sábado, 29 de abril de 2017

Extraterrestres: onde eles estão e como a ciência vai encontrá-los


NOGUEIRA, Salvador. Extraterrestres: onde eles estão e como a ciência vai encontrá-los. São Paulo: Abril, 2014. (Versão em PDF).

Comecei a ler sobre Ufologia em 2003, quando em contato com um amigo, que era assinante da revista UFO, maior e melhor veículo de divulgação do fenômeno sobre os OVNIs no Brasil. O interesse de meu amigo arrefeceu e, ele acabou me presenteando tempos depois, com todas as suas revistas e um livro sobre esse assunto, que me fascinava e me fascina.

Salvador Nogueira, colunista da revista Scientific American Brasil e assessor de comunicação da Sociedade Brasileira de Física, não é um entusiasta das pesquisas sobre discos voadores e homenzinhos verdes ou cinzas. O seu interesse está focado nas pesquisas empreendidas pela comunidade científica, que tem se esforçado nas últimas décadas em busca de vida além do nosso planeta – seja ela a nível microscópio ou macroscópico. Ele acha bem improvável que relatos de naves interestelares já tenham travado contato com algum ser humano, como dizem os Ufólogos. Tenta explicar as fantasiosas alegações de pessoas que juram terem sido abduzidas ou terem visto discos voadores, apelando para os conceitos do famoso Psicanalista Carl Jung e para a cultura pop que propiciou a nossa sociedade a partir das primeiras décadas do século passado, um movimento cultural voltado para os alienígenas”. P. 232.

Sendo assim:

“Uma mistura poderosa de ciência, permeada de novidades e maravilhas tecnológicas, e ficção, que especulava com base no progresso acelerado, criou a sensação de que era perfeitamente possível que estivéssemos sendo visitados por extraterrestres, ou mesmo que eles estivessem tentando estabelecer contato.” P. 232.

Mas autor defende que existem boas razões para pensarmos que não estamos a sós no Universo. Apenas ainda não temos provas que estejam aptas a passarem pelo rígido crivo da Ciência. Um dia, quem sabe, as teremos. Ele pergunta:

"[...] é impossível olhar para o céu e não se sentir oprimido por uma dúvida: há outros seres vivos além da Terra? Nosso planeta é um lugar especial, singular, ou apenas mais um dentre bilhões e bilhões de mundos pululando de vida, muitos dos quais abrigando espécies inteligentes? Quando olhamos para o céu, será que há lá em cima alguém também trocando olhares conosco, visualizando nossa pequena estrela anã amarela [sol] e se perguntando se há alguém por aqui?" P. 24.

Se tivermos de algum dia, sabe-se lá quando, de encontrar algum tipo de ser vivente na Via Láctea, é mais provável, que ele será uma espécie de vida simples.

"[...] a descoberta de vida extraterrestre no Sistema Solar é prioridade dos programas espaciais mais avançados. Embora muito provavelmente esses alienígenas não passem da escala microbiana e, mesmo na melhor das hipóteses, não incluam criaturas inteligentes, saber que eles estão por aí confirmaria a hipótese de que os fenômenos químicos que levam à biologia se repetem com frequência no Universo. Só de saber que a Terra não é o único abrigo para a vida – com a possibilidade de estudar uma segunda história de origem ou, caso a panspermia esteja correta, compreender como cada ambiente conduz a evolução por caminhos diferentes –, já estaríamos dando um passo fundamental para aplacar nossa solidão cósmica." P. 117.

Num certo momento, Nogueira flerta com a panspermia dirigida, mas ciente de que até o momento ela sofre com a falta de qualquer evidência palpável.

"E se a vida na Terra começou por intervenção direta de uma civilização alienígena? Não é tão difícil imaginar uma sociedade avançada avaliando planetas pela galáxia em termos de sua habitabilidade. Ao decidir que um mundo é passível de ocupação biológica, esses extraterrestres decidem semear esse planeta com um conjunto de criaturas primitivas, nem que seja só para ver o que a evolução fará delas em bilhões de anos". P. 174.

Convencionou-se na Academia acreditar, que se os extraterrestres inteligentes existam, eles serão bonzinhos, mas pode ser exatamente o contrário.

"Embora Carl Sagan e os entusiastas da SETI [Busca por Inteligência Extraterrestre] tenham desde sempre vendido a ideia de que civilizações extraterrestres necessariamente serão benignas e socialmente avançadas, gente como o físico britânico Stephen Hawking acredita que anunciar nossa existência ao cosmos pode ser perigoso. Nada sabemos sobre ética e moral alienígenas, e até podemos estar contando a eles onde procurar seu próximo almoço". P. 201.

