Gostei da exposição do pensamento marxista feita pelo Antônio Carlos Mazzeo (Doutor em História Econômica pela USP, Professor de Ciências Sociais na UNESP). Ele tenta clarificar e explicar os conceitos e ideias de Marx, tais como Mais Valia, Trabalho, Capitalismo, Socialismo, Comunismo, Educação e etc.
Marx foi sem dúvida um dos pensadores mais estudados e analisados no século XX, e parece que continuará assim no presente século. Falar desse pensador suscita paixões das mais diversas - negativas e positivas. Geralmente, qualquer postagem sobre o seu pensamento nas redes sociais, é garantia de xingamentos, palavrões e brigas. É difícil alguém se conter. Uns, o defendendo com unhas e dentes, e outros querendo ver o capeta a ver o Marx.
Não obstante, remetendo-me ao que o Mazzeo expõe, ele diz logo no início que para o Marx:
“Todas as ‘verdades’ [...], elas são históricas. Valem pro momento. Elas não valem nem pro passado e nem pro futuro. Você explica a realidade, a partir dela mesma”.
A falácia lógica é patente aí. Pois ele pensava que essa ideia é válida em qualquer circunstância. É aquela velha argumentação filosófica que eu e os meus amigos estamos cansados de usar: Se todas as verdades são contingenciais, essa declaração do Marx, também o é. Logo, ela não tem mais valor epistemológico que qualquer outra declaração que diga o contrário.
E tem mais: ele pretendeu interpretar os intricados processos históricos, econômicos e sociais através de uma teoria que pretende ser válida para o passado, presente e futuro. Criou uma narrativa de caráter universal. Para a infelicidade dele, os pós-modernos vão decretar a queda, o desaparecimento, o esmorecer das grandes narrativas. Nisso está incluído o marxismo, o freudismo e outros sistemas de pensamento. É a “condição pós-moderna” preconizada pelo Lyotard.
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