quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Fé na Era do Ceticismo


KELLER, Timothy. A Fé na Era do Ceticismo. São Paulo: Vida Nova, 2015.

Página após página a pujança e habilidade argumentativa do Keller me constrangia. Fiquei impressionado com a destreza dele a cada parágrafo e capítulos lidos. Nos primeiros capítulos (exceto o capítulo 5), tenho que admitir que fiquei simplesmente ESTUPEFATO com a maneira de como ele disserta sobre a fé. Ele destroça o ceticismo ateu, e mostra a razoabilidade do cristianismo, enquanto sistema de crença que pode nos dá uma nova cosmovisão.

Claro que nem tudo no livro me deixou impressionado. Nos capítulos finais minha empolgação e admiração diminuíram. Achei as palavras dele romantizadas demais. Algo que não é novidade nos livros cristãos. Às vezes penso que o cristianismo é a espécie de religião que criou a doença e depois inventou a cura para depois pousar de herói. 

Mas o livro é bom mesmo. Sem igual. O autor está de parabéns. Sua abordagem inteligente faz qualquer um ficar no canto da parede, que nem um camundongo diante de um gato furioso prestes a atacá-lo.
Aqui vão alguns trechos que julguei interessantes:

“Todas as dúvidas, por mais céticas e cínicas que pareçam, são, na verdade, um conjunto de crenças alternativas. Não é possível duvidar da crença A, a não ser a partir de uma postura de fé na crença B”. P. 21.

Só podemos ser incrédulos (ateus, por exemplo) em relação ao teísmo se tivermos uma postura de fé no ateísmo. Visto que não podemos provar a asserção de que Deus não existe. A questão é qual crença é a mais razoável: teísmo ou ateísmo.

Algumas páginas à frente, Keller escreve:

“A Rússia soviética, a China comunista, o Kmer Vermelho e (de uma forma diversa) a Alemanha nazista se dispuseram a controlar rigidamente a prática religiosa na tentativa de impedir que ela dividisse a sociedade ou minasse o poder do Estado. Resultado, porém, não foi mais paz e harmonia e, sim, mais opressão”. P. 31.

Em complemento, ele cita o Alister McGrath, Teólogo, Historiador e Cientista, que diz:

“O século 20 deu ensejo a um dos maiores e mais incômodos paradoxos da história humana: os maiores atos de intolerância e violência desse século foram praticados pelos que acreditavam que a religião gerava intolerância e violência”. P. 31.

Os ateus e antirreligiosos não têm o que dizer; aí tentam desmerecer sem argumentos esse tipo de declaração. Mas a grande ironia permanece: Estados ateus foram totalitários e assassinos.

Keller em sua defesa do teísmo não deixa de mencionar e refutar o badalado relativismo pós-moderno tão em voga nos meios universitários. Para reforçar seu argumento, ele faz uso do renomado Sociólogo Peter Berger, que está entre os acadêmicos sóbrios e inteligentes que não aderem a barca furada que é o relativismo. Berger diz que: "A relatividade relativiza a si própria". P. 36. E num é não?! 
Keller acerta quando dispara:

"O condicionamento social da crença é um fato, mas ele não pode ser usado como argumento de que toda verdade é completamente relativa, sob pena de o argumento refutar a si mesmo". P. 36.

E destruindo uma das falsas teses de Foucault, talvez o maior guru dessa geração de universitários imaturos, Keller escreve:

“Inspirados em Foucault [quase deus dos cursos de humanas], muitos afirmam que todas as alegações de verdade são exercícios de poder. Quando afirma ser dono da verdade, você está tentando exercer poder e controle sobre terceiros. [...] No entanto, o argumento de que toda a verdade é um exercício de poder padece do mesmo problema presente no argumento de que toda a verdade é culturalmente condicionada. [...] Se você afirmar que toda alegação de posse da verdade é um exercício de poder, então sua afirmação também é um exercício de poder. Foucault impunha a terceiros a verdade de sua própria análise mesmo negando a própria verdade como categoria”. P. 63, 64.

Harvey Siegel, Filósofo da Universidade de Harvard, faz coro com o Keller e o Berger:

"[...] o relativismo não pode se autoproclamar ou mesmo se autorreconhecer sem derrotar a si mesmo". P. 152. 

Há quase cinco anos tenho constatado vez após vez, que um exército de acadêmicos inteligentemente não sucumbiram à falácia mais falaciosa (se é que posso dizer assim) dos últimos 50 anos.

Trabalhando o problemático problema do mal:

“Se você tem certeza de que este mundo natural é injusto e tomado pelo mal, está admitindo a realidade de algum padrão extranatural (ou sobrenatural) a partir do qual elabora o seu juízo”. P. 53.

Mas aquilo que chamamos (e sentimos, obviamente) de “dor e sofrimento físico” não poderia ser o critério pelo qual classificamos e achamos o nosso mundo “injusto e mal”, não? Por exemplo, se virmos uma criança sendo torturada, nos compadecemos, porque sabemos que isso é doloroso tanto física como psicologicamente, e, portanto, adjetivamos tal ato como sendo “errado e cruel”. 

Nesse caso, talvez não fosse mera subjetividade, não invocar a figura divina, mas um dado compartilhado por todos (ou quase todos) – o de que ter a sua integridade física ferida é simplesmente algo ruim.

Os animais até onde sabemos não têm uma consciência tão sofisticada como a nossa e nem ficam discutindo as “questões últimas e primordiais” que tanto debatemos e, mesmo assim, SABEM (mesmo que instintivamente) que serem maltratados e torturados é algo não desejável. Não estão “admitindo a realidade de algum padrão extranatural (ou sobrenatural) a partir do qual elabora[m] o seu juízo”. Não precisam apelar para nada fora além deles mesmos.

Isso são apenas divagações supérfluas de minha parte, visto que compactuo do pensamento do autor nesse ponto, baseado numa série de argumentos complementares, que dão uma boa sustentação teórica ao enunciado citado. Queria poder elaborar melhor a questão, mas falta-me agudeza filosófica. 

Numa simplicidade sem igual, o Keller põe abaixo as declarações triunfalistas dos materialistas mais empolgados.

“Não há modelo experimental para verificar a declaração ‘é impossível existir uma causa sobrenatural para algum fenômeno natural’. Assim trata-se de uma pressuposição filosófica e não de uma descoberta científica. [...] Para ter certeza de que milagres não acontecem, você precisaria estar absolutamente convencido de que Deus não existe, e isso é um elemento de fé”. P. 115.

O Biólogo da Universidade de Oxford, Richard Dawkins, é outra mulher de malandro que adora apanhar. Dessa vez, Terry Eagleton, Professor de Teoria Cultural na Universidade Nacional da Irlanda e Professor Visitante da Universidade de Notre Dame, dá-lhe uma coronhada certeira. 

“Dawkins considera toda fé como fé cega e acha que as crianças cristãs e muçulmanas são criadas para crer sem questionar. Nem mesmo os clérigos idiotas que me maltratavam no primeiro grau pensavam assim. Para o Cristianismo, a razão, a argumentação e a dúvida honesta sempre tiveram importante papel na fé. [...] A razão, é claro, não é onipresente para os que creem, mas também não é para os tipos não religiosos mais sensíveis e civilizados. Até Richard Dawkins vive mais segundo a fé do que segundo a razão. Nutrimos várias crenças que não podem ser racionalmente justificadas, mas, ainda assim, elas nos parecem razoáveis”. P. 152.

E encerrando:

“Tudo o que conhecemos neste mundo é ‘contingente’, tem uma causa fora de si mesmo. Assim, o universo, que não passa de uma enorme montanha de tais entidades contingentes, teria de ser dependente de alguma causa fora de si mesmo”. P. 161.

Mais simples (e não simplista) do que isso, impossível.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Tupac: Ressurrection


Considerado o maior Rapper de todos os tempos, esse vídeo de quase duas horas conta a história conturbada, polêmica e cheia de aventuras de Tupac Shakur. Nessa obra o que surpreende é que o próprio Rapper "narra" toda a sua história, inclusive a sua morte. E Muita criatividade dos produtores. Queria saber qual foi o tipo de tecnologia usada. 

Não sou fã de Rap/Hip-Hop e mal conheço as músicas dele, mas sabia através da “extinta” MTV da importância do Shakur no cenário da música norte-americana. O cara é uma espécie de deus do Rap por lá. Uma lenda! Um mito!

Esse vídeo reúne muitos elementos que me interessam sobre a constituição e formação da sociedade negra nos EUA. Uma nação marcada pela segregação, racismo, preconceito e etc. Uma verdadeira guerra diária muitos negros tem de enfrentar todos os dias para sobreviver nas periferias das grandes cidades estadunidenses.

Muitos acabam caindo nas garras do tráfico, drogas, assaltos, roubos, assassinatos e tudo o que não presta. O documentário não se furta a isso. Uma complexidade de fatores contribuiu e ainda contribuem para essa situação. Nessa perspectiva, a própria sociedade branca racista norte-americana produziu essa nefasta realidade.

Link do vídeo:

http://megafilmeshd.net/tupac-resurrection/

A Evolução do Criacionismo


Uma inteligente exposição feita pelo Marcus Valério, Mestre em Filosofia pela UNB, sobre a história do Criacionismo, enquanto sistema de pensamento teológico que se pretende científico para destronar a Teoria da Evolução do seu lugar de primazia na comunidade científica e principalmente nas escolas. Ele divide essa história em quatro períodos básicos:

1 – Período: Nas primeiras décadas do século XX, a estratégia criacionista foi simplesmente proibir o ensino da Evolução nas escolas. 

2 – Período: Surge o Criacionismo “Científico” em meados da década de 1960, que tenta refutar a Evolução usando a ciência.

3 – Período: Surge o Criacionismo Filosófico que questiona o status epistemológico do Darwinismo.

4 – Período: É o que vivemos atualmente, com os adeptos do Design Inteligente, grupo que nasce no início da década de 1990, e que perdura até hoje. 

Para o palestrante, o Criacionismo não foi e não é ciência de modo algum. E apesar de admitir uma certa sofisticação epistemológica no Design Inteligente, este carece das mesmas falhas do Criacionismo das décadas anteriores. 

Realmente muitas de suas criticas são válidas e merecem ponderação da parte de quem adota a posição divergente da Academia. Mas ele só conta metade da história. Muitas questões poderiam ser colocadas que minimizam o impacto do que ele disse. De qualquer forma, sou fã desse cara, desde o início de 2006 eu leio os textos dele, que são maravilhosamente bem escritos e bem articulados. É um verdadeiro Filósofo. 

As Mutações do Criacionismo


Basicamente nessa palestra, Marcus Valério, Mestre e Bacharel em Filosofia pela Universidade de Brasília, nos apresenta o que seria o 5º estágio do Criacionismo: a subjetividade da mente, com a sua capacidade de dar sentido e intencionalidade a tudo que está ao seu redor. Segundo ele, a Evolução não consegue explicar essa faceta da identidade humana. Mas acredita que a Psicologia Evolutiva seja muito promissora em explicar certos aspectos da psique humana.

Ele admite que cérebro e mente não são a mesma coisa e, que portanto, existe uma dimensão humana que talvez não seja apenas um epifenômeno da matéria. Dessa forma, os criacionistas opositores da Teoria da Evolução teriam um refúgio inexpugnável para argumentar em favor de uma suposta divindade que nos concede essa cognição que objetifica tudo ao redor, mesmo que essa tal objetificação possa ser apenas aparente. 

Lembrando que a exposição dos quatro primeiros estágios do Criacionismo ele deu na palestra A Evolução do Criacionismo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Surpreendido pelo Sentido


MCGRATH, Alister. Surpreendido pelo Sentido. São Paulo: Hagnos, 2015.

"Será que a natureza está cravejada e estampada com indícios dos seus sentidos, e a mente humana foi modelada de tal modo que eles possam ser identificados e sua relevância possa ser apreendida?" P. 23.

"Ser humano é ansiar por sentido e por respostas para os enigmas da existência." P. 66.

Mais um livro do Teólogo e Biofísico Molecular Alister McGrath, folheado de capa a capa. O McGrath trabalha nesta fascinante obra, a busca e o anseio intrínseco por SENTIDO que todos nós temos. Desde os Cientistas ao homem comum e rude, a peregrinação por algo que explique os fios soltos e (supostamente) desconexos da realidade, se faz presente.

Que estrutura de pensamento e visão de mundo, explica melhor a realidade? Através de que lentes podemos melhor analisar o mundo que nos cerca e construir “um mapa mental da realidade que nos permita nos posicionar, ajudando-nos a encontrar nosso caminho ao longo da estrada da vida?” P. 25.

McGrath admite que não podemos provar que visão de mundo amarra melhor os fatos da realidade.

"[...] coisas em que realmente vale a pena acreditar estão além de qualquer prova. Nossas crenças mais importantes são as que simplesmente não podem ser provadas." P. 34.

“Defender que algo é verdade e confiável pode ser justificado sem necessariamente ser provado. Pode haver bons motivos para eu acreditar que algo seja verdade e, ainda assim, perceber que não posso provar isso.” P. 177.

Um ateu cientificista apressado pensaria que tal declaração só poderia vim de um religioso bitolado e que em relação a Ciência esse enunciado não se aplica. Acontece que também a Ciência está incluída aí. Ela é justificável e seria um contrassenso não confiarmos nela, mas, por exemplo, a indução, método do qual a Ciência depende, não pode ser provada em hipótese alguma. O maior defensor da Teoria da Evolução darwiniana do século XIX, o Filosofo e Biólogo Thomas Huxley tem algo a dizer:  

"O único ato de fé no convertido para a ciência é a confissão da universalidade da ordem e da absoluta validade, em todos os tempos e sob todas as circunstâncias, da lei de causação. Essa confissão é um ato de fé, porque a verdade dessas proposições, pela natureza da questão, não é passível de prova." P. 64.

E refutando a ideia tão desgastada de que a Ciência e a Religião são inimigas mortais, ele dispara:

“Hoje, os historiadores da ciência consideram essa ideia [conflito entre ciência e religião] quase inaceitável, principalmente porque é muito difícil reconciliá-la com os fatos da história. [...] A ideia de que a ciência e a religião vivem em permanente estado de conflito se tornou muito popular no final do século 19, em grande parte por motivos sociológicos. Apesar de essa ideia persistir na mídia popular, perdeu apoio acadêmico como resultado do aumento do nosso conhecimento sobre as interações históricas entre ciência e religião.” P. 54-55.

Para o autor, a Religião Cristã é imprescindível na busca por Sentido. Somente a Ciência é impotente e incapaz de nos provê-lo.

“[As] questões mais profundas e mais envolventes a respeito da natureza do universo têm origem fundamentalmente em uma busca religiosa por sentido. O conceito de um universo regido por uma lei, com uma ordem que pode ser entendida e é confiável, surgiu em grande parte das crenças fundamentais sobre a natureza de Deus, expressas na noção das ‘leis da natureza’." P. 68.

McGrath argumenta acertadamente que o método científico é neutro.

"[...] o método científico, quando aplicado de forma apropriada e legítima, é neutro do ponto de vista religioso - nem uniformemente aprobatório nem uniformemente crítico das crenças religiosas. Uma vez que o método científico claramente não traz em seu bojo o ateísmo, aqueles que querem explorar as ciências como uma arma contra a religião têm de complementar sua defesa de maneiras que aumentem sua plausibilidade. Uma dessas maneiras fundamenta-se no uso da retórica agressiva, ridicularizando os que desafiam suas óbvias incorreções." P. 57.

"A ciência, em sua melhor atuação e a mais autêntica não tem credo, nem religioso nem antirreligioso." P. 64.

A sintonia fina do universo é um dos ramos bastante usado na Teologia Natural, para mostrar a ressonância do universo com a existência de um Criador. No entanto, em resposta, muitos contestam que por mais que a vida seja improvável, só podemos pensar sobre isso, exatamente por estarmos aqui. McGrath responde a isso: 

“[...] alguns argumentam que a aparente sintonia fina cósmica não é nada mais que uma casualidade interessante, um feliz acaso. As constantes fundamentais em questão precisavam ter algum valor – então por que não esses valores? Não há uma relevância e um significado ainda maiores. Para dar um exemplo: a população dos Estados Unidos da América é de pouco mais de 300 milhões de pessoas. Há apenas um presidente. A probabilidade de qualquer norte-americano se tornar presidente, por conseguinte, é de aproximadamente 1 em 300 milhões. Mas e daí? Alguém precisa ser presidente. Talvez seja muitíssimo improvável que determinado indivíduo seja o presidente, mas é uma certeza que alguém o será.

Não obstante, essa analogia presidencial é claramente inválida. As regras do jogo são que alguém precisa ser o presidente dos Estados Unidos. Mas o universo não precisou vir à existência. É tanto o fato de o universo estar aqui quanto o fato de ele ser muitíssimo improvável que exigem explicação.” P. 112-113. 

Para se livrarem das implicações favoráveis ao teísmo, que a fina sintonia do universo traz, cientistas ateus têm proposto a teoria de incontáveis universos, onde forçosamente, em algum desses universos, a vida surgiria. McGrath argumenta que não. 

“Hoje a hipótese do multiverso continua pouco mais que um exercício matemático fascinante, mas altamente especulativo. Essa hipótese, talvez de forma não sensata, foi adotada por ateístas ansiosos por solapar a potencial relevância teológica da sintonia fina do universo. Assim, parte da atração da hipótese do multiverso para os físicos ateístas, [...] está no fato de que ela parece evitar qualquer inferência de projeto ou divindade. No entanto, é possível usar em grande medida os mesmos argumentos para sustentar a existência de Deus no caso de um multiverso quanto no caso de um universo, com a hipótese do multiverso sendo consistente com o entendimento de Deus, e não o elemento intelectual destruidor desse entendimento.” P. 113-114.

