Excelente programa com o Filósofo, Luiz Felipe
Pondé (Doutor em Filosofia pela USP e pela Universidade de Paris - VIII.
Pós-Doutorado pela Universidade de Tel Aviv, Israel). Com uma sagacidade e
inteligência ímpar, Pondé articula com maestria suas ideias sobre Deus,
ateísmo, sentido da vida, religião, feminismo, políticas públicas, marxismo,
esquerda, direita, psiquismo humano, aborto, catolicismo, casamento gay,
verdade, dentre outros temas.
Um dos assuntos que mais me chamou a atenção foi sobre sua visão sobre a natureza humana. Para ele:
"O ser humano é fraco, medroso, precário, mentiroso sobre suas próprias angústias. Inclusive por razões sociais – não dá pra você sair por aí falando de tudo que você tem medo. [...] A hipocrisia é parte da base da moral pública”.
Um dos assuntos que mais me chamou a atenção foi sobre sua visão sobre a natureza humana. Para ele:
"O ser humano é fraco, medroso, precário, mentiroso sobre suas próprias angústias. Inclusive por razões sociais – não dá pra você sair por aí falando de tudo que você tem medo. [...] A hipocrisia é parte da base da moral pública”.
Todos nos encaixamos nesses adjetivos. Ninguém
escapa, segundo Pondé. Parece que para ele, não há verdadeira abnegação,
desprendimento e altruísmo, todos esses atos vêm acompanhados de um certo
interesse que nos traga alguma vantagem, e venha suprir a nossa miséria. Creio
que ele está correto em suas ponderações. Até o mais devoto religioso, é
“abnegado”, “amoroso” e “dedicado”, porque espera a recompensa lá na frente.
Como me deu uma certa preguiça de transcrever
certas falas dele nesse programa, copiei e colei um trecho do que ele disse a
revista “Veja” no mesmo ano em que essa entrevista foi exibida (2011), visto
que representa muito bem o que foi dito nela:
“Opero no debate público assumindo os riscos do niilismo, e sou muitas vezes acusado de niilista. [...] Sou basicamente pessimista, cético, descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.”
“Opero no debate público assumindo os riscos do niilismo, e sou muitas vezes acusado de niilista. [...] Sou basicamente pessimista, cético, descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.”
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