Desde tempos imemoriais os
humanos tentam se comunicar com aqueles que já partiram, acreditando obter
ajuda, direcionamento, conselhos preciosos e etc. Religiões existem aos montes
que alegam poder ser possível falar com os mortos, invocando-os mediante rituais,
preces e segredos espirituais. Elas afirmam vivenciar diariamente esse
intercâmbio entre o nosso mundo e o mundo de lá. No Brasil, talvez o ramo
religioso mais proeminente nessa prática, seja o espiritismo kardecista.
Na maré contrária, um grupo que
insistentemente faz oposição a necromancia são os evangélicos. Estes, baseados
em sua interpretação histórica da Bíblia, rejeitam veementemente a prática de
querer qualquer papinho maroto com os defuntos desencarnados. Para tal, mostram
de peito aberto os vários versos bíblicos que reprovam a tentativa de
comunicação com os mortos.
Quando os espíritas lhes
mostram o texto bíblico de 1 Samuel 28, os evangélicos, em tom quase que
uníssono, “refutam” a interpretação espiritualista dizendo que na verdade não
foi Samuel que apareceu a Saul, mediante o chamado da médium, mas, sim, um
demônio passando-se pelo velho profeta.
Muitos deles pensam que essa é
a interpretação padrão entre os estudiosos evangélicos. Entretanto, numa
pesquisa rápida, vi que não. Os próprios eruditos e estudiosos
protestantes conservadores, é importante frisar isto,
estão divididos na exegese desse polêmico texto do Antigo Testamento. O que
constatei numa breve pesquisa nas obras desses acadêmicos, é que muitos deles
admitem o óbvio: o espírito de Samuel deslocou-se do mundo dos mortos para ir
ter uma prosa com o confuso e desesperado rei Saul.
Claro que a grande massa de
evangélicos, principalmente os pentecostais, não sabem disso. Diga a eles que
Samuel apareceu a Saul naquela “sessão espírita”, que eles lhe chamarão de
herege e distorcedor (essa palavra existe?) das escrituras. Mal sabem eles, que
não poucos dos maiores estudiosos evangélicos alegam que Samuquinha deu as
caras, para descer o sarrafo em Saul. Quando não o dizem, admitem que esta é
uma possibilidade de interpretação legítima do texto.
Eu selecionei vários exemplos
de obras evangélicas conservadoras que provam o que
falei. São livros bem-quistos no universo evangélico. Também incluí algumas
Bíblias de estudo.
“O decreto de juízo divino contra
Saul, que parecia ter sido adiado, finalmente se cumpre. À medida que o fim de
Saul se aproxima, ele experimenta o silêncio de Deus, um castigo apropriado
para alguém que não cumpriu as ordens de Deus e que, depois, matou os sacerdotes
de Deus que serviam de mediadores entre os homens e o Senhor. Quando Saul
desobedece ao Senhor pela última vez ao consultar uma médium, ocupação proibida
pela lei, o Senhor finalmente fala, a pedido de Saul, por meio do profeta
Samuel. Se o rei espera receber direção ou consolo de Samuel, está enganado.
Samuel lembra Saul de seu pecado e do decreto de juízo divino, que se cumprirá
no dia seguinte”. P. 185-186.
CHISHOLM JR, Robert B. Série Comentário Expositivo:
1 e 2 Samuel. São Paulo: Vida Nova, 2017.
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“A médium gritou de medo quando o
próprio Samuel apareceu, em vez de um espírito que se faria passar por ele.
Nessa ocasião, Deus permitiu miraculosamente que o espírito de Samuel
anunciasse que Saul estava condenado à morte (v. 19). O grito de surpresa da
médium mostra que a aparição não foi decorrente de algum dos seus truques.” P. 295.
A Bíblia de Estudo Anotada:
Edição Expandida. São Paulo: Mundo cristão; Barueri, SP: Sociedade Bíblica do
Brasil, 2007.
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"A história da médium em
En-Dor que fez subir o espírito de Samuel não lança dúvidas sobre a realidade
daquilo que aconteceu, mas claramente condena a aventura.” P. 1228.