Minha única crítica ao livro se deve ao fato de o McGrath ainda gastar muitas linhas refutando as alegações ingênuas e sem sentido do Dawkins. Pelas minhas contas, desde 2003, ele faz isso. Acho que o McGrath pode dialogar com outros autores em suas obras sobre Ciência, Fé e Razão.

sábado, 17 de outubro de 2015

Deep Sea 3D



Estonteantes imagens das profundezas do oceano foram filmadas para compor esse belo documentário. Camarões, tubarões, lulas gigantes, águas-vivas, polvos, corais, algas e várias espécies de pequenos e grandes peixes aparecem em toda a sua beleza e engenhosidade. Cada um desses seres são peças fundamentais para que o equilíbrio seja mantido no fundo do mar. Eles vivem numa simbiose que mantém a grandiosidade do oceano. Mas o lado ruim da coisa não poderia deixar de ser exposto. E como sempre o homem é o responsável.


“Nos últimos 50 anos, 90% dos grandes peixes foram extraídos dos oceanos. Estamos tirando mais do que os mares podem nos dar. Agora sabemos que a matança de tubarões é uma das razões para a morte dos corais. A pesca excessiva dizima uma espécie após a outra. Ecossistemas inteiros começam a enfraquecer”.

O que os governos e as grandes empresas pesqueiras pensam? Ah, foda-se o ecossistema. A natureza tem os seus milagres. Ela dará o seu jeito de se recuperar e, assim, depredaremos e enriqueceremos às  suas custas mais uma vez. Sempre foi assim.  

Link do vídeo:

http://cineemcasa.com/2015/05/assistir-fundo-do-mar-dublado-hd-online-gratis.html

Face a Face com a CRIAÇÃO


Nesse DVD temos cinco pequenas exposições sobre a complexidade da natureza explicadas pelo Físico, Adauto Lourenço. Não sou fã dele, pois já identifiquei algumas inverdades e embustes em algumas de suas palestras ministradas em 2008. No entanto, isso não é motivo para descredenciar tudo que ele falou ou venha a falar. As Universidades também estão cheias de embusteiros, aclamados como os donos do saber. 

Como peguei o DVD emprestado, e não o encontrei completo na NET, aqui estão apenas alguns trechos:

O lugar ideal:

 https://www.youtube.com/watch?v=aSx19rw5XPA

Feitos a Sua Imagem e Semelhança:

https://www.youtube.com/watch?v=FUXTO2uCsUs

A Capacidade de Caçar a Noite:

https://www.youtube.com/watch?v=tRixIQF6NpQ

A Estrutura das Asas das Aves:

https://www.youtube.com/watch?v=gIKqY4lZ1_o

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Amazônia


O que falar? Documentário sobre um macaquinho liberado na Amazônia. Os câmeras, não sei de que forma, seguem "todos" os passos e interação dele com os outros bichos da floresta. Com certeza um chip que mostrava a localização exata do animal foi colocado. Parece até que o macaco e outros bichos da floresta seguiram um roteiro pré-estabelecido pelos diretores. Bem ficcional. Os caras sabem deixar tudo bem "natural". 

Link do vídeo:

http://megafilmeshd.net/amazonia/

Cristianismo: Ópio do Povo?

GOODING, David; LENNOX, John. Cristianismo: Ópio do Povo? Porto Alegre: A Verdade, 2013.

Eis um livro fraco, apesar de concordar com muitas de suas ideias. A pergunta presente no título não é bem trabalhada do ponto de vista histórico, visto que a frase dita por Karl Max (sobre a religião de um modo geral ser “o ópio do povo” e não apenas o Cristianismo) localizada no século XIX tem todo um contexto histórico-econômico-social complexo e desafiador.

O livro não passa basicamente de uma exposição do que é o Cristianismo sob a ótica do protestantismo conservador. Nada mais que isso. Já conhecia um de seus autores, o Matemático de Oxford, John Lennox, que frequentemente participa de debates e palestras expondo brilhantemente as incongruências do materialismo filosófico e a coerência do teísmo. Num determinado trecho, os autores escrevem:

“Um dos mitos mais profundamente enraizados que moldou o pensamento das pessoas no mundo moderno é a ideia de que a ciência tornou a crença em Deus e no sobrenatural desnecessária e impossível para uma pessoa pensante. É um mito muito difundido e enganoso, que, infelizmente, tornou-se confundido com a verdadeira ciência na mente de muitas pessoas.” P. 41.

Esse mito ainda é muito difundido nos departamentos universitários, mas tenho a leve impressão de que isso está mudando. Muitos acadêmicos estão abrindo o bico e se posicionado ao lado do teísmo, da fé, sem com isso, sacrificar o intelecto. Pra falar a verdade, todos nós sacrificamos o intelecto em maior ou menor grau, em alguma área da vida.

“De passagem, nós devemos observar que a crença em Deus como Criador, longe de inibir a descoberta das leis da natureza, foi, historicamente, uma das principais motivações na busca por elas.” P. 46.

