quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Design Inteligente: Ciência ou Religião?


Palestra de Enézio de Almedia (Mestrado em História da Ciência pela PUC e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amazonas), respondendo as seguintes perguntas:

A Teoria do Design Inteligente (TDI) é religião disfarçada de ciência (o velho criacionismo de guerra)? 

A TDI falsa ciência? 

É uma teoria genuinamente científica? 

Para ele, naturalmente, a TDI não é o histórico criacionismo que tanto militou contra a Teoria da Evolução no século XX (e nesse século também). Os vários tipos de criacionismos estão comprometidos com várias proposições derivadas de livros considerados sagrados. Assim acontece com o criacionismo judaico, que tem a Torá, como ponto de partida; o criacionismo cristão, que além do pentateuco, tem as escrituras cristãs como referencial; o criacionismo islâmico baseado do Alcorão, e tantos outros tipos. 

Nao é assim que acontece com a TDI. Ela não tem comprometimento algum com os pontos defendidos pelo criacionismo clássico, visto que não adota, por exemplo, a ideia de que o universo tem milhares de anos. Muitos de seus membros comungam da visão de ancestralidade comum, um dos principais pontos do darwinismo. Outros motivos são listados para diferenciar e afastar as duas visões. 

A afirmação da TDI é basicamente esta:

Através do estudo sistemático da natureza está se tornado cada vez mais incisivo que ela nos apresenta claros sinais empíricos de intervenção inteligente. Sabemos disso, através da Complexidade Irredutível e da Complexidade Especificada (ou Informação Complexa Especificada). Termos criados por Behe e Dembski. 

Claro que os darwinistas rejeitam peremptoriamente os conceitos que esses termos carregam. 

Refutando a acusação de que o Design Inteligente não é Ciência, Almeida Filho responde que não existe isso que se chama de CIÊNCIA; e que não existe O MÉTODO CIENTÍFICO. O que temos são várias formas de ciências, e com isso vários métodos científicos. Cada qual, com suas configurações distintas na construção de modelos que tentam explicar o nosso mundo. 

O Design Inteligente (DI) ao contrário do que afirmam os darwinistas, faz predições e é testável, usando as mesmas ferramentas metodológicas de seus oponentes. 

No tocante a terceira pergunta, o DI é uma teoria científica, porque trabalha com evidência empírica. Não tem como pressuposto, os discursos de dado livro sagrado. 

Uma pergunta que o palestrante faz, é que se o DI não é ciência, e muitos de seus acusadores trabalham com o falseamento popperiano, porque usam a falseabilidade para desacredita-la? O DI colocou suas afirmações na mesa para serem analisadas e refutadas - o mascote do DI é o Flagelo Bacteriano, que segundo Almeida Filho, ainda não foi falseado. Diz ele, que até tentaram, porém sem sucesso. 

Em 1998, William Dembski (Ph.D em Matemática na Universidade de Chicago, Ph.D em Filosofia na Universidade de Illinois) falou que os proponentes do DI esperavam "que o DNA tanto quanto possível" exibisse função útil, ao contrário do que propõe a teoria evolutiva. Aqui as palavras dele:

"Em uma visão evolutiva, nós esperamos bastante DNA inútil. Agora, se por outro lado, os organismos exibem design intencional, nós esperamos que o DNA o tanto quanto possível exiba função." 

Essa predição feita pelo DI, tem sido corroborada com a descoberta de que o DNA-LIXO não tem nada de lixo. Ele possui várias funções, não é inútil como os darwinistas diziam que era. 

É uma boa palestra que mostra que o DI merece ser ouvido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário