terça-feira, 21 de dezembro de 2021

O termo "Islamofobia" é uma Quimera

“Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular.” - Artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Virou moda nas últimas décadas toda e qualquer crítica ao islã ser chamada de “Islamofobia”, o termo “fobia” encerra o sentido de medo irracional, de temor baseado em puro preconceito e desconhecimento daquilo que se tem medo, ódio, nojo, ojeriza. Portanto, a “Islamofobia” seria o ódio incontido e sem nenhuma base racional de pessoas desprovidas de conhecimento sobre o islã, que acusam essa religião daquilo que ela não é.

Tudo isso é pura bobagem e conveniência feita sob medida para calar os críticos dessa religião. Como os muçulmanos carecem de bons argumentos para uma boa defesa de sua crença, sobretudo quando o assunto é a violência endêmica do islã, então a única maneira que encontram, é acusar os seus oponentes de “islamofóbicos”. É de uma covardia sem igual! Uma quimera!

Esses muçulmanos "ofendidos" estão criando movimentos em todo o Ocidente junto as esferas jurídicas, para que os "blasfemadores" do Islã, sejam enquadrados no código penal, sendo criminalizados simplesmente por emitirem seus pareceres sobre um sistema religioso que eles não veem com bons olhos.  

O absurdo de toda essa palhaçada inventada por eles, será brevemente analisado aqui, recorrendo aos pesquisadores dessa religião, que sabem muito bem as astucias e falácias que a palavrinha “Islamofobia” contém. 

Salman Rushdie, ex-muçulmano, perseguido e jurado de morte pelos muçulmanos, por escrever Os Versos Satânicos.

“A ideia de que qualquer tipo de sociedade livre possa ser construída sem que as pessoas nunca sejam ofendidas ou insultadas é um absurdo. Absurda também é a noção de que as pessoas devem ter o direito de invocar a lei para protegê-las de se sentirem ofendidas ou insultadas. A decisão fundamental precisa ser feita: queremos viver em uma sociedade livre ou não? A democracia não é uma festa de chá, onde as pessoas se sentam em círculos para ter uma conversa educada. Nas democracias, as pessoas ficam extremamente chateadas umas com as outras. Argumentam veementemente contra as posições de cada um (mas sem atirar para matar).

Na Universidade de Cambridge me ensinaram um método louvável de argumento: você nunca levar nada para o lado pessoal, mas não é obrigado ter absolutamente nenhum respeito pelas opiniões das pessoas. Você nunca deve ser rude com a pessoa, mas você pode ser barbaramente rude sobre o que a pessoa pensa. Isso me parece uma distinção crucial: as pessoas devem ser protegidas contra a discriminação em virtude da sua raça, mas nada impede que você toque suas ideias. No momento em que você diz que qualquer sistema de ideia é sagrado, quer se trate de um sistema de crença religiosa ou de uma ideologia secular, no momento em que você declara que esse conjunto de ideias é imune à crítica, sátira, escárnio ou desprezo, a liberdade de pensamento se torna impossível.

[...]

As pessoas têm o direito fundamental de levar um argumento até o ponto em que alguém se ofende com o que elas dizem. Não vale trapacear apoiando a liberdade de expressão só de quem concorda com você. A defesa da liberdade de expressão começa no ponto em que as pessoas dizem algo que você não quer ouvir. Se você não defende o direito de dizer, então você não acredita nessa liberdade.”

https://exmuculmanos.wordpress.com/2015/07/30/defenda-o-direito-de-ficar-ofendido/

Ali Sina, ex-muçulmano e um dos mais conhecidos pesquisadores do Islã.

“O Islam é uma ideia. A rejeição a isso não pode ser considerada como uma fobia. Chamar os opositores de uma ideologia como 'fóbicos' é uma falácia. Toda ideologia tem seu criticismo e seus oponentes, mas a gente não escuta os críticos do cristianismo serem chamados de ‘cristofóbicos’, os comunistas chamando seus opositores de ‘comunistofóbicos’, ou os hindus chamando seus críticos de ‘hindufóbicos’. O termo ‘Islamofobia’ é incorreto tecnicamente e logicamente e desconcertante.

De acordo com o dicionário, a fobia é um medo 'persistente, anormal e irracional' de uma coisa ou situação específica que compele alguém a evitar aquilo, apesar de instruídos de que o que temem não é perigoso. Assim, o neologismo ‘Islamofobia’ implica que o Islam não é perigoso e que o medo dele não faz sentido.

Este argumento não tem sido ainda estabelecido e não é universalmente aceito. Há muitos que argumentam que o Islam é realmente uma ideologia perigosa e eles têm argumentos racionais para provar. E independentemente de tal criticismo contra o Islam estar certo ou errado, chamar isso de ‘fobia’ implica que os argumentos já foram refutados e que já foi sancionado que o medo da ameaça islâmica é uma doença mental.

Mas todas as ideologias têm os seus opositores. É arrogância soberba chamar o criticismo contra qualquer ideologia de ‘fobia’, pois implica que a verdade daquela ideologia já foi estabelecida e qualquer pessoa que se oponha está adotando uma posição irracional e está precisando de assistência psicológica.

[...]

O neologismo Islamofobia não faz sentido. É derrogatório e usado de maneira pejorativa para silenciar os críticos do Islam.

[...]

O Islam é um sistema de crenças. Repito que é um direito humano discordar de qualquer crença. Chamar isso de fobia é uma falácia. O Islam é a única ideologia cujos seguidores tentam desacreditar os críticos chamando o criticismo de ‘fobia’.

[...]

A palavra ‘Islamofobia’ é, portanto, um sintoma de uma bancarrota intelectual dos muçulmanos em trazer argumentos lógicos e defender o Islam de maneira racional. Islamofobia é ad hominem, é um insulto. E sublinha o fato de que o Islam é uma mentira, incapaz de sobreviver ao criticismo. É por isso que os muçulmanos precisam instaurar a censura e usar a força bruta para proteger sua mentira.

A existência desse neologismo é uma confissão tácita de que o Islam é uma mentira que não pode ser defendida logicamente, e que o ad hominem e a censura são as únicas maneiras de protegê-lo.”

https://exmuculmanos.wordpress.com/2015/06/08/islamofobia-e-ad-hominem/

Ali A. Rizvi, ex-muçulmano, escreve para o Huffington Post, CNN e New York Post, e é autor do livro O Ateu Muçulmano.

“Desafiar o Islã como uma doutrina [...] é muito diferente de demonizar o povo muçulmano”.

“A sugestão da esquerda de que crítica ao Islã é igual a crítica aos muçulmanos é uma forma de chantagem.”

https://www.theatlantic.com/international/archive/2017/03/dilemma-facing-ex-muslim-atheists-in-trumps-america/518553/

“[...] posso envergonhá-lo em silêncio por criticar minhas idéias simplesmente chamando-o de fanático ou islamofóbico.

[...] o termo ‘Islamofobia’ procura proteger o próprio Islã (uma ideologia) das críticas. É como se toda vez que você dissesse que fumar é um hábito imundo, fosse percebido como se estivesse chamando todos os fumantes de gente imunda. Os seres humanos têm direitos e têm direito ao respeito. Mas quando começamos a estender esses direitos a ideias, livros e crenças?

[...]

O medo de serem chamados de islamofóbicos já levou muitos ocidentais proeminentes a abandonar seus próprios valores [de liberdade] quando abandonaram Salman Rushdie. Isso levou Yale a publicar um livro sobre a controvérsia dos cartuns dinamarqueses de Maomé, mas sem os cartuns. Isso levou o Comedy Central a censurar o programa South Park em mais de uma ocasião por medo de ofender os muçulmanos, embora o programa critique irreverentemente praticamente todas as outras religiões regularmente, sem impedimentos.

[...]

Quando você não consegue introduzir leis de blasfêmia no estilo do Paquistão em uma sociedade ocidental secular, você tem que encontrar maneiras alternativas de silenciar aqueles que o ofendem, certo?"

https://www.huffpost.com/entry/the-phobia-of-being-calle_b_5215218

Sam Harris, Ph.D em Neurociência na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

“Então, imagine: Uma cópia do Alcorão é queimada amanhã – ou simplesmente surge um rumor de ter sido queimado. O que vai acontecer se esse ato de sacrilégio for amplamente noticiado? Bem, nós podemos ter certeza que muçulmanos aos milhares, ou mesmo às dezenas de milhares, vão se insurgir – talvez numa dúzia de países. Vintenas de pessoas podem morrer como resultado. Com quem podemos contar para defender a liberdade de expressão em face da loucura religiosa? A página editorial do The New York Times vai lembrar ao mundo que pessoas livres deveriam ser livres para queimar o Alcorão ou qualquer outro livro sem ter medo de ser assassinado? Provavelmente não. Mas a Esquerda secular com certeza denunciará o intolerante que queimou o livro por sua ‘insensibilidade religiosa’ e o considerará amplamente (se não completamente) responsável pelo caos resultante e as pelas vidas perdidas. Será o trabalho de pastores cabeças-de-vento, supremacistas brancos, e outros conservadores da extrema Direita – e, claro, ‘Islamófobos’ como eu – nos lembrar de que a Primeira Emenda existe, de que livros não sentem dor, e de que as sensibilidades de todas as outras religiões são regularmente importunadas sem que haja similares rebeliões.

[...]