Exemplos abundam: Kepler, Galileu, Newton, Bacon, Faraday... A verdade é verdade, sendo dita uma vez ou milhares de vezes. Ou nem sendo dita. E ainda hoje é a motivação de milhares de Cientistas. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Domingo Espetacular: Cair no Espírito


Por mais que seja o sujo falando do mal lavado, a rede record prestou um grande serviço a sociedade brasileira com essa matéria de quase 40 minutos, mostrando as mugangas atribuídas a Deus que essas MERDAS de igrejas pentecostais e neo-pentecostais andam fazendo por aí.

É claro que o BANDIDO Edir Macedo teve interesses escusos em produzir esse documentário expondo os podres dessas igrejas que lhes são rivais, porém, não deixou de expor uma grande verdade sobre essas igrejas.

Até a ídola e tão idolatrada cantora gospel, Ana Paula Valadão, é exposta tendo os seus chiliques espirituais, que a bichinha jura com todas as suas forças que foi o Espírito Santo quem operou esses transes que ela vez por outra tem.

Sabe de nada, inocente.

Santos Populares



Diante de tanta baboseira religiosa, é fácil entender o porque de tanta gente ter nojo das religiões/seitas e ser ateu. O homem é um ser religioso por natureza. Acontece que essa religiosidade que lhe é inerente não é exercida com inteligência e bom senso.

É muito mais preferível uma Europa secularizada à uma sociedade tão tola e dada a todo tipo de superstição bizarra como a sociedade latino-americana. Países atrasados são bastante propícios a esse tipo de religiosidade tosca que o documentário expõe.

A maioria da população não tem estudos, não leem e não tem a assistência do Estado. O que culmina gerando uma população fraca e refém das ideias mais absurdas que se possa imaginar. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O Sétimo Selo



Lendo um texto sobre o renascimento comercial e urbano na Europa nos séculos XI-XIII, os autores mencionaram o filme “O Sétimo Selo” de 1956, produzido pelo consagrado cineasta Ingmar Bergman, uma película que retrata o nefasto período da “Peste Negra” que acometeu a Europa no século XII, matando um terço dos europeus, segundo os historiadores.

É um filme chato e parado, que exige muita paciência de quem se arrisca a assisti-lo. Porém, é um clássico do cinema que toca em questões importantes que todo ser humano se depara ao longo de seus poucos dias na terra. 

O cavaleiro que volta das Cruzadas, vê-se diante de uma Europa devastada pela peste, que dizima a tudo e a todos sem fazer distinção. Indagações e perguntas sempre veem em sua mente: “O porquê disto? Onde está Deus? Ele existe? O diabo está fazendo isto?” Não obtém resposta de nada. Nem de Deus e nem do Diabo, ou quem quer que seja lhe responde. 

Numa espécie de alegoria, ele dialoga com a personificação da morte durante todo o enredo, através de um “jogo de xadrez”. E como a mensagem do filme é clara: a morte é INEVITÁVEL – ele acaba perdendo o “jogo” no final. 

Link do filme:

http://www.filmotecaonline.com.br/2014/01/o-setimo-selo-det-sjunde-inseglet.html

A Guerra Invisível


 

Mulheres que almejam uma carreira militar nas forças armadas dos EUA correm um sério perigo de serem ESTUPRADAS quando estiverem lá dentro. O sistema judicial militar é totalmente omisso e cruel quanto às denúncias que recebem das vítimas. Estas, quando denunciam, provavelmente serão ameaçadas de morte, perderão promoções e terão todo tipo de sanções na área militar. Os militares tem uma espécie de proteção impenetrável, aonde a justiça comum não lhes atinge. 

O que esse documentário denuncia, não são casos isolados de ESTUPROS, mas milhares e milhares de casos, que nunca foram investigados ao longo de décadas. Os estupradores continuam ganhando altas patentes, sendo premiados e protegidos. Enquanto que as vítimas estão abandonadas pelo governo, e sofrem de todos os tipos de distúrbios físicos e psicológicos irreversíveis. 

Como o alto escalão militar nada faz para conter essa epidemia de estupros em seus bastidores, acredito que o único jeito, são as mulheres boicotarem as forças armadas. O problema é que a maioria que entram para o serviço militar, não sabem do que se passa lá dentro. Muitas delas só saberão, quando sofrerem na pele o que muitas veteranas já sofreram. 



O Milagre de Mandela



EXTRAORDINÁRIO documentário sobre uma das maiores figuras humanas das últimas décadas - NELSON MANDELA.

