quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Como o Sexo Mudou o Mundo
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Como o Sexo Mudou o Mundo: Rebeldes do Sexo
Valéria Messalina
Marquês de Sade
Catarina, a Grande
Heliogábalo
Lindon Jonhson
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
E a Umbanda?
DROOGERS, André. E a Umbanda? São Leopoldo - RS: Sinodal, 1985.
É lugar comum, pensarmos que Umbanda e
Candomblé, são a mesma coisa. Na lógica leiga e popular, ambas possuem apenas
nomenclaturas diferentes, mas possuem as mesmas práticas e crenças religiosas.
Verdade seja dita, elas têm elementos em comum, como as incorporações, os
transes, usos de ervas, lidam com os orixás e outras coisinhas mais. O senso comum
vendo essas similaridades superficialmente, então conclui, é tudo a mesma
merda!
Mas assim como existem diferenças
importantes e gritantes, entre catolicismo e protestantismo, a despeito de suas
muitas semelhanças, também ocorrem distinções com a Umbanda e Candomblé. Não
são a mesma religião; não se pratica em seus cultos os mesmos fundamentos
espirituais e mediúnicos. Existem distinções importantes entre elas. Assim como
existem olhares e práticas diversas entre as várias manifestações de origem
negra e ameríndia pelo Brasil a fora, como o Xangô, Jurema, Batuque, Tambor de
Mina e etc. Cada uma com as suas peculiaridades.
Em vista dessa diversificação empírica da
práxis religiosa africana/ameríndia, André Droogers, Ph.D em Antropologia pela
Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda, vem trazer as características
gerais que distingue a Umbanda dos outros credos religiosos. É uma edição
antiga, de 1985. Escrita com a devida preocupação em fazer um levantamento
objetivo da Umbanda. Apesar disso ele faz uma observação importante:
"Porém, é de
se ressaltar que a objetividade perfeita não existe, nem a avaliação
definitiva." P. 10.
Dentro dessa perspectiva, parece-me que ele
comete um equívoco básico, ao afirmar, por exemplo, que os orixás incorporam em
alguns terreiros de Umbanda. Na Umbanda original, pura, se é que podemos usar
esses termos, os orixás não possuem os seus "cavalos". Isso só
acontece no Candomblé. E muito menos os orixás falam alguma coisa quando descem
nos seus filhos de santo, como ele afirma. No Candomblé, religião onde eles
incorporam, cada orixá fará a sua dança particular. Eles não fazem careta, não
fumam, não dão conselhos...
Dando um desconto ao autor, há de convirmos
que quem detém a verdade do que pode ou não pode ser praticado nesses centros
mediúnicos? Muitos pais de santo misturam elementos de várias matrizes
religiosas, e formam o seu culto. Cada terreiro tem muita autonomia para ditar
suas rezas, passes, procedimentos... E se foi algum espírito que determinou
para que se fizesse dessa maneira e não daquela?
De qualquer forma, de modo geral, na
Umbanda, orixás não incorporam.
Quando Drogeers escreve sobre a polêmica
figura de Exu, sua fala pode não soar nada agradável a muitos umbandistas,
visto que ele o identifica como um espírito das trevas, que só é incorporado na
maioria das vezes nos trabalhos de Quimbanda, lado da "esquerda" da
Umbanda. No entanto, ele não falou isso por mero preconceito, mas porque
existem umbandistas que vêem a entidade Exu dessa forma.
Se no Cristianismo, religião que tem um
livro básico (Bíblia), os cristãos não têm concordância em milhares de pontos
sobre o que ela diz ou deixa de dizer, imagine essas tradições religiosas
baseadas unicamente em tradições orais, ou testemunhos de supostos espíritos
evoluídos que vem do outro mundo dar conselhos, passes e direcionar os seus
consulentes e cavalos ao caminho da luz. Não há objetividade alguma.
O tópico mais significativo do livro é
quando são discutidas as possíveis explicações para os transes. O autor deixa
claro que explicações psicológicas e sociológicas, podem desvendar o mistério
das incorporações, lançando várias explanações plausíveis que realmente
satisfazem as mentes mais racionais e não entregues a credulidades
inverossímeis.
“A mediunidade é um
fenômeno universal. De modo algum é exclusividade brasileira. Cada cultura na
qual ela existe a interpreta e a transforma à sua maneira.” P. 36.