O ceticismo do Nogueira em relação aos OVINs é um reflexo da própria incredulidade da grande maioria dos Cientistas. Isso não quer dizer que tais naves não existam. Ele escreve:

"[...] é aí que está o problema dos OVNIs – e mais ainda dos casos de abdução,em que pessoas alegam ter sido sequestradas, contatadas e estudadas por alienígenas. Há testemunhos aos montes (de pessoas com e sem diagnóstico de problemas psiquiátricos), mas faltam provas materiais conclusivas. Ninguém até hoje conseguiu levar um pedaço de espaçonave para análise em laboratório, o que facilmente demonstraria sua origem extraterrestre, e vídeos e fotos se tornam cada vez menos relevantes. Se antes eles eram fáceis de falsificar, agora você pode até baixar softwares em seu celular que fazem isso de forma automática. Sem evidências palpáveis, o fenômeno escapa do alcance da ciência. Não há como teorizar a respeito, nem prever novas ocorrências. Talvez por isso, a maioria dos cientistas prefira manter uma distância saudável do tema, embora poucos corajosos, como o astrobiólogo David Grinspoon e o físico Michio Kaku, admitam que há um percentual de casos inexplicados que dá margem à especulação de que se trata de visitantes alienígenas." P. 221.

Entretanto, muitos governos têm se dedicado a estudar e a levar a sério a “invasão” dos alienígenas – a França é um exemplo.

"Aos que preferem acreditar que tudo não passa de imaginação [UFOs], um fato notável é que muitos países tenham dedicado tantos esforços a investigar o fenômeno. Convenhamos que é no mínimo estranho gastar dinheiro para estudar uma coisa que supostamente não existe. Os franceses, por exemplo, deixaram o assunto sob encargo da CNES, a agência espacial francesa. Uma investigação em andamento, iniciada em 1977, já registrou cerca de 6 mil casos, dos quais 14% seguem sem explicação. Embora oficialmente os relatórios não defendam que os OVNIs são alienígenas, os líderes do estudo já vieram a público dizer que essas aparições eram máquinas voadoras físicas além do nosso conhecimento, e que a melhor explicação para os casos mais enigmáticos era a hipótese extraterrestre. " P. 221.

Cautela, cautela e cautela, quando o assunto são os avistamentos e contatos com UFOS.

"Tomadas como um todo, as características dos testemunhos de OVNIs e de seus ocupantes lembram muito mais produtos da mente humana do que visitantes de outros mundos. É possível que uma parcela corresponda a reais visitas alienígenas? Até é. Mas não provável, nem comprovável. Interpretar fenômenos desconhecidos como evidência de vida extraterrestre é, por definição, uma questão de fé." P. 226.

Quanto aos círculos que aparecem nas plantações, Nogueira não tem dúvidas – não tem nada a ver com seres de outros mundos.

“Outro elemento das histórias de disco voador que não cola é o dos círculos nas plantações. O primeiro caso veio da Inglaterra, em 1976. Todos ficaram pasmos com a precisão dos desenhos e disseram que não havia como humanos conseguirem fazer uma obra daquelas. Novos padrões continuaram a aparecer, da noite para o dia, para o espanto de todos. Até que em 1991, dois velhinhos, Doug Bower e Dave Chorley, admitiram que estavam fazendo os desenhos e mostraram como eram produzidos, para a tristeza dos ufólogos. [...] Não há nada de misterioso ou alienígena a respeito deles. P. 239.

Como os testemunhos de avistamentos são muitos, e as vezes bastante convincentes e difíceis de descartar, até mesmo o Nogueira precisa admitir:

"Por outro lado, pessoas que dizem ter visto artefatos voadores me parecem críveis, pelo menos em alguns casos bem documentados. Se eles têm origem alienígena, ninguém sabe. Mas, como não se pode descartar a existência de outras civilizações no Universo, bem como a viabilidade de voos interestelares, é uma hipótese que não pode ser afastada por completo.” P. 239.

O livro é muito bom.

Nogueira conta que desde Copérnico, passando por Galileu, Kepler, Newton, entre vários Cientistas - o pavimento foi sendo construído para que começássemos a ver que não estamos sozinhos. 

Caso venha alguma confirmação disto, as implicações serão avassaladoras nos vários campos do conhecimento.

Talvez ela nunca venha.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Deus: Como Ele Nasceu


LOPES, Reinaldo José. Deus: Como Ele Nasceu. São Paulo: Abril, 2015. (Versão em PDF)

Faz uns bons anos que já não leio a revista Superinteressante. Nos anos em que lia edição após edição, sempre as matérias referentes a Jesus e/ou ao cristianismo foram menos amistosas comparadas às outras tradições de fé, como o budismo ou espiritismo, por exemplo. Fazendo uso corrente de estudiosos extremamente céticos em relação à crença cristã, o quadro pintado pela Super sempre foi o de desconstruir a visão tradicional que nos foi legada. Tal metodologia não me incomoda, visto que as milhares de igrejas estão aí, para divulgar o modelo já consagrado de como Deus “nasceu”. A revista tem todo o direito de trazer o outro lado da história. Noutro sentido, fico incomodado, quando vejo a parcialidade da revista em fazer generalizações descabidas, como se não existissem estudiosos competentes de linha conservadora, que defendem posições contrárias ao que ela propõe. Soa contraditório? Talvez.

Reinaldo José Lopes, Ph.D e Mestre em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês na USP, escrevendo em nome da Super, nos contará a história do “nascimento” do deus judaico-cristão. Inicialmente pensei, que o livro estava recheado de palavras jocosas e piadinhas para denegrir a imagem da tradição monoteísta. Mas estava errado. Lopes não deixando de ter uma escrita leve, descontraída e com algumas pitadas de humor (característica da Super), em nenhum capítulo, parágrafo ou linha, o vi desdenhando da fé religiosa. Obviamente é uma obra que vai de encontro aos ensinos que se recebe nas igrejas, de que a bíblia foi inspirada por deus; de que as histórias contidas nela possuem confirmações na história e etc.

