sábado, 26 de agosto de 2017

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia


PONDÉ, Luiz Felipe. Guia Politicamente Incorreto da Filosofia. São Paulo: Leya, 2012. (Versão em PDF).

“Somos basicamente covardes porque a vida é basicamente infeliz.” P. 84.

Assim como acontece nos seus outros livros, Pondé (Ph.D em Filosofia na USP) resmunga, remunga e resmunga neste. Seus resmungos são muitas vezes certeiros. Ele não trata da história da Filosofia; não traz abstrações filosóficas nonsenses nas páginas de seu livro, nem Filósofos obscuros com ideias malucas. Sua raiva é disparada contra a “praga do politicamente correto”. Peste que infectou a sociedade, a mídia, as Universidades (principalmente os departamentos de Humanas), o inferno, o purgatório, a Teologia - com discursos de justiça social, de que o ser humano é bom, de que não existe natureza humana, ideologia de gênero, de desconstrução da família tradicional... Não obstante, o que seria o politicamente correto (PC)?

“O politicamente correto, assim, nesse momento, se caracterizará por ser um movimento que busca moldar comportamentos,  hábitos, gestos e linguagem para gerar a inclusão social desses grupos e, por tabela, combater comportamentos, hábitos, gestos e linguagem que indiquem uma recusa dessa inclusão.” P. 13.

A democracia, segundo ele, é o menos problemático de todos os sistemas políticos, porém, o povo – ah, o povo... A maior parte da humanidade é medíocre e covarde, e o PC tem ajudado a legitimar isso, colocando uma capa de que somos naturalmente bons, igualmente inteligentes, virtuosos, mas que infelizmente, fomos corrompidos. Mas corrompidos por quem? Pelo capitalismo, é claro – é nele que incide a maior parte do ressentimento dos canalhas politicamente corretos, que gostam de passar a imagem de bons moços, que amam toda a humanidade, e querem a todo custo a “justiça social”.  No entanto, para Pondé, a sociedade, seja ela qual for, é totalitária. Queremos apenas o nosso conforto. Inclusive a cambada PC. 

“O povo é sempre opressor. Quando aparece politicamente, é para quebrar coisas. O povo adere fácil e descaradamente (como aderiu nos séculos 19 e 20) a toda forma de totalitarismo. Se der comida, casa e hospital, o povo faz qualquer coisa que você pedir. Confiar no povo como regulador da democracia é confiar nos bons modos de um leão à mesa. Só mentirosos e ignorantes têm orgasmos políticos com o ‘povo’.” P. 22.

Eis dos defeitos fundamentais da democracia:

“Outra característica problemática da democracia é sua vocação tagarela, como dizia o conde de Tocqueville. Nela, as pessoas são estimuladas a ter opinião sobre tudo, e a afirmação de que todos os homens são iguais (quando a igualdade deve ser apenas perante um tribunal) leva as pessoas mais idiotas a assumir que são capazes de opinar sobre tudo. E, como dizia nosso conde, Descartes (filósofo francês do século 17) nunca imaginou que alguém levasse tão a serio sua ideia de que o bom senso foi dado a todos os homens em ‘quantidades’ iguais – o que evidentemente é uma mentira empírica. [...] Uma coisa que nosso conde percebeu é que o homem da democracia, quando quer saber algo, pergunta para a pessoa do seu lado, e o que a maioria disser, ele assume como verdade. Daí que, no lugar do conhecimento, a democracia criou a opinião pública.” P. 23.

É pecado capital em alguns círculos expor as falhas morais da África, para os PCs parece que aquele continente é o paraíso de pessoas boas. Pondé reitera que ser gay, negro, mulher, ou seja, a minoria “defendida” pelos PCs, não garante bom caráter. Quanto à África:

“Vejamos o problema da África. Um antídoto excelente é ler V. S. Naipaul. A África que brota dos relatos de suas viagens é a infeliz condição neolítica do continente, mesmo antes da devastação realizada pela colonização europeia. Massacres, escravidão (os africanos já escravizavam seus “irmãos” antes dos brancos e mais tarde os venderam aos árabes, que os venderam aos brancos), queimar e mutilar pessoas vivas, bruxaria como “ferramenta oficial e de negócios” da vida (na Nigéria, segundo o que ele relata, um homem pode perder o patrimônio se for acusado de fazer um “trabalho” contra alguém que tenha poder suficiente para “provar” a queixa). Em Uganda, sacrifícios de crianças são quase tão comuns quanto a fome, sempre foi. No Gabão, vive-se no Neolítico. Enfim, todo mundo sabe disso, mas a mentira politicamente correta nega.” P. 28-29.