Mandela é um exemplo de obstinação, simplicidade, garra, amor, compaixão e sagacidade. Lutou brava e sobriamente contra um sistema cruel e opressor que dividia as pessoas em inferiores e superiores, simplesmente baseado na quantidade de melanina na pele. Sobre Mandela, um dos entrevistados diz:

“Ficamos impressionado com o fato de que depois de 27 anos de cárcere, ele demonstrasse inteligência emocional, inteligência moral, inteligência social e inteligência espiritual”.

Sobre o Apartheid, os vários protagonistas do vídeo falam:

“Ele não tirou apenas a dignidade dos negros, a roubou de todos nós [brancos]”.

“A humanidade dos brancos foi diminuída por sua concordância ou envolvimento direto nos ataques a humanidade dos negros”. 

“O opressor carrega o fardo e o peso da dor de quem ele oprime”.

“Quando você chega a acreditar que uma diferença de cultura, uma diferença de status é uma diferença de categoria, você é capaz de todos os tipos de atrocidades. [...] Você cria uma lógica em que define as pessoas como inferiores, como menos que um branco. [...] Você pode explorá-las, pode oprimi-las, pode matá-las, e isso não vai perturbar sua consciência”.


Construindo o Planeta Terra



Um belo e conciso resumo sobre a história do Planeta Terra, passando pelas suas constantes e catastróficas transformações, nos seus 4,5 bilhões de anos de existência. Nesses 94 minutos de vídeo, a formação passo a passo do vários elementos que compõem nosso planeta vão sendo explicadas.

Desde o surgimento da lua, da camada de ozônio, da terra, dos oceanos e lagos, através dos meteoros que bombardeavam o planeta, trazendo gotículas de água em seu interior, formando a tal sopa primordial de onde supostamente surgiram as primeiras formas de vida unicelulares que ao longo de bilhões de anos foram evoluindo até o homo sapiens (nós).

Explosão cambriana, trilobitas, invertebrados, vertebrados, peixes, ancestrais dos dinossauros, dinossauros, eras do gelo, erupções gerando catástrofes e mais catástrofes, vão configurando o nosso lar.

Gisele Omindarewa: Uma Francesa no Candomblé


Conhecer e pesquisar, mesmo que seja superficialmente, é preciso, nem que seja para criticar! Gisele Cossard Binon (Omindarewa) é uma antropóloga francesa que se tornou uma das mais conhecidas e prestigiadas mães de santo do país. O que faz uma europeia criada em berço católico e com boas condições financeiras a aderir essa religião de matriz africana? Como uma pessoa em sã consciência pode acreditar que pode incorporar um suposto ser de outro mundo chamado de “Iemanjá”, que se diz criadora das águas salgadas?! 

Na Grécia antiga, os gregos tinham um panteão de deuses, cada qual compartimentado em sua área de criação. O deus fulano era o deus dos raios, o deus sicrano era o deus do mar, e por aí vai. E tem mais, os gregos também tinham os seus transes e juravam que estavam em contato com essas divindades. Tinham provas “infalíveis” e “irrefutáveis”. De maneira similar, são as tradições religiosas africanas no Brasil. Hoje os gregos já não veem Zeus, Apolo, Poseidon e etc., como realidades espirituais, e sim, os veem como lendas e como um legado de uma rica tradição de seus antepassados.

Quando será que isso acontecerá por aqui?! 

A ilha dos Vampiros


A ilha de Lesbos, na Grécia, parece abrigar vários túmulos de pessoas que foram supersticiosamente chamadas de vampiros. Para que não pudessem aterrorizar os vivos depois de mortas, estacas eram cravadas em seus corpos nos túmulos. 

O que impressiona, é que recentemente (2004) os habitantes de uma determinada região da Romênia, exumaram um cadáver, pensando que este era um vampiro que estava tocando o terror em sua pequena cidade. Violaram o túmulo e arrancaram-lhe o coração. 

Humanos fazendo humanices.

Outro link do vídeo:

http://megafilmeshd.net/a-ilha-dos-vampiros/

História das Religiões - Africana e Afro Americanas



Documentário que revela a sobrevivência das religiões tradicionais africanas tanto no próprio continente que as originou, como no Brasil, Cuba, Porto Rico, Haiti e Nova Orleans nos EUA. Cultos e rituais de performances dramáticas que assustam os de fora. No entanto, mesmo não agradando a muitos, elas continuam a sua saga e crença no mundo da magia, fetiche e adoração da natureza nas manifestações dos orixás.


O vídeo no final também nos fala um pouco sobre as igrejas protestantes negras norte-americanas que pegaram a maior fatia da população negra que foi escravizada. Semelhantemente no Brasil a religião “mais negra”, ou seja, com o maior número de adeptos, são as igrejas pentecostais.