“[...] a postura da nossa narrativa será, ao menos na maior parte do tempo, metodologicamente agnóstica. Ou seja, não é meu objetivo provar que Deus existe ou deixa de existir — e, do ponto de vista estritamente científico e racional, sou da opinião que esse tipo de demonstração é inviável. Para usar o simpático jargão da filosofia da ciência, a ‘hipótese Deus’’ não é ‘falseável’ — ou seja, não tem como bolar um experimento, ou série de ‘experimentos, que demonstre de forma conclusiva que Deus não existe ou existe, especialmente se a gente levar a sério a ideia de que ele é inefável, ou seja, manifesta-se quando e como quiser, como afirmam as religiões que o veneram.” P. 12.

Mesmo que todas as religiões, inclusive a judaica e cristã, sejam perfeitamente escrutinadas pelo que há de melhor na História, Antropologia, Arqueologia, Psicologia Social, Sociologia e etc, não se segue daí que o sentimento de que existe algo além, que normalmente chamamos de Deus, seja apenas fruto de nossas mentes. A Filosofia continua tendo primazia sobre todas elas. Deus pode existir independente da origem detectável e explicável das milhares de religiões existentes. Ele pode muito bem não ter NADA a ver com todas elas. Quanto a declaração que diz que “do ponto de vista estritamente científico e racional, sou da opinião que esse tipo de demonstração é inviável” – penso que ele comete um equívoco, visto que tanto cientificamente como no campo filosófico, pode-se apresentar argumentos plausíveis de que a crença em Deus pode está ancorada em boas evidências, ainda que passíveis de dúvidas.

“Ao ler sobre fenômenos religiosos — seja do ponto de vista individual, seja em uma perspectiva histórica de longo prazo —, você pode, com toda a justiça, contentar-se com apenas a primeira parte do nosso paradoxo: ‘é tudo coisa da sua cabeça’, resumindo. Não há nada sobrenatural acontecendo, no fim das contas. Por mais que as pessoas acreditem estar na presença de Deus numa igreja, numa sinagoga ou numa mesquita, qualquer sensação especial que venham a sentir em contextos religiosos não passa do resultado de mensageiros químicos e impulsos elétricos pulando de um neurônio para outro em algum canto da cabeça delas. Ótimo, que seja assim. Por outro lado, é minha convicção que a forma completa do paradoxo permite que as pessoas que acreditam em Deus — entre as quais me incluo — sejam capazes de apreciar a trajetória complexa e fascinante que acabou produzindo sua fé de forma intelectualmente honesta, sem que para isso se sintam obrigadas a jogá-la na lata do lixo.” P. 12.

Felizmente, contrariando os materialistas amadores da internet, que afirmam que todos nascemos ateus. Na verdade é quase o oposto: temos uma tendência a crer em algo além do mundo sensível.

“O que fica cada vez mais claro, no entanto, é que, diferentemente do que dizem certos defensores do ateísmo, ninguém ‘nasce’ ateu — nem cristão, budista ou adorador de Thor. Se o cérebro humano fosse um computador, ele seria do tipo que vem com vários programas pré-instalados, bastando clicar nos iconezinhos deles para que se autoinstalassem e começassem a funcionar. E a crença em seres sobrenaturais parece ser um desses programas. Acreditar em deuses parece um resultado completamente natural da maneira como o cérebro humano se desenvolve desde a primeira infância“. P. 14.

Já deu pra perceber que o autor não tem o intuito de desdenhar, zombar ou ridicularizar a fé, mesmo que o título fale sobre o nascimento da divindade. Lopes explica:

“[...] admito que Deus: Como Ele Nasceu tem um elemento de provocação, mas não é minha intenção dizer que Deus foi simplesmente inventado pelo homem — ao menos não como resumo do que acredito ser verdade sobre o Senhor (como o chamam tradicionalmente judeus e cristãos). Dizer que Deus “nasceu”, e que a gente pode contar as etapas desse parto, equivale simplesmente a reconhecer um fato que até as grandes tradições religiosas monoteístas admitem em seus textos sagrados: a crença nele pregada pelas fés atuais não existe desde o princípio do mundo, mas precisou ser formulada de maneira paulatina”. P. 16-17.

Explicando como a fé em deus pode ter surgido entre nós, seres humanos, Lopes, o que não agradará os mais fanáticos religiosos, tampouco, pode não agradar os céticos ateus, quando ele diz:

“[...] alguns estudos realizados na Itália e no Reino Unido nos anos 1990 e 2000, enfocando especificamente as reações de quem não acredita em Deus a eventos importantes da vida — mortes, perda de emprego, dificuldades escolares e financeiras etc. —, mostraram que até esses não crentes às vezes respondem usando uma variante daquela frase ‘tudo acontece por uma razão’, o que sugere, se não uma crença subconsciente em Deus, ao menos uma tendência a enxergar que existe algum destino vago e poderoso controlando as coisas por trás do pano.” P. 29.

