O SBT cansou de passar esse filme na década de 1990. A princípio eu não tinha interesse algum em vê-lo. Mas quando resolvi assisti-lo, putz, que filmaço. Um filme forte, real e triste. O racismo e discriminação ainda é muitíssimo forte em várias cidades e regiões dos EUA. É declaradamente aberto. Ressentimentos de negros com brancos, ressentimentos de brancos com negros. A raiva de ambos os lados só faz perpetuar a violência entre eles. É uma sociedade doente. Só está vivenciando os efeitos colaterais da escravidão e segregação dos negros.
Pelo menos o filme mostra a história de um neonazista que se curou do racismo - porém, a um preço muito alto e doloroso.
Nota 1000.
Brancos e negros vivem uma tensão racial intensa numa universidade norte-americana - o conflito assume ares (quase) extremos, quando os brancos resolvem fazer uma festa com temática racista (com a ajuda de uma negra). A complexidade da relação entre negros e brancos é muito bem trabalhada.
Quatro negros escravos conseguem fugir de uma fazenda no sul dos EUA, e partem em direção a liberdade, no Canadá. Terão que percorrer milhares de quilômetros de território escravista, com a ajuda de abolicionistas cristãos, sendo cassados por capatazes, que foram muito bem pagos para trazê-los de volta ao seu "dono". Contrariamente a maioria dos cristãos da época, que eram escravagistas, esse filme apresenta cristãos comprometidos com a dignidade humana de todos, que não mediram esforços em prol da libertação dos escravos. Maravilhoso filme.
Chato, poético, místico, estranho, apático. Filhas da Poeira nos leva a um grupo de afro-americanos, no início do século XX, 1902, vivendo em uma ilha isolada, na Carolina do Sul. Estão prontos para migrarem para o norte em busca de novos sonhos e conquistas. Vários diálogos, intrigas, lembranças dos tempos da escravidão, dão tônica deste filme. O governo americano o considera um dos filmes mais relevantes já feito.
Estado da Geórgia. Ano 1944. Uma negra, Lena Baker, em legítima defesa, mata um homem branco, que a mantinha em cárcere privado por três longos anos. Se não o matasse, ele a mataria. Mas numa sociedade que tinha ódio de negros, ela foi julgada e condenada a cadeira elétrica. Um julgamento fajuto de 4 horas, que culminou poucos meses depois numa execução de eternos 6 minutos sendo eletrocutada. Imagine o sofrimento que ela passou nessa maldita cadeira. História lamentavelmente triste. O mal e a injustiça venceram sob a capa do racismo.
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