O termo ‘Islamofobia’ está sendo utilizado como um tipo de difamação intelectual de sangue para proteger de crítica ideias intrinsecamente hostis.

[...]

Neste momento da história, há apenas uma única religião que sistematicamente esgana a livre expressão com ameaças críveis de violência. A verdade é que nós já perdemos os direitos provenientes da Primeira Emenda no que diz respeito ao Islã.

[...]

Neste momento, milhões de mulheres e garotas foram abandonadas ao analfabetismo, casamento compulsório, e à vida de escravidão e abuso sob a guisa do “multiculturalismo” e da ‘sensibilidade religiosa’.

https://universoracionalista.org/minhas-opinioes-sobre-o-isla/?fbclid=IwAR3KmPgO1mMah1CtEw-b7kUoXosFpRP9aSL6jpcRtUhCIZbiaxPB43knM_4

Deborah Weiss, Jornalista, colaboradora da FrontPage Magazine e The Washington Times, e autora do livro Arábia Saudita e a Rede Global de Terroristas Islâmicos.

“[...] a Declaração do Cairo [documento islâmico como contraponto a Declaração Universal dos Direitos Humanos] pretende fornecer liberdade de expressão - conforme permitido pela lei da Sharia. No entanto, sob a lei da Sharia, críticas ao Islã ou ao profeta muçulmano Mohammad são consideradas blasfêmias e são proibidas. A punição severa serve como penalidade pelo exercício da liberdade de expressão a esse respeito, variando de multas, prisão e execução. Portanto, a liberdade de expressão a que este documento se refere não é tão livre, afinal.

[...]

Atualmente, o objetivo da OIC é a criminalização internacional de todos os discursos críticos dos tópicos relacionados ao Islã, incluindo Islã, Muçulmanos, Sharia, terrorismo islâmico e perseguição islâmica a minorias religiosas.

[...]

A OIC [Organização de Cooperação Islâmica] quer leis que dêem a uma religião proteção legal contra críticas, mesmo que sejam verdadeiras. Por exemplo, se você quiser falar sobre terrorismo islâmico ou perseguição islâmica a minorias religiosas, a OIC exigiria sanções legais para essa discussão. Ou, por exemplo, se você apenas quisesse dizer que não gosta da religião do Islã, essa declaração também seria criminalizada.

[...] porque você simplesmente não vê uma situação em que judeus, cristãos ou budistas vão a tribunal se alguém critica ou insulta sua religião. Geralmente, eles ignoram ou respondem de maneira não-legal e não-violenta, como escrever artigos ou cartas ao editor para expressar sua opinião contrária. Infelizmente, o padrão parece ser que principalmente os muçulmanos estão entrando com ações judiciais, solicitando legislação protetora contra discursos contra sua religião e cometendo violência em resposta a desenhos animados, vídeos ou ‘discursos ofensivos’.

Quero deixar claro que não estou dizendo que todos os muçulmanos estão fazendo isso. Estou apenas dizendo que, quando essa conduta ocorre, ocorre dentro da comunidade muçulmana porque faz parte da religião deles não ser permitido criticá-la. Também faz parte de sua "religião" que os não-muçulmanos devem se submeter a essa idéia, que é equivalente ao cumprimento dos códigos de blasfêmia islâmica.

[...] A OIC está pressionando os países ocidentais a redigir uma legislação doméstica que penalize as críticas ao Islã. Infelizmente, a maioria dos países da UE fez exatamente isso. [...] se você critica o Islã ou o mostra de maneira negativa, sofrerá consequências.”

https://myislam.dk/articles/en/weiss%20if-you-criticize-islam-you-will-suffer-consequences.php

Denis MacEoin, Ph.D em Estudos Persas/Iranianos na Universidade de Cambridge.

“[...] muitas vezes parece que qualquer questionamento do Islã ou dos muçulmanos, por menor que seja, é exagerado e refutado por uma acusação de islamofobia. Às vezes, essas perguntas são interpretadas como críticas e levam à supressão do debate livre e à troca de ideias. Então, parece que o Islã não é mais tratado apenas como outra religião e se torna uma religião intolerante com todas as outras e indevidamente protetora e assertiva de seus próprios direitos e privilégios.

[...]

Novamente neste ano, a Organização de Cooperação Islâmica realizou uma conferência pedindo uma lei universal da blasfêmia - legislação que ela tentou aprovar repetidamente por mais de uma década, com a ajuda da secretária de Estado americana, Hillary Clinton. O objetivo não é proteger outras religiões (sobre as quais os muçulmanos blasfemam sem cessar), mas bloquear qualquer crítica ao Islã.

[...]

A islamofobia é agora um crime determinado tanto pelas cortes e tribunais ocidentais quanto pelos muçulmanos. À medida que essa tendência cresce em estados democráticos, o Islã é, aparentemente, a única religião que não pode ser criticada, embora a crítica à religião tenha sido por três séculos a pedra angular da liberdade de expressão e da transparência, elementos essenciais da democracia e do Estado da razão por meio de processos dedutivos de mente aberta.”

https://www.yonkerstribune.com/2015/08/islamophobia-fact-or-fiction-by-denis-maceoin

Igor Miguel, Mestre em Língua Hebraica na USP.

"[...] rotular de islamofóbico todo tratamento teológico ou filosófico que discorde de aspectos da cosmovisão islâmica é desonestidade intelectual ou é se colocar em uma posição politicamente cômoda."

https://tuporem.org.br/cruzadas-e-terrorismo-sao-equivalentes/

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Faces da Perseguição: A Grande Seara no Irã – A História de Perseverança de Navid

Assim começa o depoimento de Navid, um cristão iraniano, sobre a perseguição aos seguidores de Jesus no Irã, país muçulmano de linha xiita:

“Em todo país islâmico, existem duas maneiras de oprimir os cristãos: uma delas é a perseguição da sociedade e a outra é do Estado Islâmico, já que essa é a identidade deles. Cristãos não são não bem vindos nesses países. Eles se perguntam como podem governar com a presença dos cristãos. Por isso, não gostam deles. Graças a Deus, nós não sofremos muita perseguição da sociedade, no Irã. A maioria das pessoas é tolerante. Por mais que a sociedade não pressione, ainda existe a perseguição das autoridades que desprezam os cristãos.”

Boa parcela da população iraniana está de saco cheio do islamismo, por isso o seu abrandamento em relação aos cristãos. Também contribui para isso, o crescimento  do ateísmo no mundo islâmico. As mulheres começam a ter coragem e se revoltam contra a opressão. Para muitos no Irã, ser muçulmano passou a ser apenas da boca para fora. E isto é muito bom. Mas ainda a falta de liberdade é implacável e massacrante, sobretudo, para os cristãos.

“O Irã é uma região onde os cristãos enfrentam perseguição extrema há anos. A situação é pior para cristãos ex-muçulmanos que se convertem à fé cristã e frequentam igrejas domésticas secretas. O país deseja ser complemente islâmico e se posiciona de forma rigorosa contra as igrejas domésticas. Os cristãos enfrentam pressão e tortura, e muitos precisam fugir.”

Navid, de muçulmano tornou-se cristão. Sua conversão é dramática. Segundo conta, ele teve uma visão do próprio Cristo que lhe apareceu e assim, não teve dúvidas de que tinha encontrado a verdade. Lógico que tal experiência é alvo de questionamentos e objeções, mas ele assegura que sua experiência foi real. De todo modo, tempos depois de se tornar cristão, teve que abandonar o país, devido as costumeiras e violentas perseguições do estado a igreja. Num determinado momento, as autoridades iranianas descobriram a sua igreja e todos foram presos.

“Naquela época, todos os membros da minha igreja foram presos. Somente os que não foram para lá escaparam. Mas eles prenderam todos os meus amigos. Realmente todos. Não só alguns. Não só os líderes. Mas todos. Nós tínhamos uma espiã entre nós. Pensávamos que ela fosse uma irmã na fé. Mas ela pertencia ao serviço secreto e conhecia cada um de nós.

Em uma manhã, às cinco horas, durante uma grande ação, oficiais do governo invadiram a casa dos membros da igreja e prenderam todos. Até as crianças de uns seis ou sete anos. Alguns deles ainda estão na prisão. Outros pagaram muito dinheiro, prometeram ficar quietos e sair do país.

Sabe, no Irã, nós vivemos constantemente sob um clima de vigilância. E depois dessa onda de prisões todos sabíamos que estávamos sendo controlados. Grampeavam telefones, vigiavam as casas. Procuravam uma razão para nos prender. Depois de tudo isso, faziam pressão psicológica com os cristãos. Eles ligavam para as casas e ameaçavam por telefone: ‘Nós vamos te matar e te prender. Você nunca mais verá sua mulher ou filhos. Se você desistir e continuar seguindo a sua religião, você arcará com as consequências. Nós machucaremos você, sua mulher e seus filhos’.”

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: Ore Para que Tenhamos Paz na Síria

Uma guerra civil truculenta arrasta-se na Síria desde 2011. O presidente é um péssimo líder. Tirano e incompetente. Daí surgiram muitos grupos e facções islâmicas que o querem foram do poder.

“Diferentes grupos islâmicos lutam, desde março de 2011 contra o governo de Assad e também entre si. Os grupos recebem apoio estrangeiro, com isso, a guerra se tornou uma guerra crescente, que envolve indiretamente outros países. Muitos lugares já foram devastados. [...] Muitos cristãos também foram atingidos. [...] Algumas áreas já estão sob controle islâmico.”  

Nesta celeuma política, quem mais sofre, naturalmente, são os civis cristãos, muçulmanos... Os traumas e resultados da guerra são os mais macabros e diversificados possíveis: depressão, estresse pós-traumático, mutilados, muita fome, desabrigados, errantes e mortes, muitas mortes.

Rana é uma seguidora de Jesus que resiste as investidas da guerra, fazendo o seu trabalho de caridade cristã. Ela diz:

“Nossas raízes cristãs na Síria remontam ao tempo de Jesus. Nós convivíamos em paz com outros grupos e outras religiões. Nunca nos sentimos isolados, de uma certa forma, vivíamos livres. Nós podíamos realizar cultos, visitar a comunidade, construir igrejas, realizar algumas festas e eventos.  Morávamos em paz juntos e cooperávamos uns com os outros; nós trabalhávamos juntos e íamos juntos à escola. Nunca nos sentimos como em outros países, onde os cristãos são chamados de infiéis que não acreditam num único Deus. Nunca nos sentimos assim na Síria. A religião não era um problema.”

Diante de dias e mais dias assustadores, com bombas, mísseis e explosões constantes, Rana teve depressão.

“Hoje, a depressão é um grande problema, especialmente para [as] mulheres. Eu mesma sofri disso por muito tempo. Por isso, eu consigo me compadecer das mulheres que chegam arrasadas e com medos em nossa igreja. Elas precisam de apoio. Eu sofri por muito tempo com isso. Mas Deus não queria que eu ficasse totalmente para baixo. Ele me recolocou na direção certa através do apoio de outras mulheres, através do meu marido e também da minha igreja.”

A igreja de Rana apoia milhares de pessoas.

“Nós apoiamos 1.500 famílias somente em Damasco e mais 2.000 na região de Homs. Falamos aos membros da nossa equipe, que eles não devem fazer distinção entre cristãos e muçulmanos. Naturalmente que mais cristãos do que muçulmanos vêm à igreja em busca de ajuda. Mas nós não negamos ajuda a nenhum muçulmano que nos peça. Nós distribuímos pacotes de alimentos às famílias, cobertores e colchões para o inverno. [...] Nós tentamos fazer o nossos melhor para ajudar.”

Ela não coloca os muçulmanos comuns no mesmo pacote dos jihadistas:

“É claro que os muçulmanos não são todos iguais. Nós temos que diferenciar os muçulmanos normais dos jihadistas. Muçulmanos normais não aceitam os jihadistas, são totalmente contra eles. Muitas famílias de refugiados nos contam como foram ameaçadas pelos radicais. Elas precisaram deixar tudo e procurar lugares mais seguros. Alguns não tiveram sorte e foram mortos. [...] Isso é a lei deles [jihadistas] e a crença deles, eles não têm problema em matar cristãos. [...] Esses jihadistas são totalmente novos em nosso país. Nós nunca tínhamos ouvido falar deles antes. [...] É claro que nenhum cristão vai morar numa área controlada por jihadistas, pois eles têm de seguir a lei islâmica, a sharia. [...] Nenhum cristão consegue viver sob o poder dos jihadistas. Eles precisam abandonar sua casa e seus pertences, e fugir para salvar sua vida.”

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: O amor e a Dor – Permanecendo em Meio à Guerra na Síria

Toda a população da Síria tem sofrido terrivelmente desde 2011, com a guerra civil em seu país. Não somente os cristãos, mas os muçulmanos que não querem nada com os grupos jihadistas instalados no país, também têm sido duramente perseguidos e mortos.

Este episódio de Faces da Perseguição, traz o relato do que uma igreja na Síria tem feito e sofrido naquele país.   

“Eu sempre penso nos jihadistas que chegam do mundo todo, para propagar ódio e escuridão no nosso país. Eles estão prontos para morrer por isso. A maioria dos sírios, possivelmente todos, não concordam com a presença dos extremistas. Eles não são parte da nossa cultura e nunca foram, especialmente entre os cristãos. Os jihadistas não matam só cristãos, mas também outros muçulmanos, pois eles querem que todos sejam como eles. Quem não é, é tido como infiel e deve morrer. Por isso, nós os rejeitamos no nosso país.” – Pastor Edward.

Como é praxe, jihadistas atacam os cristãos e lhes dão esta horrenda e já conhecida opção: ou se convertem a causa jihadista negando o cristianismo ou serão mortos. O pastor Edward conta a história de dois cristãos que se defrontaram com esta assombrosa situação, e não negaram a sua fé. Para ele, mesmo que tenha sido muito triste e absurda a morte desses dois, ela fortaleceu a fé dos cristãos, para que eles não abram mão do cristianismo.   

O Estado Islâmico (ISIS) já domina considerável parte do território. Outras facções jihadistas lutam contra a população e contra o ISIS, visto que querem ter a proeminência no poder.

A Síria é um verdadeiro vespeiro. O seu presidente é um déspota. No entanto, os grupos que o querem tirar, não irão melhorar o país. Várias nações do Oriente e do Ocidente têm distintos e antagônicos objetivos para esse país, o que só faz atrasar quaisquer desenvolvimentos viáveis. Portanto, é difícil ver alguma solução a curto e médio prazo. Neste ínterim, a população sofre e morre.

A Lista Mundial da Perseguição tem este triste e apavorante diagnóstico:

“A contínua guerra civil na Síria tornou o país um terreno fértil para a perseguição aos cristãos. A agitação, que estava começando a diminuir, foi exacerbada pela crise econômica causada pela COVID-19. Muitos cristãos ainda estão deslocados internamente ou são refugiados em outros países como resultado de uma década de guerra e do crescente extremismo islâmico. No Norte da Síria, a invasão das forças turcas no final de 2019 causou maior instabilidade e parece ter sido usada por alguns extremistas islâmicos como disfarce para atacar os cristãos. Em áreas controladas por grupos extremistas islâmicos, as expressões públicas do cristianismo são proibidas e a maioria das igrejas foi fechada ou destruída. Em áreas controladas pelo governo essa ameaça é menor – mas ainda há sequestros de jovens cristãos por dissidentes islâmicos, incluindo militantes do Estado Islâmico ainda ativos.” P. 32.

Apesar dos pesares, a igreja do pastor Edward tem um hospital onde atende várias pessoas, ajudando-as a enfrentarem o calamitoso momento de guerra, mortes e mutilações. Desta forma, a sociedade civil vai notando o quanto os cristãos são importantes, prestativos, pacíficos e determinados a reconstruir a nação, para o bem não somente deles próprios, mas de todos, inclusive dos muçulmanos. 

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: Perdão Incondicional de Uma Viúva no Quênia

Quênia, país africano de maioria cristã, mas isto não impede que muçulmanos extremistas ataquem e assassinem os cristãos.

“Extremistas religiosos de países vizinhos encontram cada vez mais adeptos entre a população islâmica e pobre do Quênia. A fé cristã é equiparada a um grande mal vindo do Ocidente rico, uma imagem que não condiz com a realidade e é construída com o objetivo consciente de se criar inimizade entre os povos. Cada vez mais ataques mortais acontecem contra estudantes cristãos, igrejas e pastores.”

Gladis, teve o seu marido brutalmente assassinado por muçulmanos extremistas, por pregar o cristianismo. Ele era um médico dedicado a comunidade, que a todos ajudavam, independente de religião.

Sua esposa perdoo os assassinos do seu marido, pois crê, que por mais terrível e absurda que tenha sido a morte do seu amado esposo, ela estava debaixo da soberania divina, que nada deixa escapar, e que sempre redunda em um bem maior, mesmo que ela não possa vislumbrar num primeiro momento. Os seus filhos, obviamente, sofreram bastante.

Ela relata que a animosidade entre cristãos e muçulmanos não existia antes, mas que nos últimos anos, elas foram alimentadas pelo extremismo. Antes fieis de ambas as religiões frequentavam os mesmos lugares, tinham uma cordial convivência.

Após a morte do seu parceiro...

“Infelizmente, pouco depois, o nível de violência em nosso país aumentou muito, e os pastores começaram serem mortos em suas igrejas. Cristãos que viajavam nos ônibus eram arrastadas pra fora, e assassinados por causa da sua fé. Em certa região as pessoas batiam na porta, e quando alguém abria, era assassinado, só pelo fato de ser cristão. Esses atos violentos são praticados na frente das crianças. Diante das esposas. Isso é realmente assustador.”

Gladis dedica-se a ajudar outras viúvas na superação da perda. O seu coração não guarda ódio nem rancor contra os agressores. Ela sabe por experiência que o perdão e a fé em Deus curaram a sua alma.  

Num país pobre e corrupto como o Quênia, a realidade presente e futura mostram-se sombrias. O extremismo islâmico com vários grupos terroristas tem se espalhado como fogo em boa parte do continente africano.

Segundo a Lista Mundial da Perseguição 2021:

“No Quênia, o cristianismo é a religião majoritária, mas isso não im­pediu a propagação da perseguição. Particularmente, cristãos de origem muçulmana nas regiões nordeste e costeira vivem sob constante ameaça de ataque – mesmo dos familiares mais próximos. Cristãos foram ataca­dos e forçados a fugir das aldeias, e o grupo extremista islâmico Al-Sha­baab se infiltrou na população local para monitorar as atividades dos cristãos nessas áreas.