Baseados em várias linhas de evidências interpretadas por Historiadores, Teólogos e Arqueólogos, Lopes vai montando o quebra-cabeça de como deve ter surgido o povo de Israel e, consequentemente, o nascimento de Yahweh, a divindade suprema. O Antigo Testamento é uma colcha de retalhos – aquelas historinhas bonitinhas, de que Deus chamou um homem chamado Abraão, que gerou Isaque e Jacó, onde este último teve vários filhos que deram origem as 12 tribos de Israel e, que foram levados para o Egito, e foram escravizados, libertados por Moisés, migrando para a Palestina, dando início a nação de Israel, não passa de construções não factuais, com apenas algumas pinceladas de verdade histórica. Simplesmente as histórias bíblicas e o que sabemos sobre o mundo antigo não batem, segundo Lopes.  

De qualquer forma, algo que me chama atenção na Bíblia é que ela não esconde os fatos embaraçosos sobre os seus personagens mais estimados. Nem Jesus escapa, quando na cruz, ele brada: “Deus meu, Deus meus, porque me desamparaste?”. No Antigo Testamento não é diferente.

“Figuras como Saul, David e Salomão são personagens fabulosos, críveis, de carne e osso, comparáveis aos criados pelos grandes romancistas de todos os tempos. Apesar dos triunfos desses figurões, a Bíblia em geral não os idealiza. Pelo contrário, aliás — suas escorregadas éticas e políticas parecem estar sendo mostradas sem retoques, de um jeito que, por vezes, lembra o estilo de um bom historiador ou biógrafo do século 21”. P. 74.

Referente à principal personagem do Novo Testamento, Jesus de Nazaré, embora Lopes tenha uma abordagem agnóstica e cética, ele enumera alguns critérios de historicidade, que possivelmente nos ajudam a detectar com algum grau de certeza, certos acontecimentos relatados nos evangelhos. A crucificação de Jesus é um exemplo.

“A ideia chocante de um salvador crucificado  é, para quase todos os historiadores sérios do cristianismo nascente, aterradora  demais para ter sido inventada do nada. Isso significa que, por trás dela, houve um homem de carne e osso executado sumariamente em Jerusalém lá pelo ano 30 d.C. P. 114.

Lopes posiciona-se contra aqueles que negam a existência de Jesus. De acordo com ele, é uma posição extremamente frágil de ser defendida. Há também uma admissão de que os evangelhos apócrifos, com exceção do evangelho de Tomé, quase nada têm a dizer sobre o Jesus histórico.

“[...] apesar do grande barulho ocasional causado pela descoberta ou reinterpretação de certos textos apócrifos (ou seja, não incluídos na lista oficial de escritos bíblicos aprovados pelas igrejas cristãs), o fato é que quase nenhum pesquisador na ativa hoje defende que esses textos não canônicos tragam informações importantes a respeito do Jesus histórico. Em geral, são relatos tardios, escritos a partir da metade do século 2º d.C.” P. 124-125.

Concernente as teorias de que Jesus foi na Índia buscar sabedoria e conhecimento durante os anos aos quais os evangelhos se calam, Lopes manda um recado para aqueles que dão crédito a essas teorias nada críveis:

“Seja como for, faça a gentileza de não dar ouvidos aos livros doidões que afirmam que o jovem Jesus foi estudar com monges tibetanos, iogues da Índia ou ascetas do Mar Morto antes de iniciar sua vida pública. É infinitamente mais provável que ele tenha passado os 30 primeiros anos de sua vida em Nazaré, em meio a uma família grande, com vários irmãos e irmãs”. P. 130.

No livro do livro, mencionando mais uma vez os ateus, mas agora num tom que lhes dá uma certa vantagem, Lopes nos diz:

“De fato, podemos afirmar sem muito medo de errar que países como Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia estão realizando, sem querer, um dos experimentos de psicologia social mais interessantes da história: eles estão entre os primeiros Estados de que se tem notícia nos quais a grande maioria da população livremente escolheu não acreditar em Deus, e nos quais a qualidade de vida é elevadíssima em quase todos os aspectos. Atenção para os números: só 28% dos dinamarqueses, 23% dos suecos, 22% dos noruegueses e 33% dos finlandeses afirmam acreditar em Deus. Não temos nenhum sinal de que, após abraçar a descrença, aquele monte de gente loira se transformou num bando de amorais. Pelo contrário - crimes violentos são muito mais comuns nos EUA, a mais religiosa das nações desenvolvidas, do que entre eles.” P. 160.

Fim. 

sábado, 22 de abril de 2017

Contra um mundo melhor: ensaios do afeto


PONDÉ, Luiz Felipe. Contra um Mundo Melhor: Ensaios do Afeto. São Paulo: Leya, 2010. (PDF).

“Mas, afinal, o que é a vida senão se ocupar de coisas e, ao final, tornar-se mais uma coisa no chão de terra que nos cobrirá a todos?” P. 92.

Quarto do livro que leio do Pondé (Ph.D em Filosofia na USP), um escritor e palestrante que muito me agrada, por sua perspicácia em desmentir as ideias romanciadas e tolas que vemos no cotidiano. Pondé é um Filósofo do cotidiano; está interessado nas coisas banais da vida (aliais o que não seria banal?).