O PC adora olhar para as sociedades indígenas, como exemplos de amor e conexão com a natureza. Os índios são ovacionados por viverem em harmonia com o mundo natural, enquanto que o mundo regido pelo capitalismo é predatório, destruidor – está prestes a acabar com todos os recursos naturais. Pondé questiona quantos dos que reclamam de nosso mundinho consumista estariam dispostos a viverem em sociedades neolíticas. Nenhum! Ele ainda dispara:

“Daí que o justo medo da modernidade e do mundo do dinheiro pode fazer de você um retardado, como todo medo faz: corremos o risco de ficar em pânico e infantilizados. Mas o que caracteriza o retardamento mental abençoado pelo politicamente correto é crer que voltarmos ao Neolítico nos salvaria das contradições do desenvolvimento da técnica, fruto de nossos próprios esforços para superar nossos sofrimentos. Para a praga PC, dizer que índios são populações próximas ao Neolítico é um pecado capital, ainda que a maioria desses crentes apenas finja amor por eles.” P. 32.  

Sobre a tão em voga teoria de gênero, uma das principais bandeiras do PC,  Pondé tem a nos dizer:

“A teoria de gênero afirma que nossa sexualidade é socialmente construída. Nada há nela de biológica. Assim sendo, as sociedades constroem os gêneros (leia-se, os sexos) na dependência do poder das classes sociais ou dos grupos malvados da vez. Claro, ao final, quem paga o pato é sempre o homem heterossexual. [...] Para esses fanáticos, homens e mulheres não existem da mesma forma que cães e gatos, mas são projetos ideológicos. Todas as diferenças de temperamento, comportamento, expectativas e mesmo biológicas são fruto do patriarcalismo. [...] Claro que a sociedade impacta a sexualidade e seus modos de ação, mas dizer que não há nada no homem e na mulher (ou na maioria esmagadora deles) que tenha a ver com sua herança biológica é como negar a lei da gravidade dizendo que os corpos caem apenas porque a ideologia opressora persegue os corpos de menor massa.” P. 36, 39.

Segundo o Filósofo da USP, a maioria das feministas são feias. Daí o seu ressentimento e ódio das bonitas. 

“[...] com o tempo passei a suspeitar de que, sim, há uma pitada de mau-caratismo no feminismo e provavelmente porque suas líderes são, em grande maioria, feias e mal-amadas e por isso querem um mundo feio e infeliz para se sentir mais em casa.” P. 42.

O fato é que a maioria das feministas são feias de doer. E sim, muitas se doem por não terem a beleza das patricinhas, filhinhas de papai e de mamãe. Essa incapacidade natural torna-se em inveja, sob o manto de ideias delirantes. 

Os Professores (de Humanas) também não escapam das críticas desferidas. A maioria é um bando de vagabundos, que não gostam da labuta intelectual que a sua profissão exige.

“Na maioria dos casos, professores de universidade (ou não) são pessoas que, além de não gostar dos alunos, têm uma inteligência mediana e foram, quando jovens, alunos medíocres, que fizeram ciências humanas porque sempre foi fácil entrar na faculdade em cursos de ciências humanas. [...] Professores normalmente não gostam de ler ou de estudar, mas dizem que esse pecado é apenas dos alunos. Há um enorme sofrimento na maioria dos professores porque têm de fingir o tempo todo que acreditam na importância do que fazem.” P. 46.

O PC nunca desfere criticas contra a religião islâmica, segundo Pondé, isso revela o mau-caratismo de seus aderentes.

“Mas o ponto aqui é que aqueles mesmos que criticam a proibição do aborto no Brasil, por exemplo, por ser coisa de “católico”, não criticariam abertamente a Tunísia ou o Egito por assumirem o Corão como limite de toda lei e de ter um partido islâmico no poder. E por quê? Porque é politicamente incorreto criticar o islamismo. Por isso digo que ser politicamente correto fere a inteligência ou revela mau caráter. Não conheço ninguém que adote o politicamente correto e não seja mau-caráter, fora aqueles que têm idade mental de 10 anos.” P. 59.

O mal humorado Pondé tem mais a dizer.

Sobre a nossa vida sexual:

“Sade hoje defenderia a falta de saúde, a alimentação não balanceada, a poluição e o sexo “envergonhado”, porque sexo livre virou uma das bandeiras da hipocrisia social: todo mundo se diz resolvido sexualmente e acha que todo mundo legal transa até os 100 anos de idade quando na verdade quase todo mundo é infeliz sexualmente, como sempre foi a humanidade.” P. 69.

Nossa real condição:

“Sim, quando você, caro leitor, se vê diante do espelho, vê facilmente o rosto da inveja, do orgulho e da mentira com seu nome próprio.” P. 69.

A Teologia da Libertação:

“Diferentemente dos profetas hebreus antigos, que nunca disseram que o povo era santo, esses teólogos da libertação resvalaram para um discurso no qual se vê claramente a herança de Rousseau, segundo a qual todo problema é político e, portanto, opressão dos ricos sobre os pobres. [...] Ninguém precisa de Nietzsche para matar Deus, basta chamar um teólogo da libertação.” P. 73, 74.