No entanto, o crime organizado também é um problema sério. Fun­cionários corruptos muitas vezes não tomam medidas contra os persegui­dores – aumentando o potencial de novos incidentes contra os cristãos.

Para os cristãos no Quênia, a vida diária é cheia de pressão. E em algumas regiões como o Nordeste, onde o Al-Shabaab é uma ameaça constante, a vida da igreja e da comunidade é muito difícil e também pode incluir a ameaça de violência.” P. 106.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: A Face da Perseguição na República Centro-Africana

Até mesmo em alguns países onde os cristãos são maioria (90%), eles são atacados por grupos muçulmanos extremistas.

Já ouviu falar no grupo islâmico Seleka? Este grupo com a ajuda de muçulmanos das nações vizinhas, tem arrasado a República Centro-Africana. Pastores, padres e os cristãos em geral, têm sofrido grandemente com as investidas violentas dessa horda de sangrentos soldados que querem islamizar toda a região, pois não suportam a realidade de que a maioria ali, não seguem os ditames do islamismo.

Assim começa o relato do pastor Jean Marc neste, sobre um dos ataques sofridos:

“O que aconteceu foi muito ruim. Há igrejas que foram totalmente queimadas. Centenas de igrejas queimadas. Os bens da igreja foram roubados. E, então, eles foram usados como carros de guerra. Os itens da igreja, os instrumentos, tudo foi roubado, até os bancos onde os membros se sentavam para celebrar os cultos. Eles foram usados como madeira para fazer fogo e esquentar comida. Além disso, houve crimes, abusos de mulheres e meninas. E eles mataram pastores e padres. Essa é a primeira vez que as pessoas atacam autoridades religiosas na República Centro-Africana.”

A coisa começou a ficar feia para os cristãos, a partir de 2012. O documentário relata:

“Os cristãos, que na população são a maioria, nunca antes tinham vivenciado perseguição. Isso mudou em dezembro de 2012, quando muçulmanos do Seleka começaram a atacar o governo. Desde então, os cristãos têm sido perseguidos.”

Muçulmanos da República, numa coalisão com os muçulmanos do Chade, Sudão e Darfur, em sua tomada de poder “mataram os pastores e padres, e roubaram os cristãos. Também roubaram todas as lojas dos cristãos e queimaram os campos dos cristãos. Eles destruíram tudo. Mas nenhuma loja muçulmana foi tocada. As propriedades dos muçulmanos ficaram intactas. Para nós, havia um fundo religioso escondido por trás desses atos. Eles queriam islamizar o país. Nós, cristãos, sabemos disso e sabemos que essa é uma guerra religiosa. Eles querem colocar nosso país, sob domínio muçulmano’, relata o pastor.

Esses ataques causaram um caos sem precedentes no país, fazendo com que 150 mil pessoas se tornassem refugiadas. Não houve ajuda do governo, que tinha poucos soldados. A Cruz Vermelha não dispunha de alimentos para os refugiados. O sofrimento era atroz. Some-se a essa confluência de coisas ruins, as estradas ainda estavam bloqueadas pelos muçulmanos do Seleka, visto que “eles queriam que os cristãos ficassem onde estivessem, sem poder se descolar”.

A violência perdura até hoje. Outros grupos extremistas surgiram, o Seleka se dividiu. Os cristãos vivem numa apreensão intensa, temendo novos ataques e chacinas, pois não sabem o que acontecerá no dia de amanhã. Falta de moradia, de roupas, de comida, tudo isso faz parte do pacote deixado pelo Seleka. A anarquia tem reinado, com bombas sendo jogadas, pessoas queimadas, extorsões e pouca assistência das autoridades.

Um imã muçulmano acusou o Seleka de ser criminoso. Este líder muçulmano teve que se se esconder, pois o Seleka mata qualquer um que não concorde com as duas diretrizes. A igreja o ajudou a fugir.

De acordo com o pastor: “Durante esses acontecimentos, os cristãos oraram e ajudaram os muçulmanos [que nada tinham a ver com o Seleka] quando os Anti-Balaka [grupo inimigo do Seleka] começaram a atacá-los. Eles protegeram e esconderam os muçulmanos. Nossos irmãos alimentaram os muçulmanos e ajudaram a enterrar os que foram mortos, pois os muçulmanos não podiam mais sair de casa.”

A realidade é que os muçulmanos pacíficos e ordeiros também acabaram sofrendo nas mãos desses grupos extremistas, assim como muitos muçulmanos têm sido mortos pelo Estado Islâmico no Oriente Médio. 

sábado, 23 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: Helen Berhane Continua Louvando ao Senhor

A cada dia se avoluma o número de pessoas, sendo cristãs ou não, que são vítimas de violações dos seus direitos inalienáveis de consciência, religião e também irreligião. Os ataques as pessoas que não querem comungar com o islamismo não param, são constantes.

A Eritreia é mais país africano e de maioria muçulmana, em que os cristãos sofrem estúpidas perseguições. Divulgar a fé cristã ou qualquer outra cosmovisão religiosa que não seja o islamismo, é bastante temerário e perigoso.

De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2021:

“Cristãos de denominações não tradicionais enfrentam perseguição mais dura na Eritreia, tanto do governo como da Igreja Ortodoxa Eritreia, que é a única denominação cristã reconhecida pelo governo e rigidamente controlada pelas autoridades.

As forças de segurança do governo monitoram ligações, examinam atividades e conduzem incontáveis ataques que visam cristãos, apreendem materiais cristãos e desfazem igrejas domésticas. Os cristãos podem ser presos e encarcerados sem julgamento. Muitos cristãos são mantidos em prisões desumanas por causa da fé, e os familiares ficam sem saber onde estão ou se ainda estão vivos.

Havia esperança de que um acordo de paz com a Etiópia melhoraria a observação dos direitos humanos na Eritreia, mas há poucos indícios disso – e os distúrbios na fronteira entre os dois países no outono de 2020 ameaçam a estabilidade. A violência continua a piorar na Eritreia.” P. 20.


No presente documentário, Helen Berhane vem provar a implacável intolerância perpetrada pelas autoridades da Eritréia para com os seus cidadãos cristãos.

“Helen, de Eritréia, é cantora. Ela foi capturada na sua terra natal, foi interrogada muitas vezes e, finalmente, torturada, e ficou presa por anos. A razão: Helen cantava para as pessoas nas ruas e contava sobre sua esperança em Jesus Cristo.

De acordo com a organização interdenominacional Portas Abertas, a Eritréia faz parte dos 10 países em que os cristãos são mais reprimidos e perseguidos.

Há mais de 20 anos, o país leste africano comemorava sua independência do vizinho Etiópia. Desde então, os direitos dos eritreus têm sido cada vez mais limitados: eles não podem praticar sua fé, nem visitar a igreja que desejam. Apesar de muitos cristãos orarem pelo país e se preocuparem com os outros, as autoridades têm medo deles e os vigiam o tempo todo.

Helen também queria encorajar seus vizinhos. Ela nunca pensou que o seu amor por eles lhe traria perseguição.”

Ela passou quase três anos presa (num contêiner), sendo duramente torturada. Muitas vezes espancada, ao ponto do seu corpo começar a tremer sem parar. Mas ela não cedeu. Foi mandada para morrer no hospital, mas surpreendentemente sobreviveu. O seu relato é chocante:

“Quando nós, os presos, chegamos ali [na prisão], eu vi 23 contêineres marítimos. Esse contêiner estava tão sujo. Imediatamente, nós todos começamos a nos coçar. Nós perguntamos: ‘Onde está o banheiro?’ Disseram: ‘Aqui não tem banheiro.’ Vieram com uma lata para que pudéssemos usar como banheiro. Nós pedimos luz, pois estava totalmente escuro. Falaram: ‘Não tem luz’. Então, quando anoiteceu, ficou extremamente frio. Realmente, muito frio. Durante o dia era muito quente. Você não podia se apoiar em lugar nenhum. Todos ficavam no meio. Uma menina começou a ter um colapso no chão. Ver aqueles jovens daquela forma era simplesmente horrível. Eles me perguntaram: ‘Helen, o que devemos fazer?’ Mas eu estava tão chocada quanto eles, pois eu nunca tinha vivenciado algo assim.”

Ela escreveu um livro, onde conta detalhadamente a sua história, lançado no Brasil, com o título de Canção da Liberdade, pela Editora Vida.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: O Nome Sobre Todo Nome - Pastor Atacado na Indonésia


Ainda há quem acredite que a Indonésia é um grande exemplo de tolerância religiosa que deve ser copiado pelos outros países muçulmanos. Apesar de sua constituição garantir liberdade de culto e de religião, a realidade do dia a dia dos cristãos por lá, é bem outra. Como dizem: papel aceita tudo. Na teoria tudo é bonito e bem amarrado, e segue os ditames dos direitos humanos.

Este pequeno documentário que traz o relato de um pastor indonésio, mostra uma realidade que os meios de comunicação mainstream não tem a mínima vontade de expor, a despeito de saberem o que se passa por lá.

Eis um pouco da realidade nua e crua pela qual passam os cristãos:

“Propagar o cristianismo nesse país de maioria muçulmana. Oficialmente, no país independente asiático existe a liberdade religiosa. Mas apesar disso, os cristãos ainda são, em diversos lugares discriminados e perseguidos. A situação é difícil, especialmente para os muçulmanos que se tornam cristãos. Eles são frequentemente expulsos e deserdados de suas famílias. Além disso, nos últimos anos o fundamentalismo islâmico se tornou ainda mais forte. Na província de Aceh, por exemplo, desde 2001 a sharia é aplicada como lei. A situação também agravou-se contra os cristãos em outras regiões. Em 2021, pelo menos 50 igrejas foram fechadas pelas autoridades. Algumas foram destruídas. E não é só isso. Os cristãos também são cada vez mais, vítimas de ataques. Em 2013, mais de 200 pessoas foram mortas.”

Pastor Michael era animista e se tornou cristão. Daí começaram as perseguições, ao ponto dele ter sido cortado com um facão. Ele sobreviveu. E continua a divulgar a sua fé.

“Os irmãos da fé, que antes eram muçulmanos e que se converteram ao ouvir meu testemunho, agora são agredidos. Na Indonésia isso não é divulgado. É feito secretamente. Quando eu visito um muçulmano, ou ele vem me visitar, é perigoso para ambos. [...] Quando um deles decide aceitar Jesus é consciente que pode até ser expulso de sua família. Às vezes as igrejas que começam a frequentar são atacadas por extremistas muçulmanos e os pastores, perseguidos. A reação dos indonésios quando eu proclamo as boas-novas da salvação em Jesus é muito violenta. [...] Para eles, tudo é válido e permitido para pressionar aqueles que apresentam Jesus a seus companheiros. E que tem essa coragem enfrenta perigos. Pedras são jogadas nas igrejas e casas onde acontecem cultos e reuniões de oração. Usualmente esses lugares são destruídos.”

Mesmo sendo gravemente ferido, perdendo litros de sangue e ter ido parar no hospital, o pastor Michael perdoo os seus agressores, pois afirma não ter raiva, ódio ou qualquer animosidade contra os muçulmanos radicais que o atacaram. O seu pacifismo até rendeu algumas conversões. Ele quer apenas ter a liberdade de viver a sua fé em paz, e anunciar o porquê de crer no crê. O difícil são muçulmanos indonésios entenderem isso, que para nós, é algo tão natural e simples. Eu divulgo a minha fé ou ceticismo, e os outros também, e, assim, vamos para o campo de batalha – batalha verbal, das ideias, do intelecto, sem nunca partir para as agressões físicas. Este é o verdadeiro ideal a ser buscado e defendido sempre. E outro ponto não menos importante: não recorrer as brechas da lei, para processar quem contestar a sua religião. 

domingo, 17 de outubro de 2021

Faces da Perseguição: Jesus, a Esperança das Viúvas na Nigéria

Pequeno documentário sobre a brutal perseguição que os cristãos sofrem na Nigéria.

Tabitha, uma viúva cristã, teve o seu marido torturado e morto por muçulmanos em 2001. Ela conta que até esse ano, os cristãos e muçulmanos viviam em paz, frequentando os mesmos lugares, sem animosidades. Porém, tudo mudou. Os muçulmanos resolveram acabar com os cristãos no país.

O documentário inicia com estas tristes palavras dela:

"Os radicais islâmicos na Nigéria, nunca atacam de manhã ou à tarde. Não, eles vêm à noite, às duas ou três horas. Esse é o tempo certo pra eles. Eles sabem que nesse horário, não temos como nos defender, e quando eles atacam uma aldeia, eles matam pai, mãe, filhos. Então [a] você só resta chorar. Acabou, tudo acabou. Alguns deles matam tudo que encontram pela frente. Matam duas ou três crianças, queimam casas, queimam todo o alimento que está na casa, tudo é queimado. Se você consegue se salvar, você só tem a roupa que está no corpo, e isso é tudo.”

A Nigéria está entre os vinte primeiros países onde a perseguição aos cristãos é intensa, por causa das cruéis e costumeiras chacinas promovidas por grupos islâmicos radicais.

“Nesse país do Oeste africano, a milícia radical Boko Haram luta, há muito tempo, contra o Estado e contra os cristãos. Há muitos mortos e feridos. O nome dele significa ‘a educação ocidental é proibida’. Eles querem que a Nigéria se torne um Estado islâmico. A lei islâmica, a sharia, já domina no norte da Nigéria desde a virada do milênio, enquanto o sul do país é dominado por cristãos. Através dos ataques do Boko Haram e de outros grupos extremistas que se encontram no norte, centenas de igrejas já foram queimadas e milhares de cristãos foram assassinados.”

Tabitha expõe a diferença crucial entre a sua fé cristã e a fé muçulmana:

“Na região que eu moro a doutrina cristã e a doutrina muçulmana são diferentes. A doutrina deles diz: ‘Você só deve amar um irmão muçulmano, ame apenas os seus irmãos muçulmanos. Mas você não deve amar nenhum infiel, ele é seu inimigo. Mas a minha Bíblia não diz isso. Eu não sei de onde eles tiram esses ensinamentos, eles dizem que nós, cristãos, somos seus inimigos. Por isso eles querem nos matar, e acreditam que se eles matarem cristãos, então, irão para o céu. Além disso, acreditam que quando eles lutam, estão ajudando Deus a lutar contra os seus inimigos. Eu não conheço esse tipo de religião e esses ensinamentos religiosos, mas a minha fé não me diz isso. Até mesmo Deus diz: ‘Ame os seus inimigos, ame seus inimigos’. E então eu tomo coragem para dizer pra mim mesma: ‘Você deve amar os muçulmanos, pois se você não os amar, não pode contar a eles o que Jesus fez na cruz por você...’”

É com tristeza que frequentemente vemos informações vindas da Nigéria, que noticiam a destruição de igrejas e massacres horrendos de cristãos pelo Boko Haram. Foi-se o tempo em que os cristãos podiam viver com alguma tranquilidade nesse país. Os grupos terroristas estão exterminando não somente os cristãos, mas também toda a religiosidade fetichista nigeriana, da qual a religiosidade brasileira tanto bebeu.

domingo, 26 de setembro de 2021

Ateus no Mundo Muçulmano

Para quem coloca o cérebro para funcionar o mínimo que seja, o islã não sobrevive ao menor dos escrutínios. O resultado nós vemos aí: muitos apóstatas. Estes acabam sofrendo as horrendas consequências da perseguição que se abate sobre eles, pois a própria doutrina islâmica tem ensinos concernentes a combater com a força bruta os renegados da religião. Os cristãos são um povo bem conhecido em ser vítimas dessas criminosas chacinas feitas, incentivadas por Maomé e seu livro sagrado. Saltam aos olhos todas as semanas, notícias de cristãos mortos, perseguidos e brutalizados, nos países de maioria muçulmana. Mas não é só eles que sofrem as agruras da apostasia. Os ateus são um grupo crescente nos países muçulmanos. Eles são considerados inimigos da religião e do estado. Agitaram um vespeiro. Portanto, devem ser combatidos também. A despeito da intolerância, eles estão crescendo. E isto é muito bom.

Daniel Pipes, especialista em Oriente Médio e Ph.D em História em Harvard, traz informações que mostram o quanto o ateísmo tem crescido entre os muçulmanos.

“[...] declarar-se abertamente ateu [num país muçulmano] convida a punições que vão do ostracismo ao espancamento, ao despedimento, à prisão e ao assassinato. As famílias veem os ateus como manchas em sua honra. Os empregadores os consideram indignos de confiança. As comunidades os veem como traidores. Os governos os veem como ameaças à segurança nacional. Para que isso não pareça absurdo, as autoridades percebem que o que começa com decisões individuais se transforma em pequenos grupos, ganha força e pode culminar na tomada do poder. Na reação mais extrema, o Reino da Arábia Saudita promulgou regulamentos antiterroristas em 7 de março de 2014, que proíbe ‘Chamar o pensamento ateísta de qualquer forma, ou questionar os fundamentos da religião islâmica em que este país se baseia.’ Em outras palavras, o livre-pensamento equivale a terrorismo.

De fato, muitos países de maioria muçulmana punem formalmente a apostasia com execução, incluindo Mauritânia, Líbia, Somália, Iêmen, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Afeganistão, Malásia e Brunei. As execuções formais tendem a ser raras, mas a ameaça paira sobre os apóstatas. [...] A violência vigilante também ocorre no Paquistão, pregadores convocaram turbas para incendiar as casas dos apóstatas.

[...]

Momen, um egípcio acrescenta: ‘Meu palpite é que toda família egípcia contém um ateu, ou pelo menos alguém com idéias críticas sobre o Islã.’ A professora Amna Nusayr, da Universidade al-Azhar, afirma que 4 milhões de egípcios deixaram o Islã. Todd Nettleton descobriu que, segundo algumas estimativas, ‘70 por cento do povo do Irã rejeitou o Islã’.”

Khaled Diab, jornalista ex-muçulmano e ateu, traz estas informações:

“Em países onde o ateísmo é proibido - é punível com a morte em países como o Irã e a Arábia Saudita - muitos devem manter seu ceticismo em segredo não apenas da família, mas também da sociedade. Na Arábia Saudita, uma das teocracias mais repressivas do mundo, os culpados de ateísmo ou ‘apostasia’ podem ser açoitados impiedosamente ou receber a pena de morte. Por exemplo, em 2017, um homem, nomeado na mídia como Ahmad Al-Shamri, que supostamente renunciou ao Islã e a Maomé nas redes sociais, foi condenado à morte."