Como tinha dito nas outras postagens sobre seus livros, ele em muitas situações é um resmungão, contraditório, um marqueteiro até. Mas tá valendo. Seus livros acabam sendo obras de “anti auto-ajuda” - críticas veementes aos milhares de escritos que inundam o mercado editorial, com besteiras de como encontrar a felicidade, visto que segundo elas, nascemos para ser felizes, que somos especiais, de que devemos confiar em nós mesmos, e um monte de ilusões.

Não encontramos em seus livros, tratados filosóficos sobre Metafísica, Ontologia, Epistemologia e etc., até porque se assim o fossem, eu nem estaria lendo-os.  

“[...] prefiro escrever textos curtos, falta-me a paciência necessária para textos longos”. P. 10.

“Cansei da filosofia, por isso comecei a escrever para não filósofos, porque a universidade, antes um lugar de gente inteligente, se transformou num projeto contra o pensamento. Todos são preocupados em construir um mundo melhor e suas carreiras profissionais. E como quase todas são pessoas feias, fracas e pobres, sem ideias e sem espírito inquieto, nada nelas brota de grandioso, corajoso ou humilde. Eu não acredito num mundo melhor. E não faço filosofia para melhorar o mundo. Não confio em quem quer melhorar o mundo.” P. 10-11.

Mostra-se exageradamente pretensioso quando diz:

“Cuidado, a leitura destes ensaios pode trazer efeitos colaterais: dúvidas, insegurança, insônia, raiva. Se isso acontecer, e você não gostar do que está sentindo, leia livros de autoajuda, tome remédios, faça meditação por cinco minutos”. P. 12.

Pelo menos ele admite:

“Mas, como tudo nesta coletânea é assistemático, os tamanhos variam, alguns beiram a miséria de conteúdo por ser meros fragmentos de pensamento”. P. 12.

Pondé é um ateu, que não vê a religião com os olhos bufando de raiva como muitos materialistas a veem. Ela é superstição? Sim. Mas de igual modo e até pior, são as crendices modernas dos “inteligentinhos”.

“Acho que a vida provavelmente não tem nenhum sentido, apesar de que é na sua forma profunda um movimento que busca a ordem. Em matéria de sentido, prefiro os antigos: Deus, a fidelidade, a castidade, a culpa, a disciplina, a família, o medo, Shakespeare, a Bíblia, a Ilíada. Rejeito todos os novos sentidos: a democracia como religião moderna, a revolução sexual, que não passa de puro marketing de comportamento (continuamos a mentir sobre o sexo e a ser infelizes), a sustentabilidade (nova grife para o ambientalismo), a cidadania, a igualdade entre os homens, uma alimentação balanceada, o fascismo dos direitos humanos, enfim, tudo o que os idiotas contemporâneos cultuam em seu grande cotidiano”. P. 10.

“Pessoalmente, digo que nunca saberemos tudo, por isso sempre poderemos crer e dialogar com o invisível, e que a história dos últimos séculos nos provou que, quando deixamos de acreditar em Deus, sempre acabamos acreditando em qualquer bobagem como ‘História, natureza, ciência, energias, política, em si mesmo, tanto faz’ (como dizia o escritor inglês Chesterton no começo do século XX). Para mim, Deus permanece uma ideia mais elegante.” P. 11-12.

“Mas um trágico cético, como eu, tende a dar valor às crenças religiosas como hábitos válidos em alguma medida. Mas um cético trágico, como eu, tende a partilhar certa sensibilidade pelo mistério que as religiões têm. Antes de tudo porque são antigas e prefiro sempre crenças antigas”. P. 60.

Eis o seu pessimismo diante da vida:

“Não controlamos a vida. Grandes planos podem dar em nada, ter fé pode levar você ao fracasso, acreditar em si mesmo pode levá-lo a erros definitivos, escolher ficar rico pode ou não dar certo, ter muito dinheiro pode sim garantir pessoas ao seu redor amando-o [...] ou pode levá-lo à solidão – enfim, não há garantias. É por isso que o normal é ser inseguro, mentiroso, covarde, e não santo ou corajoso”. P. 12.

“Não é humano saber que a vida é sustentada numa ilusão contínua. Pagamos um preço. Outro risco: pensamos que a dúvida, esse ácido do espírito, só afeta as ideias; mas não, ele também afeta a alma, o corpo, o desejo, os gestos, a capacidade de sonhar à noite. [...] Não acredito em nenhum sistema de valor disponível. Ando como quem anda num deserto, sem direção e sem discernimento, porque a paisagem é toda igual, feita da mesma matéria efêmera e sem forma. Acho que esta é a condição pós-moderna por excelência”. P. 15.

“Muitas vezes, em horas de agonia, contemplamos as paredes e o teto de nosso quarto, mergulhados no silêncio da solidão”. P. 25.

Em muitos momentos, sou muito tentado a concordar com tudo isso. A vida em certo sentido é uma merda (mesmo que exista um deus). Mas sempre queremos pensar que existe algo superior que está levando tudo para o bem maior, no final.

Os ressentimentos do Filósofo e sua acidez não param, trazendo verdades (?) que incomodam:

“TODO MUNDO TEM SEU PREÇO. Essa é uma máxima conhecida há muito tempo. Creio nela profundamente. Apesar de muita gente tentar negá-la, vendendo uma imagem à prova de qualquer preço de si mesmo. O cotidiano é um massacre. Claro que, se você é rico, pode pousar de superior, mas isso é raridade que não vale porque sustentada na sorte incomum. Ninguém é digno para além da miséria que o assola.

Todavia, sem hipocrisia não há civilização, e isso é a prova de que somos desgraçados: precisamos da falta de caráter como cimento da vida coletiva. Muitas vezes sinto, como que de forma material, a presença da hipocrisia ligando as pessoas do mundo quando se afirmam éticas. Por isso o desfile de falsas virtudes em toda parte: o ser entregue à sua pureza seria obsceno. O véu que esconde a nudez moral horrível é como a hipocrisia que nos torna falsamente belos. Mas o pior é quando o pensamento se torna escravo dessa hipocrisia.

Por isso o filósofo deve sempre desdenhar a sobrevivência e o bom convívio e ser contra um mundo saudável. A suposição de que as pessoas se amam em família ou que filhos e pais necessariamente se amam é tão falsa quanto a ideia de que as pessoas não têm preço – e, às vezes, esse preço é bem menor do que imaginamos. O amor familiar pode ser apenas resultado de falta de opção. O problema é que a vida sem família, na maioria esmagadora dos casos, é puro abandono. Precisamos nos sentir parte de algo (pelo menos a maioria de nós) e, para isso, pagamos o preço de não ser livres e de fingir que amamos uns aos outros.” P. 45.

Atos morais não são virtudes de fato:

“[...] eu sempre penso que o fundamento de todo ato verdadeiramente moral, que resiste à miséria de ter um preço, é algo de ordem fisiológica e visceral. Uma fobia, um pânico, uma doença, uma vergonha, um trauma, uma violência contra a alma e o corpo, nunca um ato ético consciente ou um princípio. Um vício, nunca uma virtude”. P. 47.

Mais ceticismo e tragédia:

“Quando digo que sou trágico, quero dizer que não acho que o mundo tenha suficiência moral última, digo que o mundo está à deriva, indo para lugar  nenhum”. P. 61.

“Como diria o filósofo alemão Horkheimer no século XX: somos uma raça de exilados abandonados à própria má-sorte, ninguém 'cuida' de nós.” P. 62.

“[...] poucos têm coragem suficiente para enfrentar uma existência insuficiente de sentido.” P. 63.

“A esmagadora maioria dos homens e mulheres se despedaça contra as paredes desse abismo que é o vazio e a indiferença cósmica.” P. 63.

“Mas reconheço que a ausência de beleza torna o homem um monstro, por isso entendo que a busca desenfreada da beleza mova o espírito humano em meio às trevas que é a sobrevivência. P. 74.

“Amadurecer é se aproximar da morte e sentir o cheiro da insignificância de tudo”.  P. 89.

“A natureza humana por si só já tende à mentira, ao orgulho, à inveja, que se repetem à monotonia em virtude das duras condições de sobrevivência nas quais vivemos há milhares de anos. Não há como evitar a vida sob pecados tão essenciais como orgulho e inveja”. P. 91.

Não somos melhores que a sociedade alemã diante dos horrores do nazismo:

"NÃO ACHO que tenhamos mudado um milímetro desde a experiência nazista. Naquele momento, muitos europeus colaboraram com o massacre não apenas porque odiavam as vítimas dos nazistas (nem precisavam odiá-las, isso seria até demais pensar), mas apenas pelo amor ao cotidiano. Hoje em dia, se qualquer regime decidisse perseguir o grupo do qual seu vizinho faz parte, você fecharia os olhos como os franceses fizeram.

A covardia e o amor à rotina acomodam mais os homens ao crime coletivo e social do que a força das ideias. Em nome de um emprego melhor, em nome de sentir menos medo diariamente, em nome de conseguir melhor qualidade de vida, aceitamos qualquer crime. Toda discussão sobre o massacre nazista (ou qualquer outro) esbarra no fato de que nós, hoje, gostamos de pensar que não faríamos a mesma coisa que aqueles homens e mulheres fizeram. Nossa maior preocupação é assegurar uma ideia construtiva de nós mesmos. O massacre nazista nasceu do horror que continuamos a alimentar com relação a tudo que afete nosso cotidiano imediato. Erraram todos os que se esqueceram de dizer isso. Além disso, nos sentimos mais tranquilos quando outros estão sendo destruídos em nosso lugar. Estamos sempre dispostos a nos calar quando um jantar a mais é garantido.

O comportamento moral comum é mais decidido em nome de uma noite tranquila e um dia monótono do que em nome de qualquer ideia de justiça que algum dia alguém escreveu. E se qualquer massacre se der em nome de alguma ideia em que acreditamos e, além disso, se nosso cotidiano estiver garantido, aí então nos transformamos em feras banais.” P. 76.

Triste constatar que ele tem toda a razão. Hoje mesmo, basta olharmos ao nosso redor para vermos pessoas sofrendo, e nada fazemos. Sempre olhamos para o nosso próprio umbigo. Milhões de seres humanos estão nas mais péssimas condições de vida, e a sociedade para não sair de sua zona de conforto, finge que está tudo bem, ou que, afinal de contas, a situação não está tão mal assim. Queremos incutir em nós mesmos, o pensamento de que agiríamos diferente dos alemães. Somos virtuosos, eles não.

Talvez de forma paradoxal, Pondé declara no final:

“Sou apenas alguém que, sem até hoje saber a razão, passou a ser constantemente visitado – no sentido mais comum que a expressão tem, por exemplo, na tradição do cristianismo ortodoxo – pela sensação de que o mundo é sustentado pelas mãos de uma beleza que é também uma presença que fala”. P. 110.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Toda a Verdade (Parte 3)

Prostituição: As Novas Escravas


Chinesas, búlgaras e nigerianas, são traficadas para a França, para se prostituírem. A Bulgária é a nação campeã no tráfico de mulheres, no leste europeu. Não existem empregos suficientes por lá, ocasionando a saída de várias mulheres enganadas, para Europa. Na Nigéria, elas vão debaixo das pragas lançadas pelos feiticeiros, caso não cumpram a sua missão. O mundo é um CAOS! É muito sofrimento por todos os lados.

Jovens Alcoólicos


Nordeste da Inglaterra, lugar onde mais se consome bebidas embriagantes no país. Houve um aumento de 300% nas doenças relacionadas ao álcool nos últimos anos. Pré-adolescentes de apenas 11 anos, começam a ingerir vodca e afins, e tornam-se futuros viciados.

Tóquio: Cidade Exótica


Cada país com seus gostos, manias e taras. Em Tóquio existe um comércio bem exótico e bastante peculiar: a venda de calcinhas e cuecas usadas, de jovenzinhas e jovenzinhos! O cliente taradão compra-os normalmente em uma loja e depois vai se deliciar cheirando a calcinha sujinha e úmida da ninfeta! Obviamente, uma minoria dos habitantes de Tóquio fazem isso. No maior aglomerado de pessoas do planeta (36 milhões), é claro que existirá os mais diversos gostos e comportamentos.

Turistas e Logros: Segredos de Veneza


Uma cidade com um dos maiores fluxos turísticos do mundo, mas que tem agravado os seus problemas estruturais, exatamente pela alta concentração de turistas. Numa contradição evidente, Veneza que vive exclusivamente dos visitantes que enchem os seus cofres, precisará, em breve, limitar o número de pessoas em sua cidade. Se não, irá a bancarrota.

Escravos do Daesh


Terrorismo. Dessa vez, um grupo terrorista no Iraque, conhecido como Daesh. Escraviza, mata, tortura, sequestra e estupra as mulheres da comunidade iazidi. Além de aliciar crianças de até três anos para as suas guerrilhas insanas. Tudo em nome Alá.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Toda a Verdade: Silêncio em Nome de Deus



O Vaticano continua sua saga grotesca de proteger bispos e padres pedófilos! A história se repete: um padre estupra vários meninos numa paróquia, escola ou instituição católica - a alta cúpula da igreja toma conhecimento, e o que ela faz? Simplesmente na maior cara de pau, crueldade e falta de respeito pelas crianças vitimizadas, transfere o pároco pedófilo. Ela não entrega o criminoso para ser devidamente julgado pelo Estado.

O problema não é a igreja católica ter entre os seus sacerdotes, pedófilos, estupradores, psicopatas e etc., visto que todas as instâncias da sociedade os têm. A questão é a igreja encobrir os MILHARES de casos que se acumularam ao longo das últimas décadas. O documentário rastreia até o século XIX, no Instituto Provolo. Imagine os milhares de estupros ocorridos ao longo dos vários séculos da igreja. 

Esses padres deveriam ao primeiro caso de estupro comprovado, serem presos pela justiça comum, e julgados como qualquer cidadão. Infelizmente não é isso que acontece. Não é do interesse do papa e cardeais, que os seus pupilos sejam presos e passem pela vergonha de um julgamento comum. É prejuízo para a igreja, e isso ela não quer ter, mesmo que seja em torno da justiça e respeito pelas crianças aliciadas.

Os casos de estupros passados no documentário em foco passam-se na Itália, centro do catolicismo mundial. Um padre de lá, afirma que os padres e cardeais bem próximos ao papa, são em sua grande maioria sexualmente ativos. São clientes de garotos e garotas de programa. E muitos gostam de comer criancinhas! Aí eu pergunto: o papa não sabe disso? Duvido que não saiba. Sabe e esconde tal vergonha da sociedade. Sobretudo, porque tem conhecimento que o catolicismo carece de credibilidade perante boa parte da população europeia e mundial. 

Não, não é que estamos denegrindo a imagem da igreja, seja por raiva, vingança, ou mera subjetividade, é mostrar a realidade de que a igreja católica NÃO está preocupada com a saúde das crianças estupradas. O objetivo do catolicismo continua sendo manter-se no poder a qualquer custo. Não importa se para isso, crianças abusadas forem deixadas para trás, para que os escândalos não cheguem ao grande público. Somente nos últimos anos é que o Vaticano resolveu “fazer” algo para conter os abusos cometidos pelos seus capachos. Não passam de discursos. A pressão aumentou; as vítimas colocaram a boca no mundo e disseram o que se passa nos aposentos das instituições católicas. 

Os católicos deveriam enojar-se de tudo isso! Tristemente não é isso que vemos. Muitíssimos fieis lamentavelmente ainda cultivam uma visão romântica e idealizada demais da igreja e dos padres. Enquanto tiverem essa visão infantil e passividade, o Vaticano continuará lhes enganando e afirmando descaradamente que são o canal de deus e os homens. 

Sistematicamente a igreja tem se silenciado diante dos casos de abusos sexuais. Não são abusos isolados; são casos presentes em todas as dioceses da Itália. Avolumam-se os números assustadores de padres envolvidos.

O que o documentário denuncia é só a ponta do iceberg! Mundo a fora, os estupros estão acontecendo, e a igreja fingindo que tudo está bem.

A igreja católica é cínica e cruel!

Toda a Verdade (Parte 2)

As Minhas Férias na Coreia do Norte


"A Coreia do Norte é o país mais sigiloso do mundo e um exemplo do pior tipo de ditadura comunista. Desde a sua criação, em 1945, que o país vive noutro planeta. Paranoia aguda e miséria são as suas características principais".

Raptados pela Coreia do Norte


Não bastasse escravizar, humilhar, alienar e deixar na miséria os seus habitantes, o governo norte-coreano, não contente e satisfeito, ainda sequestra cidadãos de outros países. No Japão , esses raptos, são casos de política nacional. A Tailândia é outra nação que teve vários dos seus raptados. Holandeses, franceses, italianos, sul-coreanos... Existem centenas de estrangeiros vivendo forçadamente na Coréia do Norte.

Bangladesh: Peles Tóxicas


Bangladesh, um dos 20 países mais corruptos do mundo. De uma nação assim, não há como esperar nada de bom! É o tipo de país, onde os seus habitantes são meros objetos descartáveis, para se chegar a um fim. Meios para que os empresários das fábricas de curtumes (couros de animais), em conchavos nojentos com o governo, enriqueçam ilicitamente e, mandem seus materiais para serem consumidos na Europa.

A Guerra Perdida do Vaticano 


Concílio do Vaticano II, no início da década de 1960. Tinha por finalidade abrir a igreja para o mundo! Tal "desejo" se concretizou? O canal português, que traz as nuances do tal concílio e os seus desdobramentos, mostrará que não. A igreja católica está mais perdida do que cego em tiroteio. Para aqueles que afirmam que a igreja romana é una - una em quê, pelas caridade, meu fí?

Só para ser ter uma noção das contradições que reinam nesse sistema religioso e eclesiástico, no concílio mencionado, afirmou-se que pessoas não católicas podem perfeitamente serem salvas, continuando em suas religiões. Isso contradiz frontalmente o que o concílio de Florença proclamou em 1444, afirmando que crianças, judeus e o diabo a quatro, que fossem para o saco, antes de serem batizados, iriam torrar lindamente no fogo do inferno. Mas não é a igreja infalível, segundo ela mesma? Em qual concílio os católicos devem dar crédito? Que infalibilidade é esta, que entra em tão flagrante contradição?

Ah, o documentário​ não poderia deixar de trazer mais uma vez ao público, a vergonha que são os milhares de casos de pedofilia da igreja, que acobertou todos eles.

Nova Orleans: Capital de Assassínios


Natal mesmo sendo a capital mais violenta do Brasil, segundo uma pesquisa aí, não chega nem perto do índice de violência em Nova Orleans, EUA. A pobreza dos bairros de afrodescendentes gera uma violência horrível; uma verdadeira guerra civil. As crianças e jovens negros estão calejadas de tanta violência. O maior sistema carcerário do país é nesta cidade do Estado da Louisiana. A juventude está entregue as moscas.

Toda a Verdade

Paquistão: Abandonados por Deus


Triste demais! Um país, onde 50% da população está abaixo da linha de pobreza, não se pode esperar coisas boas. O país sofre pesadamente com milhões e milhões de usuários de drogas, prostituição de crianças, terrorismo... É um verdadeiro caos. E para piorar, a religião dominante é o Islamismo. Documentário espetacular, produzido por um canal português. 

Viagem ao Mundo da Cocaína


Uma guerra perdida! A atual batalha contra as drogas nunca terá êxito, se não mudarem a sua política de atuação. Liberar alguns entorpecentes, parece um caminho razoável, pelo menos em alguns países. Não sei se aqui no Brasil, daria certo.

Uganda: Morte aos Homossexuais


Num retrocesso sem igual, Uganda, país da África, sob a influência de pastores evangélicos fundamentalistas norte-americanos, está a perseguir e prender homossexuais. Pastores ugandenses e líderes muçulmanos, estão até mesmo a promover a morte de gays e lésbicas.Estão a disseminar que todo gay é um aliciador de crianças.Triste país, que pensa assim!

França: Infiltrados na Rede do Tráfico



Mundo em crise. Até cidades como Paris, tem bairros tomados por traficantes, onde a polícia passa longe.

Legalmente Drogados


Geralmente, quando pensamos em drogas, logo vem a mente, a maconha, a cocaína, a heroína, o ecstasy... Mas apenas no Reino Unido, já foram catalogadas mais de 29 mil drogas. Quando o governo as proíbe, os químicos criam novas substâncias, que entram legalizadas no mercado. Entra-se num ciclo interminável.

Novo Entorpecente Legalizado >>> Proibição >>> 

Novo Entorpecente Legalizado >>> Proibição >>> 

Novo Entorpecente Legalizado >>> Proibição >>>

Não termina nunca. A juventude vai se envenenando, se envenenando, se envenenando...