História das Religiões - O Ceticismo e o Relativismo Religioso


Num apanhado histórico-filosófico esse filme passeia pela história das religiões e da Filosofia, levantando as principais questões que perpassam a vida humana: a existência de deus, a moralidade, o sentido do universo, o propósito da vida. Os Filósofos foram de primordial importância para questionar e levantar perguntas pertinentes que chegaram até o atual momento sem respostas definitivas a todas essas questões. As inquietações filosóficas ecoam pelos séculos da história humana. 

Nem as religiões, nem as várias correntes filosóficas e muito menos a ciência podem responder satisfatoriamente aos questionamentos que mais nos perturbam. Talvez seja esse mistério, a graça de toda a coisa. A vida seria insípida se tudo já estivesse resolvido.

História das Religiões: As Religiões das Pequenas Sociedades


“De certo modo, não é fácil imaginar os deuses sob as luzes das ruas iluminadas pela eletricidade, gerada por energia nuclear. Nas cidades iluminadas não enxergamos as estrelas. O mistério e o poder divino são mais difíceis de encontrar no mundo moderno que iluminou a noite, viajou até a lua e curou as principais doenças”. 

Essa realidade constitui-se numa grande ironia, pois, se hoje conseguimos grandes avanços tecnológicos, científicos e médicos, não seria pelo fato de que a nossa capacidade e inteligência de descobrir, aprender, apreender e manipular a realidade material nos foi dada por algo externo a esse mundo sensível?! 

Como confiar nos sentidos, se os mesmos foram gerados por algo sem propósito, direção e significado?! Se assim fosse, nem estaríamos questionando e debatendo sobre isso há séculos. Mas até mesmo o nosso questionamento e espanto sobre tais questões acabam sendo uma evidência poderosa de que “o mistério e o poder divinos” ainda continuam presentes.

Porém, não quero dizer que almejo uma sociedade tão supersticiosa e tola como a nossa, que acredita em tantas bobagens, sem reflexão nenhuma. Apenas porque nasceram na religiosidade dos pais, ou, porque se sentem bem por frequentarem um templo religioso, entoando canções e orações para tentar agradar ou manipular o seu suposto deus. 

Uma sociedade secularizada que não negue o aspecto transcendental, me parece ser o melhor caminho. E sem querer me eximir, admito minhas tolices também. 

Esse é mais um documentário muito bom da série História das Religiões.

Religiões Ridículas



Com muito sarcasmo, ironia e piadas, o famoso apresentador norte-americano ateu e anti-religioso, Bill Maher, viaja pelo mundo entrevistando líderes religiosos, para tentar ridicularizá-los. Atacando e argumentando contra as grandes religiões monoteístas e seitas, ele parece atingir o seu alvo. 

Muitas de suas criticas são válidas e certeiras. Inclusive a sua acidez humorística. Sempre defendi que toda e qualquer religião, escrituras sagradas ou crenças, devem ser questionadas e postas a prova. Nada de colocar a fé religiosa acima das demais facetas que compõem a existência humana. 

No entanto, ele comete inúmeras falácias e desonestidades que solapam a credibilidade de seu documentário. A edição foi muito bem feita. E assim, você pode conseguir praticamente o que quiser. Ironicamente, muitas das atitudes do Maher é que acabaram sendo ridículas. Só os ateus inveterados não conseguirão ver as falhas metodológicas do vídeo. Mas o Maher pouco se importa com isso. Ele quer é fazer chacota com os líderes religiosos, e realmente consegue fazer muito bem. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O Mundo Segundo os Brasileiros: Nova Deli (Índia)



“Na Índia é crime saber o sexo da criança. Se você vai fazer uma ultrassonografia, o médico [está] proibido de falar que essa criança é menino ou menina. Se sabe que é do sexo feminino, eles matam a menina ainda na gestação. As mulheres que sobrevivem, que [...] acabam se casando, depois sofrem muito, até na casa do marido são assassinadas se os pais dela não pagarem o que o marido quer”.

O que os multiculturalistas e as feministas têm a dizer sobre isso? É apenas um aspecto cultural de um povo que deve ser respeitado e não ser alvo de criticas de quem não está inserido no contexto indiano? Duvido haver um pingo de coerência na resposta deles. 

O Mundo Segundo os Brasileiros: Texas (EUA)



No Texas, Estado sulista, o brasileiro Daniel, morador da cidade de Dallas, reconhece:

“Tem muitas pessoas negras aqui. E na cultura americana os negros e os brancos são bem diferentes. Existe um racismo bem grande aqui. Não é igual ao Brasil”.

Já aqui no Brasil, o racismo é bem camuflado.