"Embora o Egito seja mais aberto e tolerante do que a Arábia Saudita, também não é um paraíso para os ateus. [...] Por um lado, a constituição, pelo menos retoricamente, garante absoluta liberdade de crença e não há leis que proíbam explicitamente o ateísmo ou apostasia. Isso permite que alguns ateus expressem abertamente sua rejeição à religião, sem qualquer dano infligido à sua pessoa ou liberdade. Por outro lado, o Egito tem leis de blasfêmia draconianas que são exploradas por alguns elementos do estado e advogados islâmicos vigilantes em cruzada para reprimir e perseguir de forma seletiva e aleatória alguns céticos e ateus.”

Francesca Paci, jornalista com trabalhos focados no Islã e Oriente Médio, em sua matéria, diz o seguinte:

“De acordo com uma recente pesquisa do Barômetro Árabe em 10 países diferentes no norte da África e no Oriente Médio, os árabes, um quinto do mais de um bilhão e meio de muçulmanos mundo, estão cada vez mais inclinados a questionar o próprio credo. [...] um jovem em cada cinco não reconhece a dimensão confessional como fulcro da própria identidade.

[...]

Riad [capital da Arábia Saudita] julga o ateísmo equivalente ao terrorismo, enquanto o Egito de Al Sisi, em parceria com a Universidade de Ahzar e a Igreja ortodoxa, jurou lutar contra ‘uma moda’ que um jornal local de alguns anos atrás estimava já ter infectado 3 milhões de jovens.”

A jornalista Natalia Román traz a seguinte notícia:

“A Tunísia, onde em 2011 teve início a ‘Primavera Árabe’, tornou-se, seis anos depois, o primeiro país do mundo árabe muçulmano a autorizar uma associação que defende um dos maiores tabus do islã: o ateísmo.

Formada por mais de 400 membros que se declaram ‘agnósticos e ateus’, a associação, chamada de ‘Livres Pensadores’, tem como objetivo principal ‘garantir os direitos daqueles que não se sentem religiosos’.

‘Promovemos nossa visão da sociedade, questionamos a hegemonia da religião e mostramos que, além de muçulmanos, judeus, cristãos e bahais, também há quem não é religioso’, disse à Agência Efe Munir Baatour, advogado e membro da associação.

[...]

Sob essas premissas, e diante de um Parlamento dominado pelo partido islamita moderado Ennahda, pilar da coalizão que governa o país, e um movimento jihadista estabelecido (a Tunísia é a quarta nação do mundo em número de combatentes radicais), a associação admite que sua tarefa é titânica e perigosa.”

Matéria da BBC:

“Ser ateu no Paquistão pode ser fatal. Mas, a portas fechadas, os descrentes estão se juntando para apoiar uns aos outros. Como eles sobrevivem em uma nação onde a blasfêmia carrega uma sentença de morte? [...] Em junho deste ano, [...] Taimoor Raza foi condenado à morte por uma publicação no Facebook. [...]Para Omar [ateu], o governo está em guerra com os blogueiros ateus. ‘Um amigo meu costuma escrever contra o fundamentalismo religioso. Nós administrávamos o grupo (online) juntos. Eu fiquei sabendo que ele foi brutalmente torturado. Uma vez que você é sequestrado, há uma grande chance de seu corpo voltar em uma mala’, diz.

[...]

‘Querido diário. Algumas pessoas chamaram de prisão, mas foi um sequestro. Fui mantido em cárcere durante 28 dias. Eles não se identificaram, mas tenho certeza que eram militares. Foram oito dias de tortura e 20 dias para me recuperar. O meu corpo inteiro ficou preto. Eles me fizeram assinar uma declaração dizendo que me arrependi do que eu fiz e que não me envolveria blogs políticos ou religiosos. E que minha família poderia se tornar um alvo, caso eu falasse com a imprensa’, escreve Hamza, blogueiro e fundador de um fórum online sobre ateísmo.

"A Justiça no Egito condenou o estudante Karim Ashraf Mohammed Al-Banna, de 21 anos, a três anos de prisão por 'insultar o Islã', depois que ele usou o Facebook para declarar que é ateu. O jovem já tinha sido criticado por suas visões ateístas. Durante o julgamento, seu próprio pai testemunhou contra ele."

Ativistas proeminentes que deixaram o Islã e hoje são ateus ou agnósticos, são a Ayaan Hirsi Ali, Wafa Sultan e Ibn Warraq.

Que apareçam mais.

Não sou ateu, mas qualquer cosmovisão é melhor que a religião islâmica, visto que esta promove a violência desde sempre. 

É muito bom viver em uma sociedade, onde podemos expressar as nossas convicções religiosas, ateísticas, filosóficas, sem ter medo de ser preso, ou até ser morto por isso. Lutemos pela liberdade de expressão. E é sempre bom atentar, que essa liberdade é você ter o direito de ofender as opiniões alheias e ser ofendido também. Se a liberdade de expressão não abarcar isso, ela não passa de conversinha furada.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

O Multiverso é Real e Elimina a Existência de Deus?

O universo está ajustado de maneira tão refinada e precisa, para que a vida dele emergisse, que qualquer mudança mínima que houvesse, nós não estaríamos aqui. Na verdade, quaisquer alterações milimétricas seriam o suficiente para que nenhuma forma de vida surgisse. Não podia haver erro algum, tudo teria que ser perfeitamente sintonizado. Todos os elementos do universo foram interdependentes, para que vida se formasse. As constantes antrópicas foram/são extremamente precisas. Nível de oxigênio, gravidade, força nuclear forte, força nuclear fraca, força eletromagnética, pressão atmosférica e mais de 100 constantes, provam a fineza com o que o universo foi formado, permitindo o surgimento da vida humana. O universo está equilibrado na corda bamba, em face da precisão dessas constantes cosmológicas. Lembre-se, basta alterar de maneira extremamente sensível (a nível subatômico) qualquer uma delas, para que a vida vá para o buraco.  

A Sintonia Fina do Universo é um dos argumentos mais corriqueiros dos apologistas cristãos, para mostrar a razoabilidade da existência de Deus. Não há tolice aqui! Ninguém diz que a sintonia prova que Deus existe. O que eles dizem é que a sintonia é totalmente compatível com um universo teísta. Ela é uma evidência, indício, pista... Ela insinua... Ela sugere... É um fio condutor. Ela se encaixa com a crença em Deus. Pode-se inferir legitimamente que a sintonia traz implicações teístas. Ela sugestiona um planejamento. Ela é consonante com a ideia de um Criador. Em conjunto com outras evidências encontradas, ela torna-se um argumento que não pode ser ignorado, dado que as probabilidades matemáticas envolvidas são uma forte evidência de organização não aleatória.

Diante das inferências teológicas da sintonia, não demorou para que alguns ateus a contestasse, apelando para a teoria do Multiverso, Mundos Paralelos, Teoria das Cordas, Universos Paralelos, Muitos Mundos. Isto é, se existem milhões e bilhões de universos além do nosso, em pelo menos um deles, a vida inteligente surgirá, e calhou de ser em nosso universo, e por isso estamos aqui falando sobre esse incrível tema.

"Hoje muitos físicos usam o conceito de 'multiverso' para explicar coincidências que de maneira diferente seriam inexplicáveis, como a razão pela qual as forças têm a intensidade que possuem, permitindo a existência de átomos e da vida." P. 183. - Joanne Baker, Ph.D em Física na Universidade de Sydney.

BAKER, Joanne. 50 Ideias de Física Quântica Que Você Precisa Conhecer. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2015.

“‘No passado, muitas ideias pareceram tão loucas quanto essa ao serem propostas pela primeira vez’, conta o físico teórico do momento, Brian Greene, autor de O Universo elegante. ‘Einstein não acreditava em buracos negros, embora fossem decorrentes de suas equações. Hoje, ninguém os questiona. Agora a matemática indica que poderiam existir outros universos além do nosso.’” P. 338-339.

KUKSO, Federico. Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre Ciência. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2019. (PDF).

Dois Físicos proeminentes, Hawking (Professor de Matemática na Universidade de Cambridge) e Mlodinow (Ph.D em Física na Universidade da Califórnia), são dois ateus que defendem que o Multiverso descarta por completo Deus como o Criador.

“Nosso universo e suas leis parecem ter um design que é ao mesmo tempo feito sob medida para nos apoiar e, se quisermos existir, deixa pouco espaço para alterações. [...] Muitas pessoas gostariam que usássemos essas coincidências como prova do trabalho de Deus. [...] Mas, assim como Darwin e Wallace explicaram como o projeto aparentemente miraculoso de formas de vida podia aparecer sem intervenção de um ser supremo, o conceito de multiverso pode explicar o ajuste fino das leis físicas sem a necessidade de um criador benevolente que fez o universo em nosso benefício”. P. 96, 97.

HAWKING, Stephen; MLODINOW, Leonard. O Grande Projeto. São Paulo: Nova Fronteira, 2011. (PDF).

O Multiverso é real ou não? Pode ser. Não há unanimidade entre os pesquisadores. Mas acontece que por mais fascinante que seja a existência de outros supostos universos, parece que até o momento não passa de especulação, por mais que grandes Físicos estejam trabalhando nessa hipótese. E mesmo admitindo que exista o Multiverso, ele passa longe de ser uma evidência em favor do ateísmo. Alguns até dizem que ele seria mais uma pista que favorece a crença em Deus, solapando o entusiasmo de Hawking e Mlodinow, que meteram os pés pelas mãos, em pensar que tais universos ratificam a sua cosmovisão naturalista, que não consegue se sustentar, a não ser apelando para suposições metafísicas, mesmo que eles contraditoriamente digam no início de seu livro, que "a filosofia está morta".  

