A cada dia se avoluma o número de pessoas,
sendo cristãs ou não, que são vítimas de violações dos seus direitos
inalienáveis de consciência, religião e também irreligião. Os ataques as
pessoas que não querem comungar com o islamismo não param, são constantes.
A Eritreia é mais país africano e de
maioria muçulmana, em que os cristãos sofrem estúpidas perseguições. Divulgar a
fé cristã ou qualquer outra cosmovisão religiosa que não seja o islamismo, é
bastante temerário e perigoso.
De acordo com a Lista Mundial da
Perseguição 2021:
“Cristãos de denominações não tradicionais
enfrentam perseguição mais dura na Eritreia, tanto do governo como da Igreja
Ortodoxa Eritreia, que é a única denominação cristã reconhecida pelo governo e
rigidamente controlada pelas autoridades.
As forças de segurança do governo monitoram
ligações, examinam atividades e conduzem incontáveis ataques que visam
cristãos, apreendem materiais cristãos e desfazem igrejas domésticas. Os
cristãos podem ser presos e encarcerados sem julgamento. Muitos cristãos são
mantidos em prisões desumanas por causa da fé, e os familiares ficam sem saber
onde estão ou se ainda estão vivos.
Havia esperança de que um acordo de paz com a Etiópia melhoraria a observação dos direitos humanos na Eritreia, mas há poucos indícios disso – e os distúrbios na fronteira entre os dois países no outono de 2020 ameaçam a estabilidade. A violência continua a piorar na Eritreia.” P. 20.
No presente documentário, Helen
Berhane vem provar a implacável intolerância perpetrada pelas autoridades da
Eritréia para com os seus cidadãos cristãos.
“Helen, de Eritréia, é cantora. Ela foi
capturada na sua terra natal, foi interrogada muitas vezes e, finalmente,
torturada, e ficou presa por anos. A razão: Helen cantava para as pessoas nas
ruas e contava sobre sua esperança em Jesus Cristo.
De acordo com a organização
interdenominacional Portas Abertas, a Eritréia faz parte dos 10 países em que
os cristãos são mais reprimidos e perseguidos.
Há mais de 20 anos, o país leste africano
comemorava sua independência do vizinho Etiópia. Desde então, os direitos dos
eritreus têm sido cada vez mais limitados: eles não podem praticar sua fé, nem
visitar a igreja que desejam. Apesar de muitos cristãos orarem pelo país e se
preocuparem com os outros, as autoridades têm medo deles e os vigiam o tempo
todo.
Helen também queria encorajar seus
vizinhos. Ela nunca pensou que o seu amor por eles lhe traria perseguição.”
Ela passou quase três anos presa (num
contêiner), sendo duramente torturada. Muitas vezes espancada, ao ponto do seu
corpo começar a tremer sem parar. Mas ela não cedeu. Foi mandada para morrer no
hospital, mas surpreendentemente sobreviveu. O seu relato é chocante:
“Quando nós, os presos, chegamos ali [na
prisão], eu vi 23 contêineres marítimos. Esse contêiner estava tão sujo. Imediatamente,
nós todos começamos a nos coçar. Nós perguntamos: ‘Onde está o banheiro?’ Disseram:
‘Aqui não tem banheiro.’ Vieram com uma lata para que pudéssemos usar como
banheiro. Nós pedimos luz, pois estava totalmente escuro. Falaram: ‘Não tem luz’.
Então, quando anoiteceu, ficou extremamente frio. Realmente, muito frio. Durante
o dia era muito quente. Você não podia se apoiar em lugar nenhum. Todos ficavam
no meio. Uma menina começou a ter um colapso no chão. Ver aqueles jovens
daquela forma era simplesmente horrível. Eles me perguntaram: ‘Helen, o que
devemos fazer?’ Mas eu estava tão chocada quanto eles, pois eu nunca tinha
vivenciado algo assim.”
Ela escreveu um livro, onde conta detalhadamente a sua história, lançado no Brasil, com o título de Canção da Liberdade, pela Editora Vida.
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