Um
acalorado debate realizado em dezembro de 2012, sobre o poder da Ciência em
refutar, ou tornar desnecessária a existência de Deus em explicar o Universo, a
Vida, a Moralidade, o Sentido e Propósito de tudo que vemos ao nosso
redor.
Do lado
afirmativo temos o Físico da Universidade do Arizona, Lawrence Kraus, e o
Colunista da prestigiada revista Scientific American, Michael Shermer. Do lado
negativo da proposta, temos o ex-Pesquisador do Hoover Institution na
Universidade de Stanford, Dinesh D’ Souza, e o Professor de Ciências e
Engenharia Nuclear do MIT, Ian Hutchinson.
Não
achei o nível do debate muito bom. Ambos os lados não tiveram a perspicácia
esperada. Por exemplo, Laurence kraus começa sua fala ridicularizando o lado
oposto, como se isso fosse argumento. Ian Hutchinson carece da eloquência
necessária para defender com inteligência o porquê da “Ciência [não] refutar
Deus”, embora diga muitas coisas aproveitáveis e verossímeis. Michael Shermer
vem com teorias inverificáveis de como a religião e crença nos deuses ou Deus
surgiu, para assim, desqualificar as religiões. Dinesh D’ Souza foi o
melhorzinho na argumentação, mas também senti que poderia ter sido mais mordaz
em suas críticas ao cientificismo.
O
Filósofo Willian Lane Craig com todo o seu arsenal filosófico certeiro fez
muita falta nesse debate. Poderia colocar também o Jornalista David Quinn, que
deu uma surra de urtiga grande no Richard Dawkins.
Mesmo
que os teístas não tenham se saído tão bem, vejo o quanto é pobre a abordagem
ateísta. Uma leitura de poucos livros pró-teísmo derruba fácil, fácil as
proposições materialistas expostas nesse debate. Bem disse o Hutchinson num
certo momento do debate:
Quer dizer, o que teve a
Ciência moderna em primeiro lugar, foi à crença na fidelidade de Deus. De um
Criador que fez uma criação racional. E um bom argumento que pode ser feito que
a razão pela qual a Ciência como a conhecemos, a Ciência moderna, cresceu no ocidente, foi, em parte, porque o
Cristianismo, em seus pontos de vista filosóficos e teológicos, incluindo a
crença na fidelidade de Deus, serviu como uma espécie de ambiente hospitaleiro
em que a Ciência pudesse crescer. Então na verdade, não é o caso em que os
cientistas na história, tiveram de dizer a si mesmos: ‘Eu vou me tornar um ateu
quando eu entrar no laboratório’. Muitos deles foram para o laboratório
precisamente porque não eram ateus.
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