O “medicamento” para a “injustiça social”:

“[...] o melhor remédio para “injustiça social” é riqueza e abundância, e não pregadores fanáticos pela justiça social. E, para termos riqueza e abundância, precisamos deixar as pessoas produzirem o que elas têm de melhor, a saber, a realização de seus dons sem o peso de uma abstrata e irreal “igualdade” entre as capacidades humanas.” P. 80.

Não amamos tanto assim:

“Nada mais chato do que o medo de não agradar. Não querer agradar é uma das maiores formas de libertação num mundo em que somos obrigados a amar tudo a nossa volta. Ninguém é capaz de tanto amor; amamos, quando muito, nossos familiares (e olhe lá) e umas duas ou três pessoas a mais.” P. 96.

O livro é bom. Texto pequenos, fáceis de ler. Acho que em alguns aspectos eu sou politicamente correto. Quem não é? 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Documentários Vistos (19)


Depois de tantos documentários vistos sobre a Coreia do Norte, esse procura dar voz aos representantes do governo norte-coreano, para que eles respondam as acusações que geralmente são feitas ao regime socialista vigente naquele país. As acusações são as mais diversas, como a violação de direitos humanos, fuzilamento de pessoas que não concordam com o regime, falta de liberdade de expressão, encenação dos habitantes para falar bem do regime, restrição de liberdade religiosa, escassez de comida e etc. 

Curiosamente, o maior apologista do regime comunista lá, é um espanhol, que há cerca de mais de 20 anos, vem somando esforços, para que a comunidade mundial, veja a Coreia do Norte, de maneira mais positiva. É um espanhol que foi aceito pelo regime, e que tem trabalhado arduamente para convencer as outras nações, de que a Coreia do Norte é um paraíso. Ele mostra-se bastante indignado com as mentiras que são ditas sobre o país. Ele é eloquente, articulado, um apaixonado pelo socialismo. Mas é um dissimulado, que deve ganhar uma fortuna do governo, para fazer o que faz. Nem ele e nem os outros convencem! Só tornam mais claro o quanto o regime coreano é totalitário, castrador e um estorvo para os seus 23 milhões de habitantes. 

É um documentário riquíssimo. 


De 1985 a 1989 a Romênia, país do bloco comunista, sofreu uma verdadeira invasão no mercado negro, de filmes estrangeiros. Esses filmes causaram o maior frisson na população, que não tinha acesso ao mundo exterior, por causa do cerceamento de liberdade, que é típico dos países comunistas. A população que já sabia que o seu governo era uma bosta, ficou mais convencida disso, na medida em que assistia os filmes dos países "imperialistas". Acho que o defeito do documentário é simplificar demais a complexidade histórica da Romênia (isso vale para qualquer país), dando a entender que tais filmes foram mola propulsora para que o país saísse do atoleiro do socialismo. Vários fatores foram responsáveis, e não apenas a exibição de películas exibindo o American Way of life. Apesar dessa pequena ressalva, o documentário é muitíssimo bom. É bastante curioso. Uma coisa fica muito clara: a vida nos países do leste europeu era uma merda. Não que a vida no sistema capitalista seja o paraíso. Mas é menos pior. 


Pode soar como teoria da conspiração, ou outras coisas malucas, que só quem é biruta da cabeça, daria crédito. Mas o documentário é bom. Talvez o melhor sobre Ufologia que já vi. O principal ponto que ele reitera várias vezes é: O governo norte-americano tem escondido sistematicamente do público e até de seus presidentes, a realidade do OVNIs. Algumas coisas ditas são difíceis de acreditar, é verdade. Entretanto, quanto a realidade dos UFOs, não são poucos os militares e ex-membros do governo que afirmam convictamente a sua existência. Há muitas informações no vídeo. Super recomendado.


Jesus fumava erva (maconha)!

Essa é uma das doutrinas da Igreja Etíope Coptic de Sião, sediada na Flórida. "Baseado" no texto de Gênesis 1.29, que diz: "Eis que voz tenho dado toda ERVA que dê semente." - eles legitimam o fumo diário e exaustivo da cannabis. Logo de cara pode-se pensar que é mais uma seita de gente doida, que liberou todos os limites aos seus membros, porém, só é permitido a maconha, porque ela é natural. Cigarros, cocaína e outras drogas, são proibidas, pois são manufaturadas. A cannabis vinha da Jamaica, só podia ser! Também não se pode fazer sexo, se a a finalidade não for a procriação. Sexo oral? Nem pensar! Os líderes e alguns membros dessa seita de maconheiros causaram a maior dor de cabeça a polícia na década de 1970. Foram presos, nem tanto por fumarem a erva, mas por colocarem suas próprias crianças pra darem seus tragos diários. Aí teve jeito não. Cadeia neles! O documentário traz mais histórias inusitadas relacionadas as drogas, na Flórida, nos anos 1970-1980, como a cidade de Everglades, onde praticamente 100% de seus habitantes se envolveram no tráfico de maconha. 


