quinta-feira, 26 de maio de 2016

Um Mundo Imperfeito com Bad Designs: Evidência a Favor da Evolução ou Design Inteligente?


Palestra de Eduardo César Meurer, Ph.D e Mestre em Química na Unicamp, Pós-Doutorado em Química na Universidade de Purdue, EUA. Ele é mais um Cientista cético da Teoria da Evolução e das atuais teorias naturalistas sobre a Origem da Vida.

“Impossível quimicamente surgir proteínas por menores que sejam de uma sopa primordial. Evolução não explica Surgimento da vida. Não há evidência científica a favor da origem da vida pela evolução química, muito menos de como chegamos no nível de complexidade da Bioquímica dos organismo vivos.”

Sua palestra não é tão atraente. Por vezes, técnica demais, para uma pessoa leiga. 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Clitóris: O Prazer Proibido


Tinha visto esse curioso documentário há alguns anos. Resolvi ver de novo. Coisas e temas interessantes são sempre legais relembrar. E para não esquecer, aqui vai um resumão.

De maneira empolgante a Jornalista científica do The New York Times, Natalie Angier diz:

“O clitóris é a única parte do corpo cuja função exclusiva é fornecer prazer. Por isso ele é tão incrível. É estranho as mulheres acharem que a sua sexualidade é mais restrita que a dos homens, pois o clitóris está lá, só para proporcionar prazer. [...] Ele é lindo. Na verdade, eu o acho lindo”.

O clitóris parece ser o patinho feio da sexualidade humana. O fato é que é pouco estudado e conhecido. Até pouco tempo, até mesmo os livros-textos de anatomia traziam poucas informações sobre o órgão do prazer feminino. Descrições completas eram feitas da ereção masculina, mas onde estava às descrições anatômicas do clitóris, um órgão não menos importante? Durante quase um século, a medicina moderna pouco fez em seus estudos e pesquisas.

“A ciência nunca ficou a vontade com o clitóris.”

Para termos uma noção da importância desse pequeno órgão esquecido e injustiçado, a apaixonada Jornalista fala mais uma vez:

“O clitóris é mais sensível que o pênis. É o tecido mais sensível de todos. Há mais terminações nervosas na sua extremidade do que em todos os outros órgãos, do que na língua, etc. Há 4 mil terminações nervosas vindas de cada lado, culminando numa cabeça de 8 mil terminações nervosas. No pênis são de 4 mil a 6 mil no total. Além do clitóris ter mais terminações nervosas, elas estão comprimidas num espaço muito menor, por isso ele é tão sensível. Muitas mulheres não gostam que toquem diretamente nele, porque é muito... Elas preferem um contato indireto.”

Em seguida, ela acaba com o pinto, chamando-o de espingarda, e talvez, aquelas espingardas enferrujadas e sem quase nenhuma utilidade. Enquanto que o pinguelo (aqui faço uso de um conhecido apelido, visto que o documentário denuncia a falta de nomes mimosos a ele) é uma potente arma de fogo que atira com eficácia em todas as direções.  

“Depois do orgasmo esses músculos não se relaxam completamente. Por isso as mulheres podem ter orgasmos múltiplos. Não acho que haja motivo para ter inveja do pênis, pois ele é uma espingarda e, pelo que sei, o clitóris é uma metralhadora, que pode atirar repetidamente durante muito tempo.”

Num breve apanhado histórico dos estudos sobre o pinguelo, vejamos:

- O primeiro a estudar o clitóris foi o Anatomista Renaldo Colombo, em 1559. Era um admirador da metralhadora feminina. “É um órgão lindo e muito útil.”

- Um século depois, o Anatomista Regnier de Graaf, que o estudou e chegou a conclusão que sem o clitóris, “nenhuma mulher aceitaria fazer filhos”.

 - George Kobelt, no ano de 1844, publica vários desenhos anatômicos do clitóris.

- Em 1900 o pinguelo finalmente está no Gray’s Anatomy, considerada na época, a bíblia da Anatomia. Mas curiosamente, na edição de 1948, ele é expulso de suas páginas.

Retrocedendo alguns séculos antes de Cristo, Hipócrates, o pai da Medicina, acreditava que as mulheres tinham esperma, e que para reproduzir elas deviam sentir prazer, esse prazer vinha do clitóris.

Na idade medieval um certo livro dizia:

“Lubrifique o dedo com óleo perfumado e friccione a vulva com movimentos circulares.”

