sábado, 6 de fevereiro de 2016

Conheça os Mórmons

Documentário sobre os mórmons, produzido pela própria igreja deles (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias). São apresentadas seis famílias que fazem parte desta igreja. Suas histórias de vida e relacionamentos com a sua religião e comunidade são mostrados, evidenciando uma existência “feliz” e cheia de “significado”. Famílias perfeitas, sorridentes, que encontraram a “verdade” que os “libertaram”.

O vídeo não tem a finalidade de expor as doutrinas peculiares do mormonismo em relação às outras denominações cristãs. Não se preocupa em dizer o motivo de acreditarem no Livro de Mórmon como escritura sagrada em pé de igualdade ou até acima da Bíblia.

É fácil produzir um documentário-propaganda de qualquer religião. Basta colocar na tela pessoas felizes, sorridentes e aparentemente satisfeitas com a crença que abraçaram. Adventistas do Sétimo Dia, Testemunhas de Jeová, Assembleia de Deus, podiam certamente produzir filme semelhante, afirmando que “encontraram” deus em suas respectivas igrejas.

O que essas igrejas não escancaram nesse tipo de vídeo-propaganda são os podres que carregam. Elas não dizem como são encarados aqueles, que um dia tomam coragem de abandonar as crenças que todos compartilham, pelo fato de não acreditarem mais nas maluquices que elas ensinam. Ai, meu amigo, muitas vezes, quando isso acontece, o cacete come. Em algumas, a pressão é menor, noutras, a pressão e perseguição atingem níveis absurdos.

Essa é a pluralidade da fé e da crença. A subjetividade em seu grau máximo. A religião consegue transformar e mudar as pessoas. Às vezes para melhor; às vezes para pior. A(s) religião/religiões organizada(s) é (são) parte essencial das sociedades. Querer ir contra isso, é querer ir contra a essência humana na busca pelo transcendente. Cabe a cada um, buscar aquilo que lhe faça bem.

Mas aí entra uma questão muito importante: e se aquilo que me faz bem está baseado em mentiras? Vale a pena viver na ilusão e proteção que a ignorância me dá? É exatamente isso, que penso da igreja mórmon, na medida em que não existe uma evidência ínfima que seja de que o Livro de Mórmon seja verossímil do ponto de vista histórico. Se tal crença está ancorada num livro que diz ser a palavra de deus, no entanto, se o mesmo é inverídico, conforme nos mostra a História e a Arqueologia, o que sobra para os mórmons? O “ardor” que eles dizem sentir no peito provando que tal livro e igreja são a verdade? Isso é o suficiente para pessoas inteligentes, racionais e que pensam criticamente ou serve para pessoas frágeis emocionalmente, que precisam desesperadamente serem consoladas?

No final das contas a igreja mórmon é mais uma religião/igreja que reivindica arrogantemente, sem nenhuma modéstia, a pecha de única igreja verdadeira e baluarte da única fé que honra a deus. O pior que sem nenhuma evidência, mas apenas baseados num livro obscuro que não possui nenhum indício que comprove historicamente, pelo menos uma história (estória) narrada em suas páginas, como já tinha dito.

Um livro que li há muitos anos, Os Fatos Sobre os Mórmons, é simplesmente demolidor em refutar as reivindicações mórmons, sobre Teologia e História. Talvez eu ainda faça uma postagem resumindo-o.

Lembro que na parte final dele, mostra-se um breve panorama da igreja mórmon no Brasil. Contando-nos o fato constrangedor de que até 1978, a igreja não aceitava que pessoas negras pudessem se tornar líderes de suas comunidades, visto que eram consideradas inferiores. Uma lamentável herança do racismo entranhado vindo dos EUA, lugar de onde essa igreja se originou.

Mesmo com todas as críticas que tenho a essa religião, ainda tenho mais simpatia por ela do que pelas testemunhas de jeová. Estes são mais alienados. Nas experiências que tive com membros de ambas as religiões, pude constatar que os primeiros estão mais abertos ao diálogo. As testemunhas nem ler literatura de outras religiões podem. Se forem pegas, estão lascadas. Serão disciplinadas. E se continuarem na "rebeldia", a excomunhão, ou desassociação, termo que elas preferem, é o caminho. 

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