Caramba! Quantas histórias! Quantos sonhos, vivências, perdas, frustrações, sofrimentos, pensamentos, visões da vida, do mundo, de si mesmo, são compartilhadas nesse longo vídeo! Sensível, impactante, reflexivo, perturbador! Força-nos a uma introspecção, ao examinarmos quem somos de fato. Será que conseguimos descobrir? 

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Vozes Femininas no Início do Cristianismo


ALMEIDA, Rute Salviano. Vozes Femininas no Início do Cristianismo. São Paulo: Hagnos, 2017.

Rute Almeida tem preenchido uma lacuna na história do cristianismo, trazendo as aventuras das personagens femininas que também protagonizaram os vários acontecimentos importantes dessa religião. Li o seu primeiro livro, Uma Voz Feminina na Reforma, e li a sua segunda obra, Uma Voz Feminina Calada Pela Inquisição. Ela lançou uma terceira literatura, Vozes Femininas no Início do Protestantismo Brasileiro, que ainda não li. E agora, em 2017, foi lançada Vozes Femininas no Início do Cristianismo, que acabo de ler e recomendo.

No capítulo inicial é dado um panorama geral de como era o império romano antes, durante e depois de Jesus. Fala-se sobre a capital Roma, sua cultura, culinária, costumes, abastecimento de água, lazer de sua população, governo de César Augusto, religião, magia, ritos, vícios, os abortos e infanticídios permitidos, a relatividade dos casamentos, que eram facilmente dissolvidos pelo divórcio. Sobre uma das crendices de Tibério, segundo Imperador, Salviano nos diz:

“Tibério, imperador romano sucessor de Augusto, era bastante supersticioso e tinha pavor dos trovões; quando havia tempestade, nunca deixava de pôr na cabeça uma coroa de louros, crendo que as folhas o livrariam dos raios.” P. 54.

No segundo capítulo são nos dadas informações preciosas sobre o cristianismo primitivo. A liturgia do culto cristão no século II, a práticas de caridade, casamento e criação dos filhos, as primeiras literaturas cristãs, os primeiros líderes do cristianismo pós-apostólico, as perseguições aos cristãos, celibato, a hierarquia dentro da comunidade de fiéis, gnosticismo, salvação pelas obras, entre outros. Sobre o cuidado dos cristãos para com as crianças, está escrito:

“Numa cultura na qual o infanticídio e o abandono de crianças eram práticas comuns, as igrejas cristãs se empenharam na tarefa de cuidar de crianças indesejadas e órfãs.” P. 76.

No capítulo três, Salviano nos mostra como se configurava o sexo feminino na sociedade romana nos primeiros séculos. Educação e matrimônio das mancebas, o papel de esposa e a criação dos filhos, as vaidades femininas (cremes faciais, penteados, perfumes, roupas, moda, roupas, jóias, enfeites), religião feminina. Sobre as mulheres cristãs, estas estavam proibidas de casar com quem não professasse o cristianismo. A sua função na igreja, a opinião dos líderes sobre o sexo feminino, o papel do sexo no seio da comunidade cristã, são alguns dos temas abordados. Os pais da igreja eram bem machistas, consideravam a mulher, um ser de segunda classe. Um exemplo que deixa isso bem manifesto está num escrito de Tertuliano (160-220 D.C):

“Tu dá a luz na dor e na angústia, mulher; sofres a atração do teu marido e ele é teu senhor. E ignoras que Eva és tu? Está viva ainda, neste mundo, a sentença de Deus contra o teu sexo. Vive, como se impõe, como acusada. És tu a porta do diabo. Foste tu que quebraste o selo da Árvore; foste a primeira a desertar da lei divina; foste tu que iludiste aquele que o diabo não pode atacar; foste tu que tão facilmente venceste o homem, imagem de Deus. Foi a tua paga, a morte, que causa a morte do próprio filho de Deus. E pensa tu em cobrir de ornamentos as tuas túnicas de pele?” P. 147.

O capítulo quatro fala sobre as perseguições sob o governo do imperador Trajano juntamente com as cartas entre ele e Plínio, o jovem, sobre como proceder em relação aos cristãos, as primeiras defesas escritas pelos pais da igreja, respondendo as acusações injustas, e, finalmente, Salviano entra no assunto principal: as mulheres cristãs dos primeiros século da igreja. Houve perseguições nos governos de Marco Aurélio e Sétimo Severo, onde mulheres da igreja foram duramente punidas por sua fé, como Blandina, Felicidade e Perpétua. As três são resumidamente biografadas. Vários suplícios de mulheres são narrados por Eusébio de Cesareia, Historiador do quarto século. Sobre a morte de Perpétua, Salviano revela a sua coragem diante da morte:

“Perpétua, porém, padecendo com um gladiador pouco destro e com mão trêmula, viu-se obrigada ela mesma a levar a espada à própria garganta, indicando o lugar onde deveria ser cortada e assim foi feito.” P. 185.

O quinto capítulo fala sobre as mulheres do deserto, viúvas, diaconisas. São Ama Sara, Princípia, Ama Sinclética, Marcela, Fabíola, Olímpia. Todas elas deram grandes contribuições para o crescimento do cristianismo, doando seus bens, tempo e dedicando suas vidas a ajudar os mais pobres. Mulheres desprendidas, que não se importavam mais com as coisas desse mundo, mais almejavam agradar o seu deus, para alcançar o mundo vindouro.  Até os pais da igreja Jerônimo e João Crisóstomo tinham grande apreço por algumas dessas mulheres, reconhecendo o inestimável valor delas no seio da comunidade cristã. Sobre a sede de conhecimento de Marcela, o livro tem a dizer:

“A insaciável curiosidade intelectual era o que mais havia de admirável em Marcela. Ela tinha fé, mas desejava conhecimento, e o desejava da fonte mais confiável. Jerônimo, um dos principais nomes do cristianismo, era procurado por ela seguidamente com as questões mais difíceis. Marcela conhecia grego e adquiriu reputação por sua exegese bíblica detalhada e literal.” P. 214.  

O capítulo sexto traz mais histórias de mulheres desprendidas, em que algumas abraçaram o celibato, a vida contemplativa e se entregaram completamente a causa da igreja. Macrina (irmã dos pais capadócios Gregório de Nissa e Basílio de Cesareia), Mônica (mãe de Agostinho), Melânia (a anciã), Paula e Eustóquia. A Vulgata Latina, famosa tradução da Bíblia, teve a participação de duas dessas mulheres.

“Paula e Eustóquia foram companheiras fieis de Jerônimo. Ele ensinava latim para as crianças do povo, grego e hebraico para as monjas e elas, que já dominavam as línguas bíblicas, tornaram-se suas secretárias, ajudando-o em sua tradução da Bíblia para o latim, conhecida como a Vulgata.” P. 282.

O derradeiro capítulo revela-nos as peregrinações de duas mulheres que se destacaram em sua época – Egéria e Melânia (a jovem). Egéria foi uma itinerante, visitando os lugares das histórias bíblicas, meditando e orando com os monges cristãos com os quais se deparava. Melânia (a jovem) tornou-se monja, e fundou monastérios (feminino e masculino). Era muito rica e abriu mão de toda a sua riqueza, investindo o seu dinheiro a causa cristã. Quanto a Egéria, grande foi a sua contribuição na descrição dos lugares que visitou:

“O que diferencia Egéria de outros peregrinos de sua época é exatamente essa descrição de seu itinerário, que é uma das mais antigas narrativas de viagens aos lugares santos da Palestina. [...] Mesmo não sendo uma escrita clássica, a autora escreveu de forma direta e espontânea, com abundância de detalhes e descrições não só de lugares, mas de pessoas e liturgias.” P. 301-302.

Livro muito bom. Uma obra muito proveitosa para quem gosta de estudar a história da igreja cristã. 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Documentários Vistos (18)


Espantosamente lindo! 

O Coro de Crianças Africanas é uma organização que há 28 anos (em 2013) já mudou a vida de mais de 52 mil crianças africanas, que são apadrinhadas por pessoas nos EUA, Canadá e Reino Unido, ATÉ O FIM DE SEUS ESTUDOS, incluindo a Universidade. Um projeto que honra a vida humana. Detalhe: projeto cristão, viabilizado por protestantes.

Essas crianças viajam em turnê pelos três países mencionados, dançando e cantando em ritmo africano. Conforme vão passando pelas cidades e lugares, vão sendo amorosamente acolhidas a apadrinhadas. 

Emociona de verdade! 

Cada apadrinhamento é a grande chance de um futuro de grande esperança para essas crianças e suas famílias, que vivem em extrema pobreza em Uganda. 

Moses, Angel, Nina... Crianças com sorrisos encantadores.


"Numa cultura de vencer a qualquer custo, preza-se a vitória acima do desenvolvimento de caráter." - Joe Ehrmann.

Documentário que critica, lamenta e nos mostra os resultados de uma educação desumanizante voltada para os homens desde a mais tenra idade. O resultado é uma sociedade violenta e doente. 

Parece-me que há alguns exageros, mas nada que comprometa, pois a mensagem trazida é muito positiva e um tapa na cara no nosso modo de educar e moldar a personalidade de nossos pequenos meninos.


Muitos conhecem o corajoso e abnegado trabalho de Oskar Schindler e Nicholas Winton, que salvaram milhares de pessoas das garras sangrentas do nazismo. Agora chegou a vez de outros heróis serem conhecidos e aplaudidos pelos feitos em prol da vida de milhares de judeus. O casal Sharp. O pastor Waitstill e sua mulher Martha, que saíram da sua pacata e tranquila vida na América, para irem ao olho do furacão, salvar milhares de crianças judias, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, levando-as para os EUA, Reino Unido e Espanha. Duas almas iluminadas, que arriscaram a própria vida, para dar vida, a quem estava na iminência da morte, nas mãos dos agentes de Hitler. Não apenas crianças, mas muitos adultos também foram resgatados por eles.


Esse documentário traz a história de um dos maiores músicos da história da música. Um negro que se destacou nos EUA, a ponto de ser considerado em sua época tão excelente músico, ou até melhor, que Frank Sinatra. Foi um dos melhores pianistas do mundo; foi o primeiro negro a ter um programa televisivo em rede nacional, porém, seu programa foi proibido de passar no sul do país, região conhecida pelo seu racismo doentio e irracional. Mesmo com todo o sucesso adquirido, Nat King Cole, quando se apresentava, tinha que ficar em hotéis destinados aos negros. Pois não podia se hospedar entre os brancos. Era ofensiva a negritude; as pessoas tinham “medo do escuro”. Até mesmo em Las Vegas, ele tinha que entrar pela cozinha para fazer suas magistrais apresentações para brancos, que o adoravam vê-lo cantar e tocar. Precocemente a morte lhe encontrou, muito cedo em 1965. Mas o seu legado é incomum e inatacável. Depoimentos emocionantes e emocionados traçam a sua história, nesse merecido vídeo em sua homenagem.


Documentário visual. Não há narração. Poucas falas. Com uma ótima trilha sonora, as imagens exibidas já dizem tudo. O armamento nuclear, segundo o vídeo, poderá levar a civilização ao colapso. Talvez!

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Nascidos em Borddéis


“Os bordéis estavam cheios de crianças, elas estavam em toda parte.” – Zana Briski. 

Existe algo de bom na Índia? Deve ter, mas o lado negativo e opressor excedem e muito o que há de louvável nesse país. Nascidos em Bordéis é a história de crianças que vivem em meio a podridão dos prostíbulos indianos. Elas nasceram e vivem o seu dia a dia na sórdida realidade (prostituição) em que suas mães estão imersas, do qual também são vítimas. O pior é que o caminho mais provável dessas crianças, no caso, as meninas, é entrarem muito cedo, na mais tenra idade, no mundo dos programas sexuais. Não há muita esperança social para que elas consigam transcender as circunstâncias que as coagem violentamente para saciar a vontade louca de homens inescrupulosos. Koch, uma dessas meninas diz logo no início do documentário:

“Os homens que entram em nosso prédio não são tão bons. São bêbados. Eles entram e gritam e xingam. As mulheres me perguntam, ‘Quando você vai entrar na linha?’ Elas dizem que não vai demorar.”

A expressão “entrar na linha” é pura e simplesmente entrar para a prostituição.

Esse documentário foi lançado em 2004, as meninas que aparecem no vídeo já estão adultas. Como será que estão? Entraram efetivamente para o mundo sexual de suas mães? É triste especular que muito provavelmente entraram nesse atoleiro.

Zana Briski é uma fotógrafa que se embrenhou no bairro da luz vermelha de Calcutá, para poder ver de perto como é a vida dessas crianças que ali nasceram e ali também vivem. Ela iniciou um projeto com essas crianças, ensinando-as a fotografarem. Pronto: a diversão dos pimpolhos estava feita. Fotos e mais fotos de todos os jeitos. Todas elas ganharam a sua própria câmera. A medida em que elas vão fotografando, suas vidas vão sendo contadas. Uma linda menina, de nome Kochi, revela:

“Para a Geeta Masis no andar de cima, eu lavo a louça, levo chá, resolvo umas coisas. Ela nos dá dinheiro. Eu esfrego o chão duas vezes por dia. Na varanda também. De noite, se eles quiserem, eu faço compras. Até às 11 da noite, se eles quiserem curry ou arroz... eu tenho que ir buscar.”

O que ela diz a seguir é de cortar o coração:

“Fico pensando se eu pudesse viver em outro lugar e ter uma educação. Me pergunto o que eu poderia ser.” 

Outra garotinha chamada Tapasi, já sabe que a sua existência e das pessoas que a rodeiam não é nenhum parque de diversões. Pelo contrário, é sofrimento mesmo. Ela já possui um senso de realidade extremamente precoce, mas o que ela vê e vive em seu bairro, trabalhando duro, na labuta, enquanto deveria estar estudando e brincando, não deixa ela ter outra conclusão além dessa:

“Na verdade nunca penso em ficar rica. Mesmo se eu fosse pobre, eu teria uma vida feliz. As pessoas têm que aceitar que a vida é triste e dolorosa. Só isso.”

Enquanto ela trabalha, a sua patroa lhe dá esse “belo” tratamento: 

“Sua vadia egoísta da porra. Não consegue nem buscar água direito. Sua vadiazinha imprestável. Vá mandar sua mãe se foder.”

Zana Briski é uma incansável batalhadora pelo futuro dessas crianças, indo busrca recursos lá fora, para que elas possam entrar na escola e terem uma vida melhor. Ela consegue que suas fotos sejam expostas em galerias de arte nos EUA e na Europa. Sem nada em troca, ela se preocupa imensamente com essas crianças. Faz o papel de mãe e pai delas, algo que seus pais verdadeiros, pelas circunstâncias da vida, não podem fazer. Ou por maldade mesmo de alguns deles, não querem fazer.

As crianças falam de suas frustrações, medos, esperanças... Quem poderá ajudá-las? Zana Briski com muito empenho e amor, consegue escola interna para todo o time de crianças que ela adotou em seu projeto de fotografias. Infelizmente, algumas dessas crianças não puderam continuar na escola. Seja porque os pais as tiraram; ou por vontade própria, pelo menos uma delas, quis sair. O futuro delas, só Deus sabe. Sem muita esperança, espero que hoje, em 2017, elas estejam bem. 

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A 13ª Emenda: De Escravo a Criminoso em uma Emenda


O início de 13ª Emenda já deixa escancarado que há algo de muito errado no sistema carcerário estadunidense:

“Vamos ver as estatísticas. Os EUA abrigam 5% da população mundial, mas 25% dos prisioneiros do mundo. Pensem nisso.”

“Um em cada quatro seres humanos com suas mãos nas grades, algemados, estão presos aqui na terra da liberdade.”

“Tínhamos uma população carcerária de 300 mil pessoas em 1972. Hoje, temos uma população carcerária de 2,3 milhões de pessoas.”

Esses números no seco, sem nenhuma explicação adicional já dizem muita coisa. Existe uma política sinistra nas prisões norte-americanas. E os afro-americanos desde seu início são os grandes “felizardos” entre os presos. Visto que desde que terminada a Guerra Civil em 1865, cerca de quatro milhões de negros no sul do país, ficaram “livres”. Como lidar com esse contingente gigantesco de pessoas, que antes eram escravas, mas agora, sob a “proteção” da 13ª emenda, eram pessoas “livres”? Não demorou muito para que o racismo tão onipresente continuasse com a sua face cruel. Negros eram presos por coisas banais, tais como “vadiagem”. As prisões começaram a lotar de afro-americanos. Surgia a imagem distorcida do negro como estuprador de mulheres brancas. A ironia é que na história dos EUA, muitos brancos estupraram mulheres negras do que o contrário. O filme o Nascimento de Uma Nação foi um grande instrumento midiático para firmar a visão do negro como um ser animalesco, perante a já sociedade racista. O que vem depois, injustiças, crimes e barbaridades, feitas por uma sociedade que se considerava boa e justa. 

“Milhares de afro-americanos mortos por quadrilhas sob a crença de que tinham cometido algum crime.”  

Em praticamente todas as mortes sofridas, não havia crime algum. O terrorismo estava implantado e aprovado. Então é aprovada a infame Lei de Jim Crow, que segregava os negros, relegando-os a pessoas de segunda categoria. Apenas legalizava o que já vinha acontecendo desde que foram “libertos”.

“Aprovaram leis que relegaram os afro-americanos a um permanente status de segunda classe.”

Enquanto a segregação se arrastava ao longo dos anos, surge o Movimento Pelos Direitos Civis. Agora a luta tinha começado pra valer. Negros foram as ruas em protesto contra as humilhações sofridas. E não foi fácil. Até o presidente da nação Richard Nixon (1969-1974) de maneira sutil queria calar a aprisionar esses “pretos metidos”. Aí começa a germinar o boom do sistema penitenciário. O seu palavreado de “Lei e Ordem” e “Guerra às Drogas”, eram simplesmente uma maneira velada de dizer: “Prendam esses negros!” Além de querer calar a esquerda antiguerra do Vietnã, e também encarcerar hippies. Era uma política de difamação e mentiras jogadas na mídia.

“Um membro do governo de Nixon admitiu que a guerra às drogas tinha o único objetivo de prender negros. Ele disse: ‘A campanha de Nixon em 1968 e a Casa Branca de Nixon depois disso tinham dois inimigos: a esquerda antiguerra e os negros. Sabíamos que não podíamos tornar legal ser contra a guerra ou os negros. Ao fazer o povo associar os hippies à maconha e os negros à heroína e então criminalizá-los pesadamente, poderíamos interferir nessas comunidades. Prender seus líderes, invadir suas casas, impedir suas reuniões e difamá-los noite após noite nos noticiários. Nós sabíamos que estávamos mentindo sobre as drogas? Claro que sim.”

Ronald Reagan chega à presidência, incorporando o discurso de “Guerra às Drogas”, onde recursos financeiros vultuosos são empregados para prender usuários e traficantes. O problema estava aí: tratar simples usuários como bandidos. Algo vigente até hoje. O crack era um problema nos bairros negros, e a cocaína nos bairros brancos. A disparidade é que um negro pego com 30 gramas de crack (usuário) sofria a mesma punição carcerária de um branco com 3 quilos de cocaína (traficante). Estava mais do que óbvio que existia uma política racista e preconceituosa, pronta para prender afro-americanos.

“Sharanda [negra] passou os últimos 16 anos na prisão e vai morrer por lá, porque foi condenada à prisão perpétua sem condicional. Seu único crime? Transportar cocaína. E quando eu digo ‘único crime’ eu quero dizer ‘único crime’. Ela não teve outras prisões. Exigiram que o juiz condenasse Sharanda à prisão perpétua.”   

Conforme os presidentes foram se sucedendo, a coisa só piorou – seja com Bush pai, Clinton (apesar deste ser democrata). O caso de Clinton é especial, pois ele sancionou leis que prolongavam mais ainda os anos de prisão, por coisas banais. Ele mesmo reconheceu seu erro em anos recentes. Mas provavelmente sabia que essa política não era boa, quando a implementou. No entanto, precisava agradar o eleitorado.

O ALEC  e o CCA empresas privadas estavam/estão por trás dessa estratégia mordaz de encarceramentos em massa. A CCA tem muito a lucrar com as prisões feitas. Quanto mais presos e quanto mais tempo eles passarem trancafiados, mais dinheiro para os cofres dela. É aquela velha e conhecida verdade de que Multinacionais e Estado se juntam para benefício próprio, as custas do sangue dos que não podem lutar contra eles. As grandes vítimas: negros e imigrantes.

O que fica muito claro com A 13ª Emenda é que a justiça criminal dos EUA não é tão justa quanto nós brasileiros costumamos pensar. Muitas vezes pensamos que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa. Que o seu quintal é mais florido, mais bonito. Nossa justiça brasileira é um caos, mas a estadunidense não fica atrás no quesito justiça. Ela também é caótica. Políticos, juízes, promotores e empresários, estão todos juntos nesse empreendimento macabro.

“O complexo industrial presidiário, o sistema, a indústria, é um monstro. Come negros e latinos no café da manhã, no almoço e no jantar.” 

Link na Netflix:

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Documentários Vistos (17)


Nunca vi um documentário sobre UFOs tão ruim, tão lixo, tão amador... Descarado demais os produtores, o protagonista, e quem diz acreditar nele. Não convence nenhum pouco. Stan Romanek quer ganhar fama e notoriedade? Parabéns, ganhou. Vídeo com a estória dele na Netflix, para enganar os incautos. É simplesmente uma porcaria. É o grau máximo da ingenuidade acreditar nas “provas” que ele apresenta. Uma verdadeira piada. Mas como não gosto de deixar comida no prato, fui até o fim do vídeo. Uma hora e quarenta e cinco minutos de muitas mentiras e enganação. Tudo forjado.


Daryl Davis é um músico negro que desde 1990 vem colaborando para o enfraquecimento do racismo em seu país. Mas o seu método é totalmente diferente. Ele vai ao encontro dos líderes das várias facções da Ku Klux Klan (KKK), para ouvi-los, dialogar e questionar as premissas que dão sustentação ao discurso discriminatório de supremacia branca. Por mais inusitado e impossível que pareça, muitos líderes da KKK deixaram o seu racismo. Anos de diálogo cordial fizeram-nos mudar de mentalidade. Isso é redentor. É divino! É uma paciência e estratégia que muitos da comunidade negra questionam e que nutrem até ódio por ela. Compreensível. Em não poucas cidades norte-americanas, ser negro é sinônimo de que você apanhará nas ruas pela polícia simplesmente por ter a pele mais escura. O racismo é sistemático; é endêmico. E apesar dos esforços de pessoas como o Davis, está muito longe de acabar. Na verdade, nunca acabará.


"As pessoas nascem ou se tonam assassinas?" 

"Assassinos em massa são movidos por um desejo de matar ou de morrer?" 


Ate onde os genes e o ambiente têm o seu quinhão no comportamento humano (assassino)? 

A Ciência ainda está engatinhando, tentando encaixar as peças desse intricado jogo que é a mente humana.


10 igrejas protestantes tradicionais foram incendiadas no Texas por dois perturbados, em janeiro de 2010. Estavam revoltados com Deus e com a hipocrisia das igrejas. Cutucaram a fera com vara curta. Na região onde incendiaram as igrejas é uma das mais religiosas do país. Igreja a torto e a direito. Foram pegos e sentenciados a várias prisões perpétuas. Perfeito seria se viessem ao Brasil incendiar a igreja universal e outras.


No Congo sim, existe uma verdadeira cultura do estupro. Soldados do governo e rebeldes, estupram, e ficam impunes. A mulher além de ter sido violada, ainda será abandonada pelo marido, que não dará mais assistência nem a ela e nem aos filhos que tiveram juntos. A sociedade a desprezará. Eita sociedade justa e digna de se viver para o sexo feminino.