhadora: Testemunhas de Jeová, Adventistas do Sétimo Dia, Islamismo, Catolicismo, Mormonismo... Achei a maneira do Soares escrever, um pouco desorganizada. Ele já escreveu livros melhores.


Esse foi o primeiro livro do Paulo Romeiro detonando a Teologia da Prosperidade (TP) e Confissão Positiva (CP). Foi escrito em 1993, quando essa aberração estava se espalhando pelas igrejas evangélicas Brasil a fora. Ele dá nome aos bois, dá nome as estrelas desse lixo de teologia – o grande divulgador e popularizador da TP e CP, Keneth Hagin; o pilantrão que até hoje vem ao Brasil pegar dinheiro dos incautos, Benny Him; o bonachão da RIT TV, R. R. Soares; a perturbada e celibatária (só um doido para querer casar com ela) Valnice Milhomens; e outros. Romeiro ainda estava calmo e paciente nessa época, mas anos depois sentiu a necessidade de escrever mais dois livros refutando esses ensinos, visto que eles estava se alastrando muito rapidamente pelos arraiais evangélicos.  


Um livro prático e informativo, na medida em que ele em cada livro da Bíblia, vai expondo o que as seitas e religiões entendem e ensinam sobre os textos bíblicos. É uma obra de embate, de confronto, pois seu propósito é refutar os ensinos de vários ramos teológicos, como testemunhas de Jeová, mormonismo, catolicismo, espiritismo e etc. Livro extenso. 

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