Para Deborah B. Haarsma, Ph.D em Astrofísica no MIT, o Multiverso não é incompatível com a existência de Deus, e carece de experimentos que o corroborem.

“A Teoria das Cordas sugere que há um tipo de universo-mãe, a partir do qual muitos universos poderiam se formar, em diversos Big Bangs. Trata-se de uma teoria matemática que não foi testada experimentalmente.

No entanto, é interessante pensar sobre como essas ideias de ponta podem interagir com a minha fé. Se realmente houver um universo-mãe, ou ‘multiversos’, isso sugere a existência de muitos universos além do nosso. Esses universos poderiam ter um espectro diferente de leis físicas. Talvez o nosso seja apenas aquele no qual todas as forças estão equilibradas exatamente do modo correto para colher a vida, e, assim, existam muitos outros universos lá fora que sejam estéreis. Se isso for verdade, poderia explicar algo da sintonia fina que vemos em nosso universo.

Eu posso conciliar a ideia de um multiverso com minha compreensão de Deus. Por um lado, estou pronta para seguir o que quer que o universo nos mostre sobre a sua formação, continuando a ver Deus como o Criador de tudo. De todo modo, ainda precisamos de um universo-mãe para receber a sintonia fina, pois ele deve ser capaz de produzir universos com um certo espectros de propriedades. O multiverso não elimina inteiramente o argumento da sintonia fina.

Por outro lado, também me sinto confortável com a ideia de que Deus fez apenas um universo, mesmo que jamais possamos explicar o que Deus fez no primeiro instante. Há uns poucos experimentos, aguardando serem postos em prática nos próximos anos, que podem dar alguma substância a essas diferentes teorias. Estou esperando para ver os resultados dessa investigação e, também, o que o próprio universo nos diz sobre como Deus o fez.” P. 140-141.

BANCEWICZ. Ruth (Org.). O Teste da Fé. Viçosa, MG: Ultimato, 2013.

Jeff Zweerink, Ph.D em Astrofísica na Universidade Estadual de Iowa, EUA, argumenta que o Multiverso é mais compatível com a cosmovisão teísta.

“As ambiguidades científicas atuais na avaliação de modelos de multiversos impactam argumentos apologéticos para a existência de Deus. Em vez de focar na existência de um multiverso, a questão chave torna-se: ‘Os modelos multiversos se encaixam mais confortavelmente em uma cosmovisão cristã e teísta ou em uma cosmovisão ateísta do naturalismo estrito?’ Três áreas principais em que essas duas cosmovisões diferem estão relacionadas à origem do universo (argumento cosmológico), design no universo (argumento teleológico) e consciência (argumento da razão). Inicialmente, os modelos de multiversos pareciam a base da segunda premissa do argumento cosmológico, a saber, que o universo começou a existir. Por exemplo, os multiversos inflacionários do big bang, esse universo ainda tem um começo, mas o mecanismo da inflação produziu novos universos para sempre no futuro. Os cosmológos achavam que esse processo poderia se estender para sempre no passado também; se for verdade, nosso universo começaria, mas o multiverso seria eterno. A pesquisa finalmente demonstrou que qualquer modelo de multiverso inflacionário capaz de explicar o universo também deve ter um começo, fortalecendo ainda mais o argumento cosmológico para a existência de Deus. A maioria dos cosmólogos agora concorda que o reino físico (não apenas o universo, mas todo o multiverso) começou a existir.

[...]

Em suma mesmo que exista um tipo de multiverso, as pesquisas mais recentes indicam que ele começou a existir, o que demonstra evidências de design para a humanidade e parece exigir uma mente (que existe além do multiverso) para explicar a consciência. Em vez de apoiar o argumento para uma cosmovisão naturalista e ateísta, esses resultados defendem fortemente uma cosmovisão teísta e sobrenatural semelhante ao judeu-cristianismo.” P. 518-519.

COPAN, Paul; LONGMAN III, Tremper; REESE, Christopher L.; STRAUSS, Michael (Orgs). Dicionário de Cristianismo e Ciência. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2018. 

Edward Harrison, Cosmólogo e membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência, usa a Navalha de Ockam:

“O ajuste fino do universo fornece evidência, prima face de projeto deísta. Faça sua escolha: acaso que requer uma multidão de universos ou projeto que requer apenas um [...]. Muitos cientistas, ao admitirem os seus pontos de vista, se inclinam em direção ao argumento teleológico ou projeto [...]. Aqui está a prova cosmológica da existência de Deus — o argumento de projeto de Paley — atualizado e remodelado.” P. 91.

BROOCKS, Rice. Deus Não Está Morto. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.

John Lennox, Professor de Matemática e Filosofia da Ciência na Universidade de Oxford, também apela para a Navalha:

“[...] muitos cientistas têm a sensação de que uma explicação que envolve universos não detectáveis, e, além disso, representa uma extrema violação do princípio da Navalha de Ockham de buscar teorias que não envolvam a multiplicação de hipóteses desnecessárias, vai muito além da ciência e acaba na metafísica. Há muita especulação e poucas evidências.” P. 309.

Multiverso e Deus, não se excluem.

“[...] essas duas opções não são mutuamente excludentes, embora sejam em geral apresentadas como se fossem. No fim das contas, universos paralelos poderiam ser a obra de um Criador. P. 94.

John Polkinghorne, ex Professor de Física na Universidade de Cambridge.

“Vamos reconhecer essas especulações pelo que elas são. Não são físicas, mas sim, no sentido mais estrito, metafísicas. Não há uma razão puramente científica para crer num conjunto de universos. Por sua construção, esses outros universos não podem ser conhecidos por nós. Uma explicação possível com igual respeitabilidade intelectual — e a meu ver com mais economia e elegância — seria a de que este mundo é como é porque é a criação da vontade de um Criador que pretende que ele assim seja.” P. 309.

Christian de Duve, Nobel de Medicina, mesmo não sendo um pesquisador profissional do tema, mostra que o Multiverso não anula a grande significância do nosso universo, de onde brotou a mente.

“Independentemente de quantos universos alguém postule, o nosso nunca poderá ser reduzido à insignificância pela magnitude desse número [...] o que para mim parece ter suprema importância é que no fim das contas exista uma combinação capaz de fazer surgir a vida e a mente.” P. 94-95.

Até Martin Rees, Astrônomo Real Britânico, que é proponente do Multiverso, admite é uma teoria altamente especulativa.

“Se alguém não acredita no design da providência, mas ainda acha que a sintonia fina precisa de uma explicação, há uma outra perspectiva — uma perspectiva altamente especulativa, de modo que, neste estágio, devo reiterar que estou bem de saúde. É uma perspectiva, porém, que tem toda a minha preferência, embora, em nosso atual estado de conhecimento, qualquer preferência desse gênero não passe de um palpite.” P. 95.

LENNOX, John C. Por Que a Ciência Não Consegue Enterrar Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

Richard Swiburne, Professor na Universidade de Oxford, usa a Navalha:

“[...] seria o cúmulo da irracionalidade postular inúmeros universos apenas para explicar as características particulares de nosso universo quando podemos fazê-lo postulando apenas uma entidade adicional — Deus. A ciência nos requer que postulemos a explicação mais simples dos dados e uma entidade é mais simples que um trilhão.” P. 400.

SWIBURNE, Richard. A Existência de Deus. Brasília, DF: Academia Monergista, 2015. (PDF).

Alister McGrath, Ph.D em Biofísica Molecular em Oxford, que escreveu um livro inteiro sobre a Sintonia, escreve:

“Uma forma de evitar as implicações teístas óbvias da sintonia fina consiste em postular a existência de um ‘multiverso’. De acordo com essa teoria, nosso universo é apenas um entre muitos outros. O universo observável deve, portanto, ser contextualizado no âmbito de um multiverso invisível, infinitamente grande e eterno. Pode ser que nosso universo esteja mesmo sob um regime de sintonia fina, mas não há necessidade de que os outros estejam. Demos sorte. Alguém tinha de acertar na loteria. Não é de admirar que Richard Dawkins, seja favorável a essa teoria!

Contudo, a hipótese do multiverso padece de problemas óbvios [...]. Em primeiro lugar, a distinção entre universo e multiverso é em grande medida semântica. Continua a existir apenas um universo verdadeiro nessa hipótese, se é que o termo ‘universo’ significa o domínio por completo da realidade física interconectada. Se o multiverso hipotético não estiver conectado de modo algum ao universo em particular que observamos de fato, é difícil ver como qualquer lei da física derivada do nosso domínio possa ser aplicada ao multiverso de modo geral. Isso significa que não podemos recorrer a observações do nosso mundo para tirar quaisquer conclusões sobre o multiverso.” P. 100.

MCGRATH, Alister. Apologética Pura e Simples. São Paulo: Vida Nova, 2013.

Em outro livro McGrath revela:

“Hoje a hipótese do multiverso continua pouco mais que um exercício matemático fascinante, mas altamente especulativo. Essa hipótese, talvez de forma não sensata, foi adotada por ateístas ansiosos por solapar a potencial relevância teológica da sintonia fina do universo. Assim, parte da atração da hipótese do multiverso para os físicos ateístas, [...] está no fato de que ela parece evitar qualquer inferência de projeto ou divindade. No entanto, é possível usar em grande medida os mesmos argumentos para sustentar a existência de Deus no caso de um multiverso quanto no caso de um universo, com a hipótese do multiverso sendo consistente com o entendimento de Deus, e não o elemento intelectual destruidor desse entendimento.” P. 113-114.

