O mundo inteiro ficou chocado com a espantosa história de Joseph Fritzl,
que manteve a sua filha Elizabeth, presa em um porão durante 24 anos
(1984-2008), na Áustria. Nesse período, ele a estuprou milhares de vezes, tendo
vários filhos com ela. Um período cárcere total, sem direito a ver a luz do
dia, sem ver mais ninguém, além do monstro do seu pai. Fora os espancamentos e
coisas mais. Um simples objeto; uma propriedade; um lixo humano; era assim que
ele via sua filha. O tratamento que ela sofria era pior que um negro nos tempos
mais nefastos da escravidão.
Ele conta que teve um pai muito ruim e cruel. A sua mãe se separou
dele, e Fritzl passou a sua infância morando apenas com ela. Ele admite que
tinha desejos sexuais em relação a ela, mas sempre manteve-os sob controle. Quando
mais adulto, o seu histórico de violência começou logo cedo. Estuprou uma
mulher, foi preso por isso. Porém, só ficou 1 ano e 6 meses na cadeia. Depois tentou
estuprar outra mulher. Não obteve êxito. Ela diz que guarda os traumas dessa
tentativa de estupro até hoje. E o safado ainda disse que um dia a estupraria.
O casamento de Fritzl, sempre foi marcado pela total submissão de sua
mulher. Completamente passiva em relação a tudo que ele dizia e determinava. Uma
mulher fraca e sem opinião. Talvez por medo, ou por estar totalmente cega e
apaixonada por ele.
Dentre alguns filhos, eles tiveram Elisabeth, uma menina que ele
simplesmente não gostava, por mais que fosse sua filha. Ele então coloca seus
desejos doentios em ação. Pede para um amigo seu, ajudá-lo a construir um porão
em sua casa.
Em 1984, ele a prende, e nunca mais ninguém volta a vê-la até 2008. Nesses
terríveis/horríveis/tristes anos que se seguiram, foram só de sofrimento
físico, psicológico e arrisco dizer, até espiritual para Elisabeth. Molestada,
estuprada, espancada e toda sorte de maldades investidas contra ela, pela própria
pessoa que a colocou no mundo, seu pai.
“Eu sabia
que Elisabeth não queria as coisas que fiz com ela. Sabia que a machucava. Mas o
desejo de finalmente provar o fruto proibido foi forte demais. Era como um
vício.” (Joseph Fritzl).
O pior, que a casa dele, era uma espécie de hotel, flat, pousada,
quartos para se alugar. Pessoas que moravam ali há vários anos, deram seus
depoimentos no vídeo, e alegam nunca terem visto nada muito suspeito. Curiosamente
apenas o cachorro de um inquilino, que morava num apartamento, acima do porão,
percebia que havia alguma coisa lá embaixo, pois ficava olhando para o chão e
arranhando-o. Lembrando essas atitudes do seu cão, o seu dono, hoje sabe o motivo.
Finalmente, em 2008, Fritzl não pôde mais esconder as atrocidades
cometidas contra a sua filha. Foi preso. E Elisabeth saiu de sua injusta prisão e
escravidão.
Mas não precisamos ser Psicólogos ou Psiquiatras, para saber, que a
escravidão emocional, psicológica e espiritual permanecerão para sempre em sua
vida. Nada de fantasia e palavras confortantes aqui. Visto que o sofrimento que
ela passou é indescritível. Deixemos a espiritualidade boba e enganadora para
aqueles que não querem enxergar os recantos sombrios da existência.
Uma pena que não tem esse vídeo no Youtube. Apenas na Netflix.
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