O México talvez seja o país do mundo que mais sofre as
consequências das guerras dos poderosos e incansáveis cartéis de drogas. Todos
os anos na grande cidade de Juarez, milhares de assassinatos ocorrem em
decorrência da carnificina desses grupos, que querem ter o poder absoluto na
entrega dos entorpecentes.
De acordo com o vídeo, enquanto que em El Paso, cidade do
Texas, EUA, existe uma média de apenas oito assassinatos por ano; na cidade vizinha
de Juarez, em território mexicano, são oito assassinatos por dia. Multipliquei esses
oito assassinatos diários por 365 dias e deu a assustadora cifra de 2920 mortes
por ano. Isso faz de Juarez uma das cidades mais violentas do planeta.
Num certo momento, houve cerca de 50 assassinatos em três
dias, devido à guerra entre o cartel Bazzio
Azteca e outras gangues. Famílias são devastadas e destruídas, e a polícia
pouco faz para conter a onda de violência. Muitos corpos acabam sendo
pendurados nas pontes e viadutos da cidade. As coisas estão fora de controle. Um policial faz uma previsão nada boa:
“As coisas não estão melhorando. Está muito
claro que estão piorando. Nos próximos cinco anos, acho que veremos mais
violência. E ela vai continuar fazendo estrago.”
Na opinião dos policias e agentes penitenciários de El Paso,
na cidade mexicana, os policias são corruptos e não existe lei na cidade, por
isso a violência reina. Mas em El Paso, as coisas funcionam, e os bandidos são
presos e punidos. A prisão El Paso County Jail abriga os mais perigosos
traficantes desses grandes cartéis e gangues, em especial, os bandidos do
cartel Barril Azteca.
O presídio é de segurança máxima, porém, os agentes da
polícia precisam estar muito atentos a tudo o que acontece atrás das grades. A Barril Azteca surgiu e se organizou
dentro da cadeia, e todo cuidado é pouco, quando o assunto é lidar com os
demônios que estão infestando o lugar.
A grande preocupação
dos policiais é evitar que ela ganhe força e poder entre os presidiários.
Quando a coisa aperta, agentes da SRT, grupo da Swat, são chamados para pôr um
fim nas rebeliões feitas pelos presos.
O documentário trata basicamente da vida interna dessa
prisão e de todo trabalho, habilidade e inteligência que os agentes têm que
ter, para sempre estar um passo a frente dos bandidos, que sempre estão à
espreita, observando tudo, prontos a darem o primeiro bote, caso tenham uma
chance.
Voltando a questão da violência e número de assassinatos, já
há alguns anos, a cidade de Natal-RN tem aparecido na lista das cidades mais
violentas do mundo. Sempre fui cético em relação a essas pesquisas, mas se em Juarez,
que é uma cidade incontestavelmente violenta, com uma média de 2920
assassinatos ao ano, com uma população de mais ou menos 2,6 milhões de
habitantes, e Natal, uma cidade com 803 mil habitantes, tem uma média de 931
assassinatos por ano, proporcionalmente, no quesito morte, a cidade brasileira
é tão ou quase tão violenta quanto à cidade de Juarez. E olha que por aqui, não
existem esses cartéis de drogas gigantes e poderosos como os da cidade mexicana.
Imagine se tivesse!
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