O documentário passa a relatar a triste história de Melissa Cull, que teve o seu clitóris mutilado quando criança, por ele ser avantajado demais. Esse procedimento cirúrgico prejudicou toda a sua vida. Ela não consegue ter relações sexuais, não consegue ter prazer, não consegue ter uma vida saudável, pois uma parte de seu corpo foi-lhe arrancada sem o seu consentimento, apenas por uma questão estética que não lhe incomodava.

A parte final... Ah, bateu a preguiça. 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Design Inteligente Sem Censura


DEMBSKI, Willian A.; WITT, Jonathan. 
Design Inteligente Sem Censura. São Paulo: Cultura Cristã, 2012.

"A mente fez a matéria ou a matéria fez a mente? As coisas na natureza são produto exclusivamente de forças irracionais, ou será que uma razão criadora desempenhou um papel nessa criação? Não só os teólogos têm debatido essa questão, mas igualmente os filósofos e cientistas, da antiga Atenas até os modernos ganhadores do Prêmio Nobel, como os físicos Albert Einstein, Arno Penzias e George Smoot. A razão é simples: essa pode ser a questão mais importante, a mais fundamental de todas.” P. 7.

Willian Dembski, (Ph.D em Matemática na Universidade de Chicago, Ph.D em Filosofia na Universidade de Illinois, é Professor associado de Pesquisa em Fundamentos Conceituais da Ciência na Baylor University) e Jonathan Witt (Ph.D em Literatura na Universidade do Kansas, EUA) escreveram esse livro para mostrar a razoabilidade da Teoria do Design Inteligente (DI), frente a atual Teoria da Evolução (TE), que continua sendo o paradigma das Ciências Biológicas, nos centros de ensino de todo o mundo.

Segundo os autores, “a teoria do design inteligente sustenta que muitas coisas na natureza apresentam um sinal claro de terem sido projetadas. A teoria não é baseada no que os cientistas não sabem sobre a natureza, mas no que eles efetivamente sabem.” P. 7.

 [...] temos trabalhado para mostrar que a defesa do design inteligente é baseada em provas materiais e ferramentas de raciocinio disponíveis para toda pessoa, independente de credo.” P. 22.

“O DI oferece abundantes evidências positivas de que alguns padrões na natureza são o produto de uma inteligência criativa.”
 P. 35.

Essas afirmações afastariam o DI da acusação geral de que é mais uma abordagem do deus das lacunas – aquela velha forma de encaixar deus nas brechas de nosso conhecimento sobre a natureza. Se não sabemos como algo veio a surgir ou como funciona, a resposta simples, cômoda e preguiçosa é: deus o fez; deus o faz funcionar dessa forma.

Os departamentos de Biologia adotam o materialismo filosófico e metodológico, em suas investidas científicas. As causas de tudo o que há na natureza são puramente materiais; não há espaço para algo além disso; não há espaço para esse ser mitológico chamado Deus. Melhor manter Deus confortavelmente seguro fora do universo.” P. 20.

Em contrapartida, um contingente cada vez maior de Cientistas, segundo dizem os dissidentes de Darwin, estão batendo de frente com o materialismo reinante das Academias. Muitos que resolveram desafiar o darwinismo, até cargos perderam em suas universidades. Em muitos casos, bastou o DI ser mencionado em sala de aula, como uma abordagem viável ao empreendimento científico, para que o docente “rebelde” fosse demitido.

Mesmo que muitos darwinistas morram de ódio, Dembski e Witt mostram que as pesquisas científicas baseadas no DI estão cada vez mais comuns e sendo publicadas em revistas e periódicos especializados. Revisão por pares têm acontecido e pesquisas empreendidas pelos Cientistas do DI estão em escala ascendente.

Os autores fazem uma afirmação curiosa, que surpreenderia a muitos:

“[...] uma pesquisa feita pelo Instituto Finkelstein descobriu que cerca de 60% dos médicos dos EUA consideram que o design inteligente teve sua importância na origem dos seres humanos.” P. 31.

Adiante é discutida a viabilidade de o conhecido e disputado Flagelo Bacteriano ser um exemplo real de design na natureza. Michael Behe (Ph.D em Bioquímica pela Universidade da Pensilvânia), talvez o principal teórico do DI, diz que sim; Kenneth Miller (Ph.D em Biologia pela Universidade do Colorado, em Boulder), um dos mais proeminentes adversários do DI, afirma convictamente que não.

Os teóricos do DI insistem em jogar na cara dos evolucionistas, a ausência de um caminho evolutivo detalhado e destrinchado que pudesse formar as quarenta proteínas que compõem o motor flagelar. E não somente ele, mas vários sistemas aos quais eles chamam de irredutivelmente complexos. Tais sistemas precisam de todas as suas partes para poder funcionar; se uma parte faltar, nada funciona; são partes interdependentes.  Até mesmo um crítico do DI, Franklin Harold (ex-Professor de Microbiologia da Universidade de Washington) faz a seguinte admissão: “Não existe atualmente qualquer relato darwiniano detalhado da evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular, apenas uma série de especulações fantasiosas”. P. 53.

