terça-feira, 27 de setembro de 2016

Asé


Culto trazido pelos negros, no período da escravidão. Sobreviveu, evoluiu, resistiu aos ataques do Estado, da igreja, e hoje possui muitos adeptos nas grandes cidades brasileiras.

O Candomblé é a religião que une os vários cultos aos orixás trazidos do continente africano. Seja Exu, Xangô, Oxóssi... É uma celebração da natureza. Seja das plantas, dos rios, mares... Faz parte de seus elementos de adoração as entidades/forças/energias, os sacrifícios de animais. No entanto, todos são aproveitados para alimentar os membros da comunidade. Nada se perde. E não existe em hipótese alguma, sacrifícios de pessoas, como alguns costumam acusar o Candomblé.

Em suas adorações os negros escravizados, astutamente vincularam os santos do catolicismo aos orixás, para que estes fossem cultuados, sem a censura do homem branco. A coisa deu certo. Quando a igreja e os sacerdotes pensavam que o negro tinha se convertido a fé católica, na verddae, ele estava adorando e prestando devoção ao seu orixá.

Uma afirmação curiosa é dita: os fiéis do Candomblé não são politeístas. São monoteístas. Existe apenas um deus. Os orixás são emanações desse único Ser. Numa comparação com a religião cristã popular, seriam espécies de anjos da guarda.

Uma importante mensagem de respeito e tolerância é deixada por um dos babalorixás entrevistados. Não importa a religião que você pratique, contanto que ela seja baseada no amor ao próximo, você estará perto de Deus. Seja o padre, seja o pastor, seja o pai de santo, o direcionador da devoção ao Criador. O que vale de verdade, é a busca do sagrado, do bem maior: Deus.

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