O ambiente sócio-cultural dos pretensos
médiuns tem uma significativa e crucial relevância na personalidade dos
espíritos que tomam conta de seus corpos.
“A influência da
sociedade e da cultura [...] está presente também na forma como a mediunidade é
desenvolvida. Parece que não são os espíritos que dão uma determinada forma à
sua manifestação, mas sim a sociedade e a cultura dependendo da cidade, do tipo
de culto (umbanda ou um dos mais antigos), do terreiro (mais africano ou mais
embraquecido), da classe social da pessoa e do seu bairro (disso depende qual o
terreiro que frequenta) e assim por diante. Com isso o fenômeno da mediunidade
é bastante relativizado”. P. 36.
Perante essa relativização e contingência
do transe, Droogers interpela:
“Será que são
realmente espíritos que se manifestam? Ou pode ser outra coisa, explicada de
maneira bem diferente?” P. 36.
Eis aqui uma das possibilidades:
“[...] podemos,
talvez, pensar na mediunidade como uma maneira de readmitir, através do
espírito, um impulso ou desejo que antes foi descartado. [...] Se isso for
verdade, fica explicado por que os espíritos, nas suas várias categorias,
representam todo um leque de possibilidades da personalidade humana: caboclos
dinâmicos, preto-velhos humildes, crianças ingênuas, exus maliciosos e
pomba-giras eróticas. Sem falar de cada tipo que os espíritos individuais
representam e nas diferenças entre espíritos femininos e masculinos”. P.
38.
“O espírito que
procura o seu cavalo se chama, então na verdade, de ‘desejo reprimido’. E a
cura não vem do espírito, mas da readmissão do desejo reprimido através da
aprendizagem da mediunidade, nos moldes do comportamento da categoria de
espíritos que corresponde com ele. O espírito é, portanto, a projeção do lado
oculto da personalidade do médium. Assim, médiuns têm a oportunidade de serem o
que normalmente não poderiam ser: arrogantes e orgulhosos, humildes e
carinhosos, ingênuos e infantis, maldosos e grosseiros. Esta explicação
psicológica aponta para um outro mecanismo do que o citado pelos umbandistas,
quando explicam a origem da mediunidade, mas é igualmente lógica em si.” P.
39.
É lógica essa explanação do que pode ser as mugangas, trejeitos, gritos e danças, que ocorrem nos terreiros? Claro que sim! Muito mais inteligente e racional, ver dessa forma, a ter que acreditar nos relatos fantasiosos dos umbandistas de que existem aos milhares, ou milhões de falanges de espíritos vagando por aí, em tudo que é esquina, encruzilhadas, cemitérios, e que elas interferem diretamente em nossas vidas.
Quem pensa igual ou semelhante, não foi
nada mais, nada menos, que o Pierre Verger (morto em 1996), grande estudioso e
sacerdote do Candomblé no Brasil. Pense numa grande ironia. Em documentário já
postado aqui, sobre a sua vida e contribuição para a religião africana no
Brasil, ele revela a sua posição, quando perguntando por Gilberto Gil, se
acredita no transe dos orixás:
Gilberto Gil:
"E o transe, a
incorporação do orixá?"
Pierre Verger:
"Para mim não
é incorporação. Para mim é uma manifestação da verdadeira natureza da gente.
Uma possibilidade de esquecer todas as coisas, que não tem nada que ver com
você. [...] sou um idiota de francês racionalista. A mim não me contam
histórias, eu não sou um idiota que acredita nessas coisas [nesse momento,
risadas do Gil]. É uma coisa ‘despoetizante’ horrível. Eu sofri muito, gostaria
muito de me deixar ir."
Mesmo Verger não sendo da Umbanda, seu
relato cético é de uma importância sem precedentes, visto que o Candomblé também
é um culto de incorporações.
Drogeers vai desenvolvendo essa
interpretação psicológica da mediunidade, e depois entra na questão do porquê
da Umbanda ter alcançado números significativos de pessoas que a ela recorrem
para obter ajuda para solucionar os seus problemas. Em seguida, tenta aproximar
a sua confissão de fé (protestantismo luterano) num diálogo ecumênico e
respeitoso com a religiosidade umbandista, sem vincular a Umbanda ao satanismo,
como a igreja evangélica de modo geral faz.