BROWN, Colin; COENEN, Lothar
(Orgs). Dicionário
Internacional de Teologia do Novo Testamento. 2 ª Ed. - São Paulo: Vida
Nova, 2000.
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“O AT [Antigo Testamento] deixa
claro que não é possível ter contato com os mortos (cp. 2Sm 12.23; Jó 14.
10-12; Sl 88.10; 115.17). Samuel é a única exceção”. P. 494.
Bíblia de Estudo NVT. São Paulo: Mundo Cristão, 2018.
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"Deus proibiu a invocação dos mortos (Dt 18.11). Neste caso, ele deixou que, através da médium de En-Dor, Saul recebesse uma mensagem de Samuel, que já tinha morrido. No entanto, este caso isolado não permite ou autoriza que se busque conhecer os mistérios que Deus reservou para si. Por outro lado, a aparição de Samuel, a de Moisés e Elias no monte da transfiguração (Mt 17.3) dão a certeza de que as pessoas que morreram na fé estão nas mãos de Deus. [...] A mulher chegou à conclusão de que apenas Saul poderia estar interessado em mandar subir o espírito de Samuel (v. 8).
Bíblia de Estudo Almeida: Edição Ampliada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2022.
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“O texto dá a entender que o
espírito de Samuel realmente apareceu e aludiu aos eventos dos quais o profeta Samuel
havia participado (vv. 15-19); o tom de sua fala soa como a de Samuel. Talvez a
mulher tenha reconhecido Saul à luz do aparecimento de Samuel, ou talvez o rei
tenha puxado para trás o capuz para ver mais de perto o espírito que aparecia
diante dele.” P. 482.
Bíblia de Estudo
Holman. Rio
de Janeiro: CPAD, 2019.
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“Nesse ínterim, Saul, todo
atemorizado, procurou mediante uma feiticeira, em Endor, entrevistar o espírito
de Samuel. A narrativa singela, sem rodeios, de fato parece implicar em que o
espírito de Samuel apareceu mesmo. Contudo, as opiniões divergem sobre se a
aparição foi real ou fraudulenta.” P. 171.
Halley, Henry H. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Vida, 2011.
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“Saul procurou uma médium, 7.
Disfarçado, para não ser reconhecido como rei, 8, ele pediu à mulher que
invocasse o espírito de Samuel, para que ele pudesse interrogá-lo sobre o que
fazer acerca da pressão filistéia. O espírito de Samuel foi chamado de volta,
mas isso foi obra do próprio Deus, e não da médium, o que é comprovado pelo
pavor gerado na mulher”. P. 157.
UNGER, Merrill Frederick. Manual Bíblico Unger. São Paulo: Vida Nova, 2006.
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“Quando Deus recusou-se a
responder a Saul por meios legítimos, Saul procurou uma médium (28.1-7).
Mentindo para a médium em En-Dor, Saul convenceu-a a trazer Samuel dentre os
mortos. Para grande surpresa dela, a aparição era genuína e com isso ela
descobriu a verdadeira identidade de Saul. Deus interveio de maneira sem
precedentes e de fato enviou Samuel para profetizar o julgamento de Saul (cf.
15.27-29). Samuel condenou Saul à morte porque ele ‘não deu ouvidos à voz do
Senhor’ (28.18). O desalento de Saul era tamanho, que ele não conseguia
continuar. Por insistência dos servos e da médium, Saul ingeriu alimento para
se revigorar para a viagem (28.8-25).” P. 267.
DOCKERY, David S. (Ed). Manual Bíblico Vida
Nova. São
Paulo: Vida Nova, 2001.
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“Em 1Samuel 28.13, quando a
necromante vê Samuel, declara que está vendo um ‘ser’ ou ‘deuses’ (heb.
Elohim). Esse emprego do termo elohim para designar um fantasma é único na
Bíblia e tem despertado numerosos questionamentos históricos e teológicos.” P. 435.
Bíblia de Estudo Arqueológica
NVI. São
Paulo: Editora Vida, 2013.
