terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Filmes Vistos (2)


Um clássico da década de 1960, considerado um dos melhores filmes de todos os tempos. O filme é bom mesmo. Como diz o título “O Sol é para Todos”, indistintamente – negros, brancos, pobres, ricos... Muita coragem dos produtores em produzir uma película num período tão racista nos EUA, em que um negro é condenado injustamente por todo um condado de brancos, simplesmente pela condição de sua pele. Fica a curiosidade de saber como foi à recepção da sociedade norte-americana da época, diante dessa obra que traz em seu bojo uma crítica a cultura discriminatória e desumana em relação aos afro-americanos.


Estuprada pelo pai desde os 3 anos de idade, vindo daí dois filhos na adolescência (um com Síndrome de Down); humilhada e tratada como um animal pela mãe; e rejeitada pela escola e pelos colegas. Junte-se a isso, o fato de ser obesa, negra, pobre e morando na periferia numa época extremamente racista. 

Incrivelmente ela não pirou! Não entrou em depressão! Com muita paciência e ajuda de boas pessoas que ela conheceu nesse doloroso caminho, pareceu transpor essa estrada de pedras e espinhos. Digo “pareceu”, pois o filme deixa em aberto o futuro dela. Espantosamente assustadora a vida dessa adolescente. É um filme fascinante e chocante ao mesmo tempo.


Um maravilhoso e chocante filme que retrata a difícil situação dos afro-americanos na década de 1980 e início de 1990, na cidade de Los Angeles. Penso que a situação não tenha mudado tanto. 

Julgo que o filme faz uma crítica tanto a sociedade racista norte-americana, como a própria comunidade negra que infelizmente luta contra si mesma em seus guetos. Gangues de negros, matando/trucidando outras gangues de negros. 

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Procurando uma lista de filmes na NET sobre a temática do racismo, acabei encontrando essas pérolas protagonizadas pelo Sidney Poitier, talvez o mais prestigiado ator negro de todos os tempos. Assistindo o primeiro filme produzido em 1967, vi o quanto foi bom assisti-lo. E para minha surpresa, quase 30 anos depois, em 1996, fizeram a continuação dele.

Interessante que ambos os filmes mal tocam na questão racial. O foco é a importância da educação para a transformação social, tendo o Professor como uma das figuras chaves nesse processo. Uma história muito linda, inspiradora e comovente. Isso sem falar na trilha sonora que sem dúvida é umas das mais emocionantes do cinema. Uma das músicas mais belas já compostas. Ela foi de primordial importância para que esse filme fizesse o sucesso que fez.


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Mas um ótimo filme que retrata esse passado tão triste calcado na escravidão nas Américas. Neste caso, nos EUA. 

O sistema escravista com toda a sua crueldade e falta de compaixão deve ser lembrando e historiado para que as gerações presente e futura possam saber as merdas que os seus antecessores fizeram.

Já existe na América do Norte, uma política revisionista que pretende atenuar esse passado que maculou com sangue inocente a história dessa nação fundada sobre os direitos universais e inalienáveis de todo ser humano. Mas como os negros não eram considerados humanos... 

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