MCGRATH, Alister. Surpreendido pelo Sentido. São Paulo: Hagnos, 2015.

Ariel Roth, Ph.D em Biologia pela Universidade de Michigan, EUA, dá o seu parecer:

“Seria possível haver outros universos que não conhecemos? Seria possível haver diferentes tipos de universo e em grande quantidade? Tudo isso é possível. Com base na pura força dos números, poderíamos sugerir que existe um número infinito de universos, sendo o nosso o único que por mero acaso veio a ter as características exatas para a existência da vida. Essa ideia tem sido alvo de muitas considerações como resposta para o Universo com finos ajustes no qual vivemos. Simplesmente aconteceu de estarmos no universo correto dentre muitos outros. Tal raciocínio não possui nenhuma força argumentativa e carece de validação. É possível explicar praticamente qualquer coisa com esse tipo de argumento, sendo, portanto, desprezível. Seja lá o que você encontrar, basta dizer que simplesmente surgiu por acaso em um dos infinitos universos. O cerne da questão é onde estariam esses outros universos. Onde estariam as evidências científicas para a existência deles? Parece não haver uma sequer.

[...] O conceito de muitos universos se tornou um campo fértil para muitas cogitações sobre nossa existência, a vida e o cosmos. Não é difícil se perder nessas lucubrações, especialmente quando se pode misturar nelas uma pitada de realidade para fazê-las parecer mais plausíveis.

[...]

Pode-se argumentar que há sempre a possibilidade de existir muitos outros tipos de universos, fornecendo todos os tipos de ideias mirabolantes, mas isso não é ciência; é pura imaginação. [...] É necessário postular um número gigantesco de universos na tentativa de reduzir as inúmeras improbabilidades observadas no Universo com finos ajustes no qual vivemos. Essa sugestão representa uma grave ofensa ao princípio científico conhecido como a navalha de Ockham (também conhecido como princípio da parcimônia). Esse princípio requer que as explicações não se multipliquem além do necessário. A proposta da existência de muitos universos não passa de especulação desenfreada, não é raciocínio cuidadoso baseado em fatos conhecidos.” P. 64-65.

Hugh Ross, Ph.D em Astronomia pela Universidade de Toronto, diz que:

“Esta proposta [do multiverso] é um abuso gritante da teoria da probabilidade. Ela pressupõe os benefícios de uma amostra com dimensões infinitas sem possuir, contudo, qualquer evidência de que exista mais de uma amostra.” P. 65.

ROTH, Ariel. A Ciência Descobre Deus. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2010. (PDF).

William Lane Craig, Ph.D em Filosofia na Universidade de Birmingham, que já escreveu amplamente sobre o argumento cosmológico, também aponta algumas arbitrariedades na hipótese dos Muitos Mundos. Para ele, é apenas uma desculpa sem fundamento para negar que o Ajuste Fino do Universo é poderosamente uma evidência para a existência de Deus.

“O problema é o seguinte: esses outros universos teóricos são inacessíveis a nós e, portanto, não há nenhum meio ´possível de oferecer qualquer evidência de que isso poderia ser verdade. É simplesmente um conceito, uma idéia, sem prova científica. O proeminente cientista e teólogo inglês John Polkighorne a denominou ‘pseudociência’ e ‘adivinhação metafísica’.

E pense no seguinte: se isso fosse verdade, tornaria impossível a conduta racional da vida, porque se poderia justificar qualquer coisa – não importa quão improvável – ao postular um número infinito de outros universos.

[...]

Por exemplo, se você estivesse dando as cartas em jogo de pôquer, toda vez que distribuísse a si mesmo quatro ás você não poderia ser acusado de trapacear, não importa quão improvável fosse a situação. Você poderia simplesmente argumentar que em um conjunto infinito de universos existirá um universo, em que, toda vez que uma pessoa dá as cartas – ela dá quatro a´s para si mesma e, portanto – sorte minha! – acontece de eu estar nesse universo. Veja – isso é pura metafísica. Não há nenhuma pessoa de verdade que acredite na existência desses universos paralelos. O próprio fato de que os céticos têm de inventar uma teoria tão fantasiosa é porque o ajuste preciso do universo aponta poderosamente para um Planejador Inteligente -  e algumas pessoas vão apresentar qualquer hipótese para não chegar a essa conclusão.” P 105-106.

Craig só está errado em dizer que nenhuma pessoa acredita nesses universos fantasmas. Para citar apenas um, o grande Físico Michio Kaku já trabalhava nessa hipótese, quando Craig deu essa entrevista.

STROBEL, Lee. Em Defesa da Fé. São Paulo: Vida, 2002.

Em seu livro, Craig argumenta magistralmente:

“O atual debate sobre o ajuste preciso tornou-se agora um debate sobre a hipótese dos muitos mundos. A fim de explicar o ajuste preciso estão nos pedindo para acreditar não somente que existem outros universos não observáveis, mas que existem um número infinito deles e que eles variam aleatoriamente em suas constantes e quantidades fundamentais. Tudo isso é necessário para garantir que um universo como o nosso, que permita a existência de vida, venha a surgir aleatoriamente nesse conjunto de mundos. A hipótese dos muitos mundos é na verdade um elogio às avessas ao design. Se assim não fosse, cientistas sérios não estariam se reunindo para adotar uma hipótese tão especulativa e extravagante quanto essa dos muitos mundos, a não ser que eles se sentissem absolutamente obrigados a fazê-lo. Assim, se alguém lhe disser: ‘0 ajuste preciso poderia ter acontecido por acaso’ ou ‘O improvável acontece’ ou “É apenas pura sorte”, pergunte a essa pessoa: ‘Se é assim, então porque os opositores do design se sentem obrigados a acatar uma teoria tão extravagante quanto essa da hipótese dos muitos mundos, somente com o intuito de evitar o design.” P. 129.

Craig faz um bombardeio de argumentos de que o Multiverso e o ateísmo são excludentes, e conclui:

“Ironicamente, a melhor das esperanças para os partidários do multiverso é manter que Deus criou o multiverso e ordenou seus mundos, de modo que eles não são aleatoriamente ordenados. Deus poderia dar preferência a mundos observáveis que são precisamente ajustados cosmicamente. Ou seja, para ser racionalmente aceitável, a hipótese dos muitos mundos precisa de Deus.” P. 131.

CRAIG, Willian Lane. Em Guarda. São Paulo: Vida Nova, 2011.

Marcelo Gleiser, ateu e Ph.D em Física na Universidade de Londres, quando perguntado sobre se é razoável a existência de múltiplos universos, respondeu que:

“A ideia do multiverso é a de que o nosso universo não seja o único e de que, além dele, existam múltiplos universos, paralelos ao nosso, nos quais as leis da física seriam, em princípio, diferentes deste nosso universo. A gente não consegue visualizar isso, mas, de forma simplificada, seria imaginar coleções de bolhas de sabão numa sala, e cada uma delas ocupando um espaço diferente, e dentro das quais haveria uma física diferente. Em princípio, não tem nada de errado com essa hipótese: existem outros planetas, existem estrelas diferentes, existem outras galáxias e, se as leis da física podem realmente mudar, e há várias teorias que preveem que elas possam mudar, por que não imaginar que existam outros universos além do nosso, com propriedades diferentes? Essa é uma hipótese super ousada, que traz uma série de problemas complicados para comprová-la ou refutá-la: podemos ou não observar esses universos?. A resposta é não. Não podemos observar esses universos por um motivo simples: toda a informação que recebemos do mundo, da natureza, viaja na velocidade da luz. Então, demora um tempo para a informação chegar até nós. Se olhamos para a lua, estamos vendo-a há alguns segundos no passado. Se olhamos para o sol, estamos vendo-o há oito minutos no passado. Então, toda a informação que recebemos depende da viagem da luz até nós. Isso significa, que como o universo tem uma idade finita de 14 bilhões de anos, só podemos receber informação que tenha viajado na velocidade da luz durante esses 14 bilhões de anos. Tudo o que está além desta bolha de informação – como se fosse o nosso aquário cósmico – não é acessível a nós. E esses universos estão além desses aquários cósmicos. Então, não podemos receber informações deles. E, se não podemos receber informações deles, não podemos comprovar se realmente existem. Então, passam a ser uma hipótese científica que não pode ser comprovada e que representa um problema filosófico supercomplicado.”

O Multiverso pode até existir! Físicos apontam que a matéria escura que permeia praticamente tudo no universo é uma evidência dele. Equações matemáticas realizadas, dizem, também entram na conta das evidências encontradas. Os Universos Paralelos, afirmam alguns, resolveria os paradoxos da escala subatômica, como a dualidade onda-partícula. A matéria escura, cálculos matemáticos, a onda-partícula, seriam evidências substanciais a favor dos Múltiplos Mundos ou ainda estamos no terreno de meras conjecturas metafísicas? Pesquisadores profissionais estão divididos. Admito que é até fascinante e muito louca essa teoria. E não vejo nela, um bom argumento de escape para explicar a sintonia fina do nosso universo para escantear Deus. Os ateus devem apelar para outros argumentos.