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“O texto indica que a mulher foi
pega de surpresa quando Samuel lhe apareceu. Foi um momento de revelação; daí o
grito que ela deu em alta voz, e sua percepção de que a pessoa que a estava
consultando era Saul, o rei. O incidente não nos informa nada sobre a
veracidade das alegações feitas por médiuns de que de fato consultam os mortos,
porque os dados no texto apontam para o fato de que esse acontecimento foi para
ela não só extraordinário, mas também assustador, porque ela não estava no
controle da situação.” P. 179-180.
BALDWIN, Joyce G. 1 e 2 Samuel – Introdução e
Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1997.
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“A palavra 'ôb refere-se claramente àqueles que consultavam
espíritos, visto que 1 Samuel 28 descreve uma destas pessoas em ação. A famosa
'pitonisa de En-Dor era uma 'ôb. Embora Saul tivesse proibido 'feiticeiras' e
'mágicos' ele consultou um deles. Disfarçando-se, pediu que a 'médium'
trouxesse Samuel dentre os mortos. Ela foi bem sucedida e, embora ele tenha-se queixado
de ter sido perturbado, anunciou a Saul as más notícias."
HARRIS, R. Laird; ARCHER, Gleason
L.; WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Edições Vida Nova,
1998, p. 24.
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“É curioso e significativo que os
falsos profetas não recebam o crédito da realização de milagres. A única
exceção parece ser a dos mágicos egípcios durante as primeiras pragas e da
feiticeira de En- Dor.” P. 898.
TENNEY, Merril C. (Org). Enciclopédia da Bíblia, Volume 1 A-C. 1. Ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
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“O texto nos dá boas razões para
acreditar que a mulher era uma fraude, e que não tinha o poder de falar com os
mortos. Ou ela fingia as experiências com os mortos, ou os espíritos familiares
com quem ela falava não eram, na verdade, espíritos dos mortos. O que aconteceu
quando ela chamou Samuel é revelador: ‘Vendo a mulher a Samuel, gritou [za'aq]
em alta voz’ (1 Sm 28.12). A expressão za ‘aq significa “gritar com angústia”,
e comunica a idéia de medo e desespero. E o clamor de alguém que quer ajuda.137
Parece que a mulher foi surpreendida pelo fato de Samuel aparecer. Ela não
estava esperando que isso acontecesse, e quando o viu, ficou chocada. Não era
normal para a necromante encontrar os mortos, e quando isso aconteceu, ela não
estava preparada para a situação, que piorou, porque Samuel deixou clara sua
ira contra Saul por ser chamado dessa forma, e profetizou sua derrota e morte.” P. 1087.
FERREIRA, Franklin; MYATT,
Alan. Teologia
Sistemática: Uma Análise Histórica, Bíblica e Apologética Para o Contexto Atual. 1. Ed. São Paulo: Vida Nova,
2007.
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“A Bíblia diz: ‘Vendo, pois, a
mulher a Samuel’ (1 Sm 28.12). A aparição de Samuel diante dessa médium tem
sido entendida de diversas maneiras. Alguns supõe que a mulher simplesmente viu
Samuel em sua mente e, em seguida, por algum tipo de telepatia, discerniu os
pensamentos de Saul. Outros supõem que um demônio apareceu personificando
Samuel. Contudo, é digno de nota que ela ficou surpresa quando viu Samuel. Era,
obviamente, algo diferente do que ela estava acostumada a ver. Em virtude do
assombro e espanto que demonstrou, parece mais provável que a mulher estava
esperando pela aparição de um espírito demoníaco, ao mesmo tempo que Deus, na
verdade, tenha permitido que o espírito de Samuel aparecesse, a fim de
confirmar a Saul a sentença divina em termos de derrota e morte. O que Samuel
disse estava de acordo com suas profecias anteriormente proferidas (1 Sm
15.26,28). Em cumprimento a elas, os exércitos de Israel foram vencidos.
Depois, Saul cometeu suicídio (1 Sm 31.4)”. P. 57-58.
HORTON, Stanley M. Nosso Destino. 1ª ed. – Rio de Janeiro: Casa
Publicadora das Assembléias de Deus, 1998.
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“Considerando o sentido expresso
do texto, parece evidente que Samuel, de fato, apareceu para a mulher, mas que
ela ficou espantada quando isso ocorreu. Samuel não se manifestou do reino dos
mortos em função da competência dessa médium, mas porque foi da vontade de Deus
que isso ocorresse. Não se tratava de um demônio imitando Samuel nem de truques
astutos da médium; do contrário, ela não teria ficado tão assustada. Seu grito
alto deixou claro que a mulher não esperava que isso acontecesse.” P. 284.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo: Antigo Testamento: volume II. Santo André, SP: Geográfica
editora, 2006.
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“Deus proibiu a invocação dos
espíritos dos mortos (Dt 18.11). Neste caso, ele deixou que, através da médium
de Endor, Saul recebesse uma mensagem de Samuel, que já tinha morrido. No
entanto, este caso isolado não permite ou autoriza que se busque conhecer
mistérios que Deus reservou para si. Por outro lado, a aparição de Samuel, a de
Moisés e Elias no monte da transfiguração (Mt 17.3) dão a certeza de que as
pessoas que morreram na fé estão nas mãos de Deus.”
Bíblia de Estudo NTLH. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.
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“Embora tenham surgido
questionamentos quanto à natureza do aparecimento de Samuel, o texto claramente
indica que Samuel, e não uma aparição, tornou-se presente diante dos olhos da
médium. Deus milagrosamente permitiu que o verdadeiro espírito de Samuel
falasse (vs. 16-19)”. P. 387.
Bíblia de Estudo
MacArthur. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.
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“Samuel profetizou a morte Saul
(1 Sm 28. 16-19).” P. 262.
ZUCK, Roy B. A Interpretação
Bíblica: Meios de Descobrir a Verdade da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1994.
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“A médium o recebeu com
desconfiança, pois o seu ofício era proibido; depois de lhe prometer imunidade,
ele lhe pediu que fizesse subir Samuel. [...] Saul se prostrou diante do
visitante invocado, queixando-se de que a palavra de Javé não era mais
concedida a ele. Samuel respondeu que as suas perguntas já haviam sido
respondidas — e ignoradas, acrescentando que no dia seguinte ele e os seus
filhos seriam mortos e o exército de Israel cairia diante dos filisteus.” P. 509.
BRUCE, F. F. (Org). Comentário Bíblico NVI:
Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2008.
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“’Que Samuel realmente apareceu
naquela ocasião, evidencia-se através do texto. Isso não pode ser negado por
nenhum modo legítimo de interpretação’ (Adam Clarke, in loc.). O mesmo autor
prossegue dizendo que a coisa genuína surpreendeu a médium, porquanto não era o
que ela esperava acontecer. A mulher quedou-se ‘admirada e assustada’ pela
visão (Ellicott, in loc.). Keil sugere que a mulher caiu em um estado de
clarividência, e assim foi capaz de reconhecer Saul. Josefo (Antiq. vi.14,2)
asseverou que Samuel revelou quem era o consultante. O texto também é
embelezado pelos escritores judaicos, incluindo os aparecimentos de poderosos
juízes e até do próprio Yahweh.” P. 1224.
CHAMPLIN, Russel Norman. O Antigo Testamento
interpretado: Versículo por Versículo: Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I
Samuel, II Samuel, I Reis, volume 2. 2. ed. — São Paulo: Hagnos, 2001.
-------------------------------------------------------------------------------------
“A forma como esta cena deve ser
interpretada tem intrigado comentadores por todos os séculos. Alguns, uma
maioria considerável, creram que Samuel realmente apareceu. Geralmente, porém,
eles ressalvam o fato declarando que foi um juízo especial de Deus sobre Saul,
e que Samuel foi incumbido de trazer, uma vez que qualquer tentativa de
contatar os mortos era terminantemente proibida pela lei. Outros acreditaram
que um demônio personificou Samuel. Ainda outros afirmaram que toda a cena foi
uma armação de uma mulher perspicaz e um cúmplice, para tirar vantagem da
condição perturbada do rei para fazê-lo crer que estava realmente em contato
com o falecido profeta.” P. 220.
PURKISER, W. T. Comentário Bíblico Beacon:
Josué a Ester. 4° Impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
-------------------------------------------------------------------------------------
“Há diversas correntes de interpretação
desse episódio. Duas se destacam: 91) Deus, de modo sobrenatural, fez Samuel
aparecer a Saul mesmo depois de morto; (2) o ser que apareceu em forma de
Samuel era um espírito mau. [...] Essa não é uma questão fechada, certa. No
entanto, o que é certo é que a consulta aos mortos é expressamente proibida na
Bíblia, que causa repugnância em Deus.” P. 444.
Bíblia Brasileira de
Estudo. São
Paulo: Hagnos, 2016.
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“O Saul que estava para enfrentar
um ataque violento dos filisteus vindo do norte era um Saul desesperado e sem
nenhuma palavra de orientação da parte de Deus. Ele tivera capricho de banir
todos os adivinhos e médiuns (28.3), mas em pânico consultou uma médium
(28.2ss.). A cena misteriosa mostra Saul implorando fervorosamente um conselho
do profeta a quem havia desobedecido vezes seguidas em vida. Samuel é retratado
tão destemido no além como nos dias em que estava na terra, trazendo do mundo dos
mortos apenas uma versão mais mordaz do que anunciara em Gilgal (15.17ss.): a
desobediência de Saul lhe custara a coroa.” P. 193-194.
LASOR, William (Org). Introdução ao Antigo
Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1999.
-------------------------------------------------------------------------------------
“Quando Samuel apareceu, a mulher
pareceu aterrorizada e gritou (11, 12). Seus encantamentos costumeiros tinham
sido uma impostura, mas agora, para seu terror, Deus enviou Samuel para pronunciar
a condenação de Saul. [...] Aceitando a narrativa em seu sentido natural, ela
certamente indica uma real aparição de Samuel. O significado claro só é negado
porque muitos se recusam a acreditar na possibilidade de alguém aparecer vindo
da região da morte, enquanto que outros se recusam a acreditar que deus
permitisse que uma mulher pudesse invocar a presença de um de seus santos.
Deus, entretanto, enviou Samuel para confundir a necromante e para pronunciar a
sentença de contra Saul”. P. 320.
DAVIDSON, F. (Org). O Novo Comentário da
Bíblia. 3ª
Ed. - São Paulo: Vida Nova, 1997.
-------------------------------------------------------------------------------------
"O relato da ocasião em que Saul buscou conselho do
falecido Samuel através da médium de Em-Dor (1 Sm 28) expõe a fraude do
espiritismo. Na sessão espírita, a feiticeira, descrita como uma
ba‘alath-’ob, “meretriz de um espírito familiar”, esperava manifestar o
espírito de “controle” que se faria passar por Samuel, mas ao invés
disso gritou aterrorizada pelo que aconteceu. Neste caso único Deus
soberanamente permitiu que o verdadeiro espírito de Samuel falasse a fim
de pronunciar uma séria censura ao rei apóstata. Normalmente o
suposto espírito falaria algo um pouco favorável; neste caso único
o inquiridor (Saul) foi condenado a morrer no dia seguinte, uma
advertência válida para todo o tempo vindouro." P. 682.
PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS,
Howard F. (Orgs). Dicionário Bíblico Wycliffe. 2ª Ed. - Rio de Janeiro: CPAD,
2007.
-------------------------------------------------------------------------------------
“A necromancia era tão contraria aos mandamentos de Deus que seus
praticantes estavam sob pena de morte (Dt 13). As experiências incomuns dos necromantes
não provam que eles tenham poder para invocar os mortos. Por exemplo, a médium
de En-Dor não pode arrancar Samuel das mãos de Deus contra o Seu querer. Mas
neste incidente em particular, parece que Deus reprovou a apostasia de Saul, quer
tenha sido por um Samuel reavivado, quer por uma visão de Samuel. Os médiuns não
têm poder para invocar os espíritos dos mortos, visto que isto e repreensível a
Deus e contrário a Sua vontade.” P. 114.
VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR.; William. Dicionário
Vine: O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo
Testamento. Rio
de Janeiro: CPAD, 2002.
-------------------------------------------------------------------------------------
“O espírito de Samuel apenas relembrou a Saul aquilo que ele já sabia”. P. 461.
Bíblia de Estudo Esquematizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.
-------------------------------------------------------------------------------------
“Em 28. 1-25 temos o relato do desvairado Saul, procurando, por meio da
médium de En-dor, a ajuda do falecido Samuel. Aparição [de Samuel] anunciava a
derrota de Israel e a morte de Saul e de seus filhos. O desastre sobreveio a
Saul na batalha contra os filisteus, no monte Gilboa (31. 1-13).” P. 1227.
DOUGLAS, J. D. (Org.). O Novo Dicionário da Bíblia. 3ª ed. rev. - São Paulo: Vida Nova, 2006.
-------------------------------------------------------------------------------------
"Consultar médiuns ou espíritas era prática proibida, [...] como
bem sabia Saul. Anteriormente, ele havia proibido médiuns no reino. Mas, devido
a sua desobediência, Saul perdera o contato com Deus e buscava, desesperado,
saber o futuro. Quer Samuel tenha de fato aparecido, quer a mulher tenha
fingido, os resultados foram os mesmos: Saul foi embora com mais medo do que
antes." P. 378.
Bíblia de Estudo Facilitado. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.
-------------------------------------------------------------------------------------
“O caráter deste acontecimento há muito é objeto de discussão – se o espírito realmente era Samuel, ou como a médium pôde comandar o espírito do profeta Samuel, agora morto. No que se refere ao narrador, este é, de fato, o espírito de Samuel, já morto. Ele é chamado de ‘Samuel’ nos vs. 15-16. [...] É difícil pensar que o narrador acreditava que isto era uma ilusão encenada pela mulher ou algum espírito demoníaco para enganar Saul”. P. 511.
Bíblia de Estudo NAA. Barueri, SP: Sociedade Bíblia do Brasil, 2018.
-------------------------------------------------------------------------------------
“O caso da feiticeira de En-dor é evidentemente um caso excepcional pretendido por Deus para trazer o julgamento ao rei Saul. [...] A mulher, tomada de terror, abandona o seu papel como médium e o espírito de Samuel fala diretamente a Saul.” P. 529.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática Vol. 1 e 2. São Paulo: Hagnos, 2003.
“O caráter deste acontecimento há muito é objeto de discussão – se o espírito realmente era Samuel, ou como a médium pôde comandar o espírito do profeta Samuel, agora morto. No que se refere ao narrador, este é, de fato, o espírito de Samuel, já morto. Ele é chamado de ‘Samuel’ nos vs. 15-16. [...] É difícil pensar que o narrador acreditava que isto era uma ilusão encenada pela mulher ou algum espírito demoníaco para enganar Saul”. P. 511.
Bíblia de Estudo NAA. Barueri, SP: Sociedade Bíblia do Brasil, 2018.
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“O caso da feiticeira de En-dor é evidentemente um caso excepcional pretendido por Deus para trazer o julgamento ao rei Saul. [...] A mulher, tomada de terror, abandona o seu papel como médium e o espírito de Samuel fala diretamente a Saul.” P. 529.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática Vol. 1 e 2. São Paulo: Hagnos, 2003.
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"Samuel não é o único profeta que aparece de além da sepultura. Em dado momento da vida de Jesus, ele leva Pedro, Tiago e João para cima de uma montanha, e ali Jesus é transfigurado em sua glória celestial - e Moisés e Elias aparecem junto com ele". P. 209.
CHESTER, Tim. 1 Samuel Para Você. São Paulo: vida Nova, 2019.
O Comentário Bíblico Moody
chega a dizer que a maioria dos estudiosos ortodoxos afirmam que o nosso
amiguinho Samuca apareceu.
CHESTER, Tim. 1 Samuel Para Você. São Paulo: vida Nova, 2019.
