domingo, 11 de outubro de 2015

Debate: A Ciência Refuta Deus?


Um acalorado debate realizado em dezembro de 2012, sobre o poder da Ciência em refutar, ou tornar desnecessária a existência de Deus em explicar o Universo, a Vida, a Moralidade, o Sentido e Propósito de tudo que vemos ao nosso redor. 

Do lado afirmativo temos o Físico da Universidade do Arizona, Lawrence Kraus, e o Colunista da prestigiada revista Scientific American, Michael Shermer. Do lado negativo da proposta, temos o ex-Pesquisador do Hoover Institution na Universidade de Stanford, Dinesh D’ Souza, e o Professor de Ciências e Engenharia Nuclear do MIT, Ian Hutchinson.

Não achei o nível do debate muito bom. Ambos os lados não tiveram a perspicácia esperada. Por exemplo, Laurence kraus começa sua fala ridicularizando o lado oposto, como se isso fosse argumento. Ian Hutchinson carece da eloquência necessária para defender com inteligência o porquê da “Ciência [não] refutar Deus”, embora diga muitas coisas aproveitáveis e verossímeis. Michael Shermer vem com teorias inverificáveis de como a religião e crença nos deuses ou Deus surgiu, para assim, desqualificar as religiões. Dinesh D’ Souza foi o melhorzinho na argumentação, mas também senti que poderia ter sido mais mordaz em suas críticas ao cientificismo. 

O Filósofo Willian Lane Craig com todo o seu arsenal filosófico certeiro fez muita falta nesse debate. Poderia colocar também o Jornalista David Quinn, que deu uma surra de urtiga grande no Richard Dawkins. 

Mesmo que os teístas não tenham se saído tão bem, vejo o quanto é pobre a abordagem ateísta. Uma leitura de poucos livros pró-teísmo derruba fácil, fácil as proposições materialistas expostas nesse debate. Bem disse o Hutchinson num certo momento do debate:

Quer dizer, o que teve a Ciência moderna em primeiro lugar, foi à crença na fidelidade de Deus. De um Criador que fez uma criação racional. E um bom argumento que pode ser feito que a razão pela qual a Ciência como a conhecemos, a Ciência moderna, cresceu no ocidente, foi, em parte, porque o Cristianismo, em seus pontos de vista filosóficos e teológicos, incluindo a crença na fidelidade de Deus, serviu como uma espécie de ambiente hospitaleiro em que a Ciência pudesse crescer. Então na verdade, não é o caso em que os cientistas na história, tiveram de dizer a si mesmos: ‘Eu vou me tornar um ateu quando eu entrar no laboratório’. Muitos deles foram para o laboratório precisamente porque não eram ateus.

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