Palestra
de Enézio de Almedia (Mestrado em História da Ciência pela PUC e Bacharel em
Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amazonas), respondendo as
seguintes perguntas:
A
Teoria do Design Inteligente (TDI) é religião disfarçada de ciência (o velho
criacionismo de guerra)?
A
TDI falsa ciência?
É
uma teoria genuinamente científica?
Para
ele, naturalmente, a TDI não é o histórico criacionismo que tanto militou
contra a Teoria da Evolução no século XX (e nesse século também). Os vários
tipos de criacionismos estão comprometidos com várias proposições derivadas de
livros considerados sagrados. Assim acontece com o criacionismo judaico, que
tem a Torá, como ponto de partida; o criacionismo cristão, que além do
pentateuco, tem as escrituras cristãs como referencial; o criacionismo islâmico
baseado do Alcorão, e tantos outros tipos.
Nao
é assim que acontece com a TDI. Ela não tem comprometimento algum com os pontos
defendidos pelo criacionismo clássico, visto que não adota, por exemplo, a
ideia de que o universo tem milhares de anos. Muitos de seus membros comungam
da visão de ancestralidade comum, um dos principais pontos do darwinismo.
Outros motivos são listados para diferenciar e afastar as duas visões.
A
afirmação da TDI é basicamente esta:
Através
do estudo sistemático da natureza está se tornado cada vez mais incisivo que
ela nos apresenta claros sinais empíricos de intervenção inteligente. Sabemos
disso, através da Complexidade Irredutível e da Complexidade Especificada (ou
Informação Complexa Especificada). Termos criados por Behe e Dembski.
Claro
que os darwinistas rejeitam peremptoriamente os conceitos que esses termos
carregam.
Refutando
a acusação de que o Design Inteligente não é Ciência, Almeida Filho responde
que não existe isso que se chama de CIÊNCIA; e que não existe O MÉTODO
CIENTÍFICO. O que temos são várias formas de ciências, e com isso vários
métodos científicos. Cada qual, com suas configurações distintas na construção
de modelos que tentam explicar o nosso mundo.
O
Design Inteligente (DI) ao contrário do que afirmam os darwinistas, faz
predições e é testável, usando as mesmas ferramentas metodológicas de seus
oponentes.
No
tocante a terceira pergunta, o DI é uma teoria científica, porque trabalha com
evidência empírica. Não tem como pressuposto, os discursos de dado livro
sagrado.
Uma
pergunta que o palestrante faz, é que se o DI não é ciência, e muitos de seus
acusadores trabalham com o falseamento popperiano, porque usam a falseabilidade
para desacredita-la? O DI colocou suas afirmações na mesa para serem analisadas
e refutadas - o mascote do DI é o Flagelo Bacteriano, que segundo Almeida
Filho, ainda não foi falseado. Diz ele, que até tentaram, porém sem sucesso.
Em
1998, William Dembski (Ph.D em Matemática na Universidade de Chicago, Ph.D em
Filosofia na Universidade de Illinois) falou que os proponentes do DI esperavam
"que o DNA tanto quanto possível" exibisse função útil, ao contrário
do que propõe a teoria evolutiva. Aqui as palavras dele:
"Em
uma visão evolutiva, nós esperamos bastante DNA inútil. Agora, se por outro
lado, os organismos exibem design intencional, nós esperamos que o DNA o tanto
quanto possível exiba função."
Essa
predição feita pelo DI, tem sido corroborada com a descoberta de que o DNA-LIXO
não tem nada de lixo. Ele possui várias funções, não é inútil como os
darwinistas diziam que era.
É
uma boa palestra que mostra que o DI merece ser ouvido.
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