Ele enfatiza os pontos negativos da
Umbanda, sem eximir a sua própria comunidade de fé, em se calar diante das
estruturas político-sociais que oprimem a população. Onde está a igreja
luterana, quando a sociedade aflita, necessita urgentemente de ajuda
espiritual? Onde estão os luteranos, na luta contra as mazelas que acometem o
povo brasileiro tão sofrido? Droggers reconhece que muitas vezes a sua própria
igreja deixa a desejar nesses quesitos.
Os pontos positivos da Umbanda também são
lembrados, visto que muitos de seus centros e terreiros, sempre estão dispostos
a ajudar as pessoas.
Na Sombra do Pecado
Suas presas estão em todo canto. No caso mencionado aqui, são as testemunhas de Portugal. Um canal desse país fez uma significativa matéria, onde desvela o lado obscuro dessa seita de merda.
Vários ex membros da seita dão os seus testemunhos de como eram as suas vidas, quando viviam em obediência as diretrizes das autoridades dessa religião. Alguns ex anciãos, espécie de pastor da seita, felizmente saídos de suas garras, revelam como eles agiam cegamente em total submissão aos mandos e desmandos das lideranças mundiais das testemunhas.
Mais quais os ensinamentos que fazem dessa seita ser tão perigosa e prejudicial?
Além das proibições ridículas de que os seus fiéis não podem comemorar a Páscoa, Natal e nem o seu próprio dia natalício, três práticas criminosas recebem uma atenção especial: destruição das famílias, abuso sexuais acobertados pela organização e a proibição da transfusão de sangue.
Destruição de famílias
Se você e sua família fazem parte da "organização de Jeová", expressão muito usada entre eles, e resolva questionar os fundamentos da seita, ao ponto de ser "desassociado", outra palavra muito usada por eles, para dizer que você está expulso/excomungado, sua mãe, pai, irmãos ou qualquer outro parente que também seja testemunha de Jeová, não poderão em hipótese alguma ter qualquer tipo de comunhão com você.
Por exemplo: se você mora na mesma casa que seus pais, eles não poderão nem comer na mesma mesa que você. Só falarão o extremamente necessário contigo. Ostracismo, isolamento e solidão, serão a tríade satânica que lhe acompanhará, por ter abandonado o caminho de Jeová, traçado pela seita.
O que pensar de uma religião que promove a desunião de pais e filhos, fazendo com que laços familiares tão sagrados, importantes e necessários, sejam rompidos por causa de picuinhas teológicas medíocres?
Abusos Sexuais Acobertados
Nessa seita é regra: se um membro abusa sexualmente de uma mulher, ou até mesmo de uma criança, ele não será entregue a justiça comum. Mas será apenas advertido e convidado a se arrepender de seu erro, e ter autodomínio, para que não cometa mais atos assim. E a vítima? Esta, coitada, deve ficar calada, e aprender a "esperar" em Jeová, o justo juiz. Ela é obrigada pelos anciãos, pastores da seita, a não contar a polícia o estupro que sofreu. Assuntos internos, se resolvem internamente. Nada da justiça mundana e pecadora se meter nos assuntos do reino de Deus.
Na Austrália, a justiça detectou mais de 1000 casos de pedofilia escondidos pela seita nas últimas seis décadas. É um ocultamento intencional e premeditado. Perante a justiça da Austrália, um representante oficial das testemunhas, foi interpelado sobre o que ele faria se ocorresse um caso hoje de abuso sexual de menores. Sua resposta foi que ele ocultaria o abuso da justiça comum.
Que palavras podem ser ditas sobre uma religião permitida pelo Estado que protege estupradores e pedófilos?
Transfusão de Sangue
O fiel da seita pode está batendo as botas, precisando em caráter de urgência de sangue para uma transfusão, mas de acordo com ensinamentos oficiais da religião, é PREFERÍVEL que essa pessoa venha a óbito, a ter que desobedecer o mandamento de Jeová de não tomar sangue em nenhuma circunstância, mesmo que isso acarrete em sua morte.
Numa das edições da revista Despertai, um dos veículos oficiais da seita, crianças que faziam parte dela, que morreram porque os seus pais tiveram a firme posição para que elas não recebessem transfusão de sangue, foram exibidas na capa da revista.