quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: Ore Para que Tenhamos Paz na Síria

Uma guerra civil truculenta arrasta-se na Síria desde 2011. O presidente é um péssimo líder. Tirano e incompetente. Daí surgiram muitos grupos e facções islâmicas que o querem foram do poder.

“Diferentes grupos islâmicos lutam, desde março de 2011 contra o governo de Assad e também entre si. Os grupos recebem apoio estrangeiro, com isso, a guerra se tornou uma guerra crescente, que envolve indiretamente outros países. Muitos lugares já foram devastados. [...] Muitos cristãos também foram atingidos. [...] Algumas áreas já estão sob controle islâmico.”  

Nesta celeuma política, quem mais sofre, naturalmente, são os civis cristãos, muçulmanos... Os traumas e resultados da guerra são os mais macabros e diversificados possíveis: depressão, estresse pós-traumático, mutilados, muita fome, desabrigados, errantes e mortes, muitas mortes.

Rana é uma seguidora de Jesus que resiste as investidas da guerra, fazendo o seu trabalho de caridade cristã. Ela diz:

“Nossas raízes cristãs na Síria remontam ao tempo de Jesus. Nós convivíamos em paz com outros grupos e outras religiões. Nunca nos sentimos isolados, de uma certa forma, vivíamos livres. Nós podíamos realizar cultos, visitar a comunidade, construir igrejas, realizar algumas festas e eventos.  Morávamos em paz juntos e cooperávamos uns com os outros; nós trabalhávamos juntos e íamos juntos à escola. Nunca nos sentimos como em outros países, onde os cristãos são chamados de infiéis que não acreditam num único Deus. Nunca nos sentimos assim na Síria. A religião não era um problema.”

Diante de dias e mais dias assustadores, com bombas, mísseis e explosões constantes, Rana teve depressão.

“Hoje, a depressão é um grande problema, especialmente para [as] mulheres. Eu mesma sofri disso por muito tempo. Por isso, eu consigo me compadecer das mulheres que chegam arrasadas e com medos em nossa igreja. Elas precisam de apoio. Eu sofri por muito tempo com isso. Mas Deus não queria que eu ficasse totalmente para baixo. Ele me recolocou na direção certa através do apoio de outras mulheres, através do meu marido e também da minha igreja.”

A igreja de Rana apoia milhares de pessoas.

“Nós apoiamos 1.500 famílias somente em Damasco e mais 2.000 na região de Homs. Falamos aos membros da nossa equipe, que eles não devem fazer distinção entre cristãos e muçulmanos. Naturalmente que mais cristãos do que muçulmanos vêm à igreja em busca de ajuda. Mas nós não negamos ajuda a nenhum muçulmano que nos peça. Nós distribuímos pacotes de alimentos às famílias, cobertores e colchões para o inverno. [...] Nós tentamos fazer o nossos melhor para ajudar.”

Ela não coloca os muçulmanos comuns no mesmo pacote dos jihadistas:

“É claro que os muçulmanos não são todos iguais. Nós temos que diferenciar os muçulmanos normais dos jihadistas. Muçulmanos normais não aceitam os jihadistas, são totalmente contra eles. Muitas famílias de refugiados nos contam como foram ameaçadas pelos radicais. Elas precisaram deixar tudo e procurar lugares mais seguros. Alguns não tiveram sorte e foram mortos. [...] Isso é a lei deles [jihadistas] e a crença deles, eles não têm problema em matar cristãos. [...] Esses jihadistas são totalmente novos em nosso país. Nós nunca tínhamos ouvido falar deles antes. [...] É claro que nenhum cristão vai morar numa área controlada por jihadistas, pois eles têm de seguir a lei islâmica, a sharia. [...] Nenhum cristão consegue viver sob o poder dos jihadistas. Eles precisam abandonar sua casa e seus pertences, e fugir para salvar sua vida.”

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