domingo, 7 de fevereiro de 2016

Tabu América Latina: Espetáculos Únicos


Até onde vai o direito dos animais?

Quais são os limites que nós, seres humanos, devemos ter no tratamento que dispensamos a eles?

Seriam as rinhas de galo, moralmente erradas?

Os rodeios, onde touros são feridos até a morte, não são contra o princípio da empatia que devemos ter, visto que os animais também são seres sensíveis (sentem dor)?


A NatGeo levanta nesse episódio da série Tabu América Latina, essas e outras perguntas, que eu mesmo, não consigo ter respostas coerentes e satisfatórias. Ao mesmo tempo em que senti indignação ao ver touros, cavalos e galos, por meio do seu sofrimento e dor, servirem para o puro entretenimento e lucro de seus organizadores e apostadores, sinto que esse meu senso de “empatia” e de “justa indignação” perante os maus tratos desses animais, dá de cara com a parede, quando lembro que todos os dias, saboreio uma coxa de frango, um bife de carne...


Muito simples de entender: Podemos apontar o dedo em riste e jogar na cara desses filhos da puta que fazem essas rinhas, o seguinte:

“Vocês se divertem e ganham dinheiro, com o sofrimento e tortura desses animais. Vocês queriam estar no lugar deles? Queria ver, se fossem vocês! Não se incomodam com o fato de que eles sofrem bastante, e não queriam estar lutando? Não lhes resta um pingo de consideração e empatia?”

São apontamentos legítimos? Sim, são. Mas eles poderiam legitimamente responder:

“Vocês se deliciam e ganham dinheiro, com a morte desses animais para se alimentarem. Eles vivem em gaiolas minúsculas, tomando hormônios e outras coisas mais, para engodarem, além de suas capacidades naturais, para vocês encherem a pança. Vocês queriam estar no lugar deles? Queria ver, se fossem vocês! Não se incomodam com o fato de que eles sofrem bastante, e não queriam lhes servir de alimentos? Não lhes resta um pingo de consideração e empatia?”

Como se vê aquele que atirou a pedra primeiro, pode esperar, que ela virá como um bumerangue de volta. Não são questões fáceis. É um problema ético muito difícil e espinhoso.

E mesmo eu me alimentando todos os dias de carne, ainda acho que uma sociedade mais evoluída (mais evoluída segundo que padrão?) não deve tolerar nenhum tipo de rinha de galos, touradas ou quaisquer outros eventos que venham torturar os animais. Incoerente? Sim, incoerente. Como eu disse, não tenho uma resposta adequada e justa para a questão. Mas quem diabo se importa?  

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