Tudo bem que os nossos sistemas
didático-pedagógicos são defasados e defeituosos. A maneira tradicional de se
avaliar o desenvolvimento cognitivo do alunato muitas vezes é injusta, e carece
de critérios mais coerentes e adequados.
Porém, não é o melhor caminho substituir o sistema vigente, por esse sistema contraditório e relativista proposto por esse documentário. De maneira análoga, não é porque o sistema capitalista tem os seus defeitos (que não são poucos) que devemos aderir ao socialismo/comunismo.
Tive muita paciência pra terminar de assistir esse vídeo de mais de 2 horas e 20 minutos de puro sentimentalismo e psicologia barata. O sistema educacional apresentado é IRREAL e UTÓPICO. Na teoria é lindo e maravilhoso, mas na vida real é inviável e sem nenhuma lógica.
Porém, não é o melhor caminho substituir o sistema vigente, por esse sistema contraditório e relativista proposto por esse documentário. De maneira análoga, não é porque o sistema capitalista tem os seus defeitos (que não são poucos) que devemos aderir ao socialismo/comunismo.
Tive muita paciência pra terminar de assistir esse vídeo de mais de 2 horas e 20 minutos de puro sentimentalismo e psicologia barata. O sistema educacional apresentado é IRREAL e UTÓPICO. Na teoria é lindo e maravilhoso, mas na vida real é inviável e sem nenhuma lógica.
Meu amigo Pedro Mendes, Professor formado e com Especialização em Ciência da Religião pela UERN, tem umas respostas bem afiadas contra esse sistema de educação:
A morte da cultura clássica, a elevação da baixaria, da indisciplina em sala de aula e o analfabetismo funcional são consequências diretas do modelo de educação adotado no Brasil nos anos 80, cujo patrono é o aclamado Paulo Freire... O professor, em qualquer área que atue, está sendo obrigado a se enquadrar nesse modelo macabro, o que implica dizer que ele não pode censurar o erro, que, por sua vez, deixa de ser erro, para não contrariar o aluno, nem traumatizá-lo. Não há espaço para o pensamento crítico, nem juízo de valor por parte do professor, que está obrigado pedagogicamente a elogiar as ações mais desengonçadas dos alunos...
Ele continua:
Os professores de educação física, por exemplo, devem elogiar as péssimas atuações dos alunos na prática esportiva para não expor os alunos a algum tipo de vexame. Os professores de Ensino Religioso, no meu caso, devem considerar todo tipo de bizarrice, mesmo que seja um ritual com fezes de animal, como riqueza cultural, tudo isso em nome da diversidade cultural e religiosa. Com exceção, é claro do cristianismo, já que este sustenta a cultural ocidental opressora. Os de português devem ter muito cuidado com o preconceito linguístico, não importa a priori a ortografia, a escrita, se o aluno se fez compreendido, por que censurar? Por que corrigir? E os professores de história? hehehe... cuidado com o que diz sobre a escravidão, a colonização e os indígenas...
O Jefferson C. Gois, escreveu uma
resposta fantástica nos comentários do vídeo no Youtube, mas ela foi retirada. Felizmente consegui
salvar a tempo. Ele escreve:
Tenho que discordar da maioria, pois em minha opinião a escola deve ensinar a ciência elementar, com os mesmos critérios e métodos para todo os alunos, através de currículo estabelecendo linearmente o começo, meio e fim.
Tenho que discordar da maioria, pois em minha opinião a escola deve ensinar a ciência elementar, com os mesmos critérios e métodos para todo os alunos, através de currículo estabelecendo linearmente o começo, meio e fim.
O comportamento social e moral deve ser ensinado pela família, no critério da mesma, e indiretamente pela sociedade por via da experiência cotidiana. O primeiro prima pela teoria o segundo pela prática.
A formação cultural diversificada ou aprendizado experimental deve ser da iniciativa de cada um, por toda a vida, sendo na forma autodidática, extensiva por cursos ou dentro de institutos na carreira acadêmica.
O documentário trás uma linha revolucionária de proposta não somente ao sistema de educação atual, mas também possui o sociologismo como viés. A sociedade e a educação são sistemas integrados, simbióticos. O modelo atual, claramente direcionado pelas corporações empresariais, produziu todo o progresso dos séculos XIX e XX, sendo a idade de ouro das ciências. Propiciou a tecnologia que foi necessária para viabilizar a Internet e este vídeo, que trata essa mesma educação que o tornou possível, praticamente como sendo uma forma de violência psicológica execrável.
Uma nova educação deveria ser o epílogo de uma nova sociedade, o inverso não traria a paz como foi dito, mas, causaria revoluções e guerras pela quebra de paradigma de uma geração que não estaria adequada ao modelo sócio-econômico vigente.
A mensagem que não está clara no documentário, mas que fica subentendida é sobre qual sociedade está sendo proposta pelos idealizadores, e indiretamente, qual o modelo econômico que fará esta nova educação viável. Estas questões necessitam de respostas antes da adesão entusiasmada daqueles que pensam em alterar todo o sistema de ensino.
Minha instrução elementar foi adquirida através do sistema atual e não me senti mais desbastado criativamente dentro dele, do que sou por ação das oligarquias política, cultural e econômica da vida cotidiana. Esta barreira não será removida pelo grau de instrução ou por outra metodologia educacional. Trata-se da origem social de nascimento, como se houvesse um teto máximo alcançável para determinada geração da linha familiar. A família longilínea gera herança, riqueza, poder e liberdade que são fatores desagregadores da família e equilibram o conjunto da sociedade ao decorrer das gerações. Como já mencionei, a família tem um dever na educação comportamental e moral, aqui justifico esta necessidade.
Todavia,
mais do que esperar do governo ou da escola, individualmente devemos tomar a
iniciativa de nossa própria formação através do complemento educacional extracurricular,
cursos diversos, assim como a via autodidata e experimental que jamais foram
tão acessíveis como nos dias de hoje.
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