sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Marx na Íntegra


Gostei da exposição do pensamento marxista feita pelo Antônio Carlos Mazzeo (Doutor em História Econômica pela USP, Professor de Ciências Sociais na UNESP). Ele tenta clarificar e explicar os conceitos e ideias de Marx, tais como Mais Valia, Trabalho, Capitalismo, Socialismo, Comunismo, Educação e etc.

Marx foi sem dúvida um dos pensadores mais estudados e analisados no século XX, e parece que continuará assim no presente século. Falar desse pensador suscita paixões das mais diversas - negativas e positivas. Geralmente, qualquer postagem sobre o seu pensamento nas redes sociais, é garantia de xingamentos, palavrões e brigas. É difícil alguém se conter. Uns, o defendendo com unhas e dentes, e outros querendo ver o capeta a ver o Marx.

Não obstante, remetendo-me ao que o Mazzeo expõe, ele diz logo no início que para o Marx:

“Todas as ‘verdades’ [...], elas são históricas. Valem pro momento. Elas não valem nem pro passado e nem pro futuro. Você explica a realidade, a partir dela mesma”.

A falácia lógica é patente aí. Pois ele pensava que essa ideia é válida em qualquer circunstância. É aquela velha argumentação filosófica que eu e os meus amigos estamos cansados de usar: Se todas as verdades são contingenciais, essa declaração do Marx, também o é. Logo, ela não tem mais valor epistemológico que qualquer outra declaração que diga o contrário.

E tem mais: ele pretendeu interpretar os intricados processos históricos, econômicos e sociais através de uma teoria que pretende ser válida para o passado, presente e futuro. Criou uma narrativa de caráter universal. Para a infelicidade dele, os pós-modernos vão decretar a queda, o desaparecimento, o esmorecer das grandes narrativas. Nisso está incluído o marxismo, o freudismo e outros sistemas de pensamento. É a “condição pós-moderna” preconizada pelo Lyotard.

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