Dembski e Witt explicam o conceito de Informação Complexa Especificada (CEI). Dembski o desenvolveu e o publicou em livro em 1998. Para que um sistema ou um evento ter CEI precisa ser complexo e especificado. Ambos precisam estar presentes. O interessante é que seu livro foi publicado por uma das editoras mais renomadas do planeta. Dembski alega que a inferência do design pode ser detectada se um dado evento tem uma chance de 10 seguido de 150 zeros de acontecer. Esse número é extremamente elevado.

Nos capítulos finais, os autores revelam a real e verdadeira intenção em ser contra a TE. Para eles, a sociedade deve ser moldada pela crença em Deus. E, diga-se de passagem, pelo deus judaico-cristão. A preocupação primária e prioritária não é com a Ciência, mas sim, com o status que a cosmovisão cristã tem na sociedade, segundo meu entendimento (e tendo em mente outros livros do DI que li).  

O darwinismo é materialista, e sendo assim, tem solapado a moral religiosa baseada no Cristianismo. Para evidenciar isso, eles lançam vários exemplos que vinculam as atrocidades do século XX, que de certa forma tiveram no darwinismo a sua legitimação científica. Nazismo, Eugenia e abortos, seriam alguns exemplos.

No último capítulo é dito que muitos Cientistas do DI e Cientistas que têm certa feição por ele estão sendo prejudicados em suas carreiras acadêmicas. Darwinistas têm colocado empecilhos as suas pesquisas e estudos, por estarem abertos a possibilidade de que o materialismo filosófico pode estar equivocado.

“[...] recomendações têm sido negadas a universitários, doutorados têm sido negados a estudantes de pós-graduação, e professores têm sido demitidos simplesmente por violar os dogmas sagrados do ateísmo metodológico e do darwinismo moderno. Os ataques contra os teóricos do design e aqueles que defendem o diálogo aberto e equilibrado da teoria têm aumentado tanto em frequência quanto em malignidade.” P. 117.

Infelizmente, existem muitos evolucionistas que estão nas universidades, para propagar o ateísmo de maneira feroz. E não são poucos. Muitos estão impondo seus valores materialistas nas mentes incautas dos seus alunos e obrigando-os a irem contra a sua consciência, e prejudicando a carreira de Professores pró-DI.

"Quando veio à luz que vários professores da Universidade Estadual de Iowa procuravam fazer que o astrônomo Guillermo Gonzalez fosse demitido por causa de seu ponto de vista de que as evidências científicas apontam para o design inteligente. [...] Em outro caso, desta vez na Universidade Tech do Texas, em Lubbock, o professor de biologia Michael Dini seguiu uma política declarada de negar até mesmo recomendações a excelentes alunos para as escolas de medicina, a menos que eles confessassem uma crença pessoal na evolução humana." P. 126.

Recomendações são dadas aos alunos de como proceder nos meios universitários. Se o discente ainda está no início da vida acadêmica, que tenha muita cautela em falar sobre o DI. A prudência nunca é demais. Se quer defender o DI, que espere um pouco até conseguir estabilidade nesse ambiente tão hostil à ideia de que Deus criou os seres vivos. 

Com a leitura desta obra e de outros livros e artigos sobre o DI, percebe-se que o mesmo está muito mais sofisticado em termos intelectuais que os seus parceiros criacionistas, que não hesitam em usar a Bíblia como um guia de Ciência. Estes são alvos de chacota, diante das afirmações ridículas que fazem.

Mas a dúvida ainda persiste: seria o DI uma conspiração de fundamentalistas religiosos protestantes, para mais uma vez incutir a ideia do deus bíblico na cabecinha dos alunos? Sempre esse pensamento me vem à mente, quando leio os seus escritos. Visto que a maioria dos que o defendem, são evangélicos bem conservadores. Todavia, estou ciente que isso não interfere em nada na cientificidade ou não do DI.

De qualquer maneira, mesmo com meus ínfimos conhecimentos, estou com os autores quando eles dizem:

"Há deficiências importantes na teoria moderna da evolução, e muitos cientistas são céticos em relação as suas pretensões." P. 127.

Claro que esses "muitos cientistas" pode ser relativizado, pois a maioria esmagadora deles acreditam na evolução. Inclusive, Biólogos cristãos, como Kenneth Miller e Francis Collins.