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"Saul procura uma Pitonisa e a pitonisa invoca a Samuel - e parece assustada quando Samuel mesmo responde à chamada (v. 12). Que fosse Samuel mesmo quem 'subiu' não é somente o que a Escritura diz, mas com isso concordam ' Justino Mártir, Orígenes, Agostinho e outros, e a maior parte dos comentadores judaicos." P. 355.
Bíblia de Estudo Explicada. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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"Saul procura uma Pitonisa e a pitonisa invoca a Samuel - e parece assustada quando Samuel mesmo responde à chamada (v. 12). Que fosse Samuel mesmo quem 'subiu' não é somente o que a Escritura diz, mas com isso concordam ' Justino Mártir, Orígenes, Agostinho e outros, e a maior parte dos comentadores judaicos." P. 355.
Bíblia de Estudo Explicada. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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"A descrição mais vívida de um médium e sua habilidade está registrada em 1 Samuel 28, a infame bruxa de En-dor consultada pelo Rei Saul. Tais indivíduos praticavam feitiçaria, bruxaria, adivinhação ou fórmulas de encantamento (Dt 18.11; 2Rs 21.6; 2Cr 33.6). Parece, no entanto, que a habilidade primária do médium consistia em invocar e consultar os mortos ou fantasmas em favor de outros (Dt 18.11; 1 Sm 28; Is 8.19; 29.4). De acordo com 1 Samuel 28, isso era possível e aconteceu de fato. Porém, aquela pode ter sido a exceção e não a regra." P. 327.
VANGEMEREN, Willen A. (Org.). Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento Volume 1. 1º Ed. - São Paulo: Cultura Cristã, 2011.
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"Ela fica em choque quando vê Samuel, talvez indicando que seja uma falsa médium que realmente não pode se comunicar [com ] um morto nem falar com ele e simplesmente leva adiante seu ofício através do uso de ventriloquia e prestidigitação. Mas Samuel realmente surge da sepultura. Não há nenhum sentido em todo o texto se não for realmente o grande profeta." P. 524.
Bíblia de Estudo Thomas Nelson. 1 Ed. São Paulo: Thomas Nelson, 2021.
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"[...] ele [Saul] estava desesperado por algum tipo de direção quanto ao seu dilema atual, tão desesperado por uma palavra de Deus que se disfarçou e partiu em uma perigosa viagem rumo a En-Dor, a fim de consultar uma dos poucos adivinhadores que permaneciam na região. Assegurando à feiticeira que ele cuidaria para que ela não se metesse em apuros por causa da prática ilegal, Saul lhe pediu que trouxesse Samuel dos mortos. Quando, para sua surpresa, o profeta apareceu, ela percebeu quem Saul devia ser, mas continuou sua tarefa. Samuel, cuja aparição logo fez com que Saul se prostrasse, rosto em terra, diante dele, obviamente não estava contente em ser perturbado. Saul pediu a Samuel instruções, mas não recebeu nenhuma garantia nem conselho. Em vez disso, recebeu uma dura repreensão por sua desobediência no passado e uma notícia de gelar o sangue:
Saul e seus filhos morreriam nas mãos dos filisteus no dia seguinte. O rei desmoronou de medo, e a médium, então, cuidou dele, preparando-lhe uma 'última refeição', da qual ele e seus companheiros comeram antes de retornar para casa." P. 193.
PETERS, Angie. Guia Fácil Para Entender a Vida de Davi. 1. ed. - Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.
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Norman Geisler, Teólogo conservador, em suas obras
não bate o martelo, mas deixa claro que a interpretação de que foi Samuelito é
viável.
Eugenne Peterson, conhecido como o pastor dos pastores, é outro que diz que foi Samuel, em sua Bíblia de Estudo A Mensagem.
Eugenne Peterson, conhecido como o pastor dos pastores, é outro que diz que foi Samuel, em sua Bíblia de Estudo A Mensagem.
O Teólogo calvinista Augustus Nicodemus é outro que admite ser o
aparecimento de